Domingo, 11 De Abril,2010

CORRUPÇÃO E MUTILAÇÃO DAS BÍBLIAS PROTESTANTES?

Protestantes é nessas coisas que voces acreditam. Duvido que tenham coragem de ler .Teologo,tu que quer ser pastor da uma olhadinha aí.

Foram terríveis os prejuízos causados pelos tradutores protestantes em todas as suas tentativas de traduzir as Sagradas Escrituras.



A incompetência, aliada muitas vezes a má fé, causou danos irreparáveis aos ensinamentos de Jesus Cristo na terra contribuindo decisivamente para a dispersão de seu rebanho.



Acompanhe abaixo cada tradutor protestante e seu atentado às Escrituras:

Lutero Na Alemanha, já havia 30 diferentes edições católicas alemãs da Bíblia*, mas, Lutero, fundando o protestantismo, resolveu fazer sua tradução e adulterou Romanos 1,17, onde diz que “o justo viverá pela fé”. Ele acrescentou a palavra alemã “allein” que significa “somente”, e passou a pregar que o justo “viverá SOMENTE pela fé”. Foi o modo desonesto que ele achou para justificar sua nova religião do “Sola fide”.

Ele mesmo confirmou esta adulteração, quando cheio de ódio disse: ”Se um papista lhe questionar sobre a palavra ‘somente’, diga-lhe isto:

Quem não aceitar a minha tradução, que se vá. O demônio agradecerá por esta censura sem minha permissão.



” (Amic. Discussion, 1, 127,’The Facts About Luther,’ O’Hare, TAN Books, 1987, p. 201). - * (Imperial Encyclopedia and Dictionary © 1904 Vol. 4, Hanry G. Allen & Company), (Holman Bible Dictionary © 1991).

A carta de Tiago que condena o “Somente a fé” em (2,20), (2,14-16) e (2,21-22), foi assim tratada pelo dito “reformador”: ”A carta de Tiago é uma carta de palha, pois não contém nada de evangélico.” (’Preface to the New Testament,’ ed. Dillenberger, p. 19.).

Hoje, discretamente retiraram o “somente” das traduções protestantes posteriores, mas a doutrina de Lutero (sola fide) é a essência do protestantismo.

Continua o jeito fácil de salvar-se, “somente” tendo fé, como determinou Lutero:

“Seja um pecador e peque fortemente, mas creia e se alegre em Cristo mais fortemente ainda…Se estamos aqui (neste mundo) devemos pecar…Pecado algum nos separará do Cordeiro, mesmo praticando fornicação e assassinatos milhares de vezes ao dia”.

(Carta a Melanchthon, 1 de agosto de 1521 - American Edition, Luther’s Works, vol. 48, pp. 281-82, editado por H. Lehmann, Fortress, 1963).


ZwinglioZwínglio foi além, na sua tradução alemã, ousou adulterar as mais importantes palavras de Jesus Cristo, com visível intenção de eliminar sua presença na Eucaristia. Colocou a palavra “significa”, onde Jesus diz que o pão “É” seu Corpo e o vinho “É” seu Sangue. Veja o repúdio de um autor protestante da época: “Não é possível de modo algum excusar este crime de Zwínglio; a cousa é por demais manifesta; (…) Não o podeis negar nem ocultar porque andam pelas mãos de muitos os exemplares dedicados por Zwinglio a Francisco, rei de França, e impressos em Zurique no mês de março de 1525. Na aldeia de Munder, na Saxônia, no ano 60 eu vi na casa do reitor do colégio, Humberto, não sem grande maravilha e perturbação, exemplares da Bíblia alemã, impressas em Zurique, onde verifiquei que as palavras do Filho de Deus haviam sido adulteradas no sentido dos sonhos de Zwinglio. Em todos os quatro lugares (Mt., 26; Mc., 14; Lc., 22; I cor., 11) em que se referem as palavras da instituição do Filho de Deus, o texto achava-se assim falseado: Das bedeutet meinen Leib, das bedeutet meinen Blut, isto significa o meu corpo, isto significa o meu sangue.

” (Conr. Schluesselburg, op. cit. f. 44 a.) (citações em padre Leonel Franca, op. cit., pág. 211).


Lutero levantou-se contra Zwinglio, e disse que ”“é “ não pode ser traduzido por “significa””. (Uma Confissão a respeito da Ceia de Cristo - Von Abendmahl Christi, Bekenntnis WA 26, 261-509, LW 37. 151-372, PEC 287-296. - SASSE, H. Isto é o meu Corpo, p. 107). Citado em: http://www.seminarioconcordia.com.br/Art…

Eles corrigiram isso nas versões protestantes seguintes. Mas, até hoje os pastores pregam que “significa”.

TyndaleTyndale foi outro falsário protestante, por isso, morto por um decreto do imperador em Augsburg. O rei Henrique VIII já havia condenado em 1531 a “bíblia” de Tyndale como uma corrupção da Escritura. Nas palavras dos conselheiros do rei: “a tradução da Escritura corrompida por Tyndale deveria ser totalmente expelida, rejeitada e deveria ficar fora das mãos das pessoas…”. Para se pensar, que as “bíblias” protestantes de Tyndale ou Lutero fossem tão boas, por que os protestantes europeus hoje não as usam como fazem com a King James? São Thomas More, que viveu naquele tempo comentou que, procurar erros na “bíblia” de Tyndale era semelhante a procurar água no mar.

(Henry G. Graham, Where We Got The Bible (TAN Books, 1977) pp. 128,130).


Miguel ServetMiguel Servet foi outro protestante que morreu por corromper ao traduzir as Escrituras. João Calvino, o principal “

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ANJOS E DEMÔNIOS

       “Daimonion”e“daimon”, palavras gregas correspondentes hoje ao ariman (mal), oposto de Mazda (Deus), de Zoroastro. Inicialmente, elas designavam alma e guia. Sócrates era protegido por seu demônio (anjo da guarda).
         Diabo (Grego“diabolos”) e satanás (Hebraico“satã) significam adversários, coisas do nosso ego, não sendo, pois, espíritos. Jesus chamou Pedro de satanás, e Judas de diabo. Pedro, porque não queria a sua morte, e Judas, justamente porque ajudou a tramá-la. Lúcifer (Grego “eosforos”, porta-luz) também não é espírito. E foi traduzido por São Jerônimo para o Latim da Vulgata por “lucis” (de luz) e “ferre” (transporta), “porta-luz.. Mas se trata de metáfora, e tem a conotação de nossa inteligência e também de aurora. Assim, na verdade, Cristo é que é o nosso Lúcifer, o nosso Porta-Luz! Dão também a Lúcifer e ao diabo o nome de serpente, que simboliza, igualmente, a inteligência. “Sede mansos como as pombas, mas prudentes (inteligentes) como as serpentes”. O que tentou Eva foi, pois, a sua inteligência, e não uma serpente. E Jesus tirou das pessoas demônios, mas nunca tirou satanás, diabo, satã, lúcifer e serpente de ninguém! A Árvore do “Conhecimento do Bem e do Mal” simboliza também a inteligência. Só que o conhecimento é causa e não conseqüência do pecado. A palavra Adão vem do Sânscrito: “adi” (primeiro) e “Ahan” (ego), ou seja, o homem do primeiro ego, depois que adquiriu sua inteligência. E é o ego que gerou o orgulho (desobediência) do primeiro casal bíblico.
          Até os autores bíblicos fizeram uma confusão dos diabos com a história dos diabos. Confundiram a chamada queda dos anjos com a do homem. Anjo não peca! E Jesus disse que o diabo é homicida e pai da mentira, desde o início. Seja espírito ou o nosso ego, deve haver subida (evolução) e não queda! “Deus cria a luz e as trevas” (Isaias 45, 7). “Quando um ímpio maldiz seu adversário (diabo), é a si mesmo que maldiz.” (Eclesiástico ou Sirácida 21, 27). E a confusão não é só bíblica. Platão concluiu que o mundo é uma mistura (meixis)! Dante e Milton quase fizeram dos demônios deuses do mal. “Todas as coisas procedem de Deus” (Stº Agostinho). “Sine diabolo nullus Dominus” (“Sem o diabo, não existe Deus”, autor ignorado). “Deus teria usado até mesmo o diabo para a criação do supremo bem” (Stº Tomás de Aquino). “Abraxas gerou a verdade e a mentira” (Jung, “Sete Sermões aos Mortos”). “O mal é um preço a ser pago por um cosmo não-estático” ( Stº Tomás de Aquino). “O diabo é a personificação do mal” (Kant). E a Igreja Ortodoxa Oriental, Orígenes, Teilhard de Chardin e o escritor italiano Giovanni Papini crêem que os demônios converter-se-ão a Deus. E como disse Helena Blavastky, as trevas, quanto maiores, mais brilha a luz!
          E por que os demônios, que são espíritos humanos atrasados, não evoluiriam, se Jesus foi pregar para eles no inferno, e se só Deus, que é amor, teria condições de mantê-los na eternidade do erro?

Autor de “A Face Oculta das Religiões” (Ed. Martin Claret) ,
entre outros livros. E-mail: escritorchaves@ig.com.br
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A REENCARNAÇÃO E AS PENAS ETERNAS


Confesso que a Bíblia é para mim um livro de inestimável valor, mas que não é literalmente, como dizem, a palavra de Deus, pois os erros que ela contém constituem prova provada de que ela não o é.


E a reencarnação aparece na Bíblia com o nome de ressurreição, que é do espírito e não da carne (são Mateus 16,13 e 14; 17,13; 11,14; são Lucas, 1,17; 1 Coríntios 15,44; 15,50; são João 6,63; Eclesiastes 12,7; Sabedoria 8, 19 e 20; Jó 8,9; e Salmo 104,29).  As chamadas penas eternas não são intermináveis, mas apenas de duração indefinida.E o espírito ressuscita ora no mundo espiritual, ora na carne (reencarnação).


O termo bíblico hebraico “ôlam”, do verbo “âlam” (ocultar), traduzido por eterno, quer dizer oculto, de duração desconhecida. Também o adjetivo grego “aiônios” e o latino “eternus”, eterno em português, significam um período longo, mas não sem fim. Se eterno nas penas bíblicas tivesse o sentido de um tempo sem fim, como muitos leitores da Bíblia ainda hoje entendem, nela deveria estar empregada a palavra grega “aidios” (para sempre) e, em latim, “sempiternus (para sempre). Também os substantivos grego “aêon” e latino “eternitas” significam eternidade, que, como vimos, é um tempo indefinido, e não é uma só. Por isso se diz “as eternidades”. “Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, de eternidade a eternidade” (Salmo 106,48). Ademais, o verbo latino “castigare” (castigar), a cuja raiz pertencem castigo e castidade, tem o sentido de podar, purificar. Pena é, pois, poda ou purificação, o que jamais poderia ser para todo o sempre, e visa a regeneração (nosso livro “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência”, EBM Ed., São Paulo).


As penas sem fim e sem nossa regeneração são mitológicas, e parecem-nos próprias do Deus do Velho Testamento. Já a lei cármica reencarnacionista de Jesus, que dá a cada um segundo suas obras e que permite a nossa recuperação, é própria do nosso Deus Pai de amor!

 

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A FÉ É A ÚNICA CHAMA QUE NÃO SE APAGA NUNCA

A FÉ É A ÚNICA CHAMA QUE NÃO SE APAGA NUNCA

 

EM LEMBRANÇA AOS 110 ANOS DO DESENCARNE DE

ADOLFO BEZERRA DE MENEZES CAVALCANTI,

OCORRIDA EM 11 DE ABRIL DE 1900, ÀS 11h30min.

 

 

 

 

Bezerra de Menezes

 

Diante de um jardim belo, coberto de roseiras perfumadas, o dono do jardim as espera florescer. Não pensa na quantidade enorme de espinhos que seu tronco possui, toma cuidado com eles, mas espera o florir das rosas. Quando uma única rosa brota, enfeitando toda aquela roseira cheia de espinhos, o dono do jardim olha, avidamente, outros que podem surgir, sabendo que serão rosas a enfeitar amanhã.

Nós trazemos cravados na alma muitos espinhos do ontem, mas somos rosas, na essência sublime de Deus; nós também vamos florir em alegria. Se essas alegrias são poucas e as dores são muitas, alegrias aconteceram em nossas vidas e alegrias acontecerão sempre. Mesmo que sejam momentos, dias, algum tempo, mas como as roseiras, o sorriso brota, a paz chega e nós nos transformamos num canteirinho de paz.

Mas, existe o tempo, às vezes longo, em que só permanecem espinhos, o vendaval da dor assola e as pétalas de nossas esperanças, de nossas alegrias, caem pelo chão. Mas, não devemos nos esquecer de que essas pétalas caídas serão adubo amanhã. Esse adubo precioso que mantém nosso espírito vivo, que mantém a roseira forte, que mantém a possibilidade de ela florir.

Nós trazemos muitos compromissos assumidos de vidas passadas, não podemos deixar que o desânimo, a tristeza, a desesperança nos domine. Porque só receberemos, realmente, um auxílio completo, à medida em que tivermos total confiança no alto. Aí sim, será possível Jesus nos estender as mãos e nós, desse amor imenso, desse grande médico de Deus que foi o mestre, recebermos a ajuda de que precisamos, lembrando de que toda a dor é cura para nossos corações, que toda separação é prognóstico de união, que todas as experiências são bênçãos preciosas que amealhamos no espírito.

Por isso, mantenham a chama da fé sempre acesa. A fé é a única chama que não se apaga nunca.

 

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Sexta-feira, 09 De Abril,2010

O ESPIRITISMO E O PROGRESSO DA HUMANIDADE

"Entrevista com Raul Teixeira"

Médium de Niterói, Rio de Janeiro

 

1 - O Espiritismo é uma doutrina milenarista? Há algo de especial na virada do calendário para o próximo milênio?
(Goiânia - GO, fev./1997)

 

Raul - Por suas características, o Espiritismo não se mostra como uma doutrina milenarista. Sua proposta pretende ser perene, relativamente ao estado da alma terrestre.

A virada do calendário representará tão somente a continuação das peripécias das sociedades terrenas. Em cada período teremos sempre a colheita do que se fez no período anterior, ao mesmo tempo que se estará fazendo a sementeira do que se colherá mais á frente.
Nada de espetaculoso. Nada de sobrenatural. Nada que não corresponda aos passos naturais da criatura humana.

 

2 - Noticia-se que está acontecendo com a Terra o que aconteceu com Capela no passado. Para onde estarão indo ou irão os nossos degredados? O que fazer para não sermos um deles?
(Goiânia -GO, fev./1997)


Raul -
O que conseguimos acompanhar, pelo que informam os Nobres Benfeitores, é que o nosso planeta vem atingindo um estágio de mais profundas transformações, tanto em termos geológicos, com as acomodações telúricas necessárias, quanto em termos espirituais, em função da marcha em que nos encontramos sobre sua crosta.

Certamente, em função de termos informações por via mediúnica, desse distanciado planeta vinculado à estrela Capela, que teria, em dado momento de sua evolução, vivido experiências do nível das que estamos vivendo na Terra, tudo nos leva a fazer paralelos, comparações, etc...
Como nos informou Jesus Cristo que "na casa de meu pai há muitas moradas ", conforme se lê no texto do Evangelista João, 14:1-3, temos uma única certeza: o nosso alocamento em qualquer outra "casa sideral" diferente da atual, onde nos ajustemos às realidades com as quais ainda nos identificamos, quando não nos seja possível acompanhar as transformações iminentes da nossa morada terrena.
Importante considerar, na eloqüente nota que Allan Kardec ajunta à questão 789 de O Livro dos Espíritos, a seguinte explanação: “Quando todos os povos estiverem no mesmo nível quanto ao sentimento do bem, a Terra só abrigará bons Espíritos, que viverão em união fraterna. ·Os maus, tendo sido repelidos e deslocados, irão procurar nos mundos inferiores o meio que lhes convêm, até que se tornem dignos de voltar ao nosso meio, transformados”:

" Parece-nos, então, que o que nos cabe fazer, para merecermos permanecer na Terra feliz do futuro, é manter o passo na trilha dos próprios deveres, vivendo com dignidade e propósitos no bem, sem espetáculos de "santice", francamente despropositados, mas com o objetivo honesto de lutar contra as nossas inclinações inferiores.



3 - Este século assistiu a duas guerras mundiais e a mudanças vertiginosas na vida social. O que ainda nos espera? Haverá catástrofes, como muitos predizem?

(Goiânia - GO, fev./1997)


Raul -
Os Espíritos do Senhor, que nos trouxeram a Codificação Espírita, não são alarmistas.

Não anunciam catástrofes que o nosso livre-arbítrio não possa conjurar, uma vez que o ensino do Cristo garante que "a cada um será dado conforme suas obras".

Esclarece-nos O Livro dos Espíritos que a predominância da natureza animal sobre a espiritual, junto à satisfação das paixões, é o que motiva a guerra(2)...

Então, podemos admitir que o que nos leva à guerra é a ação sempre nefasta do egoísmo.

Quanto mais trabalharmos no sentido de transformar esse vício, fazendo desenvolver-se em nós o altruísmo, como oposição natural, mais iremos nos situando em níveis morais de tal ordem que já não estaremos sujeitos a perecer apanhados nas malhas dos fenômenos planetários, que costumam tornar-se flagelos destruidores.

Muitíssimo válida é a reflexão da comunidade espírita em torno do fato de que estamos reencarnados num planeta, em fase tal de estabilização cósmica, com seus movimentos sísmicos, climáticos, etc.., que ficamos sujeitos aos seus variados movimentos naturais, ao mesmo tempo que esses mesmos fenômenos, quando nos alcançam, permitem-nos resgates de diversa monta e acertos com as leis reequilibradoras da vida sideral. Por suas características próprias, a Terra não nos pode oferecer a felicidade perfeita, exatamente pelo fato de que ainda não conquistamos o devido mérito(3). Quanto às chamadas catástrofes, essas sempre existiram e continuarão a existir, podendo, em dada ocasião, levar em sua voragem incontáveis criaturas que estejam na faixa das necessidades expiatórias, via sofrimento.

1 - Mt. 16:27

2 - KARDEC Allan. O livro dos espíritos, perg. 742

3 - Idem, perg. 920



4 - A humanidade passa, atualmente, por uma crise sem precedentes. As instituições humanas parecem estar em fase de desestruturação e a vivência ético-moral vai cedendo lugar a comportamentos levianos e irresponsáveis. Qual a visão espírita desse processo?

(Jornal Oásis, Vitória da Conquista - BA, maio/1996)


Raul -
Os ensinamentos da Doutrina Espírita nos levam à compreensão de que estamos vivendo na Terra situações que caracterizam os estertores derradeiros de uma fase complexa, qual a de provas e expiações.

Fazendo parte do grupo dos espíritos imperfeitos, portadores de incontáveis perturbações, é compreensível que soframos o ricochete desses tempos difíceis, muito embora o desejo de grande número de criaturas de ajustar-se nos projetos felizes de Jesus Cristo no mundo.
O Espiritismo vem permitir que se torne possível esse ajustamento, pela lucidez que empresta ao nosso entendimento, pela clareza que permite à nossa visão.

Essas são as épocas preditas por Jesus em suas expressões relativas ao final dos tempos.

Esses são os tempos da "separação do joio do trigo" ou da "separação dos bodes das ovelhas", querendo dizer que vivemos situações que, de fato, avaliam a nossa disposição de libertar-nos das densas sombras que pairam sobre o planeta.




5 - Qual a principal mensagem espírita?

(Divinópolis - MG, maio/1995)


Raul -
A mais excelente mensagem espírita se configura na proposta de renovação espiritual da pessoa humana.

Para o Espiritismo, o fenômeno mais importante que se pode dar com o indivíduo é o do seu progresso para Deus, o que se opera mediante o desenvolvimento intelectual, a fim de que conheça as leis que regem o nosso universo material, e o desenvolvimento moral, que se caracteriza pelo devido cumprimento das leis morais, ou seja, aquelas que regem a vida da alma.


6 - Como poderemos ter certeza de que a futuro será melhor; do ponto de vista social, do que o presente?

(Goiânia - GO, fev./1997)


Raul -
Quando, em O Livro dos Espíritos, no item 800, o Codificador Allan Kardec perguntou aos Guias da Humanidade: "Não é de temer que o Espiritismo não consiga vencei-a indiferença dos homens e o seu apego ás coisas materiais? ", os Nobres Espíritos foram muito claros ao responder-lhe que somente quem conhecesse bem pouco os seres humanos poderia supor que eles se transformam como por encanto.

Asseveraram esses Guias que as idéias se modificam pouco a pouco, com a modificação dos indivíduos, e que são necessárias algumas gerações, para que os resquícios dos velhos costumes se apaguem.
Não podemos ter dúvidas quanto a essa melhoria das condições gerais da sociedade, partindo das considerações que já fizemos, referentes ao fato de o mundo moral terrestre estar melhorando gradualmente, a fim de alcançar os fins assinalados pela Divindade, que são o nosso efetivo e esférico progresso.

Apoiados no que disseram os Nobres Espíritos a Kardec, admitimos que só os que sofrem de ansiedade imediatista ou os pessimistas por sistema poderão supor que os tempos porvindouros serão piores que os atuais.



7 - O que pensar das profecias de que tanto se comenta, como as de Nostradamus? Como distinguir, nesse campo, as revelações verdadeiras das mistificações?

(Goiânia -GO, fev./1997)


Raul -
Em todos os tempos do mundo, houve aqueles que, dotados de uma particular aptidão psíquica, lograram sintonizar com freqüências onde estavam "inscritas" as epopéias ou episódios diários de variadas sociedades ou mesmo da humanidade.

Essa possibilidade decorre do fato de que, a partir do ponto em que os indivíduos ou grupos humanos operam ações importantes, ou de certa gravidade, nos campos das próprias vidas, acionam a conhecida "roda do carma", passando a inscrever-se nesse ou naquele trilho de ocorrências, o que se dava com esses profetas é que eles "captavam", "liam", "decodificavam" esses registros, que as diversas formas de energia "imprimiam" nessa tela cósmica, dando-lhes interpretações que correspondiam a sua cultura, a sua maturidade intelectual e/ou a suas experiências religiosas, o que tornava sempre muito vulnerável a veracidade de tais comunicações.

Dentro do que propõe o Espiritismo, será sempre indispensável que utilizemos o bom senso, sempre que estejamos diante de questões dessa ordem.

Partindo do entendimento de que os Nobres Espíritos nunca têm o objetivo de amedrontar, de impor pelo pavor, de nos dobrar à força, mas, ao contrário, estão sempre dispostos a sugerir, a orientar, a propor sem nada exigir, teremos material bastante considerável para verificar se tal ou qual "profeta', "médium", ou qualquer outro nome que desejemos dar, está trazendo ou não uma mensagem coerente, uma mensagem de Deus.

Parafraseando a proposta do Evangelista João, quando nos sugeriu não crer em todos os espíritos, mas verificar, antes, se eles são de Deus, dizemos: não creiamos em todos os "profetas", mas certifiquemo-nos, antes, se eles são coerentes com o bem e com a lucidez, e não marcados por lamentável exotismo e desejo neurótico de exibição.

8 - Coma deve o homem agir para não mergulhar nessa onda de pessimismo que assola a nossa sociedade?

(Diário de Votuporanga, Votuporanga -SP. março/1995)


Raul -
Ser atencioso para com os ensinamentos do Mestre Jesus, que é o Modelo e Guia para todos nós, registrando no intimo de si mesmo os fortes elementos do "Sermão da Montanha", analisando com lucidez, com maturidade, as observações do Espírito da Verdade, ao longo de toda a Codificação Espírita, no caso de ser esse homem um homem espírita.

Enquanto não nos dermos conta de que "é preciso que o mal atinja o excesso, a fim de que os homens se interessem pelo bem e pelas reformas", estaremos mergulhando em continuadas ondas de pessimismo, sem divisar soluções á frente. Voltemos ao Amigo Jesus, ao propor-nos: "Tende bom ânimo E tudo nos irá falando, então, de esperança de tempos melhores para todos.


9 - As dificuldades econômicas, o crescimento da violência e a descrença do povo dos sistemas políticos em nível mundial; as seitas fanáticas que pregam a desordem, o orgulho,- o adultério e outras chagas morais tão difundidas corno moda pelas mídias, tudo isso deixa claro que há urna crescente doença moral na Humanidade. Diante disso, como você acredita que se dará a passagem da Terra para o mundo de regeneração?

(A Voz do Espírito, S.J. do Rio Preto -SP, 1996)


Raul -
Essa passagem já está ocorrendo, há muito tempo no mundo, consoante informam generosos Benfeitores do Invisível.

O mundo de regeneração não surgirá de inopino, como se fosse uma explosão. Advirá, pouco a pouco, como se, da intensa escuridão da noite, víssemos o raiar de formoso dia, sem podermos estabelecer os limites de onde termina uma e começa o outro. (Do livro Atualidade do Pensamento Espírita)

Fonte: Colônia Espírita Nosso Lar

 

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Quinta-feira, 08 De Abril,2010

NÃO MATARÁS

 

Diante da constância com que a morte é apresentada nos veículos de comunicação de massa, na maioria das vezes de forma violenta, como guerras, assassinatos e suicídios, o ser humano vem-se acostumando com a rotina e passa, gradativamente, a considerar normal o fato de se pretender eliminar a vida de seu semelhante ou mesmo a sua, por qualquer motivo.

Puro engano. A visão materialista da vida leva a essa postura, mas não representa a realidade.

Ao destruir o corpo físico, acredita-se que o Ser é eliminado. Na verdade o Ser, mesmo, não se destrói: é Espírito imortal, indestrutível. E toda violência contra a vida retorna sempre de forma dolorosa àquele que a praticou: seja através de perseguições obsessivas das vítimas, nos casos de assassinatos; seja através de profundos sofrimentos auto-aplicados, nos casos de suicídio; seja pelos dramas de consciência decorrentes do desrespeito à Lei de Deus.

Não é sem razão que a Providência Divina, há quatro mil anos, através dos Dez Mandamentos, vem alertando o homem de forma inquestionável: Não matarás!

Os sábios da Antiguidade já observavam quanto à necessidade de o homem conhecer-se a si mesmo. E a ciência humana, hoje, já vem constatando que o homem é um Espírito imortal que viveu inúmeras reencarnações.

Tentar destruir o próximo ou a si mesmo é um erro de graves conseqüências, que retarda por séculos o progresso humano, retardando, conseqüentemente, o recebimento dos benefícios que ele a todos traz.

Assim, a única alternativa sensata que nos resta, em qualquer situação mais dolorosa com que a vida se nos apresenta, é aceitar os desafios de trabalhar no próprio aperfeiçoamento, procurando desenvolver as virtudes ainda incipientes que existem em nós e conquistar os conhecimentos que ainda não adquirimos.

Numa época em que a violência é promovida pela invigilância, todos buscam paz. A paz, porém, não se encontra pronta, nos ensina Jesus; é necessário construí-la no nosso dia-a-dia, vivenciando os ensinos do Evangelho.

Divulgar, pois, a Doutrina Espírita, esclarecedora do que somos, de onde viemos, para onde vamos e quanto nos cabe fazer para bem atender ao objetivo da existência terrena, é a caridade maior que devemos praticar, pois liberta o ser humano de muitos enganos comprometedores da sua existência, mostrando a vida como manifestação do amor de Deus, que não delegou a ninguém o direito de eliminá-la.

Construamos a Paz, preservando a Vida e promovendo o Bem!

 

Transcrito do Reformador de Setembro.03

 

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publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 01:38
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Quarta-feira, 07 De Abril,2010

ADVERSÁRIOS

Ninguém, na Terra, que esteja indene à vigilante presença deles.

Transitam pelo caminho de todos, inspecionando as imperfeições alheias e fazendo exigências, acoimados por sentimentos torpes, em faina de desforço contínuo de que não se saciam nunca.

Sorriem, alguns, dissimulando reações contraditórias de animosidade, que os atormenta. Parceiros de folguedos ou de atividades, constituem premente aflição que estruge a cada passo em bem urdido programa ou precipitados revides de idiossincrasia que não conseguem superar.

A grande maioria ignora a razão por que se fazem adversários - como se razão alguma houvesse ou justificasse o culto da inimizade.

Simplesmente se deixam afetar pelos sentimentos inferiores e intoxicam-se pelos vapores que procedem das fixações mentais enfermiças com que se acreditam realizados emocionalmente.

Porque alguém logre determinadas metas que eles não conseguiram, derrapam nas vias da insensatez, que faculta a vigência da inveja e do despeito, investindo, em desalinho, na condição de sicários impiedosos.

Sob a injunção de problemas íntimos que dão origem a complexos negativos e recalques pessimistas, supõem-se traídos, subestimados, enveredando pelos difíceis caminhos da ira, que fomenta a rebeldia, traduzindo-se como rudes opositores.

Não desejando oferecer as necessárias quão preciosas quotas de sacrifício e abnegação que outros se concedem para as lutas do quotidiano, deslizam pelo ciúme até o bordo da antipatia, revelando-se verazes censores e perseguidores sistemáticos.

A mágoa que se permitem conservar algumas pessoas, anestesiadas nos centros do discernimento pela presunção, convertem-nas em problemas para o próximo, vitalizando as paixões subalternas que as transformam em singulares desafetos ...

... Sempre se podem encontrar motivos para opor-se a outrem. Falsos argumentos de que se utiliza a fraqueza moral, para dar vazão às próprias imperfeições que transfere para o próximo, face à falta de coragem para enfrentar-se e corrigir-se, adquirindo valores para a própria ascensão, de cujo elevado posto as perspectivas mudam de configuração, assumindo os seus aspectos reais.

A visão das baixadas é limitada pelos horizontes estreitos, quanto os exames e considerações em torno das atitudes alheias, se apresentam com as cores das lentes com que são observadas ...

Os idealistas de todos os portes sofreram na face o pesado guante que lhes foi atirado.

Os heróis de todo cometimento experimentaram a agudeza das suas lanças e as suas múltiplas farpas.

Os santos e os apóstolos de todos os matizes foram afligidos pelo zurzir do látego e dos doestos deles.

Os missionários da Ciência e os sacerdotes do saber estiveram sob a alça-de-mira das suas armas e não poucos expiaram nos suplícios infames que lhes impuseram.

Se te alças à glória da redenção pelo amor ou se desces à sombra para o auxílio, não te concederão trégua, porquanto preferem o parasitismo e a inutilidade em que se detêm.

A ação do bem incomoda-os.

Isto porque ainda predominam no homem as heranças inferiores das faixas primevas de onde procede ...

Pensam esses acratas que é mais fácil perseguir e inquietar do que apaziguar e erguer.

Não sabem o que fazem, ou preferem, por enquanto, não sabê-lo.

Pululam entre os encarnados e estão presentes além da forma física, prosseguindo na nefanda irrisão e fantasia inditosa a que se renderam, infantis.

Todos lhes sofrem as investidas.

São, no entanto, benfeitores indiretos, se conseguires aproveitá-los.

Sem o saberem auxiliar-te-ão no descobrimento das falhas morais que deves corrigir; chamar-te-ão a atenção para gravames que afeiam a tua conduta; apontar-te-ão debilidades do caráter e senões do comportamento de que ainda não te deste conta; dir-te-ão com acrimônia as incidências cometidas neste ou naquele erro e que te passaram despercebidas; impor-te-ão exercícios de paciência e renúncia, exprobrando-te equívocos irrelevantes e enganos de pequena monta; exigir-te-ão austeridade no exemplo e otimismo no proceder, concitando-te à humildade ... Exagerarão nos informes infelizes e não te darão repouso nem trégua ... Com isto te libertarás deles.

O importante é não ser adversário de ninguém, perseguidor de pessoa alguma, mergulhando no imo a fim de extirpar os reais inimigos da paz, que residem no cerne de cada criatura, onde proliferam, e enfrentar as refregas, resistindo a não poucos embates, até a vitória ...

Quando alguém reage, revidando contra o agressor, passa a sintonizar com ele, mantendo ambos estreita e perniciosa interdependência psíquica, em desditoso comércio mental de ódio dissolvente, que termina por subjugá-los sem reversão.

O esforço exigido, sem dúvida, será contínuo, porquanto esses antagonistas Íntimos nascem e renascem, multiplicando-se facilmente nos porões da alma.

Por tal razão, recomendou o Senhor a oração e a vigilância a fim de que o homem supere as tentações.

Nessa luta sem quartel muitas dores se somarão, advindo, posteriormente, a saúde total e a total alegria da paz.

Para esse tentam e, esforça-te por disciplinar o caráter, fixando hábitos salutares e realizações abençoadas.

Transformarás os inimigos que te criam dificuldades, a pouco e pouco, pelo exemplo de fé, amor e caridade, em auxiliares do teu progresso, e, quiçá, em verdadeiros irmãos do trabalho, se te dispuseres a não revidar o mal com o mal seja em atos ou em pensamentos, amando-os e considerando-os amigos enfermos aos quais deves ajudar para a tua e a felicidade deles.

Joanna de Ângelis
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publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 01:51
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O QUE É CARMA?

"KARDEC NUNCA ESCREVEU SOBRE CARMA"
(PARA O KARDECISTA, É A LEI DE CAUSA E EFEITO)

 

O oriente medita há milênios sobre o sofrimento. Tempo suficiente para surgirem superstições sobre o carma. Muitos espíritas, importando esse termo da Ìndia, incorporaram também equívocos e crendices populares. Conheça a interpretação espírita da justiça divina e das causas do sofrimento.

Pode parecer estranho, mas Allan Kardec jamais mencionou a palavra CARMA em seus livros, nem mesmo nas páginas da Revista Espírita, periódico mensal que editou por dez anos e utilizou para ensaio e pesquisa da Doutrina Espírita. Há algumas décadas, o carma começou a ser utilizado no movimento espírita brasileiro por influência das religiões orientais e de doutrinas esotéricas ocidentais como a Teosofia, criada em 1875 por H. P. Blavatsky.

Há milhares de anos o homem tenta entender a origem do sofrimento e das desigualdades da vida humana. Pobreza, doença, morte prematura e deficiências físicas assustam, geram dúvidas e abrem espaço para meditações filosóficas, científicas e religiosas. Foi inspirado por essas questões que um dos mais antigos povos da Terra, o indiano, criou os conceitos em torno do carma e da reencarnação. Mas a história religiosa da Índia conta milhares de anos, tempo suficiente para surgirem idéias discordantes sobre o tema, e até interpretações equivocadas dos conceitos filosóficos. Alguns indianos evitam auxiliar um faminto que lhe pede um pão para não atrapalhar os compromissos cármicos daquela criatura. Outros se afastam da família, abandonam sua vida social e erram pelas florestas com o objetivo de se livrar do ciclo de reencarnações e dos sofrimentos. Há quem acredite no castigo voluntário para pagar suas dívidas cármicas e mortificam seus corpos, deixam as unhas ou cabelos crescerem até proporções monstruosas, enterram-se por dias.

No Brasil, junto com a apropriação do carma, muitos espíritas incorporaram também conceitos equivocados desse termo decorrentes de interpretações populares e suupersticiosas das filosofias orientais, entrando em contradição com a proposta evolutiva, libertária e fraterna do Espiritismo.

 

"ENQUANTO NO CONCEITO POPULAR DO CARMA,
A CAUSA DO SOFRIMENTO ESTÁ NAS AÇÕES DO
PASSADO, NA DOUTRINA ESPÍRITA A CAUSA DO
SOFRIMENTO ESTÁ NAS IMPERFEIÇÕES DO ESPÍRITO".

 

Os conceitos espíritas - como a reencarnação - são antigos como o mundo, e é por isso que os encontramos por toda parte. Isso porque "o espírito encarnado, conservando a intuição do seu estado de Espírito, tem a consciência instintiva do mundo invisível. Mas quase sempre ela é faiscada pelos preconceitos, e a ignorãncia mistura a ela a superstição, explicam os Espíritos no livro homônimo. (...)

 

 Revista Universo Espírita

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publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 01:48
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Terça-feira, 06 De Abril,2010

NÃO SOMOS PÓ, NEM CINZAS

"És pó e em pó te hás de tornar." - (Gênesis, 3:19)

 

 "Es pó e em pó te hás de tornar", eis uma citação profundamente materialista, constante do Antigo Testamento.

Na realidade, o Antigo Testamento quase nada discorre sobre a alma e a vida futura, ou sobre a vida eterna do Espírito, ao contrário do que ocorre com o Novo Testamento. O mais dramático, ainda, é que as frases em apreço, conforme constam da Bíblia Sagrada, teriam emanado do próprio Deus, o Criador de todas as coisas, que, segundo diz a Gênesis (6:6) havia se arrependido de ter criado o homem.

Na lápide de um túmulo de progressista cidade, deparamo-nos com a inscrição: "Fui o que tu és, e serás o que eu sou", outras palavras, que têm por base o mais grotesco materialismo. "Fui o que tu és" está correto, mas "serás o que eu sou" somente tem validade se aplicado ao Espírito eterno.

Em nenhuma das orações citadas, levou-se em consideração que o ser humano é composto de alma e corpo carnal
. O corpo, realmente, é perecível, aniquila-se com a morte; a alma, porém, é imortal, eterna, indestrutível, e, como criação de Deus, evolui, incessantemente, e cada vez mais se aproxima do seu Criador.

Ninguém pode jamais, em sã razão, assimilar a idéia de que Deus, a Perfeição Absoluta, a Sabedoria em sua mais extremada essência, possa ter-se arrependido de ter criado algo.

Da mesma forma, como ocorreu com Jesus Cristo, que ressurgiu do túmulo, deixando-o vazio, nenhuma alma se encerra ou termina na sepultura. O corpo ali fica e perece, mas a alma se evola para o Infinito.

Somos criados por Deus e temos diante de nós toda a Eternidade, na qual aprimoramos as nossas qualidades morais, lapidamos o nosso Espírito, porquanto o Pai Celestial deseja que todos os seus filhos se aperfeiçoem e adquiram sabedoria, discernimento e atributos santificantes.

Mesmo aqueles filhos que hoje se perdem no labirinto do mal, que praticam iniqüidades, que são classificados como autênticos "demônios", serão, um dia, marcados pelo ferrete da dor e, na pauta de dolorosas expiações reencarnatórias, se aproximarão dos Espíritos Puros, colaboradores de Deus e portadores de virtudes santificantes, pois "o Pai não quer que nenhuma de suas ovelhas se perca".

Pedro de Camargo, "Vinícius", em seu precioso livro "Nas Pegadas do Mestre", esclarece o seguinte: "Não somos cinza: somos imortais, fadados por Deus a gloriosos destinos.

É tempo de despertar, ó vós que dormis. Deus quer o homem de busto ereto e cabeça levantada, fitando o Céu. Quer filhos varonis, cientes do seu valor, capazes de lutar e vencer o pecado e as servidões.

Deus não quer covardes, ânimos abatidos, frontes cabisbaixas, mirando o pó da terra. Quem tiver ouvidos de ouvir, ouça."

E Jesus disse: "Eu venci o mundo, tende bom ânimo." Essa expressão implica, virtualmente, a idéia de que seus discípulos também devem vencer o mundo, assim como Ele venceu.

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publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 04:35
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Domingo, 04 De Abril,2010

VOZES NO DESERTO

 

A psicologia dos tempos modernos, no planeta terrestre, apresenta as questões mais interessantes à observação das inteligências atiladas e estudiosas dos problemas sérios da vida.

Todos os sociólogos falam da necessidade de providências que amparem os homens, à beira dos abismos escuros do morticínio e da destruição.

Ante o domínio das crises de toda natureza, foi na Europa que começaram os clamores e as exortações. Todos os analistas dos problemas sociais falaram em morte da Civilização, em necessidades imperiosas dos povos, em doutrinas novas de revigoramento das coletividades, dentro do propósito de solucionar as suas questões econômicas. No exame de quase todos os problemas desse jaez, solicitou-se a colaboração da Sociedade de Genebra, com objetivo da cooperação necessária de todos os países. Surgiram, então, regimes de experiência, em que, na atualidade, assistimos às atividades dos manipuladores das massas. E nesses mesmos clamores transportam-se à Ásia. Enquanto a China preferia descansar no seio das suas tradições, o Japão estabelecia um pacto de cooperação com o Ocidente, organizava tratados e entendimentos, criando, apressadamente, a sua hegemonia pelas armas, com a doutrina da unidade asiática.

Todas as nações organizadas da Europa e do Oriente se queixam da superlotação e da necessidade de colônias. Os clamores então se transportam igualmente para a América, que, se já sofria os funestos efeitos da inquietude do mundo, sentia-se na obrigação de salvaguardar os seus imensos patrimônios territoriais e as suas não menores possibilidades econômicas, contra possíveis avanços do imperialismo político e da pilhagem das grandes potências. As místicas nacionalistas são então exaltadas. Alguns artistas do pensamento se vendem à exibição e à falsa glória do Estado e, como D’Annunzio, abençoam os ventres maternos que tiveram a ventura de gerar um soldado para os massacres da pátria e exaltam o adolescente que encontrou numa ponta de baioneta o seu primeiro e último amor.

A verdade, porém, é que os esforços de todos os estudiosos do assunto não têm passado de um jogo deslumbrante de palavras.

Há muitos anos se fala que o mundo necessita de paz. Entretanto, talvez que a corrida armamentista de agora exceda a de 1914. Todos os países organizam as suas armadas, as suas frotas aéreas e os seus exércitos mecanizados, com todos os requisitos estratégicos, isto é, integrados no conhecimento de toda a tecnologia moderna e com a guerra química, na qualidade de complemento indispensável das atividades bélicas de cada nação.

Há muitos anos se fala da necessidade de um entendimento econômico entre todos os países. Cada vez mais, porém, complica-se a questão com as doutrinas do isolamento, com as barreiras alfandegárias, oriundas do nacionalismo de incompreensão, com a ausência formal de qualquer colaboração e com princípios absurdos que vão paralisando milhões de braços para o trabalho construtor, gerando a miséria, a desarmonia e a morte.

A cultura moderna sai a campo para pregar as necessidades dos tempos. Escritores, artistas, homens do pensamento, reformistas, falam exaltadamente da regeneração esperada; condenam a sociedade, de cujos erros participam todos os dias, fazem a exposição das angústias da época, relacionam as suas necessidades, mas, se as criaturas bem-intencionadas lhes perguntam sobre a maneira mais fácil de socorrer o homem aflito dos tempos atuais, essas vozes se calam ou se tornam incompreensíveis, no domínio das sugestões duvidosas e das hipóteses inverossímeis.

É que o espírito humano está esgotado com todos os recursos das reformas exteriores. Para que a fórmula da felicidade não seja uma banalidade vulgar, é preciso que a criatura terrestre ouça aquela voz – “aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”.

Os reformadores e os políticos falarão inutilmente da transformação necessária, porque todas as modificações para o bem têm de começar no íntimo de cada um. E por essa razão que todos os apelos morrem, na atualidade, na boca dos seus expositores, como as vazes clamantes no deserto; ninguém os entende, porque quase todos se esqueceram da transformação de si mesmos, e é ainda por isso que, no frontispício social dos tempos modernos, no planeta terrestre, pesam os mais sombrios e sinistros vaticínios.

 

Retirado do livro "Emmanuel - Dissertações Mediúnicas Sobre Importantes Questões 
Que Preocupam a Humanidade", " -  Chico Xavier/Emmanuel..

 

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publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 05:13
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