Domingo, 24 De Junho,2007

OS PORTÕES DE CHEGADA

OS PORTÕES DE CHEGADA


Cada abraço daqueles, guarda uma história diferente...
Cada reencontro daqueles revela um outro mundo, uma outra vida, diversa da nossa, da sua...
Se você nunca teve a oportunidade de observar, por mais de cinco segundos, todas aquelas pessoas - desconhecidos numa multidão - esperando seus amigos, seus familiares, seus amores, não tenha medo de perceber da próxima vez, a magia de um momento, de um lugar.
Falamos dos portões de chegada de um aeroporto, um desses lugares do mundo onde podemos notar claramente a presença grandiosa do amor.
Invisível, quase imperceptível, ali ele está com toda sua sublimidade.
Nas declarações silenciosas de um olhar tímido. No calor ameno de um abraço apertado. No breve constrangimento ao tentar encontrar palavras para explicá-lo.
Na oração de três segundos elevada ao alto - agradecendo a Deus por ter cuidado de seu ente querido que retorna.
Richard Curtis, que assina a produção cinematográfica de nome "Love actually" - traduzida no Brasil como "Simplesmente amor", traz essas cenas com uma visão muito poética e inspirada.
O autor oferece na primeira e última cenas do filme exatamente a contemplação dos portões de chegada de um aeroporto, e de seu belíssimo espetáculo representando a essência do amor.
Ouve-se um narrador nos primeiros segundos, confessando que toda vez que a vida se lhe mostrava triste, sem graça, cruel, ele se dirigia para o aeroporto para observar aqueles portões, e ali encontrava o "amor por toda parte".
Seu coração alcançava uma paz, um alívio, em notar que o amor ainda existia, e que ainda havia esperança para o mundo.
Isso tudo pode parecer um tanto "poético" demais para os mais práticos, é certo.
Assim, a melhor forma de compreender a situação proposta é a própria vivência.
Sugerimos que faça a experiência de, por alguns minutos, contemplar essas cenas por si mesmo, seja na espera de aviões ou outros meios de transporte coletivos.
Propomos que parta de uma posição mais analítica, de início, com algumas pitadas de curiosidade:
"Que grau de parentesco possui aquelas pessoas?"- "Há quanto tempo não se vêem?"- "De onde chegam?"
Ou, quem sabe, sobre outros: "Que histórias têm para contar!"- "O que irão narrar por primeiro ao saírem dali? Sobre a família, sobre a viagem, sobre a espera em outro aeroporto?"
Ao perceber lágrimas em alguns olhos, questione: "De onde elas vêm?”.
- "Há quanto tempo não se encontram?”.
- "Que felicidade não existe dentro da alma naquele momento!”.
Por fim, reflita:
"Por quanto tempo àquele instante irá ficar guardado na memória!". O instante do reencontro...
Tudo isso poderá nos levar a uma analogia final, a uma nova questão: não seria a Terra um imenso aeroporto? Um lugar de chegadas e partidas que não param constantes, inevitáveis?
Pensando nos portões de chegada na Terra, lembramos dos bebês, que abraçamos ao nascerem, com este mesmo amor daqueles que esperam num aeroporto por seus amados.
Choramos de alegria, contemplando a beleza de uma nova vida, e muitas vezes este choro é de gratidão pela oportunidade do reencontro.
É um antigo amor que, por vezes, volta ao nosso lar através da reencarnação.
Pensando agora nos portões de partida, inevitavelmente lembramos da morte, da despedida.
Mas este sentir poderá ser também feliz!
Como o sentimento que invade uma mãe ou um pai que dá adeus a um filho que logo embarcará em direção a outro país, a fim de fazer uma viagem de aprendizagem, de estudo, ou profissional.
Choram sim, de saudade, mas o sentimento que predomina no bom coração dos pais é a felicidade pela oportunidade que estão recebendo, pois têm consciência de que aquilo é o melhor para ele no momento.

* * *

Vivemos no aeroporto Terra.
Todos os dias milhares partem, milhares chegam.
Chegadas e partidas são inevitáveis.
O que podemos mudar é a forma de observá-las.

Texto da Redação do Momento Espírita com base no cap. Os portões de chegada, do livro O que as águas não refletem, de Andrey Cechelero.
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 19:17
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Terça-feira, 05 De Junho,2007

A MAIS SUBLIME DAS CRIATURAS

Mãe Santissima do Amor Incondicional
Mães de luz que recebem no seu seio
materno filhos em desalinho, inconformados
com o caminho que deverão seguir.
Mães essas que recebem a tarefa de conduzir
essas criaturas ao caminho da retidão.
Mães que amam indistintamente cada um de
seu filhos!!!
Mães que amam...
Mães que sofrem...
Mães que ajudam...
Mães que guiam pelas mãozinhas calejadas
os filhos desditos
Amam sempre!
Ajudam sempre!
Compreendem sempre!
Sofrem por verem seus filhos amados
reincidirem no erro, mas nem assim os abandonam.
Carregam em seus braços e estão sempre
a acolher.
Mãe Santissima
que possas amparar essas doces mãezinhas
que tanto rogam por ti!
Tomam-lhe o exemplo do amor incondicional e
lhe abraçam a sublime causa.
Mães que não podem, por motivos que
só o Pai conhece, comceber no seu ventre
a criatura que deverá ser amaparada,
mas recebe pelos braços de tantas outras
mães os filhinhos do coração!
Mães, a caminhada dos seus filhos, em parte, deve-se
ao carinho e amor que lhes dedica.
Sigam amando sempre!
Em especial aqueles filhinhos que se lhes
apresente em mais dificuldades, esses são
os que mais necessitam do seu
amor e compreensão.
Que o Amor de Nossa Mãe Excelsa esteja
entre todos vocês!!
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 19:49
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MISERICÓRDIA DIVINA

Deus é amor, consoante a afirmativa
de João (I João, 4:8 e 16). Sua justiça,
que emprega o princípio da causalidade,
atua sempre associada à misericórdia,
constituindo, na verdade, como demonstra
a Doutrina Espírita, um amplo processo
de educação ao longo do qual o ser
transita da ignorância para o conhecimento
capacitando-se também a amar o próximo
como a si mesmo.
O desconhecimento dos princípios divinos,
como a reencarnação, a lei de progresso
assim como o poder do bem (“o amor
cobre a multidão de pecados” – I Pedro,
4:8), conduziu o pensamento cristão, no
passado, à aceitação de teses que contrariam
a bondade e a sabedoria do Criador,
como sejam a natureza má do homem (como
se Deus tivesse falhado ao criá-lo), o sofrimento
eterno e inútil no inferno, onde não
haveria a possibilidade de aprendizagem e
mudança que se observa durante toda a
existência material, e a idéia de que o simples
arrependimento quanto aos erros cometidos
seria suficiente para anulá-los perante
a própria consciência e as leis divinas,
sem falarmos no perdão desses mesmos
erros por um ministro religioso supostamente
autorizado pelo Criador para fazer
tal concessão. A propósito, mencione-se
ainda a doutrina da graça, segundo a qual a
salvação (a felicidade eterna no céu) seria
oferecida por Deus a quem Ele quisesse, a
seu exclusivo critério, sem qualquer relação
com a conduta dos beneficiários. Essas
visões simplistas e até deformadas decorrem
de nossa desinformação, acima referida,
quanto aos processos divinos, o que
nos leva a assemelhá-los aos procedimentos
humanos no campo da justiça não raro
assinalados pela desigualdade, pelas falhas
de avaliação e até pela fraude.
A Doutrina Espírita esclarece esta questão
mostrando que a misericórdia do Pai
não consiste no perdão gratuito de nossos
deslizes mas em renovar incansavelmente
as oportunidades de correção e aperfeiçoamento,
oferecendo, igualmente, orientação
e recursos aos autores dos erros para
que desenvolvam em si mesmos o discernimento
e as forças para não mais cometêlos,
reparando, além disso, os danos causados
por seus desvios.
A possibilidade de equívocos existe nas
primeiras etapas da trajetória evolutiva enquanto
se desenvolve no ser a consciência
das Leis Divinas – que todos trazemos latente,
em nossa própria natureza, pois somos
criação de Deus – que, uma vez incorporadas
à nossa conduta, habilitam-nos a
prosseguir naquela trajetória sem desvios
ou paradas, como colaboradores conscientes
e felizes do Pai onde quer que nos encontremos.
“O Céu e o Inferno” (Primeira Parte,
capítulo 7, item 29).
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 19:35
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