DESENCARNAÇÃO DE MARIA DE NAZARÉ
Maria e João chegaram a Éfeso e se alojaram em um sitio que lhes fora concedido por amigos na fé. Éfeso já conhecia o drama do Calvário e a noticia da chegada de Maria e João espalhou-se...
Passaram-se muitos anos e muitas coisas aconteceram. As idéias do Cristo espalharam-se por todo o mundo. Em todo lugar havia sempre uma presença, dando testemunho dos preceitos do Evangelho. Irmãos, como que Escribas, reproduziam páginas e mais páginas da Boa Nova de Jesus, que eram levadas para muitos lugares.
Maria, ali nos arredores de Éfeso, atendia a filas de peregrinos que vinham em busca de consolo e de paz, de saúde e de orientação. Atendia a todos com o mesmo carinho e o mesmo amor de sempre.
João saía por vários lugares para pregar a Boa Nova e fazer conhecida a mensagem redentora, mas sempre voltava ao sítio para ver e dar assistência, que podia aquela Flor-mulher, que perfumara a Palestina com sua vida.
Certo dia, em uma manhã que lembrava Nazaré, Maria recordava toda a sua vida. Sentia o seu coração iluminar-se de esperança. Ela fez a sua primeira oração, recordando todo o seu passado. Lembrando-se fortemente do filho, sentou-se em um tamborete, forrado com tiras de couro. De um lado, sobre uma velha mesa, bilhas e cabaças de água aguardavam a ação magnetizadora daquele ser que iluminava a todos.
Depois de atender a centenas de pessoas, naquele dia venturoso, viu aproximar-se um homem esbelto, barbas e cabelos longos, ostentando encantador sorriso, que irradiava energia e que parou a sua frente. Ela recordou-se de Jesus e disse com meiguice:
- Posso te chamar de filho?
Ele olhou para ela expressando grandeza d’alma e respondeu:
- Eu quero te chamar de mãe.
Abraçaram-se os dois na extensão de todo o amor que duas almas podem sentir no mundo, dentro da pureza da mais alta elevação espiritual. Seus olhos se umedeceram e Maria, enternecida, chorou intensamente.
Aquele mancebo era Apolônio de Tiana que, vindo de Alexandria, passara por Éfeso, por saber que a mãe de Jesus estava naquelas paragens. Foi sentir a alegria de vê-la e abraçá-la com todo o seu carinho e amor que concebia no coração. No momento em que abraçou Maria, sentiu que algo de diferente se espalhara em seu ser: uma energia nunca sentida, por ele, uma bênção divina de um coração que amava mais do que se pudesse esperar.
Apolônio assentou-se ao lado de Maria, oferecendo sustentação ao seu trabalho com os sofredores; e ela continuou a sua conversação com os peregrinos, enxugando lágrimas e confortando corações desesperados, curando enfermidades e distribuindo esperança para todas as criaturas. Por último, vinha um velhinho com muita dificuldade de andar e ela, à espera, com piedade, teve vontade de ir ao encontro do ancião. No entanto, as pernas não a ajudaram. Notou que o seu corpo não mais atendia ao espírito.
A lembrança de seu filho amado não tinha se apagado da sua mente; o velhinho aproximava-se lentamente. Maria sentiu um perfume diferente, uma fragrância que lhe comoveu a alma, que somente a presença de seu filho a fazia sentir. Lembrou-se muito mais do que poderia a sua memória e parecia que a imagem de Jesus saia da cabeça do ancião, de modo que ela poderia tocar-lhe e sentir a sua magnânima presença!
Maria pegou nas mãos do ancião e sentiu vontade de beijá-las, o que fez com ternura. No mesmo instante notou os sinais dos cravos. Olhou para os pés e viu a mesma coisa. Ergueu a vista e certificou-se que realmente era Jesus, o seu filho do coração!
Quis gritar com todas as forças, mas não conseguiu. Ele modificou-se e transformou-se em luz, abriu os braços com toda a ternura de filho e, com todo amor de um pai, falou na limpidez do seu verbo de luz:
- Vem, mãe! Meu Pai quer que sejas a rainha dos anjos no meu reino!
O perfume recendeu em todas as direções. Uma falange de espíritos-luz cantava a alegria dos céus. Luzes e cores inundaram o ambiente. O Cristo, pairando no alto, como que uma carruagem de luz, olhou para Apolônio de Tiana com um sorriso de agradecimento. Este se postava ajoelhado no chão, beijando as luzes que se intercruzavam no ambiente.
Parte do livro Maria de Nazaré do espírito Miramez
Passaram-se muitos anos e muitas coisas aconteceram. As idéias do Cristo espalharam-se por todo o mundo. Em todo lugar havia sempre uma presença, dando testemunho dos preceitos do Evangelho. Irmãos, como que Escribas, reproduziam páginas e mais páginas da Boa Nova de Jesus, que eram levadas para muitos lugares.
Maria, ali nos arredores de Éfeso, atendia a filas de peregrinos que vinham em busca de consolo e de paz, de saúde e de orientação. Atendia a todos com o mesmo carinho e o mesmo amor de sempre.
João saía por vários lugares para pregar a Boa Nova e fazer conhecida a mensagem redentora, mas sempre voltava ao sítio para ver e dar assistência, que podia aquela Flor-mulher, que perfumara a Palestina com sua vida.
Certo dia, em uma manhã que lembrava Nazaré, Maria recordava toda a sua vida. Sentia o seu coração iluminar-se de esperança. Ela fez a sua primeira oração, recordando todo o seu passado. Lembrando-se fortemente do filho, sentou-se em um tamborete, forrado com tiras de couro. De um lado, sobre uma velha mesa, bilhas e cabaças de água aguardavam a ação magnetizadora daquele ser que iluminava a todos.
Depois de atender a centenas de pessoas, naquele dia venturoso, viu aproximar-se um homem esbelto, barbas e cabelos longos, ostentando encantador sorriso, que irradiava energia e que parou a sua frente. Ela recordou-se de Jesus e disse com meiguice:
- Posso te chamar de filho?
Ele olhou para ela expressando grandeza d’alma e respondeu:
- Eu quero te chamar de mãe.
Abraçaram-se os dois na extensão de todo o amor que duas almas podem sentir no mundo, dentro da pureza da mais alta elevação espiritual. Seus olhos se umedeceram e Maria, enternecida, chorou intensamente.
Aquele mancebo era Apolônio de Tiana que, vindo de Alexandria, passara por Éfeso, por saber que a mãe de Jesus estava naquelas paragens. Foi sentir a alegria de vê-la e abraçá-la com todo o seu carinho e amor que concebia no coração. No momento em que abraçou Maria, sentiu que algo de diferente se espalhara em seu ser: uma energia nunca sentida, por ele, uma bênção divina de um coração que amava mais do que se pudesse esperar.
Apolônio assentou-se ao lado de Maria, oferecendo sustentação ao seu trabalho com os sofredores; e ela continuou a sua conversação com os peregrinos, enxugando lágrimas e confortando corações desesperados, curando enfermidades e distribuindo esperança para todas as criaturas. Por último, vinha um velhinho com muita dificuldade de andar e ela, à espera, com piedade, teve vontade de ir ao encontro do ancião. No entanto, as pernas não a ajudaram. Notou que o seu corpo não mais atendia ao espírito.
A lembrança de seu filho amado não tinha se apagado da sua mente; o velhinho aproximava-se lentamente. Maria sentiu um perfume diferente, uma fragrância que lhe comoveu a alma, que somente a presença de seu filho a fazia sentir. Lembrou-se muito mais do que poderia a sua memória e parecia que a imagem de Jesus saia da cabeça do ancião, de modo que ela poderia tocar-lhe e sentir a sua magnânima presença!
Maria pegou nas mãos do ancião e sentiu vontade de beijá-las, o que fez com ternura. No mesmo instante notou os sinais dos cravos. Olhou para os pés e viu a mesma coisa. Ergueu a vista e certificou-se que realmente era Jesus, o seu filho do coração!
Quis gritar com todas as forças, mas não conseguiu. Ele modificou-se e transformou-se em luz, abriu os braços com toda a ternura de filho e, com todo amor de um pai, falou na limpidez do seu verbo de luz:
- Vem, mãe! Meu Pai quer que sejas a rainha dos anjos no meu reino!
O perfume recendeu em todas as direções. Uma falange de espíritos-luz cantava a alegria dos céus. Luzes e cores inundaram o ambiente. O Cristo, pairando no alto, como que uma carruagem de luz, olhou para Apolônio de Tiana com um sorriso de agradecimento. Este se postava ajoelhado no chão, beijando as luzes que se intercruzavam no ambiente.
Parte do livro Maria de Nazaré do espírito Miramez