Quarta-feira, 31 De Dezembro,2008

CONCEPÇÃO DE ANO-NOVO

Ano-Novo só pode significar vida nova, se nos ativermos aos justos parâmetros de sua objetividade, que outros não são senão os de nos favorecer espiritualmente.
Propondo-nos a um exame de consciência, ao fim de cada ciclo de trezentos e sessenta e cinco dias, poderemos render graças a Deus pelo ano que passou ou então, contristados, baixar a cabeça pelo que fomos ou fizemos no seu transcurso, tal tenha sido a natureza boa ou má de nossa conduta.
Se conseguimos manter bem elevados nossos sentimentos; se não nos fizemos árbitros de discórdias; se não procedemos com intolerância nem intransigência; se soubemos perdoar com sinceridade; se demos testemunhos de renúncia (nessa renúncia silenciosa, toda íntima e essencialmente cristã); se conseguimos bem aproveitar as oportunidades de melhoramento próprio que o Senhor nos ensejou, para enriquecimento do nosso patrimônio espiritual, dignificando a nossa existência; se tivemos mente e coração votados a causas nobres, será com paz de espírito e tranqüilidade de consciência que veremos o ano velho findar-se, e com mais alentadora expectativa saudaremos a entrada do Ano-Novo.
Se, contrariamente, não soubemos valorizar as bênçãos do Pai Celestial com que fomos regiamente aquinhoados no curso das horas de tantos e tantos dias, por tê-las desvirtuado em prejuízo próprio, só nos resta renovar nossas esperanças e aspirações, ante os albores da aurora do Novo Ano, recebendo-o como livro de páginas em branco, nas quais, mercê da misericórdia de Deus, poderemos grafar, com discernimento e propriedade, capítulos melhorados de nossa presente encarnação. Haverá, efetivamente, auspiciosa perspectiva de vida nova, desde que nos imponhamos melhor preparo para dar continuidade, nesta outra etapa de nossa caminhada, na sucessão das horas e dos dias do Novo Ano, do justo aproveitamento de mais outro espaço de tempo que nos é concedido em prol do nosso aprimoramento intelecto-moral.
A magnitude da sabedoria e bondade de Deus é tão incomensurável que nos permite, na sucessividade do tempo, a bênção do recomeço de toda uma nova fase de vida, para reparação das que transcorreram, inadvertidamente, com impensada perda das oportunidades do seu aproveitamento em nosso benefício.
Alheios, agora, ao espoucar dos fogos de artifício, com fantasiosas silhuetas no espaço, antes meditativos e conscientizados dos prejuízos que nos causamos a nós mesmos, alonguemos os olhos para os áureos horizontes que se nos antepõem aos passos e procuremos alcançá-los antes que os percamos de vista ou deixemos frustrar nossa fagueira percepção dos anseios de redenção espiritual.
Passos Lírio
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 01:19
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Terça-feira, 30 De Dezembro,2008

REFLEXÃO DE DEZEMBRO

O mês de dezembro é, talvez, o mais propício para uma espécie de balanço de nossas realizações, de nossas aspirações e experiências de todo um período que se finda.
O último mês do ano é a época preferida para as avaliações das atividades individuais e coletivas, para que se firmem diretrizes ou se busquem novos caminhos.
Coincidentemente, é o mês em que se comemora a vinda do Cristo de Deus à Terra, trazendo sua Mensagem de Luz aos homens. Seu Natal é um convite à reflexão do que Ele representa para a Humanidade, do que é verdadeiramente essa Mensagem e o que significa para nós.
Os espíritas, que convivemos com os irmãos de diferentes credos e concepções de vida, aprendemos a respeitá-los, sem, contudo, aderir a usos e costumes que não se coadunam com os princípios da Doutrina Libertadora.
Somos todos regidos pela lei de evolução.
Cada um se encontra em determinado estágio evolutivo. Nesse caso, não podemos desprezar ou condenar nosso companheiro de jornada que ainda se prende a interesses puramente materiais, a representações grosseiras das quais já nos libertamos.
Cumpre-nos entender que o estado de ignorância é transitório para todos, sendo necessariamente um estágio evolutivo em cada criatura, mas não um mal em si mesmo.
No mundo de provas e expiações em que vivemos, somos todos imperfeitos, sujeitos a erros, provações e sofrimentos.
Sem embargo das próprias imperfeições, compete a todos utilizar a inteligência e a razão no esforço constante para a elevação, através da auto-educação.
A busca da felicidade de cada um é uma lenta ascensão, já que, por ignorância ou por comodismo, escolhemos os caminhos ilusórios das miragens, só reconhecidos como tais quando aparecem os erros e as decepções.
Entretanto, os sofrimentos e dores, os enganos e desilusões são experiências e lições duras que nos ensinam a necessidade de procurar as sendas corretas que conduzem à felicidade.
Cedo ou tarde aprendemos que as coisas materiais e seus interesses - bens e riquezas da Terra - são transitórios e mutáveis, destinados à satisfação das necessidades da vida material.
O despertamento do Espírito acontece quando descobre que a perfeição moral é sua meta e seu destino e que seus erros e as conseqüências deles constituem experiências e lições aproveitáveis no descobrimento da verdade e do roteiro certo.
No Universo os seres se ligam e se influenciam reciprocamente. Não somente as galáxias e os sistemas planetários são solidários entre si, mas nas diversas manifestações da vida, a solidariedade está presente em toda parte.
Basta um olhar pelos reinos da Natureza para se constatar a solidariedade entre eles. O reino mineral sustenta os seres vegetais; os animais, por sua vez, sustentam-se de elementos vegetais,
minerais e animais que lhes asseguram a vida. Com a morte, os elementos materiais voltam ao reino mineral e o princípio espiritual continua sua trajetória.
Nós, os Espíritos eternos, qualquer seja o estágio em que nos encontramos, devemos ter presente a solidariedade existente entre todos determinada pela semelhança do seu destino e da sua natureza.
Todos começam num estádio de simplicidade e ignorância. Passam pela inferioridade, sujeitos às mesmas leis divinas e eternas que determinam sua ascensão, de conformidade com o esforço de cada um.
Por isso, a solidariedade deve estar presente entre todas as criaturas de Deus, independentemente do grau evolutivo em que se encontre cada uma.
O amor ao próximo, como ensinou Jesus, é a expressão mais pura da lei de solidariedade.
O dever de amar o próximo é a mais bela expressão da lei Divina, ensinada pelo Cristo, que a coloca junto e após o imperativo de amar a Deus, o Criador de todas as coisas. Não há exceção nessa lei geral. Precisamos aprender a amar a todos, a nos solidarizar com todos.
Assim como somos auxiliados e socorridos pelos seres superiores, que já alcançaram poderes e graus acima dos nossos, assim também nos cumpre ajudar e auxiliar, sob múltiplas formas, os que se encontram à retaguarda.
O exemplo maior vem-nos do Cristo. Sua mensagem, seu sacrifício e sua renúncia são lições permanentes e indeléveis convocando à solidariedade com os semelhantes, especialmente os que se encontram abaixo de sua posição evolutiva. Quando Jesus, o Cristo, guia e governador espiritual da Humanidade; o modelo perfeito que o Pai Celestial oferece aos homens, resume no amor toda a lei divina, está mostrando que a solidariedade é a grande corrente que liga todas as almas.
Se deixamos de amar nosso semelhante, seja qual for sua condição, se odiamos, se desprezamos, se desejamos o mal até mesmo aos inimigos e adversários, essa atitude é a quebra de um elo da grande cadeia da solidariedade.
Manifestações patentes da lei de solidariedade entre os seres são as revelações que sempre fluíram da Espiritualidade Superior para todos os povos e nações da Terra, em todos os tempos.
São também as intuições e as inspirações captadas pelos gênios e pelos missionários encarregados pelo Plano Superior de trazer aos homens novas idéias e novas concepções de vida mais abundante, à medida que sua capacidade se toma apta a entendê-las e assimilá-las.
O Espírito encarnado sofre a poderosa influência da matéria. O mundo que o cerca é o império da vida material. Seu corpo material, suas necessidades físicas, seus sentidos físicos induzem o Espírito a só cuidar dos interesses imediatos do mundo material, fazendo-o esquecer sua condição de essência espiritual. Essa é uma característica peculiar dos mundos materiais atrasados como o nosso.
A Providência Divina não permite que prevaleça absoluta a influência exclusiva da materialidade. O Espírito guarda sempre a intuição de sua natureza, de sua origem e de seu destino, auxiliado, em todas as épocas, a cultivar suas qualidades latentes, suas aspirações adormecidas. As revelações superiores, os missionários e enviados do Alto são os agentes incumbidos de despertar no homem o interesse pelas coisas espirituais, contrabalançando a poderosa influência da matéria.
As grandes religiões da Humanidade tiveram e têm esse papel de extrema importância, que é o de despertar na criatura a consciência da existência de um Ser Supremo, criador do Universo e da essência da vida.
Como diz Emmanuel ("A Caminho da Luz"), "as tradições religiosas da antigüidade guardam, entre si, a mais estreita unidade substancial. As revelações evolucionam numa esfera gradativa de conhecimento".
Através das revelações e das religiões homem se furta à exclusiva influência da materialidade, lembrando-se de sua condição de essência espiritual. É, pois, de extrema importância o papel das religiões ao contrabalançar a influência do materialismo, mesmo considerando-se que elas "evolucionam numa esfera gradativa de conhecimento".
As revelações do Mundo Espiritual Superior são sucessivas e gradativas.
Sendo o Cristo o Governador Espiritual da Terra, desde sua formação, como executor da vontade de Deus, torna-se evidente que todas as Revelações obedeceram à sua orientação e por isso mantém uma unidade substancial.
"A história da China, da Pérsia, do Egito, da Índia, dos árabes, dos israelitas, dos celtas, dos gregos e dos romanos está alumiada pela luz dos seus poderosos emissários." ("A Caminho da Luz", pág. 83, 22ª ed. FEB.)
Mas é lógico que as Revelações haveriam de atender às possibilidades de percepção de cada raça, de cada povo e às condições de adiantamento de cada época.
O próprio Cristo viria, em pessoa, trazer orientações e conhecimentos de extrema importância para a Humanidade. Sabendo, entretanto, das limitações dos homens e dos entraves que iriam atingir sua Mensagem, por desvios no entendimento e na prática de seus ensinamentos, prometeu a vinda posterior do que Ele denominou "O Consolador", destinado a ensinar todas as coisas e a recordar tudo o que já ensinara. (João, 14:15-17 e 26.)
O Consolador veio e está entre nós. É a Doutrina dos Espíritos, esclarecedora e consoladora por sua natureza, que nos ensina as coisas transcendentes de que necessitamos no atual estágio da Humanidade, que recorda os ensinos do Cristo para o correto comportamento dos homens perante as leis divinas e que retifica os transvios das religiões nas suas práticas através dos séculos.
Mas o Espiritismo não esclarece somente o transcendente, oferecendo-nos noções mais realistas a respeito de Deus, a Inteligência Suprema e sobre o Cristo, o Filho de Deus.
Dá-nos a conhecer muitas das leis divinas que já podemos compreender - a evolução contínua, as vidas sucessivas em mundos materiais como o nosso, a lei de causa e efeito, a eternidade da vida do Espírito - leis que mostram ao ser humano suas próprias possibilidades de crescimento, na proporção da aplicação de sua vontade, de sua inteligência e da liberdade de que goza.
O homem, Espírito encarnado neste mundo atrasado, vem, há milênios, cumprindo seu destino, aprendendo as coisas rudimentares da vida, aperfeiçoando-se através de trabalhos rudes, repetitivos, através das reencarnações.
Por vezes alça altos vôos, impelido por ideais elevados resultantes de aprendizado adquirido no núcleo substancial das religiões.
Agora, com a Revelação Nova, encontra recursos para desenvolver os valores que jazem no recôndito de seu ser.
Sua fé e esperança fundam-se em realidades que ele conhece. Seu futuro torna-se mais claro, na certeza de que é a continuação da vida em outra dimensão, longe da idéia asfixiante do nada ou da ilusão de um céu indefinido, ou de uma condenação eterna.
Cumpre-lhe, com a certeza dessa realidade, preparar o porvir, através dos pensamentos e ações presentes, que dizem respeito à sua vida íntima e à sua vida de relações com seus semelhantes.
Agora o viajor eterno não anda a esmo. Tem um roteiro a seguir, que lhe é conhecido. Amar e servir resumem esse roteiro.
Juvanir Borges de Souza
Reformador
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 01:19
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Segunda-feira, 29 De Dezembro,2008

REFLEXÕES COM BEZERRA

Aconselha-nos BEZERRA, desde 1926.

Meus amigos e meus irmãos em Jesus, paz aos vossos corações e luz às vossas consciências.
Em regra, quando aí na Terra recebemos uma réstia de luz, julgamo-nos iluminados, ou, pelo menos, mais esclarecidos do que os nossos irmãos que da mesma centelha não partilharam. E partiram. E partimos contentes, a proclamar a nossa dita, julgando-nos perto da conquista definitiva da Felicidade que almejamos. Pobre do homem! Pobre do filho do pecado. Isso também me sucedeu. Bafejado pela iluminação de meu Guia, eu, mísero verme, mal saído do lodo, julgava-me mais perto do Céu - do céu que eu arquitetara.
E não sabia como agora sei, que essa luz só me foi concedida como fruto de misericórdia, justamente porque sem ela eu fora mais falido do que outros que a não possuíam! Pobre vaidade, estulto orgulho humano, que da própria esmola divina faz patrimônio de presunção! Aqui chegados, entretanto, vemos melhor estas coisas e então, e só então, nos convencemos de que mais é o negativo do que o positivo do nosso esforço, ou, por outra, o que fizemos é nada em relação ao que pudéramos fazer. Irmãos, amigos, companheiros, essa desilusão é comum aqui entre os que aí se presumem obreiros da salvação e aqui aportam com a sua bagagem de preconceitos, julgando terem feito mais que os seus irmãos. Outros, descansam à sombra dos primeiros louros colhidos e pensam mais no que fizeram do no que deixaram de fazer! Engano, cegueira, fatalidade, eis que importa combatê-la, concitando o discípulo do Evangelho a não considerar jamais terminado o seu dia de trabalho.
A luz, meus caros, que se nos dá, precisa ser difundida em prismas infinitos e vivificada pelos atos para que possa refletir neste plano, em nós e por nós. Não vos julgueis jamais melhor quinhoados no quadro dos filhos de Deus. Antes, pelo contrário, julgai sempre que a luz é dada justamente aos caminheiros cegos e tanto mais intensa quanto mais próximos eles se encontram do abismo. Esta é a nossa, é a vossa, é a história de todos os filhos dessa terra de provação e de misérias, mas também terra bendita de redenção, como celeiro das graças de Nosso Senhor Jesus - Cristo. A Ele pedimos por vós e por nós. Paz e humildade, resignação e sacrifício, eis o que se vos pede para que a luz se não extinga em vossas almas.
Bezerra
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 01:14
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Sábado, 27 De Dezembro,2008

EVOLUÇÃO: A LEI DA VIDA

Evolução é desenvolvimento, progresso, movimento regular, transformação.
Quando falamos em evolução, vem à nossa mente a luz espiritual de algumas entidades ou uma longa e penosa escada que devemos subir para atingirmos o tão almejado reino dos céus.
Graças a doutrina espírita, hoje sabemos que o reino dos céus, ou até mesmo o inferno, é uma condição do nosso espírito, ou seja, o reino dos céus está dentro de cada um de nós em estado potencial.
Todas as qualidades que possamos imaginar estão dentro de nós, fazendo parte integrante do nosso ser.
Sendo assim, é fácil perceber que evolução é um processo de conscientização espiritual.
Evoluir é nos conscientizarmos do que somos na realidade, a expressão do amor de Deus, nosso Pai Criador.
Jesus quando se referiu ao reino dos céus, nos diz ser semelhante a um grão de mostarda que é a menor de todas as sementes, porém plantada e germinada, transforma-se na maior das hortaliças, a ponto de as aves do céu fazerem ninhos em seus galhos. Se observarmos, vamos verificar que todas as sementes trazem sua espécie em estado potencial.
Analisemos um simples grão de feijão. Podemos ver que ele traz dentro de si, em estado potencial, várias e várias sementes semelhantes.
Quando o observamos, é difícil perceber que isso é uma realidade, mas se plantarmos este mesmo feijão e esperarmos para que possa germinar, então o veremos nascer e produzir frutos, liberando neste desenvolvimento todas as suas potencialidades.
Um jovem raquítico que deseja desenvolver seus músculos, e resolve trabalhar para isso, entra numa academia de ginástica, passa a fazer exercícios disciplinadamente até conseguir, com espaço de meses ou anos, a musculação desejada.
Diante de nossos problemas temos a mania de nos autodesprezar. Quantas vezes não temos coragem de formular uma prece, porque achamos que Deus, Nosso Pai, ou Jesus não irá ouvi-las porque somos impuros, ou não merecemos as bênçãos do Alto.
Precisamos entender que Deus nos ama com amor infinito, independente de como estejamos, porque Ele sabe que as nossas inferioridades são resultantes de um processo de evolução, ou seja, de um processo de conscientização espiritual, e que chegaremos à meta para a qual fomos destinados.
Evolução, portanto, não é aumentar a nossa voltagem de luz, ou subir numa escada mística e imaginária. Evolução, é descobrir e conhecer o nosso mundo interior com todas as suas potencialidades para o bem, é descobrir que esse Deus, que muitas vezes procurávamos no infinito, está dentro de cada um de nós mantendo a nossa vida e o nosso ser.
André Luiz, em Evolução em Dois Mundos, na primeira parte, falando do fluido cósmico, nos diz:
"O fluido cósmico é o plasma divino, hausto do Criador ou força nervosa do Todo-Sábio. Nesse elemento primordial vibram e vivem constelações e sóis, mundos e seres, como peixes no oceano."
É interessante notarmos que as constelações, sóis, mundos e seres vivem no plasma divino como peixes no oceano. Ora, o peixe vive no oceano, para o oceano e pelo oceano, o que equivale a dizer que vivemos envolvidos pelo amor de Deus, Nosso Pai, como se fôssemos peixes no oceano. E é dentro desse Plasma Divino, dentro dessa providência divina que se processa o nosso desenvolvimento, a nossa evolução.
E para trilharmos esse caminho, essa trajetória, que chamamos de evolução, é indispensável não esquecermos o que Jesus nos ensina em João, cap. 14: 6:
"Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim". Façamos dos ensinamentos de Jesus, nosso Mestre e Senhor, o nosso caminho, a nossa verdade que nos conduzirá à vida eterna.
Estejamos certos de que todos nós estamos na posição e na condição exata para o nosso bem, para a nossa evolução espiritual e cada dia é dia de crescer, de expandir o nosso ser, a nossa consciência pela lei do amor, única, que nos levará a edificar o reino divino em cada um de nós. a Lei de amarmos a Deus sobre todas as coisas e principalmente o nosso próximo.
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 20:30
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Quarta-feira, 24 De Dezembro,2008

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publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 02:37
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RESSONÂNCIAS DE NATAL


Na paisagem fria e sem melhor acolhimento, a única hospedaria à disposição era a gruta modesta onde se guardavam os animais. Não havia outro lugar que O pudesse receber. O mundo, repleto de problemas e de vidas inquietas, preocupava-se com os poderosos do momento e reservava distinções apenas para os que se refestelavam no luxo, bem como no prazer. Aos simples e desataviados sempre se dedicavam a indiferença, o desrespeito, fechando-lhes as portas, dificultando-lhes os passos. Mas hoje, tudo permanece quase que da mesma forma. Não obstante, durante aquela noite de céu transparente e estrelado, entre os animais domésticos, em uma pequena baia, usada como berço acolhedor, nasceu Jesus, que transformou a estrebaria num cenário de luzes inapagáveis que prosseguem projetando claridade na noite demorada dos séculos, em quase dois mil anos... Inaugurando a era da humildade e da renúncia, Jesus elegeu a simplicidade, a fim de ensinar engrandecimento íntimo como condição única para a felicidade real. O Seu reino, que então se instalou naquela noite de harmonias cósmicas, permanece ensejando oportunidades de redenção a todos quantos se resolvam abrigar nas suas dependências. E o Seu nascimento modesto continua produzindo ressonâncias históricas, antes jamais previstas. Homens e mulheres, que tomaram contato com Sua notícia e mensagem, transformaram-se, mudando-se-lhes o roteiro de vida e o comportamento, convertendo-se, a partir de então, em luzeiros que apontam rumos felizes para a Humanidade.
*
Guerreiros triunfadores passaram pelo mundo desde aquela época, inumeráveis. Governantes poderosos estabeleceram reinos e impérios, que pareciam preparados para a eternidade, e ruíram dolorosamente. Artistas e técnicos, de rara beleza e profundo conhecimento, criaram formas e aparelhagens sofisticadas para tornarem a Terra melhor, e desapareceram. Ditadores indomáveis e aristocratas incomuns surgiram no proscênio terrestre, envergando posição, orgulho e superioridade, que o túmulo silenciou. ...Estiveram, por algum tempo, deixando suas pegadas fortes, que tornaram alguns odiados, outros rechaçados e sob o desprezo das gerações posteriores. Jesus, porém, foi diferente. Incompreendido, o Cantor do Amor aceitou a cruz, para não anuir com o crime, e abraçou a morte para não se mancomunar com os mortos. Por isso, ressurgiu, em triunfo e grandeza, permanecendo o Ser mais perfeito que jamais esteve na Terra, como modelo que Deus nos ofereceu para Guia.
*
Quando a Humanidade experimenta dores superlativas, quando a miséria sócio-econômica assassina milhões de vidas que estertoram ao abandono; quando enfermidades cruéis demonstram a fragilidade orgânica das criaturas; quando a violência enlouquece e mata; quando os tóxicos arruínam largas faixas da juventude mundial, ao lado de outros males que atestam a falência do materialismo, ressurge a figura impoluta de Jesus, convidando à reflexão, ao amor e à paz, enquanto as ressonâncias do Seu Natal falam em silêncio: Ele, que tem salvo vidas incontáveis, pede para que tentes fazer algo, amando e libertando do erro pelo menos uma pessoa. Lembrando-te dEle, na noite de Natal, reparte bondade, insculpe-O no coração e na mente, a fim de que jamais te separes d'Ele
Livro: Momentos EnriquecedoresAutor: Divaldo Pereira Franco / Joanna de Ângelis (Espírito)Editora: Leal
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 02:30
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Terça-feira, 23 De Dezembro,2008

CONCEPÇÃO E GRAVIDEZ DE MARIA - APARIÇÃO DE JESUS NA TERRA


LUCAS, 2º, 1 ao 7. Concepção e gravidez de Maria, por obra de Espírito Santo. — Aparição de Jesus na Terra
LUCAS: capítulo 2º, versículo 1. Sucedeu que, por aqueles dias, se publicou um edito de César Augusto, para o recenseamento de todo o mundo. — 2. Esse primeiro recenseamento foi feito por Cirino, Governador da Síria. — 3. Todos iam fazer suas declarações, cada um na sua cidade. — 4. José partiu da cidade de Nazaré, que fica na Galiléia, e veio à Judéia, à cidade de David, chamada Belém, por isso que ele era da casa e da família de David. — 5, a fim de fazer-se registrar com Maria, sua esposa, que estava grávida. — 6. Enquanto ali se achava, sucedeu que se completou o tempo ao cabo do qual devia ela parir; — 7, e Maria deu à luz o seu primogênito, envolveu-o em panos e o deixou numa manjedoura, por não haver lugar para eles na hospedaria. (7)
A concepção, em Maria, como tudo mais que a isso se seguiu até ao suposto nascimento do nosso Redentor, tudo considerado uma obra miraculosa, por inexplicável mediante os conhecimentos de então e que inexplicável se conservou até ao advento da Terceira Revelação, mais não foi que o resultado de uma ação magneto-espírita, exercida com o emprego de fluídos apropriados.
E fundamento não há para se não admitir que assim possa ter sido, posta de lado toda e qualquer idéia de milagre, porqüanto este seria o “sobrenatural”, que não existe, visto que implicaria a derrogação de leis naturais, que são imutáveis, porque oriundas da sabedoria divina, ao passo que aquela ação assenta numa lei da Natureza, que o estudo e a experiência descobriram e os atos hão provado incessantemente, fatos que a todo instante podem ser verificados. É a lei do Magnetismo, que se desdobra em espiritual e humano e se exercita por meio da ação fluídica.
É sabido, com efeito, que Jesus não revelou aos homens toda a verdade. Ele próprio disse que apenas ensinava o que os homens podiam suportar; que, quando viesse o Espírito da Verdade, esse sim, lhes daria a conhecer todas as coisas (Evangelho de João, capítulo 16º, versículos 12 e 13).
Ora, não podendo essa revelação de verdades referir-se aos ensinamentos por Ele ministrados, é claro que, decorridos dezenove séculos, ao cabo de todo o progresso que a Humanidade tem feito nesse espaço de tempo, não mais pode ela, por outro lado, conservar-se estacionária na cegueira dos milagres, dos dogmas, das tradições supersticiosas. Fora condenar-se às trevas eternas e ao indiferentismo que esses absurdos geram.
O Espírito da Verdade não é um ser corpóreo ou fluídico; é o conhecimento progressivo da verdade, conhecimento que se não pode adquirir senão pelo aperfeiçoamento; é o conjunto dos Espíritos do Senhor, os quais, manifestando-se aos homens, os fazem penetrar naquele conhecimento; é, portanto, o Espiritismo que, consubstanciando os ensinos daqueles Espíritos, nos faculta conhecer as verdades que o Divino Mestre não pôde revelar e a discerní-las do erro e da falsidade; leva-nos a desenvolver, pela experiência, a nossa perspicácia e as nossas faculdades
intelectuais; concita-nos ao devotamento, tocando-nos os corações e tornando-nos dignos de ser por ele conduzidos a toda a verdade.
Vem como precursor do estado de perfeição que devemos atingir.
Mas, para alcançar tão alta meta, temos que trabalhar incessantemente pelo nosso progresso moral. Tal o objetivo dessa ciência: a perfeição humana. Para isso, três elementos se nos oferecem: o amor, o estudo e a caridade.
Todos os atos chamados “milagrosos” são resultantes de ações espíritas, de ações magnéticas, desenvolvidas com o auxílio de fluídos apropriados.
O Magnetismo é o agente universal que aciona tudo, porque tudo está submetido à influência magnética. A atração, efeito do magnetismo, se opera em todos os reinos da Natureza. Assim, pela atração magnética é que o macho se aproxima da fêmea, nos desertos da terra. É ainda pela atração magnética que o princípio fecundante é levado de uma flor a outra; que, nas entranhas do planeta, as substâncias se agregam, para formar os minerais; que as águas se orientam para as terras áridas, precisadas de fertilização.
Os fluídos magnéticos ligam todos os mundos do Universo, como ligam todos os Espíritos, encarnados ou não. É um como laço universal que Deus formou, para constituirmos todos, por assim dizer, um ser único e para podermos subir até Ele, Os diversos fluídos existentes se reúnem e conjugam pela ação magnética. Enfim, tudo é atração resultante desse agente universal — o Magnetismo.
Quando o homem houver adquirido o conhecimento de todos os fluídos, das suas diversas espécies, de suas propriedades, de seus efeitos, das várias transformações e combinações de que são passíveis, estará na posse do segredo da vida universal, a transcorrer sob a dupla ação: espírita e magnética, pela vontade de Deus e segundo leis naturais e imutáveis, que constituem a expressão grandiosa dessa vontade.
Em o nosso planeta, podemos distinguir quatro espécies de magnetismo: mineral, animal, humano e espiritual.
As criações, ou os seres ainda privados de responsabilidade, ainda, portanto, sem liberdade, nem personalidade, se submetem fatalmente à ação das leis a que se acham sujeitos, para a evolução que lhes cumpre a todos realizar. As entidades morais, porém, são dotadas de vontade, que representa um fator essencial e poderoso da efetivação das suas possibilidades. Tanto é assim, que o magnetizador humano, pela só ação da sua vontade, exercendo-se no emprego dos fluídos humanos, bem dirigidos, influi sobre o magnetizando e consegue fazê-lo cair em estado sonambúlico, experimentar, nesse estado, as sensações e impressões mais variadas, receber as
idéias que lhe transmita, etc.
Quanto ao magnetismo espiritual, sua ação e seus efeitos são incontestáveis. O estudo e a experiência facilmente os comprovam nas sessões espíritas. Qualquer opinião que se forme sobre a improcedência destes princípios, desde que não assente no estudo e na experiência, é comparável à sentença que um juiz pronuncie sem ter lido autos, nem examinado provas.
A ciência do Magnetismo é maravilhosa em seus efeitos físicos e morais. Oferece a prova mais cabal da existência e da imortalidade da alma. Esta deixa de ser a resultante de forças vitais, ou do jogo dos órgãos, como pretendem os materialistas, e se apresenta como causa independente, como sede de uma vontade operosa, liberta momentaneamente da sua prisão e pairando sobre a natureza toda, na plenitude de suas faculdades inatas.
Hoje, felizmente, após quase dois séculos de vulgarização de seus princípios, já os sábios começam a falar, nas suas academias, com um pouco mais de afoiteza, dessa ciência básica para elucidações dos fenômenos mais graves que se apresentam às nossas cogitações. Dão-lhe, porém, denominações diversas, para fazerem crer que se trata de verdadeiras novidades.
Dizem então: não há Espiritismo, nem magnetismo. O que há é hipnotismo, é sugestão, etc. Por haver quem abuse da credulidade e explore a ignorância pública, lavram um decreto, lançando condenação geral e absoluta sobre aquilo que não conhecem, que não lhes convém conhecer e, menos, divulgar, porque a isso se opõem interesses inconfessáveis.
A necessidade de reproduzir, ainda que sumariamente, as lições de nossos mestres nos levou a tornar este capítulo mais extenso do que deverá ser. Entretanto, assim fazendo, logramos dar uma idéia da causalidade de fenômenos, a que muitos ainda denominam de “milagres”, erradamente, porqüanto são fenômenos naturais, que se produzem para determinados fins, de acordo com as necessidades da época.
A Virgem pura e imaculada, nossa Mãe Santíssima, era filha de Ana e Joaquim.
Ana, como Isabel, foi tida por estéril durante muitos anos. Ambas rogavam ao Senhor se condoesse da aflitiva condição em que se encontravam, visto que, naqueles tempos, a esterilidade da mulher era considerada um opróbrio. Ana se doía dessa humilhação, porém não desesperava de alcançar a graça que deprecava.
Vindo a festa dos essenianos, foi Joaquim, como os demais, fazer a sua oferenda ao Senhor. Esta, no entanto, o sacerdote a repeliu com desprezo, estranhando que a fizesse alguém sobre o qual pesava a maldição de Israel. A seita dos essenianos se distinguia pela sua extrema austeridade.
Ana e Joaquim, traspassados de dor, elevaram, súplices, seus pensamentos ao céu e, orando com fervor ao Deus de infinita misericórdia, obtiveram o auxílio dos bons Espíritos, que confortam a alma dando-lhe forças para vencer os transes mais difíceis.
Findaram-se-lhes, afinal, os dias da provação, com o lhes conceder o Eterno uma filha, que seria a escolhida para Mãe do Senhor. Pondo-lhe o nome de Maria, o Anjo a proclamou cheia de graça e determinou a seus pais que, em observância dos votos que haviam feito, a consagrassem ao Senhor desde a infância. Assim é que Ana, ao cabo de vinte anos de esterilidade, concebeu e que, no momento oportuno e na casa onde costumava pousar, quando com seu marido chegava a Jerusalém, veio ao mundo a Virgem predestinada.
Segundo era de uso em Israel, ao nono dia de nascida, à menina, perante toda a família reunida, foi-lhe dado nome, ouvindo todos, da boca de Joaquim, que ela. se chamava Maria, que, em hebraico, significa “Estrela do mar” e, na linguagem siríaca, quer dizer “Soberana.
Passados quarenta dias, foi Ana ao templo purificar-se, levando nos braços a sua primogênita. Depois de fazer a oblata das vítimas a serem sacrificadas, proferiu o voto de consagrar ao serviço de Deus a menina que, com três anos e dois meses de idade, foi confiada à guarda do respectivo sacerdote, que, dizem, era o santo Zacarias, marido de Isabel, prima irmã da Virgem Maria.
Terminada a cerimônia, entrou esta para o templo, onde se educavam as donzelas, que lá permaneciam até se casarem.
Aos onze anos, achando-se ela ainda no templo, morreu-lhe o pai, em avançada idade.
Aos quinze, em obediência ao que ordenava a lei, cumpria-lhe tomar esposo, para sair do templo amparada.
Cumpriu-se o preceito, ao celebrar-se a festa da nova dedicação, escolhendo os parentes de Maria, com os sacerdotes, para seu marido, a José, natural de Nazaré, da mesma tribo que a Virgem, pelo lado varonil.
Celebraram-Se os esponsais, tendo ela quinze anos e José de trinta e cinco a quarenta.
(7) 1º Reis, 16º, 1, 4 — JOÃO, 7º, 42. — Atos, 5º, 84 a 39. — Apocalipse, 3º, 10;
16º, 14.
trecho retirado do LIVRO "ELUCIDAÇÕES EVANGÉLICAS"ANTONIO LUIZ SAYÃO EDITADO PELO FEB
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 15:44
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Segunda-feira, 22 De Dezembro,2008

MENSAGEM DE NATAL


Leda Maria Flaborea
Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra e boa vontade para com os homens. ( Lucas, 2: 14. )
O Novo Testamento nos fala do nascimento de Jesus e narra de maneira sublime a vinda Dele entre nós.
O Evangelho de Lucas, no capítulo 2, v.14, conta do aparecimento de um anjo aos pastores, enviado por Deus, anunciando a presença de Seu Filho, o Cristo, ungido por Ele, nosso Pai Celestial, com a missão de trazer a todos os homens a Sua paz.
O anúncio que o anjo de Deus fez e o aparecimento das legiões que o acompanhavam, nos permitem refletir um pouco sobre esse momento de sublimidade, que a cada ano vemos repetir-se, sem contudo alterar nossas vidas.
Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra e boa vontade para com os homens, nos disse o Emissário Celeste, conduzindo os pastores, que guardavam seus rebanhos durante a noite, a buscarem a luz da estrela que ficaria brilhando para sempre em nossos corações.
Na verdade, louvamos ao Pai nas Alturas Celestes por nos ter enviado o Messias, o Cristo. Mas, também é verdade que, ainda hoje, não conseguimos entender seus ensinamentos e por essa razão a mensagem do anjo não se concretiza.
Não temos ainda condição de, através de Jesus, estabelecermos a paz na Terra porque não conseguimos ter boa vontade uns com os outros.
Ou será que o anúncio da boa vontade a que o anjo se referiu é a boa vontade de Deus para com os homens ao nos enviar Jesus?
É importante refletirmos sobre isso para que não repitamos as palavras do anjo, apenas em cartões de Natal, que enviamos, às vezes, por simples obrigação, mas, sim, porque desejamos realmente compartilhar a alegria desse dia.
É imprescindível verificarmos se no abraço que damos no companheiro, repetindo as palavras ?paz em seu lar? ou ?muita paz em seu coração? elas representam verdadeiramente, o sentimento fraterno de que ?desejo ao outro o que quero para mim?, ou se somente cumprimos um ritual social ao qual estamos acostumados.
É necessário repensarmos nossos sentimentos nesta ocasião porque Natal significa nascimento e nascimento quer dizer renovação, recomeço ou, talvez, apenas começo.
Começo de nova caminhada, de novos entendimentos, de nova compreensão do porquê estarmos aqui, de quais são nossas tarefas, de quais são nossas reais necessidades, de procurarmos descobrir com vontade firme e perseverança nossas capacidades interiores de sermos pessoas melhores, de aprendermos a ser mais tolerantes, mais misericordiosos, mais companheiros dos nossos companheiros de jornada, porque nunca caminhamos sozinhos. sermos também mais indulgentes com quem nos magoa, mais generosos conosco ao pararmos de nos sentir culpados por termos escolhido caminhos tortuosos que ignorávamos não deveriam ser percorridos. Desconhecíamos, antes, a Lei Divina de que tudo que fizermos aos outros, a nós retorna.
Porém, hoje, mais conscientes dos nossos deveres morais para com nossos companheiros de caminhada evolutiva, já não cometemos tantos equívocos.
Apesar de ainda termos dificuldades para perdoar, de não conseguirmos nos desprender de preconceitos, de ainda sermos intolerantes para com aqueles que não atendem nossos desejos, de ainda nos julgarmos mais importantes que os outros, por razões que perante as Leis de Deus, não têm nenhuma importância, já somos capazes de pequenas renúncias em favor dos nossos filhos e de nossos entes amados.
Já nos permitimos não guardar rancores, apesar de ainda alojarmos mágoas em nossos corações, frutos de um sentimento de egoísmo que ainda é tão presente em nossas atitudes. Hoje, já somos capazes de não agirmos com violência física e às vezes até verbal diante de situações que, certamente, ontem, nos fariam cometer desatinos.
Tudo isso nos mostra o quanto pudemos caminhar. Algumas vezes dizemos: Mas, falta tanto! É verdade, mas também é bom olharmos o quanto já caminhamos. Basta voltarmos nossos olhos para trás e, voltando no tempo, percebermos as grandes mudanças na nossa maneira de conduzir a vida.
Natal significa nascimento, nosso nascimento a cada dia que amanhece. Como a luz do Cristo brilhou para nós com Sua vinda, a cada manhã a luz da renovação brilha em nossos corações nos convidando ao aperfeiçoamento e à iluminação.
E que renovação é essa a qual somos convidados a realizar cada dia? Que luz é essa que sentimos brilhar dentro de nós e que nos fortalece para que comecemos nossa jornada com ânimo e alegria?
A resposta a essas perguntas encontramos dentro de nós próprios, na certeza de que somos amparados, de que apesar das dificuldades de cada dia, colheremos o fruto da nossa sementeira de lutas. Mas, para que isso aconteça, é preciso que tenhamos fé.
Aquela fé de quem hoje crê - porque tudo está bem e está relativamente feliz e em paz - e amanhã não crê porque a dificuldade lhe bate à porta, chamando-o para a luta redentora. Estamos falando da fé de quem sabe que pela Bondade Divina temos Jesus ao nosso lado, nos sustentando através do Seu Evangelho de Luz e de Amor.
Sabemos que a Terra não é lugar só de alegrias, pois encontramos aflições e lágrimas por todos os cantos e, por causa disso, muitas vezes, um sentimento de pesar toma conta de nossos pensamentos, e nos deixamos envolver na atmosfera de iniqüidade que nos rodeia, pela violência sem sentido, pela falta de respeito com a vida.
Todavia, quando esse sentimento se fizer sentir em nossos corações, lembremo-nos de Jesus. Lembremos que a cada um será dado conforme suas obras e que cabe a nós, a cada um de nós, a construção de um planeta melhor, com mais amor, com mais fraternidade e mais tolerância de uns para com os outros.
Estaremos, certamente, espantando de nossas mentes essas imagens desequilibrantes que desarmonizam nossa alma e nos fazem valorizar o que precisa e deve ser combatido com fé e com amor, através de pensamentos construtivos no bem.
Cabe a nós nos lembrarmos sempre de que a paz na Terra a qual se referiu o Emissário de Deus, anunciando o nascimento de Jesus, não é a paz entre conflitos, mas a paz construída diariamente, incessantemente, dentro de nós, buscando a mansidão, a doçura e a meiguice nos nossos pensamentos, nos nossos atos e nas nossas palavras, como nos exemplificou o doce Rabino da Galileia.
A paz na Terra, é a paz da bem-aventurança prometida por Jesus, em nome de Deus e que já está sendo vivida por aqueles que irradiam, ao seu redor, uma atmosfera de amor para com todos; daqueles que são capazes de praticar o bem sem nada pedirem em troca; daqueles que podem dizer, ao se prepararem para dormir:
Obrigado Jesus por ter podido ser útil ao meu próximo neste dia.
A conquista da paz interior é exercício do amor verdadeiro em benefício dos outros e esse exercício não cansa o coração que ama.
Muito pelo contrário, nos fortalece e nos anima para as lutas diárias, nos acalma e nos alegra mesmo diante de dificuldades, porque, acima de tudo, acreditamos na promessa de que somos os herdeiros do Reino dos Céus.
Herdeiros de um céu que já existe em nós quando compreendemos o porquê da vinda do Cordeiro de Deus entre nós; quando, atendendo ao chamado do Pai, buscamos a luz do Cristo através dos seus ensinamentos.
Natal significa nascimento de Jesus em nossos corações.
Significa o nascimento da esperança, a cada dia, quando conseguimos compreender a semeadura de luzes que Jesus veio realizar em nós.
E, quando nos dermos conta de que temos, ao despertar em cada manhã, infinitas possibilidades de trabalho para nossa elevação, e que, na realização delas, encontramos as sementes luminosas do Mestre clareando nossa caminhada, entenderemos o que significa comemorar o Natal, porque o estaremos realizando em nossos próprios corações.
Temos consciência de que é com bastante dificuldade que conseguimos nos manter, algumas vezes, ligados a essa luz. Mas também temos consciência de que nosso esforço para que isso aconteça mais de uma vez e para que esse tempo dure cada vez mais, é sempre recompensado pelas benesses divinas.
Cada movimento que fazemos para nos elevarmos acima dos sentimentos egoístas que ainda nos comandam a vida, nos aproxima do Mestre Jesus.
Cada vez que abaixamos os olhos e conseguimos ver nosso irmão necessitado, principalmente em nossos lares, tendo a coragem de estender-lhe a mão, reerguendo-o para que caminhe ao nosso lado, estamos fazendo Jesus nascer dentro de nós.
Somos ainda Espíritos jovens no entendimento das coisas divinas.
Sentimos Jesus tão distantes de nós e não O percebemos ao nosso lado, representado pelo cuidado que dispensamos ao nosso lar, pelo atendimento aos aflitos que nos cruzam o caminho, pela necessidade que sentimos de fazer o bem, pela paciência que temos com o colega de trabalho que se encontra aturdido, pela educação com que tratamos aqueles que nos servem, e tantas outras formas, que nem sabemos quantas.
E, justamente por não compreendermos bem onde está Jesus, ficamos aguardando, tanto no Natal como todos os dias, que o Divino Amigo venha nos abençoar e atender nossas rogativas. Ficamos esperando que Ele desça até nós atendendo aos nossos desejos, enquanto o Mestre querido, pacientemente, permanece aguardando que, através das luzes dos Seus ensinamentos, subamos até Ele.
Que possamos todos, principalmente neste Natal, renovar nossas disposições de atender ao chamamento de Jesus: Vinde a mim vós que estais aflitos que eu vos aliviarei. Um feliz Natal a todos, repleto de luzes interiores.
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 03:02
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Domingo, 21 De Dezembro,2008

É NATAL... NÃO ESQUEÇA DO ANIVERSARIANTE!

Ouvi essas palavras de uma amiga e nunca mais as esqueci. Por quê? Por uma razão muito simples: as comemorações do Natal – nascimento de Jesus – têm-se revestido, em especial nas últimas décadas, de um sentido exterior, de consumo ou de troca. Papai Noel se tornou a figura central, os estímulos às compras para a permuta de presentes e aos excessos da mesa farta se apresentam em “embalagens” atrativas, irresistíveis... E o aniversariante?
O aniversariante esquecido por aqueles que mergulham nas comemorações exteriores e superficiais é JESUS, Aquele que ofereceu à humanidade, pela palavra e pelo exemplo, o caminho da verdadeira felicidade e harmonia humana: o exercício do amor em plenitude.
Interessante perceber que essa busca desenfreada pelo consumo, que caracteriza nossa sociedade dos dias de hoje, se deve, em grande parte, à ausência ou escassez da amorosidade na vida das pessoas, ao modo de vida egoísta que elegemos pela nossa imaturidade espiritual que não consegue ainda superar os apelos dos imediatismos de nossos caprichosos desejos e dos revides de toda ordem. Jesus, no entanto, varando os séculos, e apesar dos atos iníquos daqueles que ao longo da História da Cristandade se colocaram como seus seguidores, continua sendo o exemplo do Amor não amado, do Amor que se doa integralmente, sem cobranças e sem restrições, incondicionalmente.
“Numa sociedade agressiva e perversa, elegeu o amor como a solução para todos os questionamentos, e o perdão irrestrito como terapêutica eficaz para todas as enfermidades”, assevera o Espírito Joanna de Ângelis (“Jesus e atualidade”, psicografia de Divaldo Pereira Franco).
Ontem, hoje e sempre, a amorosidade de Jesus para com todos os que Lhe atravessaram o caminho, continua desafiando os sinceros estudiosos da alma humana ou gerando indignação naqueles outros, os indiferentes ou adoentados dos sentimentos para quem Jesus representa o incômodo exemplo da superação que não desejam buscar.
É Natal... encontros confraternativos, festas, banquetes, reuniões familiares e de amigos... mas não esqueça do aniversariante!
Permita que a mensagem do Cristo de Deus ecoe em sua intimidade. Evoque na tela mental as paisagens cariciosas da Galiléia, da Samaria, de Betânia, de Cafarnaum e nelas reveja os passos e os atos de amor desse ser excepcional chamado Jesus, o sol espiritual de nossas vidas. Não será difícil para qualquer um de nós fixar, por pouco tempo que seja, a “pintura” bela e sensível do nascimento de Jesus – a manjedoura, as estrelas, os pastores, os reis magos, o menino divino – para nela encontrar o convite à reflexão sobre o sentido desse momento mágico onde o céu declara seu amor à terra, convidando os homens à vivência do amor que deve nos identificar como verdadeiros irmãos.
Viver o Natal com Jesus é deixar-nos tocar pelo suave convite do Meigo Nazareno para rever velhos conceitos arraigados ao egoísmo e ao orgulho, avaliar os valores adotados em nossas vidas hoje e encontrar caminhos para a conquista da verdadeira felicidade, aquela que encontra no amor o caminho da autolibertação.
Que Jesus possa nascer em nossos atos de amorosidade pela vida, pelos nossos irmãos e pela Natureza, todos os 365 dias do ano. Felizes Natais!
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 16:17
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Sábado, 20 De Dezembro,2008

AGRADEÇO


Agradeço, Mãezinha, tudo o que me ofertas,
Desde o sono do berço e as canções de ninar,
Aos problemas da vida, ante as horas incertas,
Entre as provas do mundo e as carícias do lar.

Agradeço-te as mãos, a zelarem por tudo,
Nos recursos do pão, ao Sol de cada dia,
E no amparo da veste a servir-me de escudo,
A fim de que eu vencesse o vento e a noite fria.

Agradeço a oração, com que me deste à infância
O respeito à existência e a fé que me avigora...
Terna visão do Céu que relembro à distância,
No trabalho constante em que me vejo agora.

Agradeço-te, oh! Mãe, a proteção e a escola
Do teu mundo de amor que até hoje me alcança...
Melodia interior que me anima e consola,
Refazendo-me o ser no clima da esperança.

Agradeço o silêncio e o carinho incessantes
Com que buscas não ver meus enormes deslizes
E o teu claro perdão de todos os instantes,
Quando o erro me aponta as horas infelizes.

Mas acima dos dons de tanto reconforto,
Trago-te, em luz mais alta, a flor da gratidão,
Porque não me atiraste ao desprezo do aborto
E guardaste-me em Deus no próprio coração.

Maria Dolores

(Mensagem recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, no Grupo Espírita da Prece, na cidade de Uberaba, Minas, em reunião pública da noite de 22/3/80.)
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 16:21
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