Todos nós sabemos que o Espiritismo é uma Doutrina constituída de Ciência, Filosofia e Religião. A maioria, porém não sabe o que é Ciência, Filosofia e Religião Espíritas. Este tríplice aspecto da Doutrina está, ao todo, quase que mesclado ao longo de sua estrutura, principalmente no que se refere às obras espíritas.
Do mesmo modo que a Ciência propriamente dita tem por estudo as leis do princípio material, o objetivo da Ciência Espírita é o conhecimento das leis do princípio espiritual; ora, como esse último princípio é uma das forças da natureza, que reage, constantemente sobre o princípio material e, reciprocamente, disto ocorre que o conhecimento de um princípio não pode ser completo sem o outro. A Ciência sem a Ciência Espírita se acha impossibilitada de explicar certos fenômenos unicamente pelas leis de matéria; o Espiritismo, sem a Ciência, ficaria sem o apoio, sem o exame esclarecedor.
Encontramos no primeiro capítulo de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, no item Aliança da Ciência com a Religião o seguinte:...”São chegados os tempos em que os ensinamentos do Cristo devem receber o seu complemento; em que a Ciência, deixando de ser exclusivamente materialista, deve levar em conta o elemento espiritual; e em que a Religião deixando de desconhecer as leis orgânicas e imutáveis da matéria, essas duas forças, apoiando-se mutuamente e marchando juntas, sirvam uma de apoio à outra. Então, a Religião, não mais desmentida pelo Ciência, adquirirá uma potência indestrutível, porque está de acordo com a razão e não se lhe poderá opor a lógica irresistível dos fatos.
A Ciência e a Religião não puderam entender-se até agora, porque, encarando, cada uma, as coisas do seu ponto de vista exclusivo, repeliam-se mutuamente. Era necessária alguma coisa para preencher o espaço que as separava, um traço de união que as ligasse. Este traço está no conhecimento das leis que regem o mundo espiritual e suas relações com o mundo corporal, leis tão imutáveis como as que regulam o movimento dos astros e a existência dos seres. Uma vez constatadas pela experiência essas relações, uma nova luz se fez: a fé se dirigiu à razão; esta nada encontrou de ilógico na fé, e o materialismo foi vencido.
Mas nisto como em tudo há os que ficam retardados, até que sejam arrastados pelo movimento geral que os esmagará, se quiserem resistir, em vez de se entregarem. É toda uma revolução moral que se realiza nesse momento, sob a ação dos Espíritos. Depois de elaborada, durante mais de dezoito séculos, ela chega ao momento de eclosão e marcará uma nova Era da Humanidade. São fáceis de prever ás suas conseqüências: ela deve produzir inevitáveis modificações nas relações sociais, contra o que ninguém poderá opor-se, porque essas mudanças estão nos desígnios de Deus e são o resultado da lei do progresso, que é uma lei de Deus.”
A história da origem de quase todos os povos antigos se confunde com a de sua religião. É por isso que seus primeiros livros foram livros religiosos; e, como todas as religiões se ligam ao princípio das coisas, que é também o princípio da humanidade, ao tratar da formação e da disposição do universo, elas deram explicações que mantêm relações com o estado dos conhecimentos ao tempo em que seus fundadores registraram seus conceitos. Daí resultou que os primeiros livros sagrados foram ao mesmo tempo os primeiros livros de ciência, assim como durante muito tempo foram também o único código de leis civis.
Nos tempos primitivos, os meios de observação eram necessariamente muito imperfeitos, e as primeiras teorias acerca do sistema do mundo deviam ser eivadas de erros grosseiros; ocorre, porém, que se tais meios houvessem sido tão completos como o são hoje, os homens não teriam sabido usar deles; além disso, tais livros não poderiam ser senão o fruto do desenvolvimento da inteligência e do conhecimento sucessivo das leis da Natureza. À medida que o homem se adiantou no conhecimento de tais leis, penetrou nos mistérios da criação e retificou as idéias que havia formado sobre a origem das coisas.
O homem foi impotente para resolver o problema da criação, até que a ciência lhe deu a chave. Foi preciso que a Astrologia lhe abrisse as portas do espaço infinito e lhe permitisse que aí mergulhasse suas vistas, que, pelo poder do cálculo, determinasse com rigorosa exatidão o movimento, a posição, o volume, a natureza e o papel dos corpos celestes; que a Física lhe revelasse as leis da gravitação, do calor, da luz e da eletricidade; que a Química lhe ensinasse as transformações da matéria e a Mineralogia lhe revelasse os materiais de que se compõe a crosta terrestre; que a Geologia lhe ensinasse a ler nas camadas terrestres, a formação gradual do próprio globo. A Botânica, a Zoologia, a Paleontologia, a Antropologia, deviam iniciá-lo na filiação e na sucessão dos seres organizados; com a Arqueologia, ele foi capaz de seguir os traços da humanidade através das idades; todas as ciências, numa palavra, se completam umas às outras, e assim lhe trazem seu contingente indispensável ao conhecimento de história do mundo; caso elas não existissem, o homem não teria por guia outra coisa senão suas primeiras hipóteses.
Igualmente, antes que o homem se apoderasse destes elementos de apreciação, todos os comentadores da Gênese, cuja razão se entrechocava com impossibilidades materiais, giravam num mesmo círculo do qual não poderiam sair; somente o conseguiram desde que a ciência abriu a rota, fazendo brechas no velho edifício das crenças, e então tudo mudou de aspecto; uma vez encontrado o fio condutor, as dificuldades foram prontamente aplainadas; em vez de uma Gênese imaginária, tivemos uma Gênese positiva, e de alguma forma, experimental; o campo do Universo estendeu-se até o infinito; viu-se a Terra e os Astros se formarem gradualmente, segundo leis eternas e imutáveis, as quais testemunham a grandeza e a sabedoria de Deus melhor que uma criação miraculosa, saída de um golpe do nada. Como uma modificação operada à vista, por uma idéia súbita da Divindade após um eternidade de inação.
Desde que é impossível conceber a Gênese sem os dados fornecidos pela ciência, é lícito dizer-se, de modo totalmente verdadeiro, que : a ciência é convocada para constituir a verdadeira Gênese, conforme as leis da Natureza.
Em “Evolução em Dois Mundos”, André Luís, o autor espiritual, nos convida a estudar a rota de nossa multimilenária romagem no tempo para sentirmos o calor da flama de nosso próprio espírito a palpitar imorredouro na Eternidade e, acendendo o lume da esperança, perceberemos, juntos, em exaltação de alegria, que Deus, o Pai de Infinita Bondade, nos traçou a divina destinação para além da estrelas. O primeiro capítulo inicia com a explicação sobre o fluido cósmico que é o plasma divino, hausto do Criador ou força nervosa do Todo-Sábio.
Nesse elemento primordial, vibram e vivem constelações e sóis, mundos e seres, como peixes no oceano. Nessa substância original, ao influxo do próprio Senhor Supremo, operam as Inteligências Divinas a Ele agregadas, em processo de comunhão indescritível, extraindo desse hálito espiritual os celeiros da energia com que constróem os sistemas da imensidade, em serviço de Co-Criação em plano maior, de conformidade com os desígnios do Todo-Misericordioso, que faz deles agentes orientadores da Criação Excelsa.
Essas Inteligências gloriosas tomam o plasma divino e convertem-no em habitações cósmicas, de múltiplas expressões, radiantes ou obscuras, gaseificadas ou sólidas, obedecendo a leis predeterminadas, quais moradias que perduram por milênios e milênios, mas que se desgastam e se transformam, por fim, de vez que o Espírito Criado pode formar e co-criar, mas só Deus é o Criador de Toda a Eternidade.
Devido à atuação desses Arquitetos Maiores, surgem nas galáxias as organizações estelares como vastos continentes do Universo em evolução, encerrando a evolução em estado potencial, todas gravitando ao redor de pontos atrativos, com admirável uniformidade coordenadora. É aí no seio dessas formações assombrosas, que se estruturam, inter-relacionados, a matéria, o espaço e o tempo, a se renovarem constantes, oferecendo campos gigantescos ao progresso do espírito. Cada galáxia quanto cada constelação guardam no cerne a força centrífuga própria, controlando a força gravítica, com determinado teor energético, apropriado a certos fins.
A Engenharia Celeste equilibra rotação e massa, harmonizando energia e movimento, e mantêm-se, desse modo, na vastidão sideral, magnificentes florestas de estrelas, cada qual transportando consigo os planetas constituídos e em formação, que se lhes vinculam magneticamente ao fulcro central, como os elétrons se conjugam ao núcleo atômico, em trajetos perfeitamente ordenados na órbita que se lhes assinala de início.
Para idearmos de algum modo, a grandeza inconcebível da Criação, comparemos a nossa galáxia a grande cidade, perdida entre incontáveis grandes cidades de um país cuja extensão não conseguimos prever.* Tomando o Sol e os mundos nossos vizinhos como apartamentos de nosso edifício, reconheceremos que em derredor repontam outros edifícios em todas as direções. Acessando instrumentos de longo alcance da nossa sala de estudo, perceberemos que nossa casa não é a mais humilde, mas que inúmeras outras lhe superam as expressões de magnitude e beleza. Aprendemos que, além de nossa edificação, salientam-se palácios e arranha-céus como Betelgeuze, no distrito de Órion, Canôpus, na região do Navio, Arctúrus, no conjunto do Boieiro, Antares, no centro do Escorpião, e outras muitas residências senhoriais, imponentes e belas, exibindo uma glória perante a qual todos os nossos valores de apagariam.
Por processos ópticos, verificamos que a nossa cidade apresenta uma forma espiralada e que a onda de rádio, avançando com a velocidade da luz, gasta mil séculos terrenos para percorrer-lhe o diâmetro. Nela surpreenderemos milhões de lares, nas mais diversas dimensões e feitios, instituídos de há muito, recém organizados, envelhecidos ou em vias de instalação, nos quais a vida e a experiência enxameiam vitoriosas.
Toda essa riqueza de plasmagem, nas linhas da Criação, ergue-se à base de corpúsculos sob irradiações da mente, corpúsculos e irradiações que, no estado atual de nossos conhecimentos, embora estejamos fora do plano físico, não podemos definir em sua multiplicidade e configuração, porquanto a morte apenas dilata as nossas concepções e nos aclara a introspecção, iluminando-nos o senso moral, sem resolver, de maneira absoluta, os problemas que o Universo nos propõe a cada passo, com os seus espetáculos de grandeza.
Sob a orientação das Inteligências Superiores, congregam-se os átomos em colméias imensas, e, sob a pressão, espiritualmente dirigida, de ondas eletromagnéticas, são controladamente reduzidas as áreas espaciais intra-atômicas, sem perda de movimento, para que se transformem na massa nuclear adensada, de que se esculpem os planetas, em cujo seio as mônadas celestes encontrarão adequado berço ao desenvolvimento.
Semelhantes mundos servem à finalidade a que se destinam, por longas eras consagradas à evolução do Espírito, até que, pela sobrepressão sistemática, sofram o colapso atômico pelo qual se transmutam em astros cadaverizados. Essas esferas mortas, contudo, volvem a novas diretrizes dos Agentes Divinos, que dispõem sobre a desintegração dos materiais de superfície, dando ensejo a que os elementos comprimidos se libertem através de explosão ordenada, surgindo novo acervo corpuscular para a reconstrução das moradias celestes, nas quais a obra de Deus se estende e perpetua, em sua glória criativa.
Os mundos ou campos de desenvolvimento da alma, com as suas diversas faixas de matéria em variada expressão vibratória, ao influxo ainda dos Tutores Espirituais, são acalentados por irradiações luminosas e caloríficas, sem nos referirmos às forças de outra espécie que são arrojadas do Espaço Cósmico sobre a Terra e o homem, garantindo-lhes a estabilidade e a existência. Temos, assim, a luz e o calor, que teoricamente classificamos entre as irradiações nascidas dos átomos supridos de energia. São estes que excitados na íntima estrutura, despendem as ondas eletromagnéticas.
Todavia, não obstante tatearmos com relativa segurança as realidades da matéria, definindo a natureza corpuscular do calor e da luz, e embora saibamos que outras oscilações eletromagnéticas se associam, insuspeitadas por nós, na vastidão universal, aquém do infravermelho e além do ultravioleta, completamente fora da zona de nossas percepções, confessamos com humildade que não sabemos ainda, principalmente no que se refere à elaboração da luz, qual seja a força que provoca a agitação inteligente dos átomos, compelindo-o a produzir irradiações capazes de lançar ondas no Universo com a velocidade de 300.000 quilômetros por segundo, preferindo reconhecer, em toda a parte, com a obrigação de estudarmos e progredirmos sempre, o hálito divino do Criador.
Em “A Caminho da Luz” pelo Espírito Emmanuel no capítulo I, e em “Evolução em Dois Mundos” pelo Espírito André Luís no capítulo III, temos a explicação da Gênese Planetária, que compreende duas partes: a história da formação do mundo material e a história da humanidade, considerada em seu duplo princípio, corporal e espiritual. À ciência tem-se limitado à pesquisa das leis que regem a matéria; no próprio homem, ela nada mais tem estudado senão o envoltório carnal. Sob esta relação, chegou a perceber, com incontestável precisão, as principais partes do mecanismo do Universo e do organismo humano. Acerca desse ponto capital, ela pode, pois, completar a Gênese de Moisés e retificar suas partes defeituosas. Porém, a história do homem, considerado como ser espiritual, se prende a uma ordem especial de idéias, que não constitui o domínio da ciência propriamente dita e por este motivo ela não tem feito dele objeto de suas investigações. De acordo com as tradições do mundo espiritual existe uma Comunidade de Espíritos Puros e Eleitos pelo Senhor Supremo do Universo na direção de todos os fenômenos de nosso sistema, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias. Essa Comunidade de seres angélicos e perfeitos, da qual é Jesus um dos membros divinos, ao que nos foi dado saber, apenas já se reuniu nas proximidades da Terra para a solução de problemas decisivos da organização e da direção do nosso planeta, por duas vezes no curso dos milênios conhecidos. A primeira verificou-se quando o orbe terrestre se desprendia da nebulosa solar, a fim de que se lançassem no tempo e no espaço, as balizas do nosso sistema cosmogônico e os pródromos da vida na matéria em ignição no planeta, e a segunda, quando se decidia a vinda do Senhor à face da Terra, trazendo à família humana a lição imortal do seu Evangelho de amor e redenção.
Nos primeiros tempos de nosso orbe que força sobre-humana pôde manter o equilíbrio da nebulosa terrestre, destacada do núcleo central do sistema, conferindo-lhe um conjunto de leis matemáticas, dentro das quais se iam manifestar todos os fenômenos inteligentes e harmônicos de sua vida, por milênios de milênios? Distando do Sol cerca de 146.600.000 quilômetros e deslocando-se no espaço com a velocidade diária de 2.500.000 quilômetros, em torno do grande astro do dia, imaginemos a sua composição nos primeiros tempos de existência, como planeta.
Laboratório de matérias ignescentes, o conflito das forças telúricas e das energias físico-químicas opera as grandiosas construções do teatro da vida, no imenso cadinho, como se a matéria colocada num forno incandescente, estivesse sendo submetida aos mais diversos ensaios, para examinar-se a sua qualidade e possibilidades na edificação da nova escola dos seres. As descargas elétricas em proporções jamais vistas da humanidade, despertam estranhas comoções no grande organismo planetário, cuja formação se processa nas oficinas do infinito.
Nessa computação de valores cósmicos em que laboram os operários da espiritualidade sob a orientação misericordiosa do Cristo, delibera-se a formação do satélite terrestre. O programa de trabalhos a realizar-se no mundo requeria o concurso da Lua, nos seus mais íntimos detalhes. Ela seria a âncora do equilíbrio terrestre nos movimentos de translação que o globo efetuaria em torno da sede do sistema; o manancial de forças ordenadoras da estabilidade planetária e, sobretudo, o orbe nascente, necessitaria de sua luz polarizada, cujo suave magnetismo atuaria decisivamente no drama infinito da criação e da reprodução de todas as espécies, nos variados reinos da natureza. Na grande oficina surge então a diferenciação da matéria ponderável, dando origem ao hidrogênio. As vastidões atmosféricas são amplo repositório de energia elétrica e de vapores que trabalham as substâncias torturadas no orbe terrestre. Essa fase corresponderia ao primeiro dia da Gênese mosaica: “No princípio Deus criou o céu e a terra. A terra era uniforme e toda nua; as trevas cobriam a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava sobre as águas. Ora, Deus disse: Faça-se a luz e a luz se fez. Deus viu que a luz era boa, e separou a luz das trevas. Deu a luz o nome de dia, e às trevas chamou noite; e da tarde e da manhã se fez o primeiro dia”.
O frio nos espaços atua sobre esse laboratório de energias incandescentes e a condensação dos metais verifica-se com a leve formação da crosta solidificada. É o primeiro descanso das tumultuosas comoções geológicas do globo. Formam-se os primitivos oceanos, onde a água tépida sofre pressão difícil de descrever-se. A atmosfera está carregada de vapores aquosos e as grandes tempestades varrem, em todas as direções a superfície do planeta, mas sobre a Terra o caos fica dominado como por encanto. As paisagens aclaram-se, fixando o luz solar que se projeta nesse novo teatro de evolução e vida. As mãos de Jesus haviam descansado, após o longo período de confusão dos elementos físicos da organização planetária. Encontramos aqui o segundo dia da gênese mosaica: “Faça-se o firmamento no meio das águas, haja separação entre águas e águas. E Deus fez o firmamento; e separou as águas que estavam embaixo das que estavam em cima do firmamento. E assim foi. E Deus deu ao firmamento o nome de céu; e foi a tarde e a manhã do dia segundo”.
Jesus e os Trabalhadores Divinos haviam vencido todos os pavores das energias desencadeadas, lançando o escopro da sua misericórdia sobre o bloco de matéria informe, que a Sabedoria do Pai deslocara do Sol para as sua mãos augustas e compassivas. Operou a escultura geológica do orbe terreno, talhando a escola abençoada e grandiosa, na qual o seu coração haveria de expandir-se em amor, claridade e justiça. Com os seus exércitos devotados, estatuiu os regulamentos dos fenômenos físicos da Terra, organizando-lhes o equilíbrio futuro na base dos corpos simples de matéria, cuja unidade substancial os espectroscópios terrenos puderam identificar por toda a parte no universo galáxico. Organizou o cenário da vida sob as vistas de Deus, o indispensável a existência dos seres do porvir. Fez a pressão atmosférica adequada ao homem, antecipando-se ao seu nascimento no mundo, no curso dos milênios; estabeleceu os grandes centros de força da ionosfera e da estratosfera, onde se harmonizam os fenômenos elétricos da existência planetária, e edificou as usinas de ozone a 40 e 60 quilômetros de altitude, para que filtrassem convenientemente os raios solares, manipulando-lhes a composição precisa à manutenção da vida organizada no orbe. Definiu todas as linhas de progresso da humanidade futura, engendrando a harmonia de todas as forças físicas que presidem ao ciclo das atividades planetárias. A ciência do mundo não lhe viu as mãos augustas e sábias na intimidade das energias que vitalizam o organismo do Globo. Substituíram-lhe a providência com a palavra natureza, em todos os seus estudos e análises da existência. E quando serenaram os elementos do mundo nascente, quando a luz do Sol beijava em silêncio a beleza melancólica dos continentes e dos mares primitivos, Jesus reuniu nas alturas os intérpretes divinos do seu pensamento. Viu-se então descer sobre a Terra, das amplidões dos espaços ilimitados, uma nuvem de forças cósmicas, que envolveu o nosso imenso laboratório planetário em repouso. A imensa fornalha atômica estava habilitada a receber as sementes da vida e, sob o impulso dos Gênios Construtores, que operavam no orbe nascituro, vemos o seio da Terra recoberto de mares mornos, invadido por gigantesca massa viscosa a espraiar-se no colo da paisagem primitiva. Daí a algum tempo, na crosta solidificada do planeta, como no fundo dos oceanos, podia-se observar a existência de um elemento viscoso que cobria toda a Terra. Estavam dados os primeiros passos no caminho da vida organizada. Com essa massa gelatinosa, nascia no orbe o protoplasma, embrião de todas as organizações do globo terrestre, dessa geléia cósmica, verte o princípio inteligente, em sua primeiras manifestações. Trabalhadas, no transcurso de milênios, pelos operários espirituais que lhes magnetizam os valores, permutando-os entre si, sob a ação do calor interno e do frio exterior, as mônadas celestes exprimem-se no mundo através da rede filamentosa do protoplasma de que se lhes derivaria a existência organizada no Globo constituído. Séculos de atividade silenciosa perpassam, sucessivos...
Aparecem os vírus e com eles, surge o campo primacial da existência, formado por nucleoproteínas e globulinas, oferecendo clima adequado aos princípios inteligentes ou mônadas fundamentais, que se destacam da substância viva, por centros microscópicos de força positiva, estimulando a divisão cariocinética. Evidenciam-se, desde então, as bactérias rudimentares, cujas espécies se perderam nos alicerces profundos da evolução, lavrando os minerais na construção do solo, dividindo-se por raças e grupos numerosos, plasmando, pela reprodução assexuada, as células primevas, que se responsabilizariam pelas eclosões do reino vegetal em seu início. Milênios e milênios chegam e passam...
Sustentado pelos recursos da vida que na bactéria e na célula se constituem do líquido protoplásmico, o princípio inteligente nutre-se agora na clorofila, que revela um átomo de magnésio em cada molécula, precedendo a constituição do sangue de que se alimentará no reino animal. O tempo age sem pressa em vagarosa movimentação no berço da humanidade, e aparecem as algas nadadoras, quase invisíveis, com as suas caudas flexuosas, circulando no corpo das águas, vestidas em membranas celulósicas, e mantendo-se à custa de resíduos minerais, dotadas de extrema motilidade e sensibilidade, como formas monocelulares em que a mônada já evoluída se ergue a estágio superior. Todavia, são plantas ainda e que até hoje persistem na Terra, como filtros de evolução primária dos princípios inteligentes em constante expansão, mas plantas superevolvidas nos domínios da sensação e do instinto embrionário guardando o magnésio da clorofila como atestado da espécie. Sucedendo-as, por ordem, emergem as algas verdes de feição pluricelular, com novo núcleo a salientar-se, inaugurando a reprodução sexuada e estabelecendo vigorosos embates nos quais a morte comparece, na esfera de luta, provocando metamorfoses contínuas, que perdurarão, no decurso das eras, em dinamismo profundo, mantendo a edificação das formas do porvir. Aqui temos o terceiro dia da Gênese mosaica: Que as águas que estão sob o céu se reunam em um só lugar, e que surja o elemento árido. E assim se fez. Deus deu ao elemento árido o nome de terra, e chamou mares as águas reunidas. E viu que era bom. Disse ainda Deus: Que a terra produza erva verde que dê grãos, e árvores frutíferas que dêem frutos cada um segundo sua espécie, e nelas mesmas encerrem sementes para se reproduzirem sobre a terra. E assim foi feito. A terra produziu pois ervas verdes que traziam grãos segundo sua espécie, e árvores frutíferas que encerravam suas sementes em si mesmas, cada uma segundo sua espécie. E Deus viu que era bom. E da tarde e da manhã se fez o terceiro dia”.
Mais tarde, assinalamos o ingresso da mônada, a que nos referimos, nos domínios dos artrópodos, de exoesqueleto quitinoso, cujo sangue diferenciado acusa um átomo de cobre em sua estrutura molecular, para, em seguida, surpreendê-la, guindada à condição de crisálida da consciência, no reino dos animais superiores, em cujo sangue – condensação das forças que alimentam o veículo da inteligência no império da alma – detém a hemoglobina por pigmento básico, demonstrando o parentesco inalienável das individuações do espírito, nas mutações da forma que atende ao progresso incessante da Criação Divina. A atmosfera ainda está saturada de umidade e vapores, e a terra sólida está coberta de lodo e pântanos inimagináveis. Todavia, as derradeiras convulsões interiores do orbe localizam os calores centrais do planeta, restringindo a zona das influências telúricas necessárias à manutenção da vida animal. Esses fenômenos geológicos estabelecem os contornos geográficos do globo, delineando os continentes e fixando a posição dos oceanos, surgindo desse modo as grandes extensões de terra firme, aptas a receber as sementes prolíficas da vida. Os primeiros crustáceos terrestres são um prolongamento dos crustáceos marinhos. Seguindo-lhes as pegadas, aparecem os batráquios, que trocam as águas pelas regiões lodosas e firmes. Nessa fase evolutiva do planeta, todo o globo se veste de vegetação luxuriante, prodigiosas, de cujas florestas opulentas e desmesuradas as minas carboníferas dos tempos modernos são os petrificados vestígios.
“Haja luminares no firmamento do céu, a fim de que separem o dia da noite; e que eles sirvam de sinais para marcar o tempo e as estações, os dias e os anos. E sejam para luzir nos céus, e que eles clareiem a terra. E assim se fez. Deus fez, pois, dois grandes corpos luminosos, o maior para presidir o dia, e o menor para presidir a noite; fez também as estrelas. E as colocou no firmamento do céu para luzir sobre a terra. Para presidir o dia e a noite, e para separar a luz das trevas. E Deus viu que era bom. E da tarde e da manhã se fez o quarto dia”.
Nessa altura os artistas da criação inauguram novos períodos evolutivos no plano das formas. A natureza torna-se uma grande oficina de ensaios monstruosos. Após os répteis, surgem os animais horrendos das eras primitivas. Os trabalhadores do Cristo analisavam a combinação prodigiosa dos complexos celulares, cuja formação eles próprios haviam delineado, executando com as suas experiências, uma justa aferição de valores, prevendo todas as possibilidades e necessidades do porvir. Todas as arestas foram eliminadas. Aplainaram-se dificuldades e realizaram-se novas conquistas. A máquina celular foi aperfeiçoada no limite do possível, em face das leis físicas do globo. Os tipos adequados à Terra foram consumados em todos os reinos da natureza, eliminando-se os frutos teratológicos e estranhos, do laboratório de suas perseverantes experiências. A prova da intervenção das forças espirituais nesse vasto campo de operações, é que, enquanto o escorpião, gêmeo dos crustáceos marinhos, conserva até hoje, de modo geral a forma primitiva, os animais monstruosos das épocas remotas, que lhe foram posteriores, desapareceram para sempre da fauna terrestre, guardando os museus do mundo as interessantes reminiscências de suas formas atormentadas.“Que as águas produzam animais viventes que nadem nas águas, e pássaros que voem sobre a terra, sob o firmamento do céu. Deus criou pois, os grandes peixes, e todos os animais que têm vida e movimento, que as águas produziram cada um segundo a sua espécie, e criou também todos os pássaros segundo a sua espécie. E viu que isso era bom. E os abençoou dizendo: Crescei e multiplicaivos e enchei as águas do mar; e que os pássaros se multipliquem sobre a terra. E da tarde e da manhã se fez o quinto dia”.
O reino animal experimenta as mais estranhas transições no período terciário, sob as influências do meio e em face dos imperativos da lei de seleção. Mas, o nosso raciocínio ansioso procura os legítimos antepassados das criaturas humanas, nessa imensa vastidão do proscênio da evolução anímica.
Onde está Adão com sua queda do paraíso? Debalde nossos olhos procuram, aflitos, essas figuras legendárias, com o propósito de localiza-las no espaço e no tempo. Compreendemos afinal, que Adão e Eva constituem uma lembrança dos Espíritos degredados na paisagem obscura da Terra, como Caim e Abel são dois símbolos para a personalidade das criaturas.
Examinada, porém a questão nos seus prismas reais, vamos encontrar os primeiros antepassados do homem sofrendo os processos de aperfeiçoamento da natureza. No período terciário a que nos reportamos, sob a orientação das esferas espirituais notavam-se algumas raças de antropóides, antepassados do homem terrestre, e os ascendentes dos símios que ainda existem no mundo, tiveram a sua evolução em pontos convergentes, e daí os parentescos sorológicos entre o organismo do homem moderno e o do chimpanzé da atualidade. Não houve propriamente uma descida da árvore, no início da evolução humana. As forças espirituais que dirigem os fenômenos terrestres, sob a orientação do Cristo, estabeleceram, na época da grande maleabilidade dos elementos materiais, uma linhagem definitiva para todas as espécies, dentro das quais o principio espiritual encontraria o processo de seu acrisolamento, em marcha para a racionalidade. Os peixes, os répteis, os mamíferos, tiveram suas linhagens fixas de desenvolvimento e o homem não escaparia a essa regra geral.
Compreendendo-se porém que o princípio divino aportou na Terra emanado da Esfera Espiritual, trazendo em seu mecanismo o arquétipo a que se destina, qual a bolota de carvalho encerrando em si a árvore veneranda que será de futuro, não podemos circunscrever-lhe a experiência ao plano físico simplesmente considerado, porquanto através do nascimento e morte da forma, sofre constantes modificações nos dois planos em que se manifesta, razão pela qual variados elos da evolução fogem à pesquisa dos naturalistas, por representarem estágios da consciência fragmentária fora do campo carnal propriamente dito, nas regiões extrafísicas, em que essa mesma consciência incompleta prossegue elaborando o seu veículo sutil, então classificado como protoforma humana, correspondente ao grau evolutivo em que se encontra.
É assim que dos organismos monocelulares aos organismos complexos, em que a inteligência disciplina as células, colocando-as a seu serviço, o ser viaja no rumo da elevada destinação que lhe foi traçada do Plano Superior, tecendo com os fios da experiência a túnica da própria exteriorização, segundo o molde mental que traz consigo, dentro das leis de ação, reação e renovação em que mecaniza as próprias aquisições, desde o estímulo nervoso à defensiva imunológica, construindo o centro coronário no próprio cérebro, através da reflexão automática de sensações e impressões em milhões e milhões de anos, pelo qual, com o auxílio das Potências Sublimes que lhe orientam a marcha, configura os demais centros energéticos do mundo íntimo, fixando-os na tessitura da própria alma. É assim que, atingindo os alicerces da humanidade, o corpo espiritual do homem infraprimitivo demora-se longo tempo em regiões espaciais próprias, sob a assistência dos Instrutores do Espírito, recebendo intervenções sutis nos petrechos da fonação para que a palavra articulada pudesse assinalar novo ciclo de progresso.
Contido, para alcançar a idade da razão, com o título de homem, dotado de raciocínio e discernimento, o ser, automatizado em seus impulsos, na romagem para o reino angélico, despendeu para chegar aos primórdios da época quaternária, em que a civilização elementar do sílex denuncia algum primor de técnica, nada menos de um bilhão e meio de anos. Isso é perfeitamente verificável na desintegração natural de certos elementos radioativos na massa geológica do Globo. E entendendo-se que a Civilização aludida floresceu a mais ou menos duzentos mil anos, preparando o homem, com a bênção do Cristo, para a responsabilidade, somos induzidos a reconhecer o caráter recente dos conhecimentos psicológicos, destinados a automatizar na constituição fisiopsicossomática do espírito humano as aquisições morais que lhe habilitarão a consciência terrestre a mais amplo degrau de ascensão à Consciência Cósmica. “Que a terra produza animais viventes, cada um segundo sua espécie, os animais domésticos, os répteis e os animais selvagens da terra segundo suas diferentes espécies. E assim se fez. Deus fez, pois, as bestas selvagens da terra segundo suas espécies, os animais domésticos e todos os répteis, cada um segundo sua espécie. E Deus viu que era bom.
Disse em segunda: Façamos o homem à nossa imagem e semelhança, e que ele domine sobre os peixes do mar, os pássaros do céu, as bestas, a toda a terra e aos répteis que se movem sobre a terra. Deus criou então o homem à sua imagem, e o criou à imagem de Deus, e os criou macho e fêmea. Deus os abençoou e lhes disse: Crescei e multiplicai-vos, enchei a terra e a submetei, e dominai sobre os peixes do mar, sobre os pássaros do céu, e sobre os animais que se movem sobre a terra. Deus disse ainda: Eu vos dei todas as ervas que trazem seus grãos sobre a terra e todas as árvores que encerram nelas mesmas sua semente cada uma segundo sua espécie, a fim de que vos servissem de alimento. E a todos os animais da terra, a todos os pássaros do céu, a tudo quanto se move sobre a terra, e que seja vivente e animado, a fim de que tenham do que se nutrir. E assim se fez. Deus viu todas as coisas que havia feito; e eram muito boas. E da manhã e da tarde se fez o sexto dia.”
Os dias da Criação, assinalados nos livros de Moisés, equivalem a épocas imensas no tempo e no espaço, porque o corpo espiritual que modela o corpo físico e o corpo físico que representa o corpo espiritual constituem a obra de séculos numerosos, pacientemente elaborada em duas esferas diferentes da vida, a se retomarem no berço e no túmulo com a orientação dos Instrutores Divinos que supervisionam a evolução terrestre.
GÊNESE ORGÂNICA.
FORMAÇÃO DOS SERES ORGÂNICOS.
A Ciência Natural divide a Natureza em três grandes reinos: mineral, vegetal e animal. Os reinos vegetal e animal são estudados pelas ciências biológicas que subdividem os seres vivos em sub-reinos. O reino inorgânico é composto de seres que não possuem vitalidade nem movimentos próprios, sendo formados apenas pela agregação da matéria: os minerais, a água, o ar etc...Na formação primária dos seres orgânicos, isto é, dos animais e das plantas, não entra nenhum corpo especial que não seja igualmente encontrado no reino mineral, dos quais os principais elementos constitutivos são o oxigênio, o hidrogênio, o nitrogênio e o carbono, combinados em diferentes proporções.
Os seres orgânicos são aqueles que absorvem e assimilam o princípio vital, e por esta razão trazem em si uma atividade íntima, que lhes dá a vida; nascem, crescem, reproduzem-se e morrem.
Os seres vivos apresentam uma diversidade muito grande; conhecemos hoje mais de um milhão de espécies animais e cerca de 350.000 espécies vegetais; cada ano que passa, novas
espécies vêm sendo descritas. Fica compreensível a necessidade de os biólogos disporem de um sistema de classificação que organize esta diversidade.
Em 1735, um botânico sueco, Karl Von Linné (Lineu), publicou um trabalho, o Systema naturae.
Nele propôs um plano de classificação baseado em dois princípios:
1- O uso de palavras latinas para denominar os grupos de organismos;
2- O uso de categorias de classificação, constituindo uma hierarquia.
As categorias propostas por Lineu foram:
Reino
Classe
Ordem
Gênero
Espécie
No sistema de Lineu há dois grandes conjuntos: Reino Animal e Reino Vegetal, nos quais ficam incluídos subconjuntos cada vez menores. Neste sistema, dentro de um reino cabem várias classes; numa classe cabem várias ordens; em cada ordem, alguns gêneros e, num gênero, diversas espécies. O critério da classificação era a semelhança entre os organismos.
É importante entender que Lineu, como a maioria dos naturalistas de sua época, era fixista, isto é, acreditava que o número de espécies na natureza fosse fixo, tendo permanecido constante desde sua criação. Achava ele ainda que as espécies permaneciam sem modificação ao longo dos tempos.
Desde o tempo de Lineu, muitos biólogos acumularam dados minuciosos de observação sobre os organismos, em particular informações de anatomia comparada. Além disso um número muito grande de espécies novas foi descrito.
Kardec, em “A Gênese “, capítulo X, item 28, menciona que “por pouco que se observe a escala dos seres vivos, do ponto de vista de seu organismo, reconhece-se que, desde o líquen até a árvore, e do zoófito ao homem, há uma cadeia que se eleva por graus, sem solução de continuidade, e da qual todos os elos têm um ponto de contato com o elo precedente; seguindo passo a passo a série dos seres, dir-se-ia que cada espécie é um aperfeiçoamento, uma transformação da espécie imediatamente inferior”.
Sabe-se que a natureza não dá saltos, logo, não há demarcações aparentes entre os reinos vegetal e animal, registrando nitidamente esta grande transição. Os zoófitos, ou animais plantas, têm algo dos dois reinos: é o traço de união.
Todos os biólogos atuais aceitam a teoria evolucionista, segundo a qual as diversas espécies de organismos existentes na Terra evoluíram a partir de ancestrais comuns por modificação. Aceita-se hoje que o esquema geral de classificação mais útil deve refletir correlações evolutivas entre os grupos estudados. Os sistemas contemporâneos focalizam então a classificação sob um ponto de vista evolutivo, bem diferente portanto do enfoque fixista de Lineu. Mesmo assim as linhas gerais da classificação lineana continuam sendo usadas. Assim, atualmente usam-se:
Reino
Filo
Classe
Ordem
Família
Gênero
Espécie
Em certos casos, os especialistas acham que estes grupos não são suficientes; usam-se então categorias adicionais, como subfilo, superclasse, subespécie.
Até há pouco tempo, os seres vivos eram reunidos em dois grandes reinos: vegetal e animal. Recentemente surgiu uma nova proposta agrupando os seres em quatro reinos:
1- Monera - reúne os seres mais simples, unicelulares, sem núcleo diferenciado (procariontes), sem plastos e sem mitocôndrias. São as bactérias e as algas azuis (cianofíceas).
2- Protista - reúne os seres com núcleo diferenciado (eucariontes) com ou sem plastos e com mitocôndrias, sem tecidos verdadeiros. Há espécies unicelulares, coloniais e pluricelulares. São as algas, os fungos e os protozoários.
3- Metaphyta - inclui os vegetais com tecidos verdadeiros, fotossintéticos e com reprodução sexual sempre presente.
4- Metazoa – inclui todos os seres pluricelulares heterótrofos (sem clorofila) e sem celulose.
A ciência estuda as diferenças nos corpos físicos e as justificam pelas suas mutações, seleção natural, etc..., mas os Espíritos mostram que as causas estão no corpo espiritual, na presença do fluido vital e, principalmente, do princípio inteligente atuando sobre a matéria. Assim, não foi o primata que desceu da árvore no início da evolução do homem, mas uma nova espécie descendente daquele, o qual permaneceu como tal. Foi seu corpo espiritual que sofreu modificações, dando origem à nova espécie. André Luís relata a evolução dos corpos dos seres orgânicos, a partir dos primórdios da vida terrena, desde os mais simples, os vírus, dando origem ao reino vegetal, até o mais complexo, o homem atual, mostrando que as formas físicas das diferentes espécies são meros filtros de evolução do princípio inteligente, sempre associado ao corpo espiritual.
Todos os órgãos do corpo espiritual e, conseqüentemente, do corpo físico, foram, portanto, construídos com lentidão, atendendo-se á necessidade do campo mental em seu condicionamento e exteriorização no meio terrestre.
É interessante lembrar, ainda, que esta progressão infinita do princípio espiritual, utilizando diferentes corpos, não se processa somente na Terra, mundo físico, mas também no mundo espiritual e em outros mundos.
Disse Paulo de Tarso (I Cor.,15:44): “Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual. Se há corpo animal, há também corpo espiritual.” Esta afirmação de Paulo, hoje, é perfeitamente explicada pelo espiritismo.
O princípio inteligente é que faz a viagem evolucional. O embrião humano encerra todos os seus conhecimentos em outros reinos da vida, na potência da sua organização entrópica (o quantum de energia para a vida). O homem corporal, do ponto de vista antropológico, pertence ao Reino Animal, sub-reino Metazoa, classe dos Mamíferos, ordem dos Primatas-Antropóides, família Hominídeos, gênero Homo, espécie Sapiens.
Bibliografia:
Curso de Aprendizes do Evangelho 1º Ano ( Edições FEESP)
A Gênese – Allan Kardec (LAKE)
A Caminho da Luz – Francisco Cândido Xavier (FEB)
Evolução Em Dois Mundos – Francisco Cândido Xavier (FEB)
Biologia 2 – César e Sezar (Editora Atual - 6º edição)
O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec (LAKE)