Quinta-feira, 30 De Abril,2009

RESSURREIÇÃO E REENCARNAÇÃO



EM HOMENAGEM AOS 145 ANOS DE LANÇAMENTO DO “EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO” OCORRIDO EM 30 DE ABRIL DE 1864 EM PARIS.

1 – E veio Jesus para os lados de Cesaréia de Felipe, e interrogou seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens que é o Filho do Homem? E eles responderam: Uns dizem que é João Batista, mas outros que é Elias, e outros que Jeremias ou algum dos Profetas. Disse-lhes Jesus: E vós, quem dizeis que sou eu? Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, filho do Deus vivo. E respondendo Jesus, lhe disse: Bem aventurado és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne e o sangue que te revelaram isso, mas sim meu Pai, que está nos Céus”. (Mateus, XVI: 13-17)
2 – E chegou a Herodes, o Tetrarca notícia de tudo o que Jesus obrava, e ficou como suspenso, porque diziam uns: É João que ressurgiu dos mortos; e outros: É Elias que apareceu; e outros: É um dos antigos profetas que ressuscitou. Então disse Herodes: Eu mandei degolar a João; quem é, pois, este, de quem ouço semelhantes coisas? E buscava ocasião de o ver. (Marcos, VI: 14-15; Lucas, IX: 7-9)
3 – (Após a transfiguração). E os discípulos lhe perguntaram, dizendo: Pois por que dizem os escribas que importa vir Elias primeiro? Mas ele, respondendo, lhes disse: Elias certamente há de vir, e restabelecerá todas as coisas: digo-vos, porém, que Elias já veio, e eles não o conheceram, antes fizeram dele quanto quiseram. Assim também o Filho do Homem há de padecer às suas mãos. Então compreenderam os discípulos que de João Batista é que ele lhes falara. (Mateus, XVII: 10-13; Marcos, XVIII: 10-12)


RESSURREIÇÃO E REENCARNAÇÃO
A reencarnação fazia parte dos dogmas judeus, sob o nome de ressurreição. Somente os saduceus, que pensavam que tudo acabava com a morte, não acreditavam nela. As idéias dos judeus sobre essa questão, como sobre muitas outras, não estavam claramente definidas. Porque só tinham noções vagas e incompletas sobre a alma e sua ligação com o corpo. Eles acreditavam que um homem podia reviver, sem terem uma idéia precisa da maneira por que isso se daria, e designavam pela palavra ressurreição o que o Espiritismo chama, mais justamente, de reencarnação. Com efeito, a ressurreição supõe o retorno à vida do próprio cadáver, o que a Ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo já estão há muito dispersos e consumidos. A reencarnação é à volta da alma ou Espírito à vida corpórea, mas num outro corpo, novamente constituído, e que nada tem a ver com o antigo. A palavra ressurreição podia, assim, aplicar-se a Lázaro, mas não a Elias, nem aos demais profetas. Se, portanto, segundo sua crença, João Batista era Elias, o corpo de João não podia ser o de Elias, pois que João tinha sido visto criança e seus pais eram conhecidos. João podia ser, pois, Elias reencarnado, mas não ressuscitado.
E havia um homem dentre os fariseus, por nome Nicodemos, senador dos judeus. Este, uma noite, veio buscar a Jesus, e disse-lhe: Rabi, sabemos que és mestre, vindo da parte de Deus, porque ninguém pode fazer estes milagres, que tu fazes, se Deus não estiver com ele. Jesus respondeu e lhe disse: Na verdade, na verdade te digo que não pode ver o Reino de Deus senão aquele que renascer de novo. Nicodemos lhe disse: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura pode entrar no ventre de sua mãe e nascer outra vez? Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo que quem não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus, o que é nascido de carne é carne, e o que é nascido do Espírito é Espírito. Não te maravilhes de eu te dizer que vos importa nascer de novo. O Espírito sopra onde quer, e tu ouves a sua voz, mas não sabes de onde ele vem, nem para onde vai. Assim é todo aquele que é nascido do Espírito. Perguntou Nicodemos: Como se pode fazer isto? Respondeu Jesus: Tu és mestre em Israel, e não sabes estas coisas? Em verdade, em verdade te digo: que nós dizemos o que sabemos, e damos testemunho do que vimos, e vós, com tudo isso, não recebeis o nosso testemunho. Se quando eu vos tenho falado das coisas terrenas, ainda assim me credes, como creríeis, se eu vos falasse das celestiais? (João, III: 1-12)
A idéia de que João Batista era Elias, e de que os profetas podiam reviver na Terra, encontra-se em muitas passagens dos Evangelhos, notadamente nas acima reproduzidas (nº 1 a 3). Se essa crença fosse um erro, Jesus não deixaria de combatê-la, como fez com tantas outras. Longe disso, porém, ele a sancionou com toda a sua autoridade, e a transformou num princípio, fazendo-a condição necessária, quando disse: Ninguém pode ver o Reino dos Céus, se não nascer de novo. E insistiu, acrescentando: Não te maravilhes de eu ter dito que é necessário nascer de novo.
Estas palavras: “Se não renascer da água e do Espírito”, foram interpretadas no sentido da regeneração pela água do batismo. Mas o texto primitivo diz simplesmente: Não renascer da água e do Espírito, enquanto que, em algumas traduções, a expressão do Espírito foi substituída por do Espírito Santo, o que não corresponde ao mesmo pensamento. Esse ponto capital ressalta dos primeiros comentários feitos sobre o Evangelho, assim como um dia será constatado sem equívoco possível.(1)

Para compreender o verdadeiro sentido dessas palavras, é necessário reportar à significação da palavra, que não foi empregada no seu sentido específico. Os antigos tinham conhecimentos imperfeitos sobre as ciências físicas, e acreditavam que a Terra havia saído das águas. Por isso, consideravam a água como o elemento gerador absoluto. É assim que encontramos no Gênesis: “O Espírito de Deus era levado sobre as águas”, “flutuava sobre as águas”, “que o firmamento seja no meio das águas”, que as águas que estão sob o céu se reúnam num só lugar, e que o elemento árido apareça”, “que as águas produzam animais viventes, que nadem na água, e pássaros que voem sobre a terra e debaixo do firmamento”.
Conforme essa crença, a água se transformara no símbolo da natureza material, como o Espírito o era da natureza inteligente. Estas palavras: “Se o homem renascer da água e do Espírito”, ou “na água e no Espírito”, significam pois: “Se o homem não renascer com o corpo e a alma”. Neste sentido é que foram compreendidas no princípio.
Esta interpretação se justifica, aliás, por estas outras palavras: “O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é Espírito”. Jesus faz aqui uma distinção positiva entre o Espírito e o corpo. “O que é nascido da carne é carne”, indica claramente que o corpo procede apenas do corpo, e que o Espírito é independente dele.
“O Espírito sopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem nem para onde vai”, é uma passagem que se pode entender pelo Espírito de Deus que dá a vida a quem quer, ou pela alma do homem. Nesta última acepção, a seqüência: “mas não sabes de onde vem nem para onde vai”, significa que não se sabe o que foi nem o que será o Espírito. Se, pelo contrário, o Espírito, ou alma, fosse criado com o corpo, saberíamos de onde ele vem, pois conheceríamos o seu começo. Em todo caso, esta passagem é a consagração do principio da preexistência da alma, e por conseguinte da pluralidade das existências.
Desde os tempos de João Batista até agora, o Reino dos Céus é tomado pela força, e os que fazem violência são os que o arrebatam. Porque todos os profetas e a lei, até João, profetizaram. E se vós o quereis bem compreender, ele mesmo é o Elias que há de vir. O que tem ouvidos de ouvir, ouça”. (Mateus, XI: 12-15)
Se o princípio da reencarnação, expresso em São João, podia, a rigor, ser interpretado num sentido puramente místico, já não aconteceria o mesmo nesta passagem de São Mateus, onde não há equívoco possível: “Ele mesmo é o Elias que há de vir”. Aqui não existe figura, em alegoria; trata-se de uma afirmação positiva. “Desde o tempo de João Batista até agora, o Reino dos Céus é tomado pela força”, que significam estas palavras, pois João ainda vivia no momento em que foram ditas? Jesus as explica, ao dizer: “E se vós o quereis bem compreender, ele mesmo é o Elias que há de vir”. Ora, João tendo sido Elias, Jesus alude ao tempo em que João vivia com o nome de Elias. “Até agora, o Reino dos Céus é tomado pela força”, é outra alusão à violência da lei mosaica, que ordenava o extermínio dos infiéis, para a conquista a Terra Prometida, Paraíso dos hebreus que, segundo a nova lei, o céu é ganho pela caridade e pela brandura. A seguir, acrescenta: “O que tem ouvidos de ouvir, ouça”. Essas palavras, tão freqüentemente repetidas por Jesus, exprimem claramente que nem todos estavam em condições de compreender certas verdades.
Os teus mortos viverão. Os meus, a quem tiraram a vida, ressuscitarão. Despertai e cantai louvores, vós os que habitais no pó, porque o orvalho que cai sobre vós é orvalho de luz, e arruinareis a terra e o reino dos gigantes”. (Isaias, XXVI: 19)
Esta passagem de Isaias é também bastante clara: “Os teus mortos viverão”. Se o profeta tivesse querido falar da vida espiritual, se tivesse querido dizer que os mortos não estavam mortos em Espírito, teria dito: “ainda vivem”, e não: “viverão”. Do ponto de vista espiritual, essas palavras seriam um contra senso, pois implicariam uma interrupção na vida da alma. No sentido de regeneração moral, seriam as negações das penas eternas, pois estabelecem o princípio de que todos os mortos reviverão.
Quando o homem morre uma vez, e seu corpo, separado do espírito, é consumido, em que se torna ele? Tendo o homem morrido uma vez, poderia ele reviver de novo? Nesta guerra em que me encontro, todos os dias de minha vida, estou esperando que chegue a minha mutação (Job, XIV: 10-14, segundo a tradução de Sacy).
Quando o homem morre, perde toda a sua força e expira depois, onde está ele? Se o homem morre, tornará a viver? Esperarei todos os dias de meu combate, até que chegue a minha transformação? (Id. Tradução protestante de Osterwald).
Quando o homem está morto, vive sempre; findando-se os dias da minha existência terrestre, esperarei, porque a ela voltarei novamente. (Id. Versão da Igreja Grega).
O princípio da pluralidade das existências está claramente expresso nessas três versões. Não se pode supor que Job quisesse falar da regeneração pela água do batismo, que ele certamente não conhecia. “Tendo o homem morrido uma vez, poderia ele reviver de novo?” A idéia de morrer uma vez e reviver implicam a de morrer e reviver muitas vezes. A versão da Igreja Grega é ainda mais explicita, se possível: “Findando-se os dias da minha existência terrestre, esperarei, porque a ela voltarei novamente”. Quer dizer: eu voltarei à existência terrena. Isto é tão claro como se alguém dissesse. “Saio de casa, mas a ela voltarei.”
“Nesta guerra em que me encontro, todos os dias de minha vida, estou esperando que chegue a minha mutação”. Job quer falar, evidentemente, da luta que sustenta as misérias da vida. Ele espera a sua mutação, ou seja, ele se resigna. Na versão grega, a expressão “esperarei”, parece antes se aplicar à nova existência: “Findando-se os dias da minha existência terrestre, esperarei, porque a ela voltarei novamente”, Job parece colocar-se, após a morte, num intervalo que separa uma existência de outra, e dizer que ali esperará o seu retorno.
Não é, pois, duvidoso, que sob o nome de ressurreição, o princípio da reencarnação fosse uma das crenças fundamentais dos judeus, e que ela foi confirmada por Jesus e pelos profetas, de maneira formal. Donde se segue que negar a reencarnação é renegar as palavras do Cristo. Suas palavras, um dia, constituirão autoridade sobre este ponto, como sobre muitos outros, quando forem meditadas sem partidarismo.
A essa autoridade, de natureza religiosa, virá juntar-se no plano filosófico, a das provas que resultam da observação dos fatos. Quando dos efeitos se quer remontar às causas, a reencarnação aparece como uma necessidade absoluta, uma condição inerente à humanidade, em uma palavra, como uma lei da natureza. Ela se revela, pelos seus resultados, de maneira por assim dizer material, como o motor oculto se revela pelo movimento que produz. Somente ela pode dizer ao homem de onde ele vem, para onde vai, por que se encontra na Terra, e justificar todas as anomalias e todas as injustiças aparentes da vida.
Sem o princípio da preexistência da alma e da pluralidade das existências, a maior parte das máximas do Evangelho são ininteligíveis, e por isso tem dado motivo a interpretações tão contraditórias. Esse princípio é a chave que deve restituir-lhes o verdadeiro sentido.
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 15:33
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Domingo, 26 De Abril,2009

PROGRESSO DO ESPÍRITO

ALLAN KARDEC(“O Céu e o Inferno”)
O arrependimento, conquanto seja o primeiro passo para a regeneração, não basta por si só; são precisas a expiação e a reparação.
Arrependimento, expiação e reparação constituem, portanto, as três condições necessárias para apagar os traços de uma falta e suas conseqüências. O arrependimento suaviza os travos da expiação, abrindo pela esperança o caminho da reabilitação; só a reparação, contudo, pode anular o efeito destruindo-lhe a causa. Do contrário, o perdão seria uma graça, não uma anulação.
O arrependimento pode dar-se por toda parte e em qualquer tempo; se for tarde, porém, o culpado sofre por mais tempo.
Até que os últimos vestígios da falta desapareçam, a expiação consiste no sofrimento físico ou moral que lhe são conseqüentes, ou seja na vida atual, ou seja na vida espiritual após a morte, ou ainda em nova existência corporal.
A reparação consiste em fazer o bem àqueles a quem se havia feito mal. Quem não repara os seus erros numa existência, por fraqueza ou má vontade, achar-se-á numa existência ulterior em contacto com as mesmas pessoas que de si tiveram queixas e em condições voluntariamente escolhidas, de modo a demonstrar-lhes reconhecimento e fazer-lhes tanto bem quanto mal lhes havia feito.
Nem todas as faltas acarretam prejuízo direto é efetivo; em tais casos a reparação se opera, fazendo-se o que se deveria fazer e foi descurado; cumprindo os deveres desprezados, as missões não preenchidas, praticando o bem em compensação ao mal praticado, isto é, tornando-se humilde se se tem sido orgulhoso, amável se se foi austero, caridoso se se tem sido egoísta, benigno se se tem sido perverso, laborioso se se tem sido ocioso, útil se se tem sido inútil, frugal se se tem sido intemperante, trocando em suma por bons os maus exemplos perpetrados.
E desse modo progride o Espírito, aproveitando-se do próprio passado.
Fonte: Reformador – Janeiro - 1966
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 01:35
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Sábado, 25 De Abril,2009

A MAIOR DOR



Qual é a maior dor?
Você já pensou nisso?
Um jovem deixou um bilhete aos familiares, pouco antes de cometer suicídio, e expressou no papel o que estava sentindo.
Disse ele que a maior dor na vida não é morrer, mas ser ignorado.
É perder alguém que nos amava e que deixou de se importar conosco. É ser deixado de lado por quem tanto nos apoiava e constatar que esse é o resultado da nossa negligência.
A maior dor na vida não é morrer, mas ser esquecido. É ficar sem um cumprimento após uma grande conquista. É não ter um amigo telefonando só para dizer "olá". É ver a indiferença num rosto quando abrimos nosso coração.
O que muito dói na vida é ver aqueles que foram nossos amigos, sempre muito ocupados quando precisamos de alguém para nos consolar e nos ajudar a reerguer o nosso ânimo.
É quando parece que nas aflições estamos sozinhos com as nossas tristezas. Muitas dores nos afetam, mas isso pode parecer mais leve quando alguém nos dá atenção.
É bem possível que esse jovem tenha tido seus motivos para escrever o que escreveu. Todavia, em nenhum momento deve ter pensado naqueles que o rodeavam.
Se pudesse sentir a dor de um coração de mãe dilacerado ante o corpo sem vida do filho amado... Se pudesse experimentar o sofrimento de um pai que tenta, em vão, saber do filho morto o que o levou a tamanho desatino...
Se sentisse o desespero de um irmão que busca resposta nos lábios imóveis do ser que lhe compartilhou a infância...
Se pudesse suportar, ainda que por instantes, a dor de um amigo sincero a contemplar seus lábios emudecidos no caixão, certamente mudaria seu conceito sobre a maior dor.
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Se você pensa que está passando pela maior dor que alguém pode experimentar, considere o seguinte:
Uma mãe que chora sobre o corpo do filho querido que foi alvo das bombas assassinas, em nome das guerras frias e cruéis.
Uma criança debruçada sobre o corpo inerte da mãe atingida por granadas mortíferas.
Um órfão de guerra que é obrigado a empunhar as mesmas armas que aniquilaram seus pais...
Um pai de família que assiste o assassinato dos seus, de mãos amarradas.
Enfim, pense um pouco nessas outras dores...
Pense um pouco nos tantos corações que sofrem dores mais amargas que as suas.
E se ainda assim você estiver certo de que a sua dor é maior, lembre-se daquela mãe que um dia assistiu a crucificação do seu filho inocente, sem poder fazer nada.
Lembre-se também daquele que suportou a cruz do martírio mas não perdeu a confiança no pai, que tudo sabe.
E se ainda assim você achar que é o maior dos sofredores, considere que talvez o egoísmo esteja prejudicando a sua visão.
Descobrir qual é a maior dor, é muito difícil.
Mas a maior decepção é fácil de deduzir.
É a daqueles que se suicidam pensando que extinguirão a vida e com ela todos os problemas. Esses saem do corpo, mas, indubitavelmente, não saem da vida e, muito menos, acabam com os problemas.
Portando, por mais difícil que esteja a situação, nunca vale a pena buscar essa porta falsa, chamada suicídio.
É importante lembrar sempre: por mais escura e longa que seja a noite, o sol sempre volta a brilhar.
E por mais que pensemos estar em solidão, temos sempre conosco um amigo fiel e dedicado que jamais nos abandona: o Meigo Rabi da Galiléia.
Autor:Equipe de Redação do Momento Espírita, baseado em mensagem volante sem menção ao autor.
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 22:48
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Sexta-feira, 24 De Abril,2009

IDÉIAS E RESTRIÇÕES

NO DIA 24 DE ABRIL DE 1984 DESENCARNAVA NO RIO DE JANEIRO. DEOLINDO AMORIM, JORNALISTA E ESCRITOR DE IDEALIZOU OS CONGRESSOS DOS JORNALISTAS E ESCRITORES ESPÍRITAS, A ABRAJEE E O INSTITUTO DE CULTURA ESPÍRITA DO BRASIL.
Um dos aspectos mais característicos da Doutrina Espírita é a sua índole, francamente, aberta ao exame de quantos queriam conhecer-lhe os principios e analisá-los à vontade. Isto quer dizer que o Espiritismo não é uma doutrina fechada ou petrificada. É natural, então, que haja discussões, em nosso meio, neste ou naquele ponto, uma vez que nem todos têm a mesma formação, a mesma origem religiosa, o mesmo lastro de experiência. Além de tudo, somos todos espíritos desiguais, reencarnados, por necessidade, na Terra, não é verdade?
A Doutrina, por si mesma, deixou o campo livre para enriquecimentos e novas reflexões. E, se assim não ocorresse, teria ela parado, no tempo, e, por isso mesmo, não poderia acompanhar as mudanças que se operam no mundo. Está bem claro que os princípios gerais, isto é, os pontos nucleares, como se diz, são pacíficos, pois, neles, todos se apóiam, sem discordância. Há, entretanto, opiniões diversas, em relação a outras questões doutrinárias, fora do contexto básico, que é a nossa fonte inconfundível e direta.
Embora a Doutrina nos faça ver que o essencial é o nosso entendimento, sejam quais forem as palavras, verdade é que, ainda, se discute, muito, no meio espírita, ora por causa de palavras, ora por causa de interpretação. Em duas questões do “ O Livro dos Espíritos”, por exemplo, e de um modo bem explícito, a Doutrina faz advertência, sempre oportuna, este sentido: “As palavras pouco importam. Cabe-vos formular vossa linguagem, de um modo que vos possais entender. Chamai as coisas como quiserdes, contando que vos entendais”. (Questões 28 e 153).
Em todos os tempos, sempre, houve muita demanda, por causa de palavras. Temos desses problemas, também na seara espírita, mas não podemos dizer que todas as discussões e, até, algumas polemicas, entre confrades, sejam motivadas, exclusivamente, por expressões consideradas sutilezas verbais. Há discussões de outra ordem, em virtude, justamente, de posições assumidas, seja, quanto aos modos de ver, pessoalmente, os problemas e o papel das instituições.
Tudo isto é humano e, até certo ponto, inevitável. O debate, em muitos casos, é uma necessidade. Mas, debate não é agressão; é troca de idéias, para chegar a um denominador comum, seja qual for o teor das discordâncias. O objetivo, de parte a parte, é procurar a verdade, até onde é possível.
Justamente por isso, não vemos motivo, para que haja animosidade pessoal entre confrades, por causa de controvérsias. Saber discutir, aceitar ou rebater criticas, sem perder equilíbrio emocional, é uma prova de compreensão. Podemos fazer restrições às idéias de um companheiro, em terreno franco, com toda a lealdade, mas o respeito humano e a amizade pessoal não devem sofrer a mínima alteração. Restrições às idéias, e não às pessoas. Quem não aceita críticas, naturalmente, se julga dono da verdade. È triste, lamentável, mesmo, que o ardor de um debate, que devia ficar, exclusivamente pessoais, levando um confrade a ficar “frio” com o outro, apenas, porque discordam, neste ou naquele ponto. Será que, ainda, não sabemos discutir?...
Afinal de contas, a amizade pessoal e o apreço aos valores humanos nada têm que ver com as posições contrarias, neste ou naquele ângulo do pensamento crítico. Temos companheiros dos quais nós discordamos, profundamente, em muita coisa, mas a velha amizade, nunca, se modificou, e não haveria razão para tanto. Por que? Por que não compreendemos, sinceramente, como se pode mudar o tratamento, com um amigo, de uma hora para outra, somente porque houve um choque de idéias. Felizmente, conhecemos muitos confrades nossos, cujo procedimento, sob este ponto de vista é, realmente, exemplar: discutiam, calorosamente assumiam posições, frontalmente, antagônicas, mas tudo isso ficava no plano das opiniões, acima das pessoas. Terminado o debate, que parecia uma batalha de idéias, nada de ressentimentos, nada de prevenções; abraçavam-se e continuavam, lado a lado, trabalhando pela causa espírita. Já vimos, de perto, diversas atitudes desse tipo, aliás, muito enobrecedoras.
A esta altura de nossa vivência, no dia a dia, não podemos compreender como, por exemplo, um confrade, em irmão de ideal, possa chegar ao extremo de cortar as relações com o outro, ou deixar de cumprimenta-lo, com a cordialidade habitual, ou, até, evita-lo nos encontros, apenas, pelo fato de terem tido um atrito de pontos de vista ou terem discutido sobre um tema doutrinário. E, daí? Que tem tudo isso, com a convivência pessoal ou com o intercâmbio de amizade? Por que fazer, restrições, também, às pessoas, se o problema é com as idéias? Afinal, são coisas da Terra, não há dúvidas. Mas, a Doutrina veio para ensinar, e porque veio para ensinar, naturalmente, há de melhorar o procedimento dos homens.
Deolindo Amorim
(“Revista André Luiz” – nº 34, de 1983 – São Paulo – SP)
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 01:19
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Quinta-feira, 23 De Abril,2009

PENA DE MORTE



Reunião pública de 17-4-59,
Questão nº. 798 (Livro dos Espíritos)

Todos os fundadores das grandes instituições religiosas, que ainda hoje influenciam ativamente a comunidade humana, partiram da Terra com a segurança do trabalhador ao fim do dia.
Moisés, ancião, expira na eminência do Nebo, contemplando a Canaã prometida.
Sidarta, o iluminado construtor do Budismo, depois de abençoada peregrinação entre os homens, abandona o corpo físico, num horto florido de Kucinagara.
Confúcio, o sábio que plasmou todo um sistema de princípios morais para a vida chinesa, encontra a morte num leito pacífico, sob a vigilância de um neto afetuoso.
E, mais tarde, Mamomet, o criador do Islamismo, que consentiu em ser adorado pelos discípulos, na categoria de imortal, sucumbe em Medina, dentro de sólida madureza, atacado pela febre maligna.
Com Jesus, entretanto, a despedida é diferente.
O divino fundador do Cristianismo, que define a Religião Universal do Amor e da Sabedoria, em plena vitalidade juvenil, é detido pela perseguição gratuita e trancafiado no cárcere.
Ninguém lhe examina os antecedentes, nem lhe promove recursos à defensiva.
Negado pelos melhores amigos, encontra-se sozinho, entre juízes astuciosos, qual ovelha esquecida em meio de chacais.
Aliam-se o egoísmo e a crueldade para sentenciá-lo ao sacrifício supremo.
Herodes, patrono da ordem pública, chamado a pronunciar-se em seu caso, determina se lhe dê o tratamento cabível aos histriões.
Pilatos, responsável pela justiça, abstém-se de conferir-lhe o direito natural.
E entregue à multidão amotinada na cegueira de espírito, é preferido a Barrabás, o malfeitor, para sofrer a condenação insólita.
Decerto, para induzir-nos à compaixão, aceitou Jesus padecer em silêncio os erros da justiça terrestre, alinhando-se, na cruz, entre os injuriados e as vítimas sem razão, de todos os tempos da Humanidade.
Cristãos de todas as interpretações do Evangelho e de todos os quadrantes do mundo, atentos à exemplificação do Eterno Benfeitor, apartai o criminoso do crime, como aprendestes a separar o enfermo da enfermidade!
Educai o irmão transviado, quanto curais o companheiro doente!
Desterrai, em definitivo, a espada e o cutelo, o garrote e a forca, a guilhotina e o fuzil, a cadeira elétrica e a câmara de gás dos quadros de vossa penologia, e oremos, todos juntos, suplicando a Deus nos inspire paciência e misericórdia, uns para com os outros, porque, ainda hoje, em todos os nossos julgamentos, será possível ouvir, no adito da consciência, o aviso celestial do nosso Divino Mestre, condenado à morte sem culpa:
— “Quem estiver sem pecado, atire a primeira pedra!”


(De "Religião dos Espíritos", de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)
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publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 23:44
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Quarta-feira, 22 De Abril,2009

A TERRA ESTÁ EM SUAS MÃOS



O Dia da Terra foi criado pelo então senador americano Gaylord Nelson, no dia 22 de Abril de 1970.


O dia tem por finalidade criar uma consciência comum aos problemas da contaminação, conservação da biodiversidade e outras preocupações ambientais para proteger a Terra.

No dia 22 de abril comemora-se o Dia da Terra, iniciativa que pretende despertar a consciência na população de todo o mundo sobre maneiras de colaborar na preservação do meio ambiente através de simples medidas cotidianas.
Calma… não é preciso ser nenhum herói dos quadrinhos para salvar o planeta. Você pode reciclar, fazer uso de uma fonte alternativa de energia, ficar ligado no consumo excessivo de água, entre diversas outras práticas que contribuem para a preservação dessa bola azul que chamamos de Terra. Estimular uma atitude ecologicamente consciente e difundir valores ligados ao meio-ambiente é o objetivo do DIA DA TERRA.
VOCÊ JÁ TEVE UMA ATITUDE ECOLOGICAMENTE PERFEITA HOJE?
As sacolas de plástico servem para o transporte de produtos e, também, substituem os
sacos de lixo. Porém, jamais houve preocupação com as conseqüências de seu destino final, já que, por não serem biodegradáveis, levam até cem anos para se decompor.
Cerca de 700 milhões de sacolas de compras são usadas por mês, no Brasil, e 90% são reaproveitadas no lixo doméstico.
Descartadas, as sacolas poluem a rede de esgoto, arroios, rios, lagoas sufocando e levando a morte, os animais aquáticos.
Faça e use sacolas de compras de tecido.
Os sacos plásticos estão fora de moda e poluem o meio ambiente.
É hora de ter uma bolsa bonita e reutilizável
MUDE DE ATITUDE.
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 03:17
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Terça-feira, 21 De Abril,2009

SUICÍDIO


Cairbar Schutel

Não somente pelo gesto arrojado nos despenhadeiros da auto-destruição, dominado pela loucura e a insensatez, o homem se suicida. Também o faz pelo desrespeito às leis do equilíbrio e da serenidade com que a vida nos dignifica em toda a parte. Suicidas! Quase todos o somos.
A Lei Divida é roteiro disciplinante e o corpo físico é vaso sagrado para a evolução. No entanto, ao império da desordem, não raro desvalorizamos as bênçãos do amor celeste e geramos as víboras que nos picarão, logo mais, contribuindo com os anéis vigorosos que nos despedaçarão de imediato.
Coléricos extremados são suicidas impenitentes. Ciumentos inveterados, glutões renitentes, sexualistas descontrolados, ambiciosos incorrigíveis, preguiçosos dissolutos, toxicômanos inconseqüentes, alcoólatras insistentes, covardes e melancólicos que cultivam as viciações do corpo e da mente, escravizando-se às paixões aniquilantes em que se comprazem, são suicidas lentos, caminhando para surpresas dolorosas, em que empenharão séculos de luta punitiva e dor reparadora para a própria libertação nos círculos das reencarnações inferiores...
Em razão disso, afirmou Jesus há vinte séculos: “Buscai a Verdade e a Verdade vos fará livres...”
E a Doutrina Espírita, parafraseando o Cordeiro de Deus, afirma: “Fora da Caridade não há salvação”. Porque a Caridade, como o amor, é alma da Verdade que, em si mesma, é a vibração da vida.
Espírita! Tenha cuidado! Ligue-se ao pensamento superior e cultive no Espiritismo a idéia universal do bem, irrigando sua alma de consolo e esperança, a fim de vibrar acima das paixões, tranquilo e feliz, após as lutas necessárias no caminho renovador do aprendizado espiritual, na carne.
Valorizemos, desse modo, o auxílio ao próximo, mas consideremos que o respeito à própria vida, para preservação do vaso orgânico que nos serve de veículo à evolução, é Caridade que não pode ser desconsiderada em nosso roteiro iluminativo.
Cultivemos o dever e a disciplina e afinados ao ideal de melhor servir em nome do Servidor Incansável, prossigamos fiéis e dignos em todos os dias da vida.
Suicidas - suicidas quase todos nós o somos!
Porém, como Jesus é a “luz do mundo”, busquemo-lo, empenhando-nos nas lides da imortalidade e despertaremos, além-da-morte, como andorinha feliz singrando o ar ridente de Eterna Primaver.

(Do livro “Crestomatia da Imortalidade”)
Texto extraído do Jornal: A Caridade - Ano X - n.º 106 - Junho de 1990
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 02:37
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Segunda-feira, 20 De Abril,2009

DESENCARNADOS EM TREVAS



Reunião pública de 18-9-61.
1ª Parte, cap. VII, § 25.

Desencarnados em trevas...
Insulados no remorso...
Detidos em amargas recordações...
Jungidos à trama dos próprios pensamentos atormentados...

Eram donos de palácios soberbos e sentem-se aferrolhados no estreito espaço do túmulo.
Mostravam-se insensíveis, nos galarins do poder, e derramam o pranto horizontal dos caídos.
Amontoavam haveres e agarram-se, agora, aos panos do esquife.
Possuíam rebanhos e pradarias e jazem num fosso de poucos palmos.
Despejavam fardos de dor nos ombros sangrentos dos semelhantes, e suportam, chorando, os mármores do sepulcro, a lhes partirem os ossos.
Estagiavam ciência inútil e tremem perante o desconhecido.
Devoravam prazeres e gemem a sós.
Exibiam títulos destacados e soluçam no chão.
Brilhavam em salões engrinaldados de fantasias e arrastam-se, estremunhados, ante as sombras da cova.
Oprimiam os fracos e não sabem fugir à gula dos vermes.
Eram campeões da beleza física, e procuram, debalde, esconder-se nas próprias cinzas.
Repoltreavam-se em redes de ouro, e estiram-se, atarantados, entre caixas de pó.
Emitiam discursos brilhantes e gaguejam agora.
Deitavam sapiência e estão loucos.

Nada disso, porém, acontece porque algo possuíssem, mas sim porque foram possuídos de paixões desregradas.
Não se perturbam, porque algo tiveram, mas sim porque retiveram isso ou aquilo, sem ajudar a ninguém.
Se podes verificar a tortura dos desencarnados em trevas, aproveita a lição.
Não sofrerás pelo que tens, nem pelo que és.
Todos colheremos o fruto dos próprios atos, no que temos e somos.
Onde estiveres, pois, faze o bem que puderes, sem apego a ti mesmo.
Escuta o companheiro que torna do Além, aflito e desorientado, e aprenderás, em silêncio, que todo egoísmo gera o culto da morte.
Emmanuel
Do livro A Justiça Divina. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
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publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 00:54
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Sábado, 18 De Abril,2009

18 DE ABRIL - DIA NACIONAL DO ESPIRITISMO


18 de Abril de 1857, 152 anos de “O Livro dos Espíritos”
Lei natural, perfeita e estável, impera soberana em todos os fenômenos detectados ou não pela percepção humana. A ignorância das leis que regem os mecanismos causais de certos fenômenos levou homens a crerem no sobrenatural e a persistirem em interpretações incompatíveis com o avanço científico e cultural de nossa época.
O cristianismo nascente não foi plenamente compreendido e sofreu, com o passar do tempo, a inclusão de adereços estranhos que vararam os séculos, sombreando o sentimento religioso, inato no ser humano. O filósofo espírita Leon Denis assevera que a adoração de imagens, os cânticos, a crença no inferno e em satanás, são heranças pagãs incorporadas à doutrina cristã. Os dogmas, as penas eternas, o culto
exterior, as pompas cerimoniais e outras enxertias foram contaminando a mensagem de Jesus, que viu-se afastada da simplicidade, clareza e profundidade que lhe são próprias.
Na plenitude do século das luzes, num período de paradoxos entre a fé e a razão emergiu a nova doutrina a partir de 18 de abril de 1857, com o lançamento d’O Livro dos Espíritos.
O sábio pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail mergulhava na luz da espiritualidade maior para resplandecer no bom senso invulgar de Allan Kardec, pseudônimo com que se imortalizou na tarefa da codificação do Espiritismo.
Com a simplicidade característica das coisas verdadeiras, assentavam-se as bases da Ciência do Espírito derribando os preconceitos do academicismo materialista e abalando os alicerces do obscurantismo religioso: eliminam a visão reducionista acerca do Criador, viabilizam o entendimento do mundo espiritual e das relações dele com o mundo corporal; revelam que a evolução anímica é norma universal, que a reencarnação se insere no estágio temporal que experienciamos dentro do processo da evolução infinita. Descortinam as leis que regem os fenômenos mediúnicos; proclamam que a justiça misericordiosa do criador é incompatível com penas irremissíveis e condenações eternas; informam que o ser humano, dotado de livre-arbítrio a expandir-se à medida em que progride, constrói, com sua ação ou inação, o futuro individual e coletivo que o aguarda.
N’O Evangelho segundo Espiritismo, obra lançada em abril de 1864, o Espírito de Verdade afirma que “no Cristianismo se encontram todas as verdades, sendo de origem humana os erros que nele se enraizaram”.
A Doutrina Espírita é de origem divina. Foi escrita por ordem e mediante ditado de Espíritos superiores, para estabelecer os fundamentos de uma filosofia racional.
Os livros sagrados das antiqüíssimas religiões orientais contêm as regras que nortearem vidas através do tempo. O Antigo Testamento sintetiza o pensamento judaico sobre a religião monoteísta.
O Evangelho de Jesus encerra o mais valioso e belo código moral conhecido pelos homens, com base no Amor Soberano. “O Livro dos Espíritos” é uma nova síntese para os tempos atuais. Nele estão contidas verdades antiqüíssimas, sob nova roupagem, que fazem da Doutrina dos Espíritos a atualização de idéias e realidades que ao lado de revelações descortinam um Novo Mundo, o Mundo dos Espíritos.


SÍNTESE
Esse livro-síntese não é somente a rememoração de verdades antigas como a doutrina das vidas sucessivas, os mandamentos maiores da lei mosaica, relativos ao amor a Deus e ao próximo, e a todos os ensinos morais do Cristo resumidos nas leis de Amor, Justiça e Caridade. Descerra, também, realidades novas, que os homens não tinham condições de conhecer por si mesmo, e que os Espíritos mostraram como fazendo parte da ordem natural das coisas.
Allan Kardec, o sistematizador das revelações provindas do Mundo Espiritual Superior, ao organizar a obra básica da colocou em seu frontispício – “Filosofia Espiritualista – princípios da Doutrina Espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da Humanidade – segundos os ensinos dados por Espíritos superiores com o concurso de diversos médiuns”.
Neste livro básico, a Religião e a Ciência, em sentido lato, interpenetram-se e conciliam-se, já que não pode haver incompatibilidade na criação divina da qual ambas se originam.
A linguagem utilizada abordando difíceis e transcendentes questões, é simples e direta, ao alcance do homem comum.
A primeira edição de “O Livro dos Espíritos” continha 501 perguntas e respostas e a segunda, definitiva, publicada a 16 de março de 1860, da qual derivam as demais obras da Codificação Espírita contém 1 019 questões.


DESDOBRAMENTOS
Dessas diversas partes derivam-se e desdobram-se as demais obras da Codificação Espírita, “O Livro dos Médiuns”, “O Evangelho segundo o Espiritismo”, “O Céu e o Inferno” e “A Gênese”.
Observa-se que os princípios fundamentais da Doutrina permanecem íntegros e exatos após os 152 anos de seu surgimento. O progresso das ciências, apesar de dominadas pelo materialismo, caminha no sentido dos princípios espíritas. Como por exemplo na Física, com a concepção da matéria como energia concentrada. Daí à percepção da existência de diversos estados da matéria, como demonstra a Doutrina Espírita.
O caráter filosófico evidencia-se pela sua própria natureza e pelas matérias que trata, embora vazado em linguagem simples, mas não vulgar.
O caráter científico é ressaltado não como ciência do mundo, dominada pelo materialismo, mas como ciência do Espírito, com seu objeto e métodos próprios.


DEUS
O caráter religioso sobressai nítido ao tratar de Deus e seus atributos como o Criador do Universo, a Inteligência Suprema, o Deus que não é antropomórfico como Deus bíblico, nem panteísta, como nas religiões orientais.
O Deus do Espiritismo é o Pai, é Amor, Justiça e Bondade.
A religião dos Espíritos mostra a vida do Espírito, livre, no Mundo Espiritual, ou ligado a um corpo material, na Terra, buscando sempre a evolução anímica através das vidas sucessivas.
Toda moral espírita fundamenta-se nos ensinos do Cristo. Demonstrando a inconsistência e incongruência do materialismo.
Além dos aspectos filosóficos, científico e religioso da Doutrina, é inegável os
princípios éticos, morais, educacionais e sociológicos, que a caracterizam como doutrina de educação.
Terminada e revisada a obra, Allan Kardec escreveu a monumental Introdução, que a precede e apresenta, apreciando-a sob múltiplos ângulos e resumindo a doutrina dela decorrente. É nessa introdução que o Codificador cria os neologismos espírita, espiritista e Espiritismo para definir as coisas novas surgidas com o livro.
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 01:32
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Sexta-feira, 17 De Abril,2009

EM HOMENAGEM A SÓROR JUANA INÉS DE LA CRUZ PENÚLTIMA ENCARNAÇÃO DE JOANNA DE ÂNGELIS


SÓROR JUANA INÉS DE LA CRUZ
Joanna renasce em 1651 na pequenina San Miguel Nepantla, a uns oitenta quilômetros da cidade do México, com o nome de Juana de Asbaje Y Ramirez de Santillana, filha de pai basco e mãe indígena. Após 3 anos de idade, fascinada pelas letras, ao ver sua irmã aprender a ler e escrever, engana a professora e diz-lhe que sua mãe mandara pedir-lhe que a alfabetizasse. A mestra, acostumada com a precocidade da criança, que já respondia às perguntas que a irmã ignorava, passa a ensinar-lhe as primeiras letras.
Começou a fazer versos aos 5 anos. Aos 6 anos, Juana dominava perfeitamente o idioma pátrio, além de possuir habilidades para costura e outros afazeres comuns às mulheres da época. Soube que existia no México uma Universidade e empolgou-se com a idéia de no futuro, poder aprender mais e mais entre os doutores. Em conversa com o pai, confidenciou suas perspectivas para o futuro. Dom Manuel, como um bom espanhol, riu-se e disse gracejando: - "Só se você se vestir de homem, porque lá só os rapazes ricos podem estudar." Juana ficou surpresa com a novidade, e logo correu à sua mãe solicitando insistentemente que a vestisse de homem desde já, pois não queria, em hipótese alguma, ficar fora da Universidade.
Na Capital, aos 12 anos, Juana aprendeu latim em 20 aulas, e português, sozinha. Além disso, falava nahuatl, uma língua indígena. O Marquês de Mancera, querendo criar uma corte brilhante, na tradição européia, convidou a menina-prodígio de 13 anos para dama de companhia de sua mulher. Na Corte encantou a todos com sua beleza, inteligência e graciosidade, tornando-se conhecida e admirada pelas suas poesias, seus ensaios e peças bem-humoradas. Um dia, o Vice-rei resolveu testar os conhecimentos da vivaz menina e reuniu 40 especialistas da Universidade do México para interrogá-la sobre os mais diversos assuntos. A platéia assistiu, pasmada, àquela jovem de 15 anos responder, durante horas, ao bombardeio das perguntas dos professores. E tanto a platéia como os próprios especialistas aplaudiram-na, ao final, ficando satisfeito o Vice-rei. Mas, a sua sede de saber era mais forte que a ilusão de prosseguir brilhando na Corte.
A fim de se dedicar mais aos seus estudos e penetrar com profundidade no seu mundo interior, numa busca incessante de união com o divino, ansiosa por compreender Deus através de sua criação, resolveu ingressar no Convento das Carmelitas Descalças, aos 16 anos de idade. Desacostumada com a rigidez ascética, adoeceu e retornou à Corte. Seguindo orientação de seu confessor, foi para a ordem de São Jerônimo da Conceição, que possuia menos obrigações religiosas, podendo ali dedicar-se às letras e à ciência.
Nasceu ali a Sóror Juana Inés de La Cruz, nome religioso adotado pela jovem prodigiosa. Em sua confortável cela, cercada por inúmeros livros, globos terrestres, instrumentos musicais e científicos, Juana estudava, escrevia seus poemas, ensaios, dramas, peças religiosas, cantos de Natal e música sacra. Era freqüentemente visitada por intelectuais europeus e do Novo Mundo, intercambiando conhecimentos e experiências. A linda monja era conhecida e admirada por todos, sendo os seus escritos popularizados não só entre os religiosos, como também entre os estudantes e mestres das Universidades de vários lugares. Era conhecida como a "Monja da Biblioteca". Se imortalizou também por defender o direito da mulher de ser inteligente, capaz de lecionar e pregar livremente.
Em 1695 houve uma epidemia de peste na região. Juana socorreu durante o dia e a noite as suas irmãs religiosas que, juntamente com a maioria da população, estavam enfermas. Foram morrendo, aos poucos, uma a uma das suas assistidas e quando não restava mais religiosas, ela, abatida e doente, tombou vencida, em 17.04.1695, aos 44 anos de idade.
publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 11:37
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