Terça-feira, 10 De Março,2009

LEMBRANDO MARIA, NOSSA MÃE



Minha filha:

Deus nos guie para diante.
Atendamos aos Desígnios do Senhor que nos redime pelo sofrimento, como o oleiro consegue purificar a argila do vaso pela bênção do fogo.
Não tenhamos em mente senão a soberana e compassiva determinação do Alto para que possamos realmente triunfar.
Não sabemos a hora da grande renovação, mas não ignoramos que a renovação virá,fatalmente, em favor de cada um de nós.
Assim sendo, não nos preocupemos quanto à estrada que nos cabe palmilhar; mas sim, busquemos, em nós e fora de nós, a precisa força para vencê-la dignamente.
Sigo-te ou, aliás, seguimos-te o calvário silencioso.
Não te desanimes, nem te inquietes.
Caminha simplesmente.
Existe para nós o divino modelo daquela Mulher venerável e sublime que, depois de escalar o monte, tudo perdeu na Terra; sabendo, porém, conservar-se ligada ao Pai de Infinita Misericórdia, convertendo em trabalho e conformação, em prece e esperança, as chagas da própria dor.
Maria, nossa Mãe Santíssima, não é mãe ausente do coração que a Ela recorre.
Inspiremo-nos em seu martirológio de angústia e saibamos fazer de nossos padecimentos um celeiro de graças.
A aflição que se submete a Deus, procurando-lhe as diretrizes, é uma âncora de sustentação; mas aquela que se perde em desespero infrutífero é um espinheiro de fel.
Soframos com calma, com resignação invariável,de mãos no arado de nossos deveres e de olhos voltados para o Céu.
É preciso coragem para não esmorecer, porquanto, para as mães, a renúncia como que se converte em alimento de cada dia.
Recordemos, porém, nossa Mãe do Céu e sigamos com destemor.
Não te faltará o arrimo das amizades celestiais que te cercam e pedindo-te confiar em minha velha dedicação, sou a amiga de sempre, que se considera tua mãe espiritual.
Zizinha
Livro Mãe. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
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publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 18:24
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Domingo, 08 De Março,2009

MENSAGEM A MULHER




188 - REENCONTRO COM XÊNIA
MARIA GABRIELA - (...) Mas, muito melhor do que a gente ficar falando é ouvir Chico Xavier. O seu trabalho, a sua força e fé servem de exemplo para muita gente. A Xênia foi atrás, conseguiu esta entrevista com ele e agora vai em frente. Xênia!
XÊNIA - Minha companheira da nossa TV Mulher, muitíssima emocionada estou ao lado do meu primeiro mestre, aquele que me abriu o caminho para as portas das percepções maiores e que me fez caminhar muito dentro de mim mesma. Chico Xavier, que grande prazer!
CHICO XAVIER - Xênia, você sempre a gentileza em pessoa. Eu tomo a liberdade de dizer que não passo de um pequenino servidor de todos, e nesta hora especialmente, de você que me trata com tanta distinção em seu belo programa da TV Globo. Eu tenho o prazer de dizer que conheço você desde o primeiro dia em que um grande brasileiro, e ao mesmo tempo um grande paulista, o nosso querido Herculano Pires, me falou da sua inspiração, de seu ideal superior junto de nossas comunidades. Estou muito emocionado.

189 - VIOLÊNCIA E O PENSAMENTO RELIGIOSO
XÊNIA - Chico Xavier, vou lhe fazer perguntas. Perguntas rápidas à sua maravilhosa, nem chamaria mediunidade, profundidade, para esse maravilhoso casamento cósmico que o senhor vive nesta existência. Mestre Chico Xavier, o que o senhor nos diria da violência?
CHICO XAVIER - A violência é, sem dúvida, algo da nossa própria natureza humana, quando irrompe indebitamente, apresentando aquilo que a justiça nos ensina a nomear como sendo periculosidade. Quando a nossa periculosidade atinge graus muito altos aparece a violência, como sendo um sistema de vida que recorda de algum modo a selva, de onde, do ponto de vista da evolução dos milênios, nós todos procedemos. Urge que o pensamento religioso, atualmente um tanto esquecido, possa novamente socorrer-nos a todos, desde os primeiros dias de nossa vida infantil, reconduzindo-nos para Deus, a fim de que não estejamos à mercê de princípios materialistas que em verdade, embora respeitáveis pela sinceridade com que se expressam, não definem as verdades da vida, porque todos somos espíritos eternos diante de Deus. Diante da Lei de Causa e Efeito, a violência é um dos mais lamentáveis estados humanos e um dos maiores problemas que estamos enfrentando na atualidade, problema para nós todos. E que só o amor, só o coração voltado para Deus, ao que cremos, segundo o ensinamento dos Bons Espíritos, é que poderão curar.

190 - UNIÃO CONTRA O ABORTO
XÊNIA - Chico Xavier, TV Mulher é um programa dedicado à mulher e nós gostaríamos de fazer ao senhor, perguntas referentes à mulher. Alguns grupos de mulheres brasileiras estão se movimentando a favor do aborto. Como o mestre Chico Xavier vê o aborto?
CHICO XAVIER - Na condição de um servidor muito inexpressivo, sem nenhuma autoridade para emitir opiniões diante de nossos problemas sociais, eu compreendo que, se anos passados houvesse a legalização do aborto, e se aquela que foi a minha querida mãe entrasse na aceitação de semelhante legalidade, legalidade profundamente ilegal, eu não teria tido a minha atual existência, em que estou aprendendo a conhecer minha própria natureza e a combater meus defeitos, e a receber o amparo de tantos amigos, que qual você, como todos aqui, nos ouvem e me auxiliam tanto. Eu não posso compreender a legalização do aborto, conquanto determinadas potências na atualidade do mundo já estejam adotando esse princípio. Acredito que, com o tempo, todos aqueles legisladores e administradores que optarem pela legalização do aborto, todos eles voltarão a retaguarda, porque o aborto é um crime cometido contra criaturas absolutamente indefesas, que esperam a nossa voz para que elas possam viver e facear a vida, e aproveitar os benefícios da vida que chegam de Deus a nós através da mulher, da missão digna da mulher junto do mundo e junto da evolução. A legalização do aborto é imprópria, é uma situação muito difícil e que nós todos deveríamos estar unidos, especialmente as nossas companheiras, as mulheres, as nossas mães, as nossas irmãs, as nossas filhas, aquelas que nasceram conosco, devíamos todos estar unidos contra semelhante abuso contra a lei de Deus, contra a natureza e contra a vida.

191 - POSIÇÃO DA MULHER DIANTE DA VIDA E PLANEJAMENTO FAMILIAR
XÊNIA - Chico Xavier, as mulheres saíram pra luta, trabalham fora, às vezes e muitas das vezes precisam sair, trabalhar fora para ajudar seu marido, como o senhor vê, não essa mulher feminina que se coloca junto com seu companheiro, lutando pelo dia a dia, mas a mulher que está se negando como mulher e querendo copiar o modelo masculino. Como vê, mestre Chico Xavier, esta situação? Eu ouso perguntar, porque sei desta cabeça maravilhosa que tem respostas lindas para todas as situações espirituais e sociais. E não se pode desassociar, não é mestre?
CHICO XAVIER - Muito obrigado. Acreditamos que há tarefas específicas que a mulher pode e deve desempenhar junto dos homens, colaborando com seus companheiros, os orientadores e os amigos da Humanidade, aqueles que são pais, são condutores da vida, especialmente nas questões de educação, nas questões de medicina, de higiene, setores em que a mulher, muitas vezes, excede em zelo e inteligência à própria capacidade masculina. Mas, esta luta, este trabalho competitivo em que a mulher comparece diante de tarefas funcionais, disputando empregos, desejando imitar a masculinidade, nós não entendemos isso muito bem, porque se tivermos mais paciência, e um tanto mais de aceitação das nossas possibilidades, esqueceríamos essa questão abusiva a que nomeamos status, e dentro de uma vida mais simples, mais feliz, a mulher encontraria a sua verdadeira posição diante da vida. Quanto ao número de filhos compreendemos que é justo que o planejamento familiar venha em nosso auxílio, com a direção de autoridades especialmente técnicas no assunto, para que nós tenhamos semelhante benefício. Mas devemos acrescentar que nesse sentido, entendendo que as relações sexuais muitas vezes são necessárias ao alimento afetivo, como agente revigorador das forças da mulher e do homem, são perfeitamente compreensíveis e dentro delas o anticoncepcional seria o caminho mais certo para que se evite a matança de milhões de crianças nas grandes capitais do mundo.

192 - BEBÊ DE PROVETA
XÊNIA - Chico Xavier, num memorável programa que o senhor fez no extinto Canal 4, TV Tupi, o Pinga Fogo, alguém lhe fez uma pergunta a respeito do bebê de proveta e me lembro da fantástica resposta que o senhor deus na época.(1) Então pergunto, mestre Chico Xavier, a sua posição com respeito ao bebê de proveta continua a mesma?
CHICO XAVIER - Naquela ocasião, o Espírito de Emmanuel, em nos inspirando, como acontece agora, ele declarou que haveria sempre no mundo um número elevado, um número nobilitante de mulheres dignas que não se esqueceriam desse sagrado dever da vida, que é o dever da maternidade, a bênção da maternidade, e que, portanto, não deveríamos temer a ausência de determinadas criaturas que aceitam a sua própria solidão, embora pudessem povoar essa solidão com filhos maravilhosos. Então, esse mundo, o nosso mundo, pode contar sempre com as grandes mulheres. Eu digo grandes mulheres, porque a palavra mulher para mim tem uma significação muito alta; a palavra mulher é muito grande porque a mulher tem a chave da vida. Eu creio na ciência, creio na bênção da maternidade, creio na abnegação da mulher e, portanto, eu acredito que todas as bênçãos que o Senhor, nosso Pai de Infinita Bondade, nos concede para facilitar a vida, essas bênçãos serão aproveitadas porque muitas mulheres, nossas irmãs, se abstém da maternidade por dificuldades orgânicas que o bebê de proveta, amparado pela ciência, poderá vencer facilmente.

193 - CONJUGAÇÃO DO VERBO “MATERNAR”
XÊNIA - Estou recebendo dois livros que o senhor está fazendo lançamento aqui em São Paulo: Caminhos do Amor, de Francisco Cândido Xavier e Maria Dolores; e Correio do Além, de Francisco Cândido Xavier e Diversos Espíritos. Chico Xavier, o que é que eu posso dizer ao senhor em agradecimento, a TV Mulher agradece profundamente, agradecemos ao público presente que teve paciência e permitiu a nossa visita aqui: Eu só posso lhe dizer, meu muito lindo, querido e amado mestre, primeiro mestre que colocou o candieiro bem alto para que eu descobrisse que existia luz no mundo, eu amo o senhor até que Deus envelheça. E gostaria que o senhor deixasse uma pequena mensagem às mulheres de todo o Brasil.
CHICO XAVIER - Agradeço muito, reconhecido que a generosidade está inspirando as suas palavras, que eu absolutamente não mereço essa condição em que a sua bondade me coloca, mas eu agradeço muito como quem tivesse recebendo uma carta de crédito no alto empréstimo da vida, através de sua bondade e de sua autoridade, pedindo a Deus que me dê forças para que eu possa resgatar essa dívida que estou contraindo, ouvindo a sua palavra tão bela, tão encorajadora para um coração pequenino quanto o meu. Quanto a deixar determinada mensagem eu me lembro que numa festa beneficente, ao lado da nossa grande amiga Xênia, eu ouvi um neologismo que considero até hoje muito importante. Ela convidava às mulheres, nossas irmãs, a todas que pudessem exercer essa função e esse mandato nobre da vida, que fizessem força para conjugar um verbo novo, um verbo chamado maternar.
XÊNIA - Chico, o senhor se lembra, ainda?
CHICO XAVIER - Eu me lembro, porque achei formidável a sua palavra, porque nós todos, as mulheres presentes e os homens também que puderem exercer esse apostolado, maternar as crianças necessitadas, que cada lar recebesse uma criança, cada companheiro nosso se responsabilizasse por uma criança num instituto de educação, certamente que o infortúnio da delinqüência infanto-juvenil iria desaparecer da faze da Terra. Então, eu digo, vamos ouvir a nossa Xênia e fazer força por maternarmos alguém.
XÊNIA - E nos maternarmos a todos, não é, Chico?
CHICO XAVIER - Sem dúvida, sem dúvida.
XÊNIA - Chico Xavier, o nosso muito obrigada, obrigada aos senhores orientadores do Centro Espírita União. Foram maravilhosos. Chico, por favor, me dê a sua mão, esta é a maneira (beija) de lhe agradecer.
CHICO XAVIER - Obrigado, que Deus a abençoe, lhe dê forças para sua grande tarefa. Muito obrigado.
XÊNIA - Maria Gabriela, um presente para todos nós!

1. Ver Chico Xavier no Pinga Fogo, Edicel, São Paulo, SP, p. 55. - Nota do organizador.

*Entrevista concedida à apresentadora Xênia, no Centro Espírita União, de São Paulo, SP, na noite de 05/10/1983, para o Programa TV Mulher, da Rede Globo, e levada ao vídeo nas manhãs de 13 e 14/10/1983.

Livro “Entender Conversando” Psicografia: Francisco C. Xavier Autor Espiritual: Emmanuel
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publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 19:46
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Sábado, 07 De Março,2009

AOS QUASE SUICIDAS


Sim. É a dor fulminativa, a dor largamente suportada, aquela que se te acumulou no coração, qual represa de fogo e fel, e aquela outra que sempre temeste e que chegou, por fim, à maneira de tempestade, arrasando-te as forças. São elas, essas agonias indizíveis, para as quais os dicionários humanos não te fornecem palavras adequadas à necessária definição, que, muitas vezes, te fazem desejar a morte, antes do momento em que a morte aparece a cada criatura terrestre, à feição de anjo libertador.
Ainda assim, compreendendo-te os ápices de angústia, em nome de todos aqueles que te amam, aquém das fronteiras de cinza, dos quais te despediste na grande separação, rogamos-te paciência e coragem.
Ergue-te, acima dos escombros das próprias ilusões, e contempla os caminhos novos que a Infinita Bondade de Deus te reserva.
Se amarguras te azedaram os sonhos, espera pelo tempo cujos filtros não funcionam debalde; se desenganos te buscaram, observa que ensinamentos te trazem; se dificuldades repontaram da estrada, estuda com elas qual a melhor solução aos teus problemas de paz e segurança; se provações surgiram, atribulando-te as horas, enumera as lições de que se façam portadoras, em teu benefício; se prejuízos te dilapidaram a existência, recorda que o trabalho nunca nos cerra as portas; e se alguém te deixou a alma vazia de afeição, pensa no amor infinito que sustenta o Universo, na certeza de que outras almas te virão ao encontro, abençoando-te o dom de amar e de servir.
Nunca esmoreças, ante as dificuldades que te surjam no caminho para a vanguarda.
Quando estiveres a ponto de ceder à pior rendição de todas - aquela de recusar o dom da vida - detém-te a refletir em Deus que te criou para a Sabedoria e para o Amor. E Ele, cujo poder arranca a erva da semente sepultada no chão para o esplendor solar, te arrebatará igualmente a qualquer tribulação, a fim de que sobrepaires, além de todos os fracassos e de todas as crises, de modo a que brilhes e avances para a frente, aprendendo e trabalhando, servindo e amando, em plenitude de vida imperecível.
Emmanuel
(Mensagem psicografada por Francisco Cândido Xavier. Do livro "Mais Perto” - Edição GEEM)
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AS FORÇAS DO AMANHÃ


"Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda?" - Paulo (I Coríntios, 5:6)
Ninguém vive só.
Nossa alma é sempre núcleo de influência para os demais.
Nossos atos possuem linguagem positiva.
Nossas palavras atuam à distância.
Achamo-nos magneticamente associados uns aos outros.
Ações e reações caracterizam-nos a marcha.
É preciso saber, portanto, que espécie de forças projetamos naqueles que nos cercam.
Nossa conduta é um livro aberto. Quantos de nossos gestos insignificantes alcançam o próximo, gerando inesperadas resoluções.
Quantas frases, aparentemente inexpressivas, arrojadas de nossa boca estabelecem grandes acontecimentos.
Cada dia emitimos sugestões para o bem ou para o mal.
Dirigentes arrastam dirigidos.
Servos inspiram administradores.
Qual é o caminho que a nossa atitude está indicando?
Um pouco de fermento leveda a massa toda. Não dispomos de recursos para analisar a extensão de nossa influência, mas podemos examinar-lhe a qualidade essencial.
Acautele-te, pois, com o alimento invisível que forneces às vidas que te rodeiam.
Desdobra-se o destino em correntes de fluxo e refluxo. As forças que hoje se exteriorizam de nossa atividade voltarão ao centro de nossa atividade, amanhã.
(por Emmanuel, do livro Segue-me!... , Francisco Cândido Xavier, editora O Clarim)
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publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 18:47
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Sexta-feira, 06 De Março,2009

AS OBRAS-PRIMAS POR VIA MEDIANÍMICA.




Porque os Espíritos dos grandes gênios, que brilharam sobre a Terra, não produzem obras-primas por via medianímicas, como o fizeram quando vivos, uma vez que sua inteligência nada perdeu?

Esta pergunta, ao mesmo tempo, é daquelas cuja solução interessa à ciência espírita, como objeto de estudo, e uma objeção oposta por certos negadores à realidade das manifestações. "Essas obras fora de linha, dizem estes últimos, seriam uma prova de identidade própria para convencer os mais recalcitrantes, ao passo que os produtos medianímicos assinados por nomes os mais ilustres, não se elevam quase acima da vulgaridade. Não se cita, até o presente, nenhuma obra capital que possa mesmo se aproximar daquelas dos grandes literatos e dos grandes artistas." Quando eu vir, acrescentam alguns, o Espírito de Homero dar uma nova Ilíada, o de Virgílio uma nova Eneida, o de Corneille um novo Cid, o de Beethoven uma nova sinfonia em lá; ou bem um sábio, como Laplace, resolver um desses problemas inutilmente procurados, como a quadratura do círculo, por exemplo, então poderei acreditar na realidade dos Espíritos. Mas como quereis que nisso acredite quando vos vejo dar seriamente, sob o nome de Racine, poesias que corrigiria um aluno de quarto ano; atribuir a Béranger versos que não são senão pedaços mal rimados, sem espírito e sem sal, ou fazer ter a Voltaire e a Chateaubriand uma linguagem de cozinheira?"

Há, nesta objeção, um lado sério, é o que contém a última parte, mas que não deixa de denotar a ignorância dos primeiros princípios do Espiritismo. Se aqueles que a fazem não julgassem antes de terem estudado, se poupariam um trabalho inútil.

Como se sabe, a identidade dos Espíritos é uma das grandes dificuldades do Espiritismo prático. Ela não pode ser constatada de maneira positiva senão para os Espíritos contemporâneos, dos quais se conhecem o caráter e os hábitos. Eles se revelam, então, por uma multidão de particularidades nos fatos e na linguagem, que não permitem deixar nenhuma dúvida. Esses são aqueles cuja identidade nos interessa mais pelos laços que nos unem a eles. Um sinal, uma palavra freqüentemente bastam para atestar a sua presença, e essas particularidades são tanto mais significativas, quando há mais semelhança na série das conversas familiares que se teve com esses Espíritos. É preciso considerar, além disso, que quanto mais os Espíritos estão próximos de nós pela época de sua morte terrestre, menos são despojados do caráter, dos hábitos e das idéias pessoais que no-los fazem reconhecer.

Ocorre de outro modo com os Espíritos que não são conhecidos, de alguma sorte, senão pela história; para aqueles, não existe nenhuma prova material de identidade; pode haver sua presunção, mas não certeza absoluta da personalidade. Quanto mais os Espíritos estão distanciados de nós pela época em que viveram, menos essa certeza é grande, tendo em vista que suas idéias e seu caráter podem ser modificados com o tempo. Em segundo lugar, aqueles que chegaram a uma certa elevação formam famílias similares pelo pensamento e o grau de adiantamento, dos quais todos os membros estão longe de nos serem conhecidos. Se um deles se manifesta, o fará sob um nome nosso conhecido, como indício de sua categoria. Evocando-se Platão por exemplo, pode ocorrer que ele responda ao chamado; mas se não o pode, um Espírito da mesma classe responderá por ele: este será seu pensamento, mas não sua individualidade. Eis do que importa muito bem se compenetrar.

De resto, os Espíritos superiores vêm para nos instruir; sua identidade absoluta é uma questão secundária. O que eles dizem é bom ou mau, racional ou ilógico, digno ou indigno de sua assinatura, aí está toda a questão. No primeiro caso, é aceita; no segundo, é rejeitada como apócrifa.

Aqui se apresenta o grande escolho da imissão dos Espíritos levianos ou ignorantes, que se enfeitam de grandes nomes para fazerem aceitar suas tolices ou suas utopias. A distinção, nesse caso, exige tato, observação e quase sempre conhecimentos especiais. Para julgar uma coisa, é preciso ser competente. Como aquele que não é versado na literatura e na poesia pode apreciar as qualidades e os defeitos das comunicações desse gênero? A ignorância, neste caso, às vezes faz tomar por belezas sublimes a ênfase, os floreios da linguagem, as palavras sonoras que escondem o vazio das idéias; ela não pode se identificar com o gênio particular do escritor, para julgar isso que pode ou não ser dele. Também se vêem, freqüentemente, médiuns, lisonjeados em receber versos assinados por Racine, Voltaire ou Béranger, não ter nenhuma dificuldade de crê-los autênticos, por detestáveis que sejam, bem felizes ainda se não se irritam contra aqueles que se permitem disso duvidar.

Temos, pois, por perfeitamente justa a crítica quando ela ataca semelhantes coisas, porque ela é muita em nosso sentido. O erro não é do Espiritismo, mas daqueles que aceitam muito facilmente o que vem dos Espíritos. Se aqueles que disso fazem uma arma contra a Doutrina a tivessem estudado, saberiam o que ela admite, e não lhe imputariam o que ela repele, nem os exageros de uma credulidade cega e irrefletida. O erro é ainda maior quando se publicam, sob nomes conhecidos, coisas indignas da origem que se lhes atribui; é expor-se à crítica fundada e nociva ao Espiritismo. É necessário que se saiba bem que o Espiritismo racional, de nenhum modo, toma essas produções sob seu patrocínio, e não assume a responsabilidade das publicações feitas com mais de entusiasmo do que de prudência.

A incerteza no tocante à identidade dos Espíritos, em certos casos, e a freqüência da imissão dos Espíritos levianos provam contra a realidade das manifestações? De nenhum modo; porque o fato das manifestações está tão bem provado pelos Espíritos inferi- ores quanto pelos Espíritos superiores. A abundância dos primeiros prova a inferioridade moral de nosso globo, e a necessidade de trabalhar pela nossa melhoria para dela sairmos o mais cedo possível.

Resta agora a questão principal: Por que os Espíritos dos homens de gênio não produzem obras-primas pela via medianímica?

Antes de tudo, é preciso ver a utilidade das coisas. Para que isso serviria? Para convencer os incrédulos, diz-se; mas quando se os vê resistir à evidência mais palpável, uma obra-prima não lhes provaria melhor a existência dos Espíritos, porque a atribuiriam, como todas as produções medianímicas, à superexcitação cerebral. Um Espírito familiar, um pai, uma mãe, um filho, um amigo, que vêm revelar circunstâncias desconhecidas do médium, dizer dessas palavras que vão ao coração, provam muito mais do que uma obra- prima que poderia sair de seu próprio cérebro. Um pai, cujo filho que ele chora vem atestar sua presença e sua afeição, não é mais convincente do que se Homero viesse fazer uma nova Ilíada, ou Racine uma nova Pedra? Por que, pois, pedir-lhes torneio de força que espantariam mais do que convenceriam, quando eles se revelam por milhares de fatos íntimos ao alcance de todo o mundo? Os Espíritos procuram convencer as massas, e não tal ou tal indivíduo, porque a opinião das massas faz a lei, ao passo que os indivíduos são unidades perdidas na multidão; eis porque fazem tão poucos esforços para os obstinados que querem fazê-los perder a paciência. Eles sabem bem que cedo ou tarde lhes será preciso dobrar-se diante da força da opinião. Os Espíritos não se submetem ao capricho de ninguém; para convencer os incrédulos empregam os meios que querem, segundo os indivíduos e as circunstâncias; tanto pior para aqueles que com isso não se contentam; sua vez virá mais tarde. Eis porque dizemos também aos adeptos: Ligai-vos aos homens de boa-fé, porque não falhareis; mas não percais vosso tempo com os cegos que não querem ver, e os surdos que não querem ouvir. E faltar com a caridade agir assim? Não, uma vez que não é para eles senão um atraso. Enquanto perderíeis vosso tempo com eles, negligenciaríeis de dar consolações a uma multidão de pessoas que delas têm necessidade, e que aceitariam com alegria o pão de vida que lhes ofereceis. Além disso, pensai que os refratários que resistem à vossa palavra e às provas que lhes dais, cederão um dia sob o ascendente da opinião que se formará ao redor deles; seu amor-próprio com isso sofrerá menos.

A questão das obras-primas se liga ainda ao próprio princípio que rege as relações dos encarnados com os desencarnados. Sua solução depende do conhecimento deste princípio. Eis as respostas dadas a este respeito na Sociedade Espírita de Paris.

(6 de janeiro de 1865. - Médium, Sr. d'Ambel.)


Há médiuns que, por suas aquisições anteriores, por seus estudos particulares na existência que percorrem hoje, se colocaram em posição de estarem mais aptos, senão mais úteis do que outros. Aqui a questão moral nada tem a fazer: é simplesmente uma questão de capacidade intelectual. Mas não é preciso desconhecer que a maior parte desses médiuns não se prodigalizam e se recebem da parte dos Espíritos comunicações de uma ordem elevada, estas aproveitam só a eles. Mais de uma obra-prima da literatura e das artes foi o produto de uma mediunidade inconsciente; sem isto, de onde viria a inspiração? Afirmais temerariamente que as comunicações recebidas por Delphine de Girardin, Auguste Vaquerie e outros estavam à altura do que se tinha direito de esperar dos Espíritos que se comunicavam por eles. Nessas ocasiões, infelizmente muito raras em Espiritismo, as almas daqueles que queriam se comunicar estavam sob a mão de bons, de excelentes instrumentos, ou antes, de médiuns cujas capacidades cerebrais forneciam todos os elementos de palavras e de pensamentos necessários à manifestação dos Espíritos inspiradores. Ora, na maioria das circunstâncias em que os Espíritos se comunicam, os grandes Espíritos, bem entendido, estão longe de ter sob a mão os elementos suficientes para a emissão de seus pensamentos na forma, com a fórmula que teriam dado quando vivos. Está aí um motivo para não receber suas instruções? Certamente não! Porque se algumas vezes a forma deixa a desejar, o fundo é sempre digno do signatário das comunicações. De resto, são querelas de palavras. A comunicação existe ou não existe? Tudo está aí. Se ela existe, que importa o Espírito e o nome que se dá! Se não se crê nele, importa menos ainda com isso se preocupar. Os Espíritos tratam de convencer; quando não têm sucesso, é um inconveniente sem importância; é simplesmente porque o encarnado não está ainda pronto para ser convencido. No entanto, estou bem a vontade para afirmar aqui que sobre cem indivíduos de boa-fé que experimentam por eles ou por médiuns que lhes são estranhos, há mais de dois terços que se tornam partidários sinceros da Doutrina Espírita, porque nesses períodos excepcionais, a ação dos Espíritos não se circunscreve somente no ato do médium, mas se manifesta por mil lados materiais ou espirituais sobre o próprio evocador.

Em suma, nada é absoluto, e chegará sempre uma hora mais fecunda, mais produtiva do que a hora precedente. Eis, em duas palavras, minha resposta à pergunta colocada por vosso presidente.

ERASTO.


(20 de janeiro de 1865. - Médium, senhorita M. C.)

Perguntais por que os Espíritos que, sobre a Terra, brilharam pelo seu gênio, não dão aos médiuns comunicações que estejam à altura de suas produções terrestres, quando deveriam antes dá-las superiores, tendo acrescentado o tempo escoado desde sua morte às suas faculdades. A razão é esta.

Para poder se fazer ouvir, é preciso que os Espíritos ajam sobre instrumento que estejam ao nível de sua ressonância fluídica. Que pode fazer um bom músico com um instrumento detestável? Nada. Ah! muitos, senão a maioria dos médiuns são para nós instrumentos bem imperfeitos. Compreendei que em tudo é preciso semelhança, tanto nos fluidos espirituais quanto nos fluidos materiais. Para que os Espíritos avançados possam se vos manifestar, lhes são necessários médiuns capazes de vibrar em uníssono com eles; do mesmo modo, para as manifestações físicas, é preciso encarnados possuidores dos fluidos materiais da mesma natureza daqueles dos Espíritos errantes, tendo ainda ação sobre a matéria.

Galileu não poderá, pois, se manifestar realmente senão a um astrônomo capaz de compreendê-lo e de transmitir sem erro seus dados astronômicos; Alfred de Musset e outros poetas terão necessidade de um médium amando e compreendendo a poesia; Beethoven, Mozart, procurarão músicos dignos de poder transcrever seus pensamentos musicais; os Espíritos instrutores que vos revelam os segredos da Natureza, segredos pouco conhecidos, ou ainda ignorados, têm necessidade de médiuns compreendendo já certos efeitos magnéticos e tendo bem estudado a mediunidade.

Compreendei isto, meus amigos; refleti que não encomendais um vestuário ao vosso chapeleiro, nem um chapéu a um alfaiate. Deveis compreender que temos necessidade de bons intérpretes, e que certos de nós, na falta de poder encontrar esses intérpretes, se recusam à comunicação. Mas então o lugar é tomado. Não olvideis que os Espíritos levianos são em grande número, e que aproveitam de vossas faculdades com tanto mais facilidade quanto muitos dentre vós, bajulados por assinaturas notáveis, pouco se inquietam em se informar na fonte verdadeira, e de confrontar o que obtêm com o que teriam devido obter. Regra geral: quando quiserdes um calculador, não vos dirijais a um dançarino.

UM ESPÍRITO PROTETOR.

Nota. Esta comunicação repousa sobre um princípio verdadeiro, que resolve perfeitamente a questão no ponto de vista científico, mas, no entanto, não poderia ser tomada num sentido muito absoluto. À primeira vista, esse princípio parece contradito pelos fatos tão numerosos de médiuns que tratam de assuntos fora de seus conhecimentos, e pareceria implicar, para os Espíritos superiores, a possibilidade de não se comunicarem senão com médiuns à sua altura. Ora, isto não deve se entender senão quando se trata de trabalhos especiais e de uma importância fora de linha. Concebe-se que se Galileu quer tratar uma questão científica, se um grande poeta quer ditar uma obra poética, eles têm necessidade de um instrumento que responda ao seu pensamento, mas isto não quer dizer que, para outras coisas, uma simples questão de moral, por exemplo, um bom exemplo a dar, não poderão fazê-lo por um médium que não seja nem sábio nem poeta. Quando um médium trata com facilidade e superioridade assuntos que lhe são estranhos, é um indício de que seu Espírito possui um desenvolvimento inato e faculdades latentes fora da educação que recebeu.
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 19:47
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Quarta-feira, 04 De Março,2009

JESUS É NOSSO IRMÃO



Numa pequena cidade da Palestina, chamada Nazaré, morava um casal, José e Maria.
Certo dia apareceu para Maria um anjo (emissário de Deus) identificando-se pelo nome Gabriel, que lhe disse:
"— Maria. És abençoada entre todas as mulheres, pois de ti nascerá um filho a que darás o nome de Jesus, ele salvará a humanidade com seus ensinamentos."
Maria guardou segredo desta visão, pois não se considerava merecedora de tanta felicidade.
O imperador César Augusto, desejando saber quantas pessoas havia em seu império, determinou que cada família fosse a cidade onde haviam nascido, para alistarem-se e fazer a contagem de seus bens, propriedades, idade, etc. Isto é chamado de senso. No Brasil de época em época e feito um senso semelhante a esse.
Como José nasceu em Belém, tinha que ir se alistar naquela cidade. Mas não queria deixar Maria sozinha em Nazaré, pois também o anjo tinha lhe aparecido e explicado a importância daquela maternidade. José levou Maria com ele. Após demorada e difícil caminhada, onde em alguns trechos da estrada Maria ia montada no burrico que levava a bagagem, outras vezes andava a pé, e assim andaram até chegarem a Belém onde não encontraram vaga em nenhuma hospedaria, ou hotel para dormirem. Depois de muito procurarem foi lhes indicado uma casa simples afastada da cidade onde guardavam as palhas e os alimentos do animais. Nesse local se abrigaram nas noites de frio. Este lugar era conhecido como estábulo e, onde ficavam os animais. Foi nesse local que nasceu o menino Jesus.
Naquela noite, pastores que guardavam o rebanho nos campos ali próximos foram avisados do grande acontecimento.
Um Emissário divino, deu a notícia do nascimento de Jesus dizendo:
"— Glória a Deus nas alturas, paz na Terra e boa vontade para com os homens."
Os pastores foram seguindo aquelas vozes e o brilho da estrela e chegaram à Belém, encontrando Jesus (bebê) entre as palhas forradas com lençóis e guardado pelos seus pais e os animais que estavam no estábulo. Muito contentes os pastores saíram a contar o que aconteceu.
Em terras distantes de Belém, havia chefes religiosos que se denominavam magos. Alguns deles partiram guiados por uma estrela, que seria "enviada de Deus" ensinando o caminho.
Quando os magos passaram por Jerusalém, foram ao palácio real, perguntarem sobre o nascimento de Jesus, mas o rei Herodes chamado o Grande, disse que não sabia, e pediu-lhes que, na volta, lhe contasse onde o encontraram.
Chegando no estábulo, ofereceram a Jesus de acordo com os costumes do local onde viviam: ouro, incenso e mirra.
Sendo por divina advertência (inspiração) prevenidos em sonho para não voltarem ao palácio real, os magos, então, voltaram por outro caminho para não encontrar o rei Herodes.
José, pai de Jesus, durante o sono foi avisado por um anjo, que Herodes com medo que Jesus crescesse e lhe tomasse o trono do rei dos Judeus, desejava mandar matá-lo, tomou ele então durante a noite o menino e sua mãe e partiu para o Egito.
Passado algum tempo, Herodes percebeu que havia sido enganado pelos magos. Como solução, mandou matar todos os meninos de Belém e de todos os seus arredores, de dois anos de idade para baixo, conforme o tempo do qual com precisão se informara dos magos.
Quando os soldados cumpriram a ordem cruel, os três já estavam distantes de Belém.
Algum tempo mais tarde quando Herodes já havia desencarnado José e sua família, volta para a terra de Israel, porém, tendo ouvido que Arquelau reinava na Judéia em lugar de seu pai Herodes, temeu ir para lá, e, por divina advertência prevenido em sonho retirou-se para as regiões da Galiléia.
Todos os anos os pais de Jesus iam a Jerusalém passar alguns dias, enquanto durasse uma festa tradicional daquele povo e, quando Jesus tinha doze anos de idade, foi José, Maria e Jesus comparecerem a Jerusalém para participar dessa festividade. Porém, quando terminou os dias da festa, José e Maria se preparavam para voltar ao seu lar perceberam que Jesus não se encontrava junto deles, preocupados, se puseram a procurá-lo, indo encontrá-lo no templo de Jerusalém, onde conversava com os doutores, e estes, admirando-o por sua inteligência, sua maneira de falar e as resposta que dava as suas perguntas.
Jesus tinha um primo de nome João Batista, homem enérgico, que convocava a toda a criatura a se arrepender de seus erros, e tomar um novo caminho, pois que o Messias já estava entre eles, e que viera para libertar o povo de tantos sofrimentos, dores, escravidão (desde o tempo de Moisés no Egito). Muitos pensavam que João era um homem doente da mente, porque falava daquelas coisas.
João Batista, batizava a todos aqueles que queriam mudar os seus costumes ruins e seguir o novo caminho, que era o de fazer o bem. Batizava João junto ao rio Jordão. E Jesus também foi batizado por João Batista. Por causa dessa prática de batizar João era chamado de Batista.
Dos doze aos trinta anos de idade, Jesus trabalhou junto com seu pai como carpinteiro, observou o povo, seus costumes, estudou as leis naturais, as leis de Deus, preparando-se para a sua grande missão.
Aos trinta anos de idade Jesus, sai convocando pessoas para serem seus discípulos, chamados também de apóstolos, e passou a declarar-se abertamente como Messias que veio ao mundo para ensinar o Evangelho, que significa Boa Nova ou Boa Notícia.
Ensinava que devemos amar, perdoar, fazer caridade, falava sobre a verdadeira vida - a vida espiritual. Dizendo: “Meu reino não é deste mundo”.
Seu maior ensinamento foi: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito; este o maior e o primeiro mandamento. E aqui tendes o segundo, semelhante a esse: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. - Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos." (MATEUS, cap. XXII, vv. 37 a 40.)
Jesus nada escreveu, mas exemplificou com sabedoria e bondade todos os seus ensinamentos.
Não foi compreendido pelas pessoas daquele tempo, pois não entendiam o grande amor que Jesus ensinava e exemplificava.
E assim, de nada valeu o apelo dos conselheiros do Tribunal, Nicodemos e José de Arimatéia, que eram homens veneráveis, dotados de grande saber e que defenderam Jesus.
Mas eram muitos que diziam que Jesus era o Rei dos Judeus e o Messias, e assim os poderosos temiam que ele se apoderasse do trono e o condenaram à morte na cruz.
Era semana da Páscoa dos Judeus (festa onde comemoravam a saída do povo judeu do Egito, conduzido por Moisés libertando-os da escravidão).
Antes de ser condenado, por algumas vezes, Jesus havia dito aos seus discípulos que três dias depois de ser sepultado que ele reapareceria para eles. Assim aconteceu, Jesus em luzes resplandecente reaparece aos seus discípulos.

E, assim, Jesus deixou provado e comprovado que não existe a morte para o espírito, o que morre é o corpo de carne como tudo natureza, já que toda matéria passa pela lei da destruição, mas o Espírito, a Alma imortal sobrevive e mais que isso pode ser vista por pessoas chamadas médiuns, que nos trazem notícias daqueles que morrem antes de nós e que ficam no plano espiritual até que um dia nos encontremos novamente.
Percebam, assim, que o amor, a amizade, não terminam após à morte física.
Jesus disse:

"E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá. Crês nisto?. (João 11,26)
Entendemos agora que ele falava do espírito que sobrevive à morte.

"Eu sou o caminho, a verdade e a vida" (João 14:6). Ninguém chegará ao Pai (Deus) se não agir conforme o seu ensino moral.
Como ficamos felizes por saber que seus ensinamentos continuam entre nós que ele vive a esperar que nós nos amemos uns aos outros.

FONTE:Evangelização Infantil - Ciclo intermediário - Programa A - Volume I - Coleção I - ALIANÇA ESPÍRITA EVANGÉLICA
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 23:22
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Terça-feira, 03 De Março,2009

NINGUÉM VEM AO PAI SENÃO POR MIM



No Evangelho segundo Mateus encontramos está orientação de Jesus: “Sede vós logo perfeitos, como também vosso Pai celestial é perfeito (Mateus, 5:48)” para nos indicar a direção correta de chegar até o Pai.

Em João, 14:6 através desta frase "Ninguém vem ao Pai senão por mim" Jesus indica que ninguém vai evoluir se não agir conforme os ensinos que ele nos trouxe, ou seja, ninguém poderá crescer espiritualmente se não fizer da maneira como ele nos ensinou.

Muitos dizem que há uma certa arrogância em tais palavras, mas é que no atual estágio evolutivo em que nos encontramos ainda nos comunicamos através de palavras articuladas, e os pronomes como “eu” ou “mim” soam como uma forma egoística, quando em determinados casos é só um sinal de identificação ou de uma convicção adquirida e estruturada dentro do ser que a pronuncia. Jesus, por sua evolução espiritual, já tinha moral e autoridade suficientes para falar dessa forma. O momento e as circunstâncias exigiram esse discurso. O mesmo não aconteceria se já nos comunicássemos por pensamento, pois que seríamos sempre transparentes e não haveria como esconder o que quer que fosse. Assim, não haveria impressão negativa, e sim a manifestação do sentido intrínseco. O pronome “eu”, apesar de em muitos casos ser simplesmente uma maneira de nos identificarmos, é própria dos mundos como o nosso, onde a maioria ainda nasce com o ego exacerbado. Assim é a Terra. Estamos aqui exatamente para transformar este (e todos os outros defeitos, naturalmente) em qualidades. Um ensino é bom quando se percebe a sua universalidade, ou seja, quando ele não abrange uma única pessoa, um único grupo, um único povo, servindo seu conteúdo para todo e qualquer lugar do Universo, ou quando ele puder ao menos abranger o maior número de seres. E o ensino de Jesus é universalista. E nos coloca sempre em direção a esta hierarquia natural universal do cumprimento dos deveres, dita por São Vicente de Paulo in O Livro dos Espíritos, em resposta à q. 888a.

“NÃO ESQUEÇAIS NUNCA de que o Espírito, QUALQUER QUE SEJA O GRAU DE SEU ADIANTAMENTO, sua situação como encarnado, ou na erraticidade, está sempre colocado entre um superior, que o guia e aperfeiçoa, e um inferior, para com o qual tem que cumprir esses mesmos deveres.” Por isto é que fora da Caridade não há salvação. Aliás, Pedro, em sua primeira epístola 4:8 «Mas sobretudo tende ardente caridade uns para com os outros porque a caridade cobre a multidão de pecados.», também disse igual, embora as novas versões da Bíblia tragam a palavra 'amor' em lugar de 'caridade', alterando o significado original. Ora, se o homem não se colocar dentro dessa hierarquia universal de solidariedade no mais alto grau que é a caridade, não poderá haver harmonia, e conseqüentemente não há como estar com Deus e por Deus; assim, não há como se salvar, já que se coloca numa posição isolada e não de conjunto.

Quando buscamos o verdadeiro significado do amor podemos observar que ele não é um sentimento, mas uma força. E, em se tratando de Deus, o AMOR É A FORÇA QUE REGE O UNIVERSO, e a CARIDADE é um ato de relação (ver resposta a q. 886 in LE) pelo qual deixamos fluir este amor sempre que nos encaixarmos nesta hierarquia universal.

Assim, (LE 888a) amai-vos uns aos outros, é a lei máxima pela qual Deus governa os mundos. O AMOR, por ser uma força, cria um magnetismo que atrai os seres afins e organizados a agirem de maneira harmônica, e a auxiliar os que lhes estão na retaguarda ou mesmo com os seres inorgânicos para desenvolver a Criação primeira de Deus em todos os sentidos. É por isso que tudo se encadeia no Universo, desde o átomo (ou partícula menor que átomo) até o arcanjo. Admirável lei de harmonia, cujo mecanismo somente agora nosso Espírito ainda limitado começa a compreender. (q. 540 de LE).

O homem sempre evolui, praticando o mal ou o bem, pelo mal antes tem que ir até o fundo do poço (ver parábola do filho pródigo) para se conscientizar de que deve buscar o bom caminho. Pelo bem porque é a forma natural e a melhor maneira de crescer. Mas o sofrimento maior são daqueles que ficam sempre em cima do muro (ver parábola dos talentos e q. 642 de LE ), daqueles que têm a oportunidade de fazer o bem e não o fazem por medo ou por comodismo; esses são os que Jesus dizia que haveria choro e ranger de dentes, pois que o remorso é o pior dos sofrimentos já que é a cobrança da própria consciência.

Tudo é uma questão de buscar o sentido pela qual são ditas ou escritas as palavras, frases ou textos, assim como a frase dita por Jesus "...ninguém vem ao pai senão por mim"; com isto concluímos que não se tratou de uma arrogância de Jesus, e sim como uma orientação de estímulo para que o esforço do homem se concentre em conquistar a sua perfeição (através do autoconhecimento contínuo) e assim chegar mais próximo de Deus. Ora, na outra frase que antecede a esta Jesus disse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida;..." (João, 14:6), onde podemos perceber melhor a sua certeza (fé, convicção), e que lhe dava autoridade moral para se expressar dessa forma. Lendo-se o capitulo 14 do evangelho segundo João em sua totalidade a percepção da autoridade moral de Jesus ficará mais acentuada.

Aliás, Jesus nos conclama em muitas passagens dos Evangelhos a termos esperança e fé, como esta colocada logo no início do capítulo 14 de João: "Não se turbe o vosso coração. Crede em Deus, crede também no que estou vos dizendo - Há muitas moradas na casa do Pai. Se assim não fosse, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos o lugar." (João, 14, 1-2) já que através do processo da reencarnação teremos muitas outras oportunidades de refazer o nosso caminho, e se soubermos aproveitar bem cada uma delas nossa evolução se fará sempre mais tranqüila. E uma vez conquistada através das múltiplas reencarnações, tanto a moral como a fé inabalável semelhante à de Jesus, também poderemos dizer com convicção e autoridade moral, indicando um bom caminho para aqueles que estiverem sobre a nossa responsabilidade de orientar: "Eu sou isto ou aquilo", "ninguém conseguirá seguir adiante se não seguir minha orientação."

Em verdade nem sempre podemos nos apegar ao sentido literal das palavras, nem mesmo ao mito ou aparência de ninguém, e sim à essência das coisas, principalmente das lições que as grandes criaturas que passaram pela Terra nos legaram, se desejamos realmente com eles aprender.


Bibliografia:Bíblia sagrada - diversas traduçõesO Livro dos Espíritos - Allan Kardec
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 22:02
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Segunda-feira, 02 De Março,2009

A PLURARIDADE DOS MUNDOS


Quem não teria perguntado, considerando a Lua e os outros astros, se esses globos são habitados? Antes que a ciência nos tivesse iniciado quanto à natureza desses astros, disso se podia duvidar hoje, no estado atual dos nossos conhecimentos, há, pelo menos, probabilidades; mas fizeram-se a essa idéia, verdadeiramente sedutora, objeções tiradas da própria ciência. A Lua, diz-se, parece não ter mais atmosfera, e, talvez, água. Em Mercúrio, tendo em vista a sua proximidade do Sol, a temperatura média deve ser a do chumbo fundido, de sorte que, se houver chumbo, deverá correr como a água dos nossos rios. Em Saturno, é tudo o oposto; não temos termo de comparação para o frio que nele deve reinar; a luz do Sol, ali, deve ser muito fraca, apesar do reflexo das suas sete luas e do seu anel, porque, a essa distância, o Sol não deve parecer senão como uma estrela de primeira grandeza. Em tais condições, pergunta-se se seria possível viver.

Não se concebe que, uma semelhante objeção possa ser feita por homens sérios. Se a atmosfera da Lua não pôde ser percebida, é racional que disso se infere que não exista? Não pode estar formada de elementos desconhecidos ou muito rarefeitos para não produzir refração sensível? Diremos a mesma coisa da água ou dos líquidos que nela existam. Com relação aos seres vivos, não seria negar o poder divino crendo impossível uma organização diferente da que nós conhecemos, quando, sob os nossos olhos, a previdência da Natureza se estende com uma solicitude tão admirável até o menor dos insetos, e dá, a todos os seres, órgãos apropriados ao meio ao qual devem habitar, seja sob a água, o ar ou a terra, seja mergulhados na obscuridade ou expostos ao clarão do Sol? Se não tivéssemos jamais visto os peixes, não poderíamos conceber seres vivos na água; não faríamos uma idéia da sua estrutura. Quem poderia crer, ainda há pouco tempo, que um animal pudesse viver um tempo indefinido no seio de uma pedra! Mas, sem falar desses extremos, os seres que vivem sob o fogo da zona tórrida poderiam existir nos gelos polares? E, todavia, há, nesses gelos, seres organizados para esse clima rigoroso e que não poderiam suportar o ardor de um sol vertical. Por que, pois, não admitiríamos que seres possam estar constituídos de modo a viverem sobre outros globos e num meio todo diferente do nosso? Seguramente, sem conhecer a funde a constituição física da Lua, dela sabemos o bastante para estarmos certos de que, tais como somos, ali não poderíamos viver, tanto como não o podemos no seio do Oceano, em companhia dos peixes. Pela mesma razão, os habitantes da Lua, se pudessem vir à Terra, constituídos para viverem sem ar, ou num ar muito rarefeito, talvez muito diferente do nosso, seriam asfixiados em nossa espessa atmosfera, como o somos quando calmos na água. Ainda uma vez, se não temos a prova material e visual da presença de seres vivos em outros mundos, nada prova que não possam existir, cujo organismo seja apropriado a um meio ou a um clima qualquer. O simples bom senso nos diz, ao contrário, que assim deve ser, porque repugna à razão crer que esses inumeráveis globos que circulam no espaço não são senão massas inertes e improdutivas. A observação nos mostra, deles, superfícies acidentadas por montanhas, vales, barrancos, vulcões extintos ou em atividade; por que, pois, não haveriam seres orgânicos? Seja, dir-se-á; que haja plantas, mesmo animais, isso pode ser; mas seres humanos, homens civilizados como nós, conhecendo Deus, cultivando as artes, as ciências, isso será possível?

Seguramente, nada prova, matematicamente, que os seres que habitam os outros mundos sejam homens como nós, moralmente falando; mas, quando os selvagens da América viram desembarcar os Espanhóis, não duvidaram mais que, além dos mares, existia um outro mundo cultivando artes que lhes eram desconhecidas. A terra é salpicada de uma inumerável quantidade de ilhas, pequenas ou grandes, e tudo o que é habitável está habitado; não surge um rochedo no mar que o homem não plante, no instante, sua bandeira. Que diríamos se os habitantes de uma das menores dessas ilhas, conhecendo perfeitamente a existência das outras ilhas e continentes, mas, jamais havendo tido relações com aqueles que os habitam, se cressem os únicos seres vivos do globo? Nós lhes diríamos: Como podeis crer que Deus haja feito o mundo só para vós? Por qual estranha bizarria vossa pequena ilha, perdida num canto do Oceano, teria o privilégio de ser a única habitada? Podemos dizer outro tanto de nós com respeito às outras esferas. Por que a Terra, pequeno globo imperceptível na imensidão do Universo, que não se distingue dos outros planetas nem pela sua posição, nem pelo seu volume, nem pela sua estrutura, porque não é nem a menor nem a maior, nem está no centro e nem na extremidade, por que, digo, seria, entre tantas outras, a única residência de seres racionais e pensantes? Que homem sensato poderia crer que esses milhões de astros, que brilham sobre as nossas cabeças, tenham sido feitos para recrear a nossa visão? Qual seria, então, a utilidade desses outros milhões de globos imperceptíveis a olho nu, e que não servem nem mesmo para nos clarear? Não haveria, ao mesmo tempo, orgulho e impiedade em pensar que assim deve ser? Àqueles que a impiedade pouco toca, diremos que é ilógico.

Chegamos, pois, por um simples raciocínio, que muitos outros fizeram antes de nós, a concluir pela pluralidade dos mundos, e esse raciocínio se encontra confirmado pela revelação dos Espíritos. Eles nos ensinam, com efeito, que todos esses mundos são habitados por seres corpóreos apropriados à constituição física de cada globo; que, entre os habitantes desses mundos, uns são mais, outros são menos, avançados do que nós do ponto de vista intelectual, moral e mesmo físico. Ainda mais, hoje, sabemos que podemos entrar em relação com eles, e deles obter notícias sobre o seu estado; sabemos, ainda, que não só todos esses globos são habitados por seres corpóreos, mas, que o espaço está povoado por seres inteligentes, invisíveis para nós por causa do véu material lançado sobre a nossa alma, e que revelam a sua existência por meios ocultos ou patentes. Assim, tudo é povoado no Universo, a vida e a inteligência estão por toda parte: sobre os globos sólidos, no ar, nas entranhas da terra, e até nas profundezas etéreas. Haverá, nessa doutrina, alguma coisa que repugne à razão? Não é, ao mesmo tempo, grandiosa e sublime? Ela nos eleva pela nossa própria pequenez, diferentemente desse pensamento egoísta e mesquinho que nos coloca como os únicos seres dignos de ocupar o pensamento de Deus.
REVISTA ESPÍRITA JORNAL DE ESTUDOS PSICOLÓGICOS PUBLICADA SOB A DIREÇÃO DE ALLAN KARDEC ANO 1 - MARÇO 1858 - Nº. 3
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 22:45
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Domingo, 01 De Março,2009

NA ROMAGEM DO MUNDO



Na romagem do mundo, não te algemes à ilusão.
Tudo na vida se renova.
A erva de hoje, amanhã será tronco robusto.
*
A água da fonte humilde que te afaga os pés agora, confundida depois no rio imenso, é suscetível de afogar-te.
*
A lâmina que afias é capaz de ferir-te.
*
O perigo que não corrijes ameaça-te o caminho.
*
O companheiro que hoje concorda contigo, em certos aspectos da luta humana, provavelmente, mais tarde, será opositor dos teus pontos de vista, noutros ângulos da jornada terrestre.
*
A juventude dirige-se para a madureza.
O vinho, em muitas circunstâncias, converte-se em vinagre.
*
A flor sublime, por vezes, faz-se o ninho de vermes destruidores.
*
Certamente, ninguém conseguirá viver em alegria, entre o pessimismo e a indecisão.
*
A confiança é a filha da fé. Mas nossa fé precisa respirar sempre mais alto, no clima de valores imutáveis do espírito.
*
Faze do bem o tema central da própria vida.
*
Nem desespero, nem violência.
Auxilia e passa adiante, plantando a fraternidade que ilumina e consola. E, sem prender os outros nas teias da própria dominação, a fim de que os outros não te prendam, nos círculos acanhados do egoísmo que lhe és próprio, seguirás para a frente, ao encontro do Amor Divino, em cuja grandeza brilha a Luz da Felicidade Imortal.
*

Meimei
Psicografia Chico Xavier
Espíritos Diversos
Livro Servidores no Além

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publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 22:55
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