SUICÍDIO


Oi, caras!
É isso.
A pedida é boa.
Vejam que o assunto não é moleza.
Negócio pra espírito superavançado. E o caso é que ainda sou um perna-de-pau das letras.
Mas não posso dar um chega-pra-lá na patota.
Sei que vivo agora dando um duro danado, pra faturar conhecimento.
É lição pra lá e lição pra cá. Mesmo assim, não quero ficar no mocó.
Morte por suicídio é a maior fajutagem que vejo por aqui.
Fujam de qualquer papa de grilos na cuca.
Façam alguma pensada e perceberão estas palas.
Se vocês puderem dar bola ao que digo, não entrem nessa tubulação. Güentem as pontas e não marquem bobeira.
Muito gajo perde a gatinha e manda o pau-de-fogo na moringa, quando há tanto doce-de-coco que não quer dar mau passo, esperando o considerado para formar uma casa bacana.
Muitos outros dão cambalachos e fazem trampos, querendo uma nota violenta em passe de mágica e na hora do vamos ver com Dona Maria, colocam a morte por dentro dos gorgumilos quando poderiam partir pra certa.
É muita gente nesses carros de gamação errada, de erva da morte, de embalos da pifa e da fossa maluca que se tornam presuntos, por conta própria, e pintam por aqui com as marcas do que fizeram neles mesmos. Dão a doida para abotoarem o paletó de madeira e vão chegando baratinados em outra vida como quem saiu da bananosa para a pior.
Se vocês querem saber o que é suicídio e se este fichinha aqui pode meter a boca no trombone pra vocês, não venham pra cá nessa rampa.
Vocês quebrariam a própria cara.
Fiquem por aí, sem lançar a pedreira da obrigação.
A morte na Terra sabe qual é o tempo de empacotar cada um.
Vocês não são precisados de pressa.
Nas horas da zebra, güentem firmes, porque Deus não tem sono e nos dá sempre o melhor.

Fonte: Livro “Falou e Disse” – Autor Francisco Cândido Xavier

pelo Espírito de Augusto Cezar Netto
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 14:59
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