NÃO HÁ MORTE, É APENAS UMA PASSAGEM PARA OUTRO PLANO



A psicóloga Valéria de Moura Silva perdeu seu filho de 18 anos em um acidente de carro. Diz ter encontrado na Doutrina Espírita o consolo necessário, e com a partida de Tiago, surgiu uma transformação que lhe proporcionou a descoberta de um novo caminho a seguir.

“Nós morávamos em Atibaia e meu filho saiu à noite para uma festa. Quando já era madrugada, um grupo de amigos disse que iria para São Paulo levar uma pessoa e perguntou a Tiago se gostaria de ir junto e ele entrou no lugar de um amigo que resolveu não ir. Em um trecho da Rodovia Fernão Dias, a moça que conduzia o carro perdeu a direção e caiu na ribanceira. As quatro pessoas que estavam no banco traseiro faleceram, entre elas, o meu filho.
Após o acidente, os outros pais pediram uma investigação mais profunda; alguns até entraram com processo, mas eu não quis saber disso, porque cada vez que fosse chamada para depor teria que reviver tudo novamente, e já estava vivendo uma dor muito grande.
Um ano antes do acidente, eu tive vários pressentimentos; cada vez que ele saía não dormia, ficava preocupada até ele voltar. Ele também tinha esse pressentimento, dizia que um dia iria embora em uma esquina.
Apesar de ter tomado conhecimento sobre o Espiritismo ainda menina, eu tinha medo. Só voltei a procurar a Doutrina após o desencarne do meu filho. O conhecimento nos dá um grande consolo, pois compreendemos que não há morte, é apenas uma passagem para outro plano.
Algum tempo depois recebi uma psicografia do meu filho no Grupo Noel. Ele dizia na mensagem que no início foi muito difícil e não sabia onde estava, demorou a compreender a situação, mas que através das orações que recebia das pessoas que o amavam foi entendendo e se modificando. Eu chorei de emoção quando recebi essa mensagem e a partir de então, passei a buscar mais o lado espiritual, e até hoje trabalho nesse centro como voluntária.
Recordo-me, também, que um dia passei em uma banca de jornal e vi uma matéria sobre psicografia na Revista Cristão de Espiritismo e sobre o trabalho do centro espírita Perseverança. Fui até lá e recebi uma psicografia linda do Tiago. É como se ele dissesse, por intuição, para eu conhecer o grupo onde ele estava participando no plano espiritual.
Eu posso dizer que após oito anos a dor se modificou, mas a saudade não. Às vezes, eu fecho os olhos e sinto a presença dele perto de mim nitidamente. Passei a compreender que não perdemos ninguém, a pessoa continua viva, só que em um plano que não somos capazes de enxergar, nem tocar”.

 

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publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 21:22
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