Quinta-feira, 31 De Dezembro,2009

CARTA DE ANO NOVO

 

 
Emmanuel
 
    
       Ano Novo é também a renovação de nossa oportunidade de aprender, trabalhar e servir.
     O tempo, como paternal amigo, como que se reencarna no corpo do calendário, descerrando-nos horizontes mais claros para a necessária ascensão.
     Lembra-te de que o ano em retorno é novo dia a convocar-te para execução de velhas promessas, que ainda não tiveste a coragem de cumprir.
      Se tens algum inimigo, faze das horas renascer-te o caminho da reconciliação.
     Se foste ofendido, perdoa, a fim de que o amor te clareie a estrada para frente.
     Se descansaste em demasia, volve ao arado de tuas obrigações e planta o bem com destemor para a colheita do porvir.
     Se a tristeza te requisita, esquece-a e procura a alegria serena da consciência feliz no dever bem cumprido.
     Novo Ano! Novo Dia!
     Sorri para os que te feriram e busca harmonia com aqueles que te não entenderam até agora.
     Recorda que há mais ignorância que maldade, em torno de teu destino.
     Não maldigas, nem condenes.
     Auxilia a acender alguma luz para quem passa ao teu lado, na inquietude da escuridão.
     Não te desanimes, nem te desconsoles.
     Cultiva o bom ânimo com os que te visitam, dominados pelo frio do desencanto ou da indiferença.
     Não te esqueças de que Jesus jamais se desespera conosco e, como que oculto ao nosso lado, paciente e bondoso, repete-nos de hora a hora:
     Ama e auxilia sempre. Ajuda aos outros, amparando a ti mesmo, porque se o dia volta amanhã, eu estou contigo, esperando pela doce alegria da porta aberta de teu coração.
 
Livro: Vida e caminho –
Psicografia: Francisco C.Xavier – Espíritos Diversos
 
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Domingo, 27 De Dezembro,2009

EM BUSCA DO CONFORTO E ESCLARECIMENTO ESPÍRITA

Como você se sentiu na primeira vez em que esteve na Casa Espírita: acolhido, deslocado, retraído, confiante, confuso, esclarecido...?
A Doutrina Espírita, através dos livros, da Internet, da TV, dos médiuns afamados e de outros meios, vem sendo cada vez mais popularizada. Os temas da mediunidade, da reencarnação e da vida espiritual ocasionam um interesse crescente nas mais diferentes faixas da população. Como os Centros Espíritas estão se adaptando a esta nova realidade, considerando que eles são a grande porta de entrada para a aprendizagem e vivência espíritas?
Fico pensando no público que procura uma casa pela primeira vez:
que tipo de informação recebe?
Qual orientação lhe é dada?
Os cursos e atividades para as quais é convidado preenchem sua verdadeira necessidade?
É fato notório que as Casas Espíritas nem sempre são a imagem fiel da visão espírita da vida. Muitas estão ultrapassadas, tanto nos recursos pedagógicos quanto nas relações humanas. Pararam no tempo. Qualquer pessoa pode adentrar uma casa destas e sair com uma impressão completamente errada do Espiritismo.
Existem muitos centros que parecem existir exclusivamente para si mesmos. Se não mudam, seria preferível que se denominassem "grupos espíritas" fechados e, não, entidades de portas abertas. Há escassez de informações; nenhuma reunião específica para quem está iniciando, exceto um "evangelho e passe" anacrônico e distante da realidade; pessoas sem treino para o atendimento fraterno que vai introduzir a criatura na rotina da casa, identificando as atividades cuja participação mais lhe convenha.
Há também um certo discurso que prega a "simplicidade" mas que, de fato, despreza todos os confortos e melhoramentos proporcionados pelo progresso (uma das leis divinas que a própria doutrina ensina!), que não significam luxo, mas facilidade e eficiência, desde recursos audiovisuais, salas apropriadas e um bom equipamento de som, até a metodologia de estudo atualizada, facilidade de comunicação, diminuição da burocracia em benefício do dinamismo, treinamento para as relações humanas, um setor ativo de venda e empréstimo de livros e vídeos, etc. Falando de maneira bastante genérica (pois há exceções incrivelmente boas), a falta de entendimento da própria função da Doutrina em nossas vidas, decorrente, em parte, da falta de aprofundamento nos estudos e de uma abordagem mais prática dos temas, faz com que nos tornemos espíritas e continuemos agindo como pessoas crédulas, sem reflexão e sem transformação íntima significativa. Por quê? Porque inexiste mudança de mentalidade. Ir ao centro, receber o passe, fazer sopa para os pobres e ler obras de André Luiz não fazem de nós, espíritas.
O que diferencia o espírita é a mudança consciente de atitude, é a renovação interior, e se não nos renovamos e não nos sentimos renovados, se não estamos vendo a vida e os acontecimentos de forma diferente, é porque não assumimos as conseqüências da visão filosófica do Espiritismo em nosso dia-a-dia. É porque ainda pensamos como o "homem velho".
Entendo que a formação de uma consciência espírita é responsabilidade de todos que a compreendem e estão prontos para viver o tipo de vida a que ela nos convida, também, no que diz respeito à maneira de administrar a Casa Espírita. A maior divulgação do Espiritismo é a dos exemplos de vida. E se vivermos aquilo que ensinamos, estaremos levando a pensar, estaremos favorecendo a conscientização de qualquer pessoa de nossas relações.

Se você participa de uma Casa Espírita e tem idéias para melhorar o trabalho ali realizado, não se omita. Ofereça sugestões, compartilhe o que sabe. O Centro Espírita não é uma estrutura rígida, onde nos conformamos às regras ou saímos. Ao menos em tese, ele deveria ser um lugar onde as pessoas se querem bem, se respeitam, colaboram e aprendem sobre si mesmas e sobre as leis da vida.

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Domingo, 20 De Dezembro,2009

O TREM DA VIDA

 

 
Há algum tempo atrás, li um livro que comparava a vida a uma viagem de trem. Uma leitura muito interessante, quando bem interpretada. Isso mesmo, a vida não passa de uma viagem de trem, cheia de embarques, alguns acidentes, surpresas agradáveis em alguns embarques e grandes tristezas em outros.

 
Quando nascemos entramos nesse trem e nos deparamos com algumas pessoas que julgamos que estarão sempre conosco: nossos pais. Infelizmente, isso não é verdade, em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos no cominho, amizade e companhia insubstituível... Mas isso não impede que durante a viagem, pessoas interessantes e que virão a ser mais que especiais para nós embarquem. Chegam nossos irmãos, amigos e amores maravilhosos.Muitas pessoas tomam esse trem apenas a passeio. Outros encontrarão nessa viagem somente tristeza. Ainda outros circularão pelo trem, prontos a ajudar a quem precisa. Muitos descem e deixam saudades eternas, outros tantos passam por este trem de forma que , quando desocupam seu acento, ninguém sequer percebe. Curioso é perceber que alguns passageiros que nos são tão queridos, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos, portanto somos obrigados a fazer esse trajeto separados deles, o que não impede, é claro, que durante o percurso, atravessemos, mesmo que com dificuldades, o nosso vagão e cheguemos até eles... só que, infelizmente, jamais poderemos sentar ao seu lado para sempre.

 
Não importa, a viagem é assim, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperanças, despedidas... porém, jamais retornos. Façamos essa viagem, então da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com todos os passageiros, procurando, em cada um deles, o que tiverem de melhor, lembrando sempre que em algum momento do trajeto, eles poderão fraquejar e provavelmente precisaremos entender, pois nós também fraquejamos muitas vezes e, com certeza, haverá alguém que nos entenderá. Eu me pergunto se quando eu descer desse trem sentirei saudades... acredito que sim. Separar-me de algumas amizades que fiz será, no mínimo, dolorido.

Deixar meus filhos continuarem a viagem sozinhos será muito riste, mas me agarro à esperança de que em algum momento, estarei na estação principal e terei a grande emoção de vê-los chegar com uma bagagem que não tinham quando embarcaram... e o que vai me deixar mais feliz será pensar que eu colaborei para que ela tenha crescido e se tornado valiosa.O grande mistério, afinal, é que jamais saberemos em qual parada desceremos, muito menos nossos companheiros, ou até aquele que está sentado ao nosso lado. Façamos com que a nossa estada nesse trem seja tranqüila, que tenha valido a pena e que, quando chegar a hora de desembarcarmos, o nosso lugar vazio traga saudades e boas recordações para aqueles que prosseguirem a viagem da vida.

 
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Sábado, 19 De Dezembro,2009

ESTRANHA MENSAGEM

 

Um instrutor de elevada categoria espiritual chamou certa vez a nossa atenção para um quadro terráqueo, observando o NATAL, à meia-noite.
Estava reunida opulenta família, num lauto e elegante banquete. Sobre a mesa posta, guarnecida de alva toalha de linho belga, entre flores perfumadas e candelabros policromos, enfileiravam-se as mais fortes e exóticas bebidas, de permeio a indigestas comedorias natalinas.
Dentre o que se enxergava sobre a mesa, sobressaiam nas lousas frias de um necrotério, os cadáveres de leitões recheados, besuntados de banha, trazendo espetados rodelas de limão; cabritos tostados, quais mercadorias salvas de um incêndio, galinhas e perus ao forno, retorcidos, demonstrando os finais estertores de uma degola cruel; churrasco "mignon" no espetinho trabalhado com esmero.
Era de estarrecer! Quanta carnificina! Quanto sangue derramado, quanta dor e sofrimento causados aos pobres e inocentes animais.
Vibravam ainda no espaço as angustiantes lamentações que os coitadinhos dos animais deviam ter lançado violentamente aos céus, quando tiveram seus corações transpassados pelo punhal assassino do carrasco insensível.
O saudável cereal, o apreciado legume, a boa hortaliça e a suculenta fruta, apenas representam, naquela mesa, o insignificante papel de mero adorno culinário.
Quase no final do banquete, alguém, levanta a voz, e, a pretexto de prece de Natal, todos começam, de afogadilho, a invocar Jesus, para que Ele, nesse seu glorioso dia, viesse abençoar a mesa posta, aquele matadouro doméstico de IRMÃOS menos evoluídos, aliás nossos irmãos mais chegados.
Sem demora e, como por milagre, a cena mudou inteiramente. Os Espíritos presentes apreciavam a reunião de semblante triste, piedosos; alguns até choravam ante a brutal carnificina.
Após as invocações, Jesus compareceu! Sim; o Nazareno chegou! No luzidio cortejo do Mestre vinham também necessitados, esfomeados, doentes e maltrapilhos. Formou-se então, ao redor do repugnante festim, sem que disso os convivas tivessem a menor idéia, um enorme anfiteatro, abrigando milhares e milhares de entidades, permanecendo bem no centro, o grupo devorador de cadáveres, saudando e homenageando o Menino Jesus que acabava de nascer.
Jesus, o invocado, ofuscando a multidão presente pela luminosidade que d'Ele se desprendia, chegou e colocou-se em pé ante aquela turba. De semblante profundamente amargurado e triste, de coração opresso, abençoou, não aquele infeliz ato que dera margem a tanta carnificina e dor, mas sim à inditosa família e seus convidados, implorando a Deus uma razão mais lúcida para as suas mentes.
Em seguida, ergue Jesus seu olhar plácido e indulgente e suplica ajoelhado a Deus: "Pai; Perdoa-os mais uma vez, pois ainda não chegaram a entender o não matarás... a ninguém!"
EIS COMO ALGUNS HOMENAGEIAM O MENINO JESUS!
(Mensagem recebida pela Fraternidade há quase 40 anos.)
 
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Segunda-feira, 07 De Dezembro,2009

ATUALIDADE DO NATAL

 

 

 
    Andando sem rumo, sob o flagício de mil aflições, o homem moderno deixa-se dominar pelo desânimo ou pela ansiedade, malbaratando o valioso contributo da inteligência e do sentimento com que a vida o enriqueceu, exaurindo-se, ora no consumismo insensato, ora na revolta desastrada por falta de recursos econômicos ou emocionais para realizar-se.
    A insatisfação é a tônica do comportamento individual e social que vige na Terra.
    Aqueles indivíduos que experimentam carência de qualquer natureza lamentam-se e rebolcam-se na rebeldia, que degenera em violência, enquanto aqueloutros que se encontram afortunados, deixam-se dominar pelas extravagâncias ou pelo tédio, derrapando, uns e outros, nas viciações perturbadoras ou na dependência de substâncias químicas de funestas conseqüências.
    As admiráveis conquistas da Ciência e da Tecnologia não os tornaram mais felizes nem menos tensos, pelo contrário, empurraram-nos na direção trágica da neurastenia ou da depressão nas quais estorcegam.
    Indubitavelmente trouxeram incomparável ajuda para a solução de diversos sofrimentos e situações penosas, de progresso rnateriall e social, porém, não conseguiram penetrar o cerne dos seres humanos, modificando-lhes as disposições íntimas em relação à existência terrena e aos seus objetivos essenciais.
    Considerando a vida apenas do ponto de vista material, sem as conseqüentes avaliações em torno do Espírito imortal, o comportamento materialista domina as mentes e os corações, que acreditam na felicidade em forma de valores amoedados, satisfações dos sentidos, destaque social e harmonia física...
    Vive-se o apogeu da glória tecnológica diante dos descalabros comportamentais que jugulam os seres humanos aos estados primevos da evolução.
    Há conquistas do Infinito sem realização pessoal, sorrisos de triunfo sem sustentação de felicidade, que logo se transformam em esgares, situações invejáveis mas alicerçadas na miséria, na doença e no desconforto das pessoas excluídas...
    Faltando-lhes, porém, a vivência dos compromissos ético-morais, logo se lhes apresentam os desapontamentos íntimos, e os conflitos se lhes instalam devoradores.
    Uma tormenta inigualável paira nos céus da sociedade moderna, ameaçando-a com tragédias inomináveis.

* * *
 
    Em período idêntico, no passado, salvadas as distâncias compreensíveis, veio Jesus à Terra.
    O mundo encontrava-se conturbado pelo poder mentiroso, pela falácia dos dominadores, pelas ambições desmedidas, pelas conquistas arbitrárias, pelas ilusões tresvariadas...
    Predominavam o luxo e a ostentação em alguns segmentos da humanidade, enquanto nos porões do abandono em que desfaleciam, incontáveis criaturas espiavam angustiadas o passar do tufão devorador...
    Apareceu Jesus, e una aragem abençoada varreu o mundo, modificando-lhe a psicosfèra.
    Sua voz levantou-se para profligar contra o crime e a insensatez, contra a indiferença dos fortes em relação aos seus irmãos mais fracos, contra a hipocrisia e o egoísmo então vigentes e dominantes como hoje ocorrem......
    Misturando-se aos mutilados do corpo e da alma, ergueu-os do pó em que se asfixiavam, conduzindo-os na direção da glória estelar, demonstrando-lhes que a vida física é experiência transitória, e que os valores reais são os que pertencem ao Espírito imortal.
    Utilizou-se da cátedra da Natureza e ensinou a fèlicidade mediante o desapego e o despojamento das alucinantes prisões às coisas e às paixões materiais.
    Cantou a esperança aos ouvidos da angústia e proporcionou a saúde temporária a quantos se Lhe acercaram, alentando-os com a certeza da plenitude após vencidas as etapas de regeneração e de resgate que todos os seres se impõem no processo da evolução.
    Atendeu a dor de todos os matizes, defendeu os pobres e oprimidos, os esfaimados e sedentos de justiça, a quem ofereceu os preciosos recursos de paz. No entanto, quando acusado, abandonado, marchando para o testemunho, elegeu o silêncio, a submissão à vontade de Deus, a fim de ensinar pelo exemplo resignação e misericórdia para com os maus e perversos, confirmando a indiferença pelos valores do mundo físico destituídos de utilidade .
    ... E permanece até hoje como o Triunfador não conquistado, que prossegue alentando os padecentes, convocando-os à transformação moral para a conquista dos imperecíveis tesouros internos do amor, do perdão, da caridade, da paz...

* * *
 
    Recorda-te de Jesus neste Natal e reaproxima--te dEle, analisando como te encontras e de que forma deverias estar moralmente, conscientizando-te do que já fizeste e de quanto ainda podes e deves investir em favor de ti mesmo e do teu próximo mais próximo, no lar, na rua, na humanidade...
    O Natal é presença constante do amor e do bem na atualidade de todos os tempos.
    Não te esqueças que a evocação do nascimento do Excelente Filho de Deus entre as criaturas humanas, é um convite para que O permitas renascer no teu íntimo, se estiver desaparecido da tua emoçao, ou prosseguir vivo e atuante nos teus sentimentos, convidados à construção da solidariedade, do dever e da lídima fraternidade que deve viger entre todos os seres sencientes que vagueiam no Planeta .
    ... E deixa que Jesus te fale novamente à acústica do coração e aos escaninhos da mente, repetindo-te o poema imortal das Bem -aventuranças.


    Joanna de Ângelis


(Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, no dia 20 de setembro de 2002, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia
 

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Sábado, 05 De Dezembro,2009

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SÚPLICA
 
“Pai, acende a tua divina luz em torno de todos aqueles que olvidaram a bênção nas sombras da caminhada terrestre.
Ampara aos que esqueceram de repartir o pão que lhes sobra na mesa farta.
Auxilia aos que não se envergonham de ostentar felicidade ao lado da penúria e do infortúnio.
Socorre aos que não se lembram de agradecer aos benfeitores que lhes apóiam a vida.
Compadece-te daqueles que dormiram nos pesadelos da delinqüência, transmitindo herança dolorosa aos que iniciam a jornada humana.
Levanta os que olvidaram a abnegação no serviço ao próximo.
Apieda-te do sábio que ocultou a inteligência entre as quatro paredes do paraíso doméstico.
Desperta os que sonham com o domínio do mundo, desconhecendo que a existência no corpo físico é simples minuto entre o berço e o túmulo, à frente da imortalidade.
Ergue os que caíram vencidos pelo excesso de conforto material.
Corrige os que espalham a tristeza e o pessimismo.
Perdoa aos que recusaram a oportunidade de pacificação e marcham disseminando a revolta e a indisciplina.
Intervém a favor de todos os que se acreditam detentores de fantasioso poder e supõe loucamente absorver os juízos, condenando os próprios irmãos.
Acorda as almas distraídas que envenenam o caminho alheio, com a agressão espiritual dos gestos intempestivos.
Estende paternas mãos a todos os que olvidaram a sentença da morte renovadora da vida que a tua lei lhes gravou no corpo precário.
Esclarece aos que se perderam nas sombras do ódio e da vingança, da ambição desregrada e da impiedade fria, que se acreditam poderosos e livres quando não passam de escravos dignos de compaixão diante de teus desígnios.
Eles todos, Pai, qual já sucedeu a tantos de nós, são delinqüentes que escapam aos tribunais da Terra, mas estão assinalados por tua justiça soberana e perfeita, por atos lamentáveis de deserção e indiferença, perante o Infinito Bem.
Assim Seja."
ANDRÉ LUIZ
 
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Quinta-feira, 03 De Dezembro,2009

REFLEXÕES DE DEZEMBRO

 

 
O mês de dezembro é, talvez, o mais propício para uma espécie de balanço de nossas realizações, de nossas aspirações e experiências de todo um período que se finda.
O último mês do ano é a época preferida para as avaliações das atividades individuais e coletivas, para que se firmem diretrizes ou se busquem novos caminhos.
Coincidentemente, é o mês em que se comemora a vinda do Cristo de Deus à Terra, trazendo sua Mensagem de Luz aos homens. Seu Natal é um convite à reflexão do que Ele representa para a Humanidade, do que é verdadeiramente essa Mensagem e o que significa para nós.
Os espíritas, que convivemos com os irmãos de diferentes credos e concepções de vida, aprendemos a respeitá-los, sem, contudo, aderir a usos e costumes que não se coadunam com os princípios da Doutrina Libertadora.
Somos todos regidos pela lei de evolução.
Cada um se encontra em determinado estágio evolutivo. Nesse caso, não podemos desprezar ou condenar nosso companheiro de jornada que ainda se prende a interesses puramente materiais, a representações grosseiras das quais já nos libertamos.
Cumpre-nos entender que o estado de ignorância é transitório para todos, sendo necessariamente um estágio evolutivo em cada criatura, mas não um mal em si mesmo.
No mundo de provas e expiações em que vivemos, somos todos imperfeitos, sujeitos a erros, provações e sofrimentos.
Sem embargo das próprias imperfeições, compete a todos utilizar a inteligência e a razão no esforço constante para a elevação, através da auto-educação.
A busca da felicidade de cada um é uma lenta ascensão, já que, por ignorância ou por comodismo, escolhemos os caminhos ilusórios das miragens, só reconhecidos como tais quando aparecem os erros e as decepções.
Entretanto, os sofrimentos e dores, os enganos e desilusões são experiências e lições duras que nos ensinam a necessidade de procurar as sendas corretas que conduzem à felicidade.
Cedo ou tarde aprendemos que as coisas materiais e seus interesses - bens e riquezas da
Terra - são transitórios e mutáveis, destinados à satisfação das necessidades da vida material.
O despertamento do Espírito acontece quando descobre que a perfeição moral é sua meta e seu destino e que seus erros e as conseqüências deles constituem experiências e lições aproveitáveis no descobrimento da verdade e do roteiro certo.
No Universo os seres se ligam e se influenciam reciprocamente. Não somente as galáxias e os sistemas planetários são solidários entre si, mas nas diversas manifestações da vida, a solidariedade está presente em toda parte.
Basta um olhar pelos reinos da Natureza para se constatar a solidariedade entre eles. O reino mineral sustenta os seres vegetais; os animais, por sua vez, sustentam-se de elementos vegetais, minerais e animais que lhes asseguram a vida. Com a morte, os elementos materiais voltam ao reino mineral e o princípio espiritual continua sua trajetória.
Nós, os Espíritos eternos, qualquer seja o estágio em que nos encontramos, devemos ter presente a solidariedade existente entre todos determinada pela semelhança do seu destino e da sua natureza.
Todos começam num estádio de simplicidade e ignorância. Passam pela inferioridade, sujeitos às mesmas leis divinas e eternas que determinam sua ascensão, de conformidade com o esforço de cada um.
Por isso, a solidariedade deve estar presente entre todas as criaturas de Deus, independentemente do grau evolutivo em que se encontre cada uma.
O amor ao próximo, como ensinou Jesus, é a expressão mais pura da lei de solidariedade.
O dever de amar o próximo é a mais bela expressão da lei Divina, ensinada pelo Cristo, que a coloca junto e após o imperativo de amar a Deus, o Criador de todas as coisas. Não há exceção nessa lei geral. Precisamos aprender a amar a todos, a nos solidarizar com todos.
Assim como somos auxiliados e socorridos pelos seres superiores, que já alcançaram poderes e graus acima dos nossos, assim também nos cumpre ajudar e auxiliar, sob múltiplas formas, os que se encontram à retaguarda.
O exemplo maior vem-nos do Cristo. Sua mensagem, seu sacrifício e sua renúncia são lições permanentes e indeléveis convocando à solidariedade com os semelhantes, especialmente os que se encontram abaixo de sua posição evolutiva. Quando Jesus, o Cristo, guia e governador espiritual da Humanidade; o modelo perfeito que o Pai Celestial oferece aos homens, resume no amor toda a lei divina, está mostrando que a solidariedade é a grande corrente que liga todas as almas.
Se deixamos de amar nosso semelhante, seja qual for sua condição, se odiamos, se desprezamos, se desejamos o mal até mesmo aos inimigos e adversários, essa atitude é a quebra de um elo da grande cadeia da solidariedade.
Manifestações patentes da lei de solidariedade entre os seres são as revelações que sempre fluíram da Espiritualidade Superior para todos os povos e nações da Terra, em todos os tempos.
São também as intuições e as inspirações captadas pelos gênios e pelos missionários encarregado pelo Plano Superior de trazer aos homens novas idéias e novas concepções de vida mais abundante, à medida que sua capacidade se toma apta a entendê-las e assimilá-las.
O Espírito encarnado sofre a poderosa influência da matéria. O mundo que o cerca é o império da vida material. Seu corpo material, suas necessidades físicas, seus sentidos físicos induzem o Espírito a só cuidar dos interesses imediatos do mundo material, fazendo-o esquecer sua condição de essência espiritual. Essa é uma característica peculiar dos mundos materiais atrasados como o nosso.
A Providência Divina não permite que prevaleça absoluta a influência exclusiva da materialidade. O Espírito guarda sempre a intuição de sua natureza, de sua origem e de seu destino, auxiliado, em todas as épocas, a cultivar suas qualidades latentes, suas aspirações adormecidas. As revelações superiores, os missionários e enviados do Alto são os agentes incumbidos de despertar no homem o interesse pelas coisas espirituais, contrabalançando a poderosa influência da matéria.
As grandes religiões da Humanidade tiveram e têm esse papel de extrema importância, que é o de despertar na criatura a consciência da existência de um Ser Supremo, criador do Universo e da essência da vida.
Como diz Emmanuel ("A Caminho da Luz"), "as tradições religiosas da antigüidade guardam, entre si, a mais estreita unidade substancial. As revelações evolucionam numa esfera gradativa de conhecimento".
Através das revelações e das religiões homem se furta à exclusiva influência da materialidade, lembrando-se de sua condição de essência espiritual. É, pois, de extrema importância o papel das religiões ao contrabalançar a influência do materialismo, mesmo considerando-se que elas "evolucionam numa esfera gradativa de conhecimento".
As revelações do Mundo Espiritual Superior são sucessivas e gradativas.
Sendo o Cristo o Governador Espiritual da Terra, desde sua formação, como executor da vontade de Deus, torna-se evidente que todas as Revelações obedeceram à sua orientação e por isso mantém uma unidade substancial.
"A história da China, da Pérsia, do Egito, da Índia, dos árabes, dos israelitas, dos celtas, dos gregos e dos romanos está alumiada pela luz dos seus poderosos emissários." ("A Caminho da Luz", pág. 83, 22ª ed. FEB.)
Mas é lógico que as Revelações haveriam de atender às possibilidades de percepção de cada raça, de cada povo e às condições de adiantamento de cada época.
O próprio Cristo viria, em pessoa, trazer orientações e conhecimentos de extrema importância para a Humanidade. Sabendo, entretanto, das limitações dos homens e dos entraves que iriam atingir sua Mensagem, por desvios no entendimento e na prática de seus ensinamentos, prometeu a vinda posterior do que Ele denominou "O Consolador", destinado a ensinar todas as coisas e a recordar tudo o que já ensinara. (João, 14:15-17 e 26.)
O Consolador veio e está entre nós. É a Doutrina dos Espíritos, esclarecedora e consoladora por sua natureza, que nos ensina as coisas transcendentes de que necessitamos no atual estágio da Humanidade, que recorda os ensinos do Cristo para o correto comportamento dos homens perante as leis divinas e que retifica os transvios das religiões nas suas práticas através dos séculos.
Mas o Espiritismo não esclarece somente o transcendente, oferecendo-nos noções mais realistas a respeito de Deus, a Inteligência Suprema e sobre o Cristo, o Filho de Deus.
Dá-nos a conhecer muitas das leis divinas que já podemos compreender - a evolução contínua, as vidas sucessivas em mundos materiais como o nosso, a lei de causa e efeito, a eternidade da vida do Espírito - leis que mostram ao ser humano suas próprias possibilidades de crescimento, na proporção da aplicação de sua vontade, de sua inteligência e da liberdade de que goza.
O homem, Espírito encarnado neste mundo atrasado, vem, há milênios, cumprindo seu destino, aprendendo as coisas rudimentares da vida, aperfeiçoando-se através de trabalhos rudes, repetitivos, através das reencarnações.
Por vezes alça altos vôos, impelido por ideais elevados resultantes de aprendizado adquirido no núcleo substancial das religiões.
Agora, com a Revelação Nova, encontra recursos para desenvolver os valores que jazem no recôndito de seu ser.
Sua fé e esperança fundam-se em realidades que ele conhece. Seu futuro torna-se mais claro, na certeza de que é a continuação da vida em outra dimensão, longe da idéia asfixiante do nada ou da ilusão de um céu indefinido, ou de uma condenação eterna.
Cumpre-lhe, com a certeza dessa realidade, preparar o porvir, através dos pensamentos e ações presentes, que dizem respeito à sua vida íntima e à sua vida de relações com seus semelhantes.
Agora o viajor eterno não anda a esmo. Tem um roteiro a seguir, que lhe é conhecido. Amar e servir resumem esse roteiro.
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Terça-feira, 01 De Dezembro,2009

DATAS ESPÍRITAS DEZEMBRO

 

DIA 02
1868 – Desencarna, em Paris, o livreiro e editor Didier, membro da Sociedade Espírita de Paris desde sua fundação; responsável pela primeira edição dos livros de Allan Kardec.
1886 – Nasce, no Estado da Bahia, José Florentino Seria, conhecido como José Petitinga. Comerciante, poeta, foi destacado espírita naquele Estado.
1886 – Nasce em Milevsko, Tchecoslováquia, Frederico Figner. Estabeleceu-se como industrial no Brasil e atuou em vários setores da FEB. Pela mediunidade de Chico Xavier ditou, do além, a obra "Voltei", usando o pseudônimo de Irmão Jacob.
DIA 04
1935 – Data do desencarne do criador da metapsíquica, Charles Richet.
DIA 05
1934 – Desencarna, no Rio, Humberto de Campos, escritor, deputado estadual, membro da Academia Brasileira de Letras (1920). Ditou diversas obras espíritas através do médium Chico Xavier, algumas com pseudônimo "Irmão X".
DIA 07
1953 – A polícia invade a sede da Federação Espírita Portuguesa, em Lisboa; confisca todos os bens e destrói a biblioteca, com 12.000 volumes.
DIA 10
1835 – Nasce, em Sevilha, na Espanha, Amália Domingo Soler. Fundou o jornal "La Luz del Porvenir". Escreveu "Reencarnação e Vida", "Perdoa-me" e "Memórias do Padre Germano".
1874 – Data do nascimento de um dos maiores tribunos espíritas: Manuel Vianna de Carvalho.
1911 – Inaugurada, no Rio de Janeiro, a sede própria da FEB, por Leopoldo Cirne.
1944 – É fundada a Cruzada dos Militares Espíritas, divulgadora da Doutrina dentro das corporações militares.
DIA 11
1761 – Data de nascimento de Joanna Angélica, em Salvador, Estado da Bahia. São bastante conhecidas suas obras trazidas através da mediunidade de Divaldo Pereira Franco, sob o nome de Joanna de Angelis.
1847 – A família Fox transfere-se para Hydesville, passando a morar na casa que seria palco dos memoráveis fenômenos de efeitos físicos.
1855 – Allan Kardec recebe a revelação mediúnica de que Zéfiro era seu espírito protetor.
DIA 15
1859 – Nasce Lázaro Luiz Zamenhof, o criador do Esperanto.
DIA 16
1945 – Fundada a Sociedade Espírita Santo Agostinho, por Jésus Gonçalves, no Hospital-Colônia para hansenianos de Pirapitingui.
DIA 18
1903 – Data do desencarne de Augusto Elias da Silva, fundador da revista Reformador e um dos fundadores da FEB.
DIA 19
1998 – Dia do Movimento Você e a Paz, em Salvador/Ba. idealizado pelo médium Divaldo Pereira Franco.
DIA 24
1872 – Data de nascimento do esperantista Francisco Waldomiro Lorenz.
1900 – Data do nascimento de Yvonne do Amaral Pereira em Rio das Flores - RJ.
DIA 25
0000 – O mundo rende graças pelo nascimento de Jesus Cristo.
1893 – Nasce na Província de Sagre, Itália, Francisco Spinelli. Veio para o Brasil com 18 anos, trabalhando como alfaiate, depois como advogado. Convertido ao Espiritismo, tornou-se um de seus líderes.
1915 – É fundada a Federação Espírita do Estado da Bahia.
DIA 27
1996 – Instituí-se 18/04 como o dia dos espíritas, lei 9471, projeto de lei do Deputado Alberto Calvo
 
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publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 00:22
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