Sábado, 08 De Maio,2010

FALAR CONTRA O ESPÍRITO - Mat. 12:31-37

 

31. Por isso digo-vos: "Todo erro e má palavra será relevada aos homens; mas a má palavra do Espírito não será relevada.

32. E quem profira um ensino contra o filho do homem, lhe será relevado, mas o que diga contra o Espírito Santo não lhe será relevado nem neste ciclo nem no vindouro.

33. Ou supondes a árvore boa e seu fruto bom, ou supondes a árvore má e seu fruto mau; porque a árvore é conhecida pelo fruto.

34. Filhos de víboras, como podeis falar boas coisas, sendo maus? porque da abundância do coração a boca fala.

35. O homem bom do bom tesouro tira coisas boas, e o homem mau do mau tesouro tira coisas más.

36. Digo-vos, pois, que qualquer palavra inútil que tenham falado os homens, darão conta desse ensino no dia da discriminação.

37. Porque por teus ensinos serás justificado e por teus ensinos serás condenado".

 

Marc. 3:28-30

28. "Em verdade vos digo, que serão relevados aos filhos dos homens todos os erros e palavras mas que profiram, 29. Mas quem falar mal contra o Espírito, o Santo, não tem resgate neste ciclo mas é réu do erro do ciclo".

30. Porque diziam: "tem espírito não purificado".

 

Este é um dos trechos mais discutidos no Novo Testamento, pois inclusive os grandes Espíritos não satisfizeram a muitos, com sua exegese. Agostinho, por exemplo, no decurso de suas obras, hesitou a seu respeito, apresentando, sucessivamente, seis explicações diferentes, do que ele chamava "o pecado contra o Espírito-Santo": 1) impenitência final; 2) desespero; 3) obstinação no mal; 4) combate consciente à verdade; 5) presunção; 6) inveja. Não pretenderemos, nós também, encerrar a questão: daremos, apenas, mais uma opinião, para ser meditada pelos estudiosos.

 

Começa Jesus falando de erro (harmartía) e blasfêmia (blasphêmía). Literalmente, hamartía é "erro" no sentido de "errar o alvo" ou "desviar-se do caminho certo", isto é, perder-se (no deserto, no mato), enganando-se de rumo; e blasphêmía é a palavra de mau augúrio, a "praga", ou as palavras más proferidas contra coisas sagradas: a palavra que não era lícito pronunciar durante uma cerimônia religiosa, ou dirigida contra deuses e espíritos, exprimindo, ainda, a maledicência contra outras criaturas. À blasphêmía (palavra má) opunha-se a euphêmía (palavra boa), o elogio, o louvor. Desta, conservamos o resquício em português, quando usamos uma palavra bonita, por eufemismo, em lugar de uma feia ou pesada. Em grego, blasphêmós é o desbocado desrespeitoso, o difamador, tanto de coisas sagradas, quanto de outras criaturas.

Ora, o primeiro versículo parece-nos claro: pãsa hamartía kai blasphêmía aphethêsetai tois anthrôpois "todo erro e blasfêmia será relevado aos homens"; hê dé toú pneúmatos blasphêmia ouk aphethêsetai: "mas a blasfêmia do Espírito não será relevada”.

 

O verbo grego aphíêmi (composto de apó e iêmi) significa literalmente "jogar fora", isto é, deixar ir, libertar, soltar; daí poder chegar-se a "relevar" ou "perdoar". Então temos, na primeira parte: "todo erro e blasfêmia será relevado aos "homens".

 

Na segunda parte encontramos: "mas () a blasfêmia (hê blasphêmía) do Espírito (toú pneúmatos) não será relevada". Forçando-se o texto, pode realmente interpretar-se "do Espírito" como genitivo objetivo, e daí chegar-se, por comparação com o versículo seguinte, a blasfêmia contra o Espírito. Mas acontece que no versículo seguinte a expressão é clara: eipêi kata toú pneúmatos "falar contra o Espírito".

 

Se o autor desejasse dar, ao versículo anterior o mesmo sentido que no seguinte, a construção teria sido a mesma, com a mesma preposição katá, "contra". Se a não usou, é porque o sentido é outro: trata-se, mesmo, de um genitivo subjetivo. De fato, com o verbo blasphêmeín são usadas as preposições eis, perí e katá; ou o acusativo, quando tem o sentido de “difamar" alguém; com o substantivo blasphêmía é usada a preposição prós, além das três acima citadas: jamais o genitivo objetivo.

 

Compreendemos, então, que os erros e blasfêmias dos "homens", isto é das personagens, serão relevadas.

 

Mas quando provêm do âmago, do Espírito, não serão relevadas. Os erros das personagens liquidam-se nas personagens: são coisas leves, transitórias, presas a uma única encarnação, e com ela se enterram para sempre: o Espírito não os leva consigo, não os fixa em si, e não produzem carmas negativos porque, de modo geral, não prejudicam a terceiros nem trazem fixação mental danosa. É o que a teologia cataloga como "pecados veniais". Já a ação proveniente do Espírito, procedente do coração, revestida de maldade intrínseca, ou que cause prejuízos a outrem, ou que provoque fixações mentais negativas com influência nas futuras encarnações, essa não será relevada isto é, SERÁ levada em conta - porque a Lei é inexorável, e tudo se paga até o último ceitil.

 

Escolhemos o verbo "ser relevado", em lugar de "ser perdoado", que aparece nas traduções correntes, exatamente para que não nos prendamos a um "perdão" que NÃO EXISTE. Para certa teologia, concedido o perdão pelo sacerdote (por exemplo, na confissão), fica tudo em ordem. Mas sabemos que o perdão da confissão se refere à culpa, não à pena: é um alívio que conforta a alma (emocional) mas que, nem por isso, garante à criatura a isenção do posterior resgate cármico imposto pela Lei. Nesses casos, o perdão é garantido pelo arrependimento (ou seja, pela metánoia) que é exatamente a mudança de direção da mente que, ao invés de caminhar na direção contrária a Deus (direção errada, isto é, hamartía) se volta para Ele, demonstrando querer buscá-lo. Portanto "relevar o erro" é bem mais verídico, corresponde muito mais à realidade, do que "perdoar"; essa palavra "perdoar" pode levar a criatura a uma interpretação errônea: como se alguém pudesse "ofender a Deus", e Deus, generosamente, o perdoasse. Ora, ninguém jamais poderá ofender a Deus, já que, sendo Deus imutável e inatingível por nossos atos, jamais pode ofender-se nem magoar-se, nem entristecer-se. Nem jamais poderia perdoar o que suporia uma "modificação" em Deus, que é imutável. A mutação de sentimentos e atitudes é inconcebível em Quem é imutável e impessoal. Então, melhor é "relevar", ou seja, "deixar passar". (sentido literal, aliás, de aphíêmi), não dar importância, não levar em conta. não registrar.

 

O versículo seguinte é muito mais forte em tudo. Trata-se de um lógos de um "ensino". Examinemos a letra: kaí hòs eàn eipêi lógon katà toú hyioú toú anthrópou - "e quem diga um ensino contra o filho do homem” - aphethêsetai autõi "ser-lhe-á relevado": hòs d'àn katà tou pneúmatos toú hagíou "mas quem diga um ensino contra o Espírito, o Santo", ouk aphethêsetai autôi, "não lhe será relevado", oute em toutõi tõi aiõni oute en tôi méllonti, "não lhe será relevado nem neste ciclo nem no vindouro".

 

Não se trata, pois, de palavras, mas da responsabilidade do ensino. Jesus falava aos discípulos, àqueles a quem mandara ensinar, e ao clero israelita, (fariseus, escribas e doutores da lei) cuja principal tarefa era, precisamente, o ensino religioso das massas. Estes últimos estavam ensinando ao povo, mas erradamente, prevalecendo-se, para a "blasfêmia" (atribuir a satanás uma obra de Deus) da posição especial de que desfrutavam perante o povo. Jesus é de uma clareza contundente: aqueles que ensinarem errado acerca do filho do homem (e aqui, neste ensino, "filho do homem” tem o sentido exotérico de "homem", e não o sentido iniciático, ver vol. 1), isso lhes será relevado. Mas os que ensinarem errado a respeito de Deus, o Absoluto (o Espírito Santo), a esses a maldade não lhes poderá ser relevada, nem neste ciclo evolutivo (eon) nem no vindouro.

 

A inversão que os homens fizeram do ensino claro de Jesus, é que trouxe a confusão e causou obscuridade ao texto. Tendo ensinado que o maior era o Pai, seguido do Filho, e que a última pessoa, a 3.ª era o Espírito Santo e julgando que o "filho do Homem” era a 2.ª pessoa divina encarnada, eles não conseguiam compreender por que uma b1asfêmia contra o Filho seria perdoada, mas não no seria uma contra o Espírito-Santo ... Tivessem tido a percepção exata e correta dos três aspectos divinos: em que o Absoluto Imanifestado é o Espírito Santo, que se manifesta como Verbo Criador (Pai, segundo aspecto) e como Filho (produto da criação do Pai), ser-lhes-ia fácil perceber o sentido profundo da lição.

 

No texto de Marcos há pequenas variantes: "Em verdade vos digo (amên légô humín) que todas as coisas (hóti pánta) serão relevadas aos filhos dos homens (aphethêsetai tois tõn anthrôpân): os erros e as blasfêmias que blasfemarem (tà hamartêmata kai hai blasphêmíai hósa eàn blasphêmêsôsin). Mas aquele que blasfeme ao Espírito Santo) (hòs d'àn blasphêmêsêi eis tò pneuma tò hágion) não tem libertação no ciclo (ouk échei áphesin eis tòn aiôna) mas é réu do erro do ciclo (allà enochôs estin aiôníou harmartêmafos).

 

Essas palavras demonstram-nos com clareza que, neste passo, “filhos do homem” é sinônimo de "homens", confirmando nossa interpretação de Mateus. Marcos interpreta as palavras de Jesus, que lemos em Mateus, dizendo que o ensino contra o Espírito Santo constitui uma blasfêmia. Mas também esclarece que os ensinos (erros ou blasfêmias) dos filhos dos homens contra os filhos dos homens, esses serão relevados: não se revestem de extraordinária gravidade.

 

Fica, assim, esclarecido o ensinamento de Jesus, que podemos resumir em linguagem atual da seguinte maneira: "Erros, ensinos e maledicências de homens contra homens, serão relevados: mas ensinos espirituais contra Deus não no serão, nem neste ciclo evolutivo, nem no próximo: terão que ser resgatados".

 

Jerônimo, interpretando o pensamento generalizado da igreja, atribui aqui a expressão "Filho do Homem" a Jesus, e explica o texto colocando nos lábios do Mestres a seguinte paráfrase: "Quem fala contra o Filho, escandalizado por minha carne e supondo-me apenas homem - sob pretexto de que sou filho de um carpinteiro, tendo como irmãos Tiago, José e Judas - um homem que come e bebe vinho, essa opinião blasfematória, embora errada e culpável, todavia merece perdão, por causa de minha aparência" (Patrol. Lat. vol. 26. col. 81). Louis Pirot (o. c. vol. 9.º pág 160) diz que "o pecado contra o Espirito Santo é chamar diabólico ao que é divino, confundindo o princípio do bem com o princípio do mal”, exatamente como fazem muitos companheiros seus, em relação ao Espiritismo.

 

Para que conheçamos bem, sem perigo de engano, quem está ensinando certo ou errado, é-nos fornecida uma norma infalível: assim como conhecemos a árvore, boa ou má, pelos frutos que produz, também sabemos que os homens que só produzem coisas boas, são os que geralmente têm o conhecimento correto da Divindade. E a prova é dada de imediato, com uma expressão forte: "filho de víboras", prosseguindo: como pode o homem mau falar coisas boas? O homem só fala aquilo de que seu coração está cheio e transbordando. E só virão coisas boas, se o seu coração (seu tesouro) estiver repleto de coisas boas. Sendo verdadeiro também o contrário. Trata-se pois de um metro-padrão, com que podemos aquilatar os “mestres” que aparecem, perambulando pelo planeta.

 

E Jesus prossegue no mesmo tom de autoridade, afirmando que os homens encarregados do ensino serão responsáveis pelas palavras inúteis, pelo tempo perdido, no grave dever de preparar e acelerar a evolução humana. De grande interesse observar que o evangelista mede as palavras, sempre que cita as frases de Jesus. Note-se que não se fala em "ensino" inútil, mas em “palavra" (rêma) inútil. Mas que essas palavras (rêmata) inúteis não devem ser proferidas, quando cabe dar um “ensino” (lógos). Daí a severidade: quando, "o invés dos ensinos (lógoi) se proferem palavras (rêmata) inúteis, isso será objeto de peso no dia da discriminação, quando houver a separação, por sintonia e dissintonia, entre bons e maus.

 

Também aqui a interpretação de Jerônimo difere da nossa. Ele define "palavra inútil": "é a que se profere sem proveito para quem a diz e para quem a ouve, por exemplo, se, omitindo coisas sérias, falemos de coisas frívolas e narremos fábulas antigas" (Patrol. Lat. vol. 26, col. 82). Essa interpretação o defeito de apresentar extremo rigorismo, sobretudo vindo ao lado da outra afirmativa: a de que falar contra o Filho do Homem (na interpretação dele) seria um gesto relevável. A contradição é flagrante nessa interpretação: se falar contra a segunda pessoa da trindade, nada acontecerá; mas se proferir uma palavra inútil, terá que dela prestar contas! Daí deduzimos que a interpretação não é a correta.

 

Com a nossa interpretação, desaparece, também. a contradição com a palavra de Jesus em Mat. 25:31 e seguintes, onde se diz que o homem será justificado por suas obras (e não pelas palavras inúteis).

 

Compreendemos, pois, que na realidade a justificação vem pelas obras (os frutos, que classificam as árvores) e pelos ensinos, quando o tem como tarefa especifica.

 

A frase final, também severa, afirma que, pelos ensinos ministrados serão os discípulos (e os que se consideram "mestres" na Terra) declarados "justos” (dikaiôthêsêi), isto é, ajustados à sintonia do Pai (Som) ou desajustados com essa sintonia (katadikaiôthêsêi).

 

Anotemos, ainda, que neste passo encontramos, pela primeira vez em Marcos a fórmula hebraica amên(ver vol. 1). No Antigo Testamento ela aparecia sempre depois (cfr. Núm. 5:22 (2x): Deut. 27.15 a 26 (12x); 1.º Reis, 1:36: 1.º Crôn. 16:36; 2.º Esdr. 5:13; 8:6 (2x): 13:31; Tob. 9:12; 13:23; Is. 25:1: 6.5:16; Jer. 11:5; 28:6) . Nos Evangelhos a fórmula vem sempre antes da afirmativa (exceto em Luc. 24:53).

 

Nas Epístolas e no Apocalipse, também aparece sempre depois. No Evangelho de João, é sempre repetida, em duplicata: “amên, amên".

Ainda em Marcos, o versículo 30 nos esclarece que essas palavras de Jesus foram proferidas a propósito do que estudamos no capítulo anterior, quando o Mestre foi acusado de estar possuído por um espírito atrasado.

 

Quando estudarmos, alguns capítulos adiante, as invectivas contra os "mestres" – fariseus, escribas e doutores - veremos totalmente confirmada nossa interpretação.

 

Após as explicações minuciosas do texto, devemos salientar a importância atribuída ao ensino das coisas espirituais. Enquanto se exige preparo técnico e profissional comprovado para o ensino das matérias humanas, qualquer criatura se julga em condições de doutrinar nos assuntos espirituais. E, pior ainda, nas escolas que existem de formação de mestres de religiões (os seminários das religiões organizadas) o ensino de Jesus é distorcido, para adaptar-se aos dogmas criados por homens. Desse ensino, terão os responsáveis que prestar contas.

 

A advertência enquadra, com severidade, todos aqueles que, tendo recebido a iniciação (como os discípulos ali presentes) são pelo Mestre encarregados de transmiti-los aos pósteros. A honestidade da interpretação deve estar acima de todas as nossas idéias preconcebidas. Temos que ler o que está realmente escrito, mesmo que contradiga nossos pontos-de-vista anteriores, e fazer o comentário rigorosamente dentro do que está escrito, com absoluta sinceridade. E é nessa leitura honesta e nessa interpretação sincera, que vamos aprendendo sem distorções a doutrina verdadeira do Mestre sublime, os legítimos ensinos do Cristo, genuínas revelações divinas que até nós chegaram. Qualquer falsa interpretação ou contribuição de nossas convicções pessoais, assume incalculável gravidade, e dela temos responsabilidade total.

 

A primeira parte do ensino também se torna clara com a exposição feita. Palavras de homens sobre e contra homens, coisas das personagens, que não são carregadas pelo Espírito, mas permanecem na planície no planeta e são enterradas com o corpo: não têm maior importância.

Entretanto, tudo aquilo que se refira ao Espírito, quer dele parta, quer lhe diga respeito, quer contra ele vá, tudo é contabilizado; não que no mundo superior do Espírito haja contabilistas, mas porque essas coisas se fixam na memória espiritual da própria criatura, e dali só poderão ser retiradas com ações da mesma intensidade em sentido contrário, isto é, por meio de resgates cármicos futuros.

 

Há coisas que não provocam fixação. Essas não importam, são relevadas, são "deixadas ir" (aphíêmi), sejam elas pensamentos, palavras ou ações. Outras, entretanto, se impregnam de tal forma, que precisam de um resgate cármico, para que delas nos libertemos; ou atraem, por sua vibração, um choque de retorno, ou prejudicam outras criaturas, que nos vêm cobrar posteriormente o débito que com elas contraímos.

Essa a distinção entre os erros e blasfêmias dos filhos dos homens, contra os filhos dos homens, de personagens contra personagens, e os erros e blasfêmias do Espírito contra o Espírito Santo.

 

O que vale, na evolução, é a bondade intrínseca e natural, não a forçada nem a interesseira. O bem praticado por exigência da natureza da criatura, não por motivos outros, de "ganhar o céu", ou de esperar "recompensas", ou de "evitar o inferno".

 

A virtude é a força que surge espontânea nas criaturas evoluídas, quando exatamente não mais se pensa em praticar o bem: ele é produzido da mesma maneira que as ações instintivas, pela necessidade vital com que se respira. Se houver uma luta consigo mesmo, ou qualquer hesitação entre agir de um maio ou de outro. isso revela que ainda não existe virtude nem evolução, embora já se observe louvável esforço para consegui-las.

 

Exatamente por esse fruto (a bondade natural e espontânea, sem esforço nem intenções de recompensa, sem afetação nem desejo de louvor) é que podemos conhecer a "árvore".

 

Lição prática, objetiva. fácil de pôr em prática.

 

Sabedoria do Evaqngelho V

Carlos Pastorino

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Sexta-feira, 07 De Maio,2010

LEI DE CAUSA E EFEITO

 

Mat. 7:7-12

7. Pedi e vos será dado procurai e achareis; batei e vos será aberto;

8. Pois todo o que pede, recebe; o que procura, encontra; e a quem bate, lhe será aberto

9. Ou qual de vós homens que, se um filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra?

10. E se pedir peixe lhe dará uma cobra?

11. Ora, se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto vosso Pai que nos céus, dará boas coisas aos que lhas pedirem?

12. Portanto, tudo o que quiserdes que os homens vos façam, fazei-o assim também vós a eles; porque esta é a lei e os profetas

 

Luc. 11:5-13

5. Disse-lhes ainda: Se um de vós tiver um amigo e for procurá-lo à meia-noite e lhe disser: “Amigo, empresta-me três pães,

6. Porque um amigo meu acaba de chegar a minha casa de uma viagem, e nada tenho que lhe oferecer"

7. E se do interior o outro lhe responder: "não me incomodes; a porta já está fechada, meus filhos estão deitados na cama comigo, não posso levantar-me para dar-lhos".

8. Digo-vos: embora não se levante para dar-lhos por ser seu amigo, ao menos por causa de sua importunação se levantará e lhe dará quantos pães precisar.

9. E eu vos digo: pedi e vos será dado; procurai e achareis; batei e vos será aberto, 10. pois todo o que pede, recebe; todo o que procura, encontra; e ao que bate, lhe será aberto.

11. Qual de vós é o pai que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra, ou se pedir peixe, lhe dará, em vez de peixe, uma cobra?

12. Ou se pedir um ovo, lhe dará um escorpião?

13. Ora, se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas vossos filhos, quanto mais vosso Pai, o do céu, dará um espírito bom aos que lho pedirem!

 

Luc. 6:31

31. Assim como quereis que vos façam os homens, assim fazei vos também a eles.

 

Os comentadores atribuem, de modo geral, a este trecho, um sentido de "regras para a oração". Realmente, o sentido mais evidente é esse: quem se volta para Deus, pedindo algo, obtém. São uma espécie de apoftegmas que apresentam ligeiras gradações: o pedido simplesmente verbal; a procura, que supõe esforço pessoal; e o bater que exprime insistência maior. Lucas coloca essas expressões após a parábola do "amigo importuno", para confirmar qual deve ser nosso modo de proceder, quando desejamos alguma coisa. Não basta pedir ligeiramente e esquecer o pedido: é indispensável MENTALIZAR com insistência, batendo na mesma tecla com pertinaz constância, concentrando-nos no que desejamos, sem duvidar, sem hesitações, sem variações. Existem muitas obras a respeito da mentalização, revelando-nos os segredos a utilizar para obter o de que necessitamos. São de domínio público, e constituem uma realidade, no domínio do intelecto.

A parábola, em Lucas, é elucidativa. O amigo procurado não pode atender ao que pede: perturbaria o sossego da família e muito se incomodaria. Mas o solicitante insiste de tal forma, que acaba obtendo.

Diz Agostinho que devemos insistir no pedido, porque "Deus tem mais desejo de dar-nos, do que nós de receber" (plus vult dare, quam nos recipere); mas, por vezes, adia a doação, para que não se apequene pelo recebimento imediato (quod dare vult, differt, ut amplius desideres dilatum, ne vilescat cito datum. Patrol. Lat 38. 619).

Não vemos muita ligação deste trecho com a prece, pois Jesus ensina que não é pelas repetições inúteis" (Mat. 6:7) que recebemos. Haveria nisto até uma contradição. Por isso compreendemos que o trecho se refere, realmente, ao ensino da mentalização.

Vem depois alguns exemplos, que nos esclarecem que jamais receberemos coisas ruins, se mentalizarmos coisas boas. Ninguém receberá pedra, se pedir pão, nem cobra se pedir peixe, nem escorpião, se pedir ovo. Ou seja, os males que nos chegam são devidos a mentalizações errôneas de nossa parte.

Se mentalizarmos certo, recebemos do Pai que habita nos céus (em nosso interior, em nosso coração), somente coisas boas. Se os homens, maus por sua ignorância e incapacidade, não cometem essas maldades com seus filhos, como o faria o Pai, que é o Bom e o Amor absolutos e Infinitos?

Lição preciosa para nós, que vivemos a queixar-nos da vida, das doenças, das dificuldades e – apesar dessas mentalizações negativas - pretendemos que tudo nos corra com facilidades. Somos responsáveis únicos de nossos erros, e colhemos o que plantamos, pois somos exatamente o que pensamos. Somos hoje a obra de nossa mentalização de ontem, e colhemos hoje o que ontem plantamos com a nossa mente deficiente e ignorante.

A individualidade colhe outras lições ainda dessas palavras cheias de sabedoria: é a revelação da técnica da lei de causa e efeito.

De fato, essa Lei é baseada na mentalização. Julgam muitos que a Lei de causa e efeito é provocada pelos atas e pelas palavras de alguém. Entretanto, o que mais provoca a reação da Lei é o pensamento, muito mais forte que qualquer palavra ou gesto ou ato. Matéria produz matéria, espírito produz espírito: "o que nasce da carne é carne, o que nasce do espírito é espírito" (João, 3:6). Então, o carma provocado por palavras e atos é físico, mas o carma criado pelo pensamento é espiritual, inerente ao .espírito".

Sabemos, pois, que o que fazemos traz consequências agradáveis ou desagradáveis, dependendo de nossa força de pensamento na ocasião, e de sua persistência e intensidade.

Se a parábola de Lucas pode evidentemente referir-se à prece - ou melhor, aos pedidos", porque "prece" não é apenas pedir - as frase, sentenciosas que vêm a seguir têm outros sentidos, também.

Quem pede, recebe o que pede, bem ou mal. Quem procura, encontra o que busca, bem ou mal. E a quem bate, será aberta a porta que leva à alegria ou à dor, dependendo da direção de nossas batidas.

Portanto, aí se encontra a essência última da Lei de Causa e Efeito: o efeito corresponderá à causa que tivermos colocado livremente; mas o efeito não poderá ser modificado por nenhuma ação ou situação externa: colocada a causa, com livre arbítrio, virá o efeito inevitável e exatamente correspondente.

Lição oportuníssima para a individualidade, responsável pelos pensamentos: tudo o que esta inculcar à personalidade, voltará como sofrimentos para o "espírito", na mesma existência ou em vidas posteriores.

A personalidade talvez não colha os resultados, pois em vida posterior já não mais existe; mas o "espírito" é sempre o mesmo, e portanto o sofrimento o colherá em cheio, não podendo escapar do que haja plantado - a não ser que suba de plano. pela evolução.

 

SABEDORIA DO EVANGELHO

Carlos Pastorino

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Quinta-feira, 06 De Maio,2010

PESSOAS QUE ODEIAM A RELIGIÃO DOS OUTROS

 

Atenção, senhores Psicólogos! O que são essas pessoas?

 

Doidos, selvagens, imbecis, idiotas, insanos, ridículos, desequilibrados, malucos, acéfalos ou apenas insensatos?

 

Pode parecer esquisito eu fazer esse tipo de pergunta aos Psicólogos, mas a questão é tão complexa e tão inexplicável que eu tenho que procurar uma razão sob a orientação de Freud, Jung, Adler ou qualquer outro mestre desses que se aprofundam no íntimo do comportamento humano, em busca de uma explicação.

Fico impressionado, me desculpem, mas a minha inteligência não consegue entender como é que alguém pode viver a alimentar ódio contra uma religião ou uma filosofia, só porque a linha de pensamento dessa é diferente da sua.

Não dá mesmo para entender uma coisa desta e tem hora que fico mesmo indagando a mim mesmo: Será que esse pessoal é doido? É doente, é acéfalo, é imbecil ou que diabo é?

Que são irracionais, isto eu já sei, mas quero descobrir mais detalhes da personalidade desse tipo de gente e quero contar com a ajuda das inúmeras pessoas que imagino que vão ler este meu questionamento e que são também possuidoras de experiência no estudo do comportamento humano.

Vamos tecer algumas considerações aqui, raciocinar um pouquinho e fazer algumas perguntas:

Tem sentido você andar pela rua, de repente vê uma pedra, fica com raiva dela e passa a odiá-la?

Claro que não tem sentido! Se uma pessoa sensata tiver ao seu lado, será natural ela lhe perguntar:

O que a pedra lhe fez? Você está doido?

Em primeiro lugar por ficar com raiva e criar ódio por uma pedra, segundo porque a pedra não lhe fez nada.

Puxa vida! eu estou exemplificando uma pedra, para fazer entender onde quero chegar? Não está bom o exemplo não. Deixe eu dar outro:

É que a gente tem que ir bem devagar, considerando o baixo QI de muita gente.

Faz de conta que você, pela primeira vez na sua vida, recebe uma oportunidade de fazer uma viagem até Paris, na França. Ao chegar no aeroporto de Orli, desce do avião, pega a sua bagagem, vai a uma lanchonete tomar um café e passa a ter raiva de um dos atendentes, passando a odiá-lo, sem que ele tenha lhe dirigido uma palavra sequer, sem esquecer que ali está uma pessoa que você nunca viu na vida e muito menos conviveu. Outro detalhe: O que esta pessoa fala (em francês), você não entende; o que você fala (em português) também ela não entende.

Teria sentido essa raiva e esse ódio?

Em verdade não existe sentido para raiva e ódio nenhum.

Nem mesmo raiva e ódio em relação aos nossos inimigos tem sentido, segundo nos relata o Evangelho, que é a fonte dos ensinamentos de Jesus.

Quem seriam esses nossos “inimigos”? a pedra? O atendente da lanchonete do aeroporto?

Não vamos complicar esses questionamentos não. Vamos continuar na linha de raciocínio.

Quero ser sincero e tenho que ser sincero, haja vista que não sou adepto do uso da falsa humildade nem quero ser daqueles que vivem por aí querendo ostentar uma evolução espiritual que não têm, como fazem alguns religiosos, inclusive muita gente do movimento espírita.

Embora eu estude também o Evangelho e fale sobre ele, não consegui chegar a este ponto de evolução a ponto de amar o meu “inimigo” e a não ter raiva nenhuma dele.

Eu ainda fico danado da vida com pessoas que tentam me prejudicar, que me fazem injustiças, sabotagens, chantagens, sujeiras, mal caratismo e maldades as mais diversificados possíveis. Numa linguagem bem mais popular, eu ainda fico muito puto da vida, principalmente com determinados imbecis e com os hipócritas sem vergonha que vem para cima de mim tentar impor uma moralidade que, eu tenho certeza, que eles não têm. Dá vontade de mandar prá...

Mas o máximo que eu chego é ficar danado da vida. Ódio não! Jamais tomarei qualquer atitude de agredir ou fazer qualquer mal a essa pessoa, a não ser usar algumas palavras daquelas bem enérgicas contra elas, para ver se elas se mancam, deixam de ser bestas ou de tentar fazer os outros de idiotas. Não tenho medo de cara feia e digo mesmo, porque existem coisas que muita gente precisa ouvir, o que nem sempre é aquilo que querem ouvir.

Acho até natural que uma pessoa tenha uma certa raiva de alguém ou de alguma coisa, desde que essa pessoa ou essa alguma coisa lhe tenha feito um mal, proporcionado algum prejuízo ou problema grave.

Mas já que o questionamento desta matéria se processa em cima da questão religião, vamos nos ater a este ponto.

Tem sentido o Católico ter raiva do Protestante, só porque esse pensa diferente dele em alguns pontos? Aquela guerra interminável, ridícula e estúpida, que acontece na Irlanda do Norte, tem algum sentido?

Claro que não!!! Aquela gente dali só pode ser constituída por animais irracionais, imbecis, idiotas, estúpidos e trouxas mesmo.

Vejamos:

Se o Protestante adota uma Bíblia que tem apenas 66 livros e o Católico adota uma que tem 73 livros, qual o problema que tem isso, para que um odeie o outro?

Quem está certo?

Está certa a Bíblia do Protestante e errada a do Católico que acrescentou mais livros ou está certa a do Católico e errada a do Protestante que retirou alguns livros?

Eu sei lá!!!!! Isto não me interessa em nada. O problema é deles.

Mesmo que eu saiba que a Bíblia original, em hebraico, não tem nem 66 nem 73 livros, e sim somente 24, afinal de contas, eu tenho alguma coisa a ver com o fato de alguém acrescentar, modificar, adulterar, promover mal caratismo nas traduções interpretadas, que, sem dúvida alguma, é uma safadeza editorial sem tamanho?

O problema é de quem fez e de quem se deixa levar pelas manipulações de alguns segmentos religiosos, que fazem Bíblias conforme as suas conveniências, ou seja “Bíblia à moda da casa”!... Por falar em “Bíblia à moda da casa”, aproveite para dar uma lida no livro que leva esse título, de autoria do escritor mineiro Paulo Neto.

A minha coerência e o meu bom senso me recomendam tratar da minha vida e a não me envolver com a vida alheia, muito menos ter a presunção de querer exigir que os outros pensem como eu penso.

Mas tem gente que não é assim não. Quer porque quer que os outros pensem exatamente como eles pensam, e por causa disso se acham no direito de ficar com raiva, alimentam ódio e até promovem guerras e derramamento de sangue, conforme demonstram inúmeros episódios acontecidos em toda a história da humanidade.

Está certo isso?

Quantas e quantas desgraças já aconteceram no mundo por causa da intolerância religiosa, em razão do instinto desequilibrado de vários imbecis que sempre existiram? Muitas! Muitas torturas e muitos assassinatos os mais cruéis possíveis. Vide a época da Inquisição e das Cruzadas.

Infelizmente nos dias de hoje, essa ridícula palhaçada continua a ocorrer. Ainda há muito maluco querendo exigir, a qualquer preço, que os outros pensem como eles pensam.

Mas vamos continuar fazendo os nossos questionamentos:

Se eu me disponho a guerrear contra aquilo que realmente é coisa ruim, a ponto de julgar-me apto a censurar, a criticar, a agredir e até ter a pretensão de fazer parar ou calar, então por que eu não tomo essa iniciativa no sentido de acabar com o tráfico de drogas, a corrupção, o terrorismo, o seqüestro, a falsificação de remédios, a fabricação de bebidas alcoólicas que continuam destruindo as pessoas e os lares, os cigarros que matam tanta gente, a fabricação de armas e tanta coisa que verdadeiramente faz mal às criaturas?

Sabe porque esses “purificadores da moral” não lutam contra esses verdadeiros males? Porque são covardes. Eles sabem que se subirem em algum morro, no Rio de Janeiro, por exemplo, para censurarem contra o tráfico de drogas, certamente serão recebidos com AR-15 e outros fuzis, sem direito até de abrir a boca.

Por serem covardes, preferem atacar e agredir aos pacíficos, que não usam fuzil nem metralhadora alguma, certos de que vão poder continuar agredindo sem reação. É muito cômodo.

Ainda assim, mesmo que essas coisas representem itens que verdadeiramente fazem mal a todos nós, ainda não me é lícito acabar com uma fábrica de cigarros, por exemplo, porque, em que pese eu não concordar com o cigarro e nunca ter fumado em momento algum da minha vida, eu não tenho o direito de cercear o direito do masoquista que deseja continuar fumando.

O problema é dele e não meu. Se ele é um suicida lento e sutil, o problema é dele e eu não tenho nada a ver com isso. Não me é lícito interferir na vida dele, embora eu possa me dispor a sugerir e orientar.

Agora, veja bem, existe muita gente que se acha no direito de querer guerrear contra pessoas, coisas e fatos as quais não concordam, mas querem dirigir os seus mísseis não para esses os quais eu citei, mas contra uns que não lhe fazem mal algum.

Como é que pode um Protestante ter ódio do Católico porque ele tem uma Bíblia com mais livros, utiliza imagens no altar e tem os rituais diferentes dos dele?

Qual o direito que um idiota desse tem em querer que os Católicos pensem como ele?

A mesma pergunta eu faço a inúmeros Católicos intolerantes que baixam o pau nos Protestantes. Com que direito?

Pelo amor de Deus, com que direito????

Eu quero perguntar a esses intolerantes:

O fato de uma religião ter mais ou menos livros na Bíblia, usar ou não usar imagens, adotar ou não adotar o ritual judeu do batismo, crer ou não crer na Lei da reencarnação, acreditar ou não acreditar em Satanazes, chamar Deus de Deus ou de Alá, usar cabelos compridos ou barbas longas, adotar ou não adotar defumações, velas, incensos, promessas ou seja lá o que for...

Vai me causar algum prejuízo? Vai aumentar a conta de energia elétrica da minha casa? Vai tornar o meu supermercado mais caro? Vai causar algum problema de saúde em mim ou em algum membro da minha família? Vai me tirar sangue ou vai ferir algum ente querido meu? Vai causar um grande mal a mim ou aos meus familiares?

Claro que não!!!

Então, por que eu me acho no direito de me meter na crença dos outros?

Deixe-me citar mais exemplos, porque eu gostaria de ter muita gente raciocinando em cima desta lamentável questão, para que surjam alguns movimentos no mundo trabalhando na questão do respeito ao direito de crença das criaturas.

No Brasil existe uma igreja Protestante, do segmento Pentecostal, que está chamando a atenção de todos aqueles que observam as religiões: A “Igreja Universal do Reino de Deus”, ou melhor, a Igreja do Edir Macedo. Queiram ou não, é a Igreja do Edir Macedo e o Brasil inteiro sabe disso.

Trata-se de uma religião milionária, que possui simplesmente três redes de televisão no Brasil: Rede Record, Rede Mulher e Rede Família, com centenas de emissoras de televisão em todo o País, além de incontáveis emissoras de rádio, sem contar com os luxuozíssimos templos, onde se registra até central de ar condicionado que custa a bagatela de três milhões de dólares, em apenas um templo.

Além de tudo é dona de um partido político, com forte influência em Brasília e em todos os governos estaduais!

Adota uma forma de religião, de falar em Jesus, que eu, particularmente acho um verdadeiro absurdo e não consigo entender como é que pode ter gente que engole uma coisa daquela.

Mas aí, o meu bom senso, questiona a mim mesmo:

O que é que eu tenho a ver com isso? O que me interessa se o senhor Edir Macedo ficou bilionário com essa sua igreja? O que eu tenho que me envolver se a central de ar condicionado de uma das suas igrejas custou três milhões de dólares ou se ele compra uma emissora de televisão por mais de trinta milhões de dólares, em dinheiro espécie?

Eu e ninguém têm o direito de agredir o senhor Edir Macedo nem a qualquer um dos seus ricos bispos ou pastores.

O fato de discordarmos do método que essa igreja utiliza para falar de Jesus ou do Evangelho, não significa que tenhamos que ter raiva e muito menos ódio do senhor Edir Macedo e da sua igreja.

Muito pelo contrário! Se deixarmos de ser burros e imbecis, abriremos as portas do nosso bom senso para olhar o outro lado e percebermos que, queiramos ou não, o senhor Edir Macedo e a sua Igreja, fazem também muito bem a muita gente.

O que eu tenho a ver com o fato do pastor R. R. Soares pagar dois milhões e meio de reais à Rede Bandeirantes para ter o seu programa lá? O dinheiro é meu?

Criticam pelo fato deles explorarem demais, nessa questão do dízimo e das “ofertas”. Eu também vejo assim e acho uma estupidez, principalmente quando eles fazem a lavagem cerebral na pessoa convencendo-a a dar o que eles chamam de “dôe o seu tudo”, retirando para igreja tudo que a pessoa tem. Acho demais.

Mas é importante que analizemos o seguinte:

Se alguém dá o dízimo, dá porque quer! Nunca vi pastor nenhum do Edir Macedo ou do R. R. Soares colocar revólver na cabeça de ninguém.

Por outro lado, há gente criticando pessoas que se converteram à igreja deles, pelo fato de dá dez por cento dos seus ganhos para lá, mas esquecem que muitos desses poderiam antes estar jogando fora mais de cinqüenta por cento dos seus ganhos, em farras, bebedeiras, amantes e outros desperdícios. Queiram ou não, esta é a realidade!

Continuo a discordar da Igreja do Edir Macedo, continuo a não aceitar. Na minha inteligência não entra uma coisa daquela, de jeito nenhum e eu jamais irei me submeter a uma forma daquela de retratar Jesus.

Todavia isto não me dá o direito de deixar de reconhecer as coisas boas que ali tem e muito menos a ter raiva e ódio deles.

Que eu viva a minha vida e eles a deles. Cada um com o seu problema e que Deus, no futuro, tire as conclusões sobre mim e sobre eles.

Eu só gostaria de sugerir que o pessoal do Edir Macedo, assim como do R. R. Soares e outros pastores aprendessem a ter um mínimo de respeito pela religião dos outros, do mesmo jeito que estou aqui a dissertar no sentido de que todos tenham respeito pela igreja deles. Um bom início é parar com o mal caratismo de dizer sobre outras opções religiosas o que elas não são.

Há muita agressão contra as religiões afro brasileiras.

Eu também não concordo com os procedimentos da Umbanda e acho um absurdo uma tenda de Umbanda colocar uma placa ou letreiro em sua frente, se dizendo Centro Espírita ou os seus praticantes se identificarem como espíritas, porque a palavra “espírita” foi criada em 1857 para identificar os praticantes de uma doutrina que não faz nada daquilo que eles fazem, já que o Espiritismo não admite velas, incensos, altares, imagens, defumações, banhos, descarregos, obrigações, proibições, despachos, bebidas alcoólicas, cigarros, cachimbos, fumaças, cabeça feita, vestimentas especiais, colares, patuás, amuletos e rituais.

O Umbandista que utiliza-se das denominações espírita e Espiritismo está praticando uma fraude, pelo uso indevido de terminologia que não lhe pertence.

Até aí tudo bem.

Mas por causa disso eu me acho no direito de agredir a Umbanda e os umbandistas, fazendo campanha para acabar com eles, sugerindo que espíritas quebrem os terreiros de Umbanda, como fazem alguns religiosos rotulados evangélicos?

De forma alguma. Eu não tenho esse direito! E ninguém tem!

Os umbandistas, assim como os candomblecistas e os praticantes de qualquer religião tem o direito de realizarem as suas manifestações, em qualquer ponto do território nacional e devem chamar a polícia, toda vez que se verem ameaçados contra a ação de inquisidores e intolerantes.

Porém, se temos conhecimento, por exemplo, de que uma determinada prática religiosa vive realizando algum ritual que tire a vida de crianças, para “trabalhar” ou oferecer o sangue a alguma entidade espiritual, devemos denunciar, sim, à polícia e às autoridades de um modo geral, do mesmo jeito que devemos denunciar criminosos e corruptos em qualquer outra área fora do círculo religioso.

Aí já não é uma questão de interferirmos na crença dos outros e sim um procedimento de cidadania justo, preventivo para evitar que outras famílias venham a sofrer, pela perda de um filhinho amado, utilizado desumanamente de forma fria e cruel em sacrifícios pela fé irracional de irresponsáveis e inconseqüentes.

Ninguém tem o direito de interferir na fé religiosa e na filosofia de vida de ninguém!

Você, que vive a sofrer pressões, assédios, críticas e censuras de religiosos fanáticos, daqueles que vivem a invadir a sua casa ao meio dia, em plena hora do almoço, com aquela conversa fiada de lhe fazer “aceitar JE$U$”, não se submeta a ter que perder o seu tempo com aquela gente tão ridícula e inconveniente, achando que não atendendo os visitantes está sendo desagradável.

Só pode oferecer Jesus para os outros, aqueles que verdadeiramente têm Jesus, vivem Jesus, praticam os ensinamentos básicos que Jesus nos legou, sobretudo a recomendação do amor incondicional ao próximo.

Não pode dizer que tem Jesus, gente mal educada, inconveniente, intolerante, desrespeitosa ao direito alheio, chata, mentirosa, comerciante da fé, mercenária e que vive atrás dos outros em busca de aumentar o número de freqüentadores de uma determinada igreja onde cada freqüentador pode ganhar percentuais de comissão nos dízimos e ofertas arrecadados de todas as pessoas convertidas por ele.

Estejamos conscientes de que Jesus não é propriedade exclusiva de rotulação religiosa alguma.

É presunçosa e pretensiosa qualquer religião que vive a dizer que só nos seus templos é possível encontrar Jesus, como se o Senhor da Vida vivesse por aí a assinar contratos de exclusividade com religiões, principalmente com aquelas mercenárias da fé.

Não permita que ninguém exerça pressão religiosa em cima de você. Seja duro, enérgico e contundente em cima desses animais ridículos e esteja longe de se submeter a ser fantoches deles.

Eu, que optei por uma tarefa de divulgar o verdadeiro e único Espiritismo, para o grande público, utilizando o recurso da televisão, venho sofrendo, durante anos, tentativas de inúmeros fanáticos religiosos, querendo impor a mim pensar da forma como eles pensam, com aquelas conversas fiadas de satanazes, demônios e coisas do gênero.

E enviam aquelas cartas idiotas, com um monte de citações de uma das Bíblias “traduzidas” para o Português, como se eu fosse uma besta quadrada desconhecedora da Bíblia, não conhecesse a história desse conjunto de livros, não soubesse da história das religiões, não fosse atento contra os absurdos que se processam em todas as “traduções” de livros, principalmente no campo religioso, onde não há ética, não há critério de honestidade, seriedade nem de responsabilidade, haja vista que o que pesa é atender a conveniência de determinada rotulação religiosa. (Leia o livro “Analisando as traduções Bíblicas”, do meu amigo Severino Celestino).

Me desculpem, mas eu não engulo aquela estória de Adão, Eva e a Cobra.

Agora mesmo vivo a receber E-mails de um intolerante Católico, extremamente agressivo, adepto fanático da Quevedologia, aquela coisa que foi inventada no Brasil pelo Padre Quevedo e que ele anda dizendo que é a Parapsicologia, engolida apenas por quem não conhece detalhadamente as propostas do J. B. Rhine, na exigência presunçosa de tentar fazer com que eu, os escritores Paulo Neto e José Reis Chaves abandonemos o Espiritismo e necessariamente pensemos como ele pensa.

Veja bem se tem sentido alguém retroceder nos seus conhecimentos. Onde é que já se viu alguém que já chegou a cursar o segundo grau ter que voltar ao curso primário?

Mas pode ser que é ele quem se ache no segundo grau e eu no primário.

Analisemos apenas um ponto:

Na visão dele, que se acha dono da verdade, a Terra é o centro do universo, só existe vida na Terra, o Sol gira em torno da Terra, as estrelas foram criadas para iluminar a Terra, a Terra foi criada naquele momento de Adão, Eva e a Cobra, há mais ou menos seis mil anos... em resumo, a sua visão só consegue focar a Terra. Isto é o que determina a Bíblia, segundo os Católicos e Protestantes um livro “infalível”, porque representa a “palavra de Deus”, e a Bíblia é a diretriz única e incontestável que ele deve seguir.

Na minha visão, apesar da valorização que dou também ao planeta em que vivo, não o vejo como o centro do universo. Sei que é a Terra que gira em torno do Sol e não o contrário, tenho certeza que é infantilidade alguém conceber que as estrelas foram criadas para iluminar a Terra, sei que existem mais de cem bilhões de galáxias descobertas, cada uma com mais de duzentos bilhões de sóis dentro, sei que a Terra tem milhões de anos e não apenas seis mil, etc...

Será que sou eu quem estou no curso primário?

A resposta deve ser dada pela lógica.

E o cara quer porque quer que eu pense igual a ele.

E se enche de ódio contra o Espiritismo.

Aí eu quero perguntar mais uma vez:

O que levaria alguém a ter ódio de uma doutrina que só faz o bem, não se envolve com a vida de ninguém, mantém inúmeras creches, asilos, albergues, casas de amparo aos necessitados em todo o País, não explora ninguém, não faz comércio religioso, não faz indústria do dízimo, não promove sacrifícios, não obriga nem proíbe ninguém de nada, não impõe nada, possui o maior respeito e carinho por Jesus porque tem nele o maior modelo e guia que devemos seguir, tem o Evangelho como o nosso manual de conduta de vida, sabe reconhecer o valor das criaturas humanas independentemente da rotulação religiosa e não considera santos apenas os espíritas e demônios os que não são espíritas, respeita o direito que tem todas as outras religiões de divulgar as suas idéias?

Só um maluco, débil mental, acéfalo e burro pode nutrir ódio por uma doutrina dessa!

Engraçado é que quando você pede a um idiota desses que relacione os motivos, praticados pelo Espiritismo, que justifiquem o ódio que eles tem, desconversam e terminam por não relacionarem coisa alguma.

Odeiam porque o Espiritismo mantém as creches, asilos, albergues e instituições dedicadas aos mais necessitados?

Não teria sentido. Estariam mesmo chancelando os seus diplomas de imbecis.

Odeiam porque o Espiritismo se incomoda apenas com a sua vida, não se envolvendo com a vida alheia?

Não teria sentido.

Odeiam porque o Espiritismo não obriga, não proíbe e não impõe nada?

Não teria sentido.

Odeiam porque o Espiritismo não faz comércio religioso e nem adota a indústria do dízimo?

Não teria sentido.

Odeiam porque o Espiritismo não admite que os seus adeptos sejam feitos de marionetes e fantoches por determinados “líderes”, que se acham donos da verdade?

Não teria sentido.

Afinal de contas, o que teria sentido?

Não sabem responder.

Porque odeiam por odiar, tem raiva por terem raiva, não suportam por não suportarem.

É por essa razão, que no início desta matéria eu fiz a pergunta:

 

Atenção, senhores Psicólogos! O que são essas pessoas?

 

Doidos, selvagens, imbecis, idiotas, insanos, ridículos, desequilibrados, malucos, acéfalos ou apenas insensatos?

 

Se algum Psicólogo tiver oportunidade de ler esta minha matéria, peço o obséquio de me informar, porque, sinceramente, eu não sei.

Para finalizar, sugiro a leitura do livro “A Face Oculta das Religiões”, de autoria do autor mineiro José Reis Chaves.

 

 

publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 00:38
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Quarta-feira, 05 De Maio,2010

JESUS MORREU PARA NOS SALVAR?

 

 

Esta é uma pergunta que sempre que for feita deverá levar todo ser humano a uma reflexão - não sobre a morte Dele propriamente dita, mas sobre a finalidade da sua vinda ao Planeta Terra. Isso porque, os “donos” da religião da época em que Ele encarnou deturparam a verdadeira finalidade da sua missão ao plano físico na Terra, que foi trazer os seus ensinamentos, pois basta termos um pouquinho de raciocínio lógico para atentarmos que ninguém, mas ninguém mesmo, encarnou aqui na Terra que não tenha morrido. E que não nos venham com essa de que Henoc e o profeta Elias, não morreram porque foram arrebatados vivos para o céu! Por que dizemos isso? Pelo simples fato de que Jesus, que foi maior que todos os profetas, mesmo tendo sido objeto de arrebatamento (Mt 4:1, Mc 1:12 e Lc 4:1), também morreu. Tanto morreu, que os novos “donos” da então nova doutrina pregada por Jesus, em função da maneira em que se deu a sua morte, associaram-na aos sacrifícios do Velho Testamento, em que animais eram imolados como forma de “abrandar” a ira do Deus dos hebreus, visando o perdão dos pecados cometidos.

 

E por falar em hebreus e pecados, sugerimos ao leitor passar uma vista d’olhos no capítulo 9 da epístola aos hebreus, com atenção aos versículos de 10 a 15, dizendo este último: “15. Por isso ele é mediador do novo testamento. Pela sua morte expiou os pecados cometidos no decorrer do primeiro testamento, para que os eleitos recebam a herança eterna que lhes foi prometida.” (Boa Nova - Bíblia Católica - os grifos não são do original) Nesse caso, fatalmente verá que os lideres religiosos da época optaram pelo entendimento de que a finalidade da vinda de Jesus à Terra foi morrer para remir os pecados cometidos no decorrer do primeiro testamento, no dizer do citado versículo 15, ao invés de vir ensinar as verdades sobre a forma de como o ser humano deve nortear a sua maneira de proceder, visando sua evolução espiritual, que os ditos líderes religiosos denominam de salvação da alma. Em função desse versículo 15 podemos, sem medo de errar, deduzir que:

 

- os pecados cometidos durante a vigência do velho testamento, isto é, até a morte de João, o batista (Lucas 16:16), foram remidos com a morte de Jesus, inclusive aqueles cometidos pelas pessoas que nasceram antes e morreram após a morte de João.

 

É nesse ponto que as coisas começam a se complicar, em termos de aplicação da justiça divina, pois, para os que nasceram e morreram durante a vigência do primeiro testamento (até a morte de João), todos eles tiveram os seus pecados perdoados e, portanto, foram para o reino dos céus, enquanto aqueles que nasceram antes e viveram até após a morte de João, só tiveram parte dos seus pecados perdoados, não podendo ir para o reino dos céus, se cometeram pecados após a morte de João, ainda que tenham sido cometidos antes do sacrifício (morte) de Jesus, já que “a lei e os profetas vigoraram até João”. Isso porque, como se vê, o perdão foi dado em relação aos pecados cometidos em um período determinado.

 

E nós, que nascemos depois?

Assim, podemos deduzir que, inclusive, em função do referido versículo 15, o “pecado original” (e põe original nisso) também foi perdoado, já que, para nós, admitida a sua existência, ele foi cometido na vigência do Antigo Testamento. Entretanto, se os “hermeneutas” surgirem com o argumento de que a lei só foi estabelecida no Sinai, com as duas tábuas, e que, portanto, o pecado original está fora dessa revogação, até poderíamos concordar com tal proposição.

 

No entanto, se a lei só tiver sido estabelecida com o advento dos DEZ MANDAMENTOS, a dedução lógica é a de que antes deles não havia lei; logo, como não havia lei, não havia possibilidade de existir a desobediência, pois não pode existir desobediência quando não há norma proibindo determinado tipo de atitude. Ou pode? Os hermeneutas que o digam...

 

Além do mais, se a finalidade do “sacrifício” de Jesus foi o perdão dos pecados anteriormente cometidos, isto é, durante a vigência do Antigo Testamento, temos que supor que a finalidade do “sacrifício” de Jesus foi “passar a borracha” no passado da raça humana, ou seja, apagar toda e qualquer falta cometida durante a vigência da lei a que se refere o perdão; claro, não?! Mais ainda: se o sacrifício de Jesus não foi para o esquecimento dos pecados cometidos durante o primeiro testamento, então por que em Hebreus consta essa informação?!

Logo, com isso, ficamos diante da situação de que, se ainda quisermos acreditar que alguém (no caso, Jesus) morreu para nos salvar, teremos que providenciar outro “Cristo” para pagar pelos pecados cometidos pela humanidade no período pós-morte de João até a vinda de um novo salvador.

 

Tomemos, ainda, o seguinte exemplo: Um líder religioso toma a decisão de ir pregar uma nova doutrina, em um país onde o poder religioso se confunde com o poder político, como acontecia com o povo hebreu, na época de Jesus. Suponha o leitor que as lideranças religiosas se sintam ameaçadas em seu poder religioso e pela sua proximidade e influência em relação ao poder político, forcem as autoridades políticas a tomar uma providência contra esse pregador, dizendo que ele é uma ameaça à ordem pública, e que a punição aplicável ao fato, como no caso de Jesus, é a pena de morte. Suponha, ainda, que esse pregador seja condenado e executado e os seus seguidores, em decorrência disso, se revoltem e fundem uma nova religião, baseados nos ensinamentos desse pregador. Nesse caso, perguntamos: esse pregador morreu para salvar do jugo dos líderes religiosos aqueles que aceitaram a sua pregação, ou morreu em decorrência de sua condenação pelo poder religioso que usou o poder político para puni-lo? Claro que, tendo conhecimento dos riscos de morrer, que corria com sua atitude, ele assumiu esse risco. Já no caso de Jesus, não há que se alegar que Ele tinha conhecimento do risco, pois o que Ele tinha era a certeza da sua morte, posto que, tendo Ele participado da formação da Terra, Ele sabia que teria que morrer, como todos nós também temos essa certeza, apesar de ainda não termos atingido a evolução crística. Logo, não há que se falar em morte redentora, mas, apenas, que Ele morreu porque tinha que morrer, de uma forma ou de outra, pois, desculpem-me pela irreverência, como diz a sabedoria popular, ninguém fica para semente, ou seja, a única certeza que se tem quando se nasce é que se vai morrer. E não se diga que está implícito na Bíblia que Ele nos remiu pela sua morte, ou seja, que todos nós estamos salvos! Porque dizemos isso? Pelo simples fato de que em Hebreus 9:15 está explícito que a morte de Jesus expiou os pecados cometidos durante a primeira aliança, isto é, durante o Velho Testamento. Para confirmar o que dizemos, transcrevemos traduções diferentes do referido versículo 15, constantes em três edições da Sociedade Bíblica do Brasil, conforme segue:

 

“Edição Revista e Corrigida:

15 - E, por isso, é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna.

Edição Revista e Atualizada:

15 - Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados.

Nova Tradução na Linguagem de Hoje:

15 - Portanto, é Cristo quem consegue fazer uma nova aliança, para que os que foram chamados por Deus possam receber as bênçãos eternas que o próprio Deus prometeu. Isso pode ser feito porque houve uma morte que livrou as pessoas dos pecados que praticaram enquanto a primeira aliança estava em vigor.”

Como o leitor poderá notar, embora os textos sejam diferentes no aspecto gráfico, semanticamente são iguais, já que em todos eles, embora não concordemos com a afirmação neles contida, está dito que a morte de Jesus foi para remissão dos pecados anteriormente cometidos. Mesmo porque o perdão só pode ser em relação a fato passado, pois, caso contrário, deixa de ser perdão e passa a ser homologação da impunidade, já que, de antemão, o pecador saberá que não haverá punição pela falta por ele cometida.

Daí, fazemos a seguinte colocação: se, como querem alguns, já estamos todos salvos, por que os que se dizem “enviados de Deus” continuam fazendo a pregação contra o pecado? Não é uma incongruência? E mais: como fica o a cada um segundo as suas obras? (Mt 16:27, Rm 2:6 e 1Pd 1:17) Inclusive em relação a eles próprios? Embora seja uma questão de foro íntimo, não resistimos ao impulso de deixar no ar: será que a prepotência e a hipocrisia deles os impedem de ouvir o que pregam e de ver o que fazem?

 

JOÃO FRAZÃO DE MEDEIROS LIMA

 

publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 00:42
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Terça-feira, 04 De Maio,2010

ORIGEM DOS EVANGELHOS

 

São os resultados desses trabalhos o que exporemos resumidamente aqui, sob uma forma que esforçaremos por tornar mais simples que a dos exegetas protestantes.

O Cristo nada escreveu. Suas palavras, disseminadas ao longo dos caminhos, foram transmitidas de boca em boca e, posteriormente, transcritas em diferentes épocas, muito tempo depois da sua morte. Uma tradição religiosa popular formou-se pouco a pouco, tradição que sofreu constante evolução até o século IV

Durante esse período de trezentos anos, a tradição cristã jamais permaneceu estacionária, nem a si mesma semelhante. Afastando-se do seu ponto de partida, através dos tempos e lugares, ela se enriqueceu e diversificou. Efetuou-se poderoso trabalho de imaginação; e, acompanhando as formas que revestiram as diversas narrativas evangélicas, segundo a sua origem, hebraica ou grega, foi possível determinar com segurança a ordem em que essa tradição se desenvolveu e fixar a data e o valor dos documentos que a representam. Durante perto de meio século depois da morte de Jesus, a tradição cristã, oral e viva, é qual água corrente em que qualquer se pode saciar. Sua propaganda se fez por meio da prédica, pelo ensino dos apóstolos, homens simples, iletrados.

Não é senão do ano 60 ao 80 que aparecem as primeiras narrações escritas, a de Marcos a princípio, que é a mais antiga, depois as primeiras narrativas atribuídas a Mateus e Lucas, todas, escritos fragmentários e que se vão acrescentar de sucessivas adições, como todas as obras populares.

Foi somente no fim do século I, de 80 a 98, que surgiu o evangelho de Lucas, assim como o de Mateus, o primitivo, atualmente perdido; finalmente, de 98 a 110, apareceu, em Éfeso, o evangelho de João.

Ao lado desses evangelhos, únicos depois reconhecidos pela Igreja, grande número de outros vinha à luz. Desses, são conhecidos atualmente um vinte; mas, no século III, Orígenes os citava em maior número.

Lucas faz alusão a isso no primeiro versículo da obra que traz o seu nome.

Por que razão foram esses numerosos documentos declarados apócrifos e rejeitados? Muito provavelmente porque se haviam constituído num embaraço aos que, nos séculos II e III, imprimiram ao Cristianismo uma direção que o devia afastar, cada vez mais, das suas formas primitivas e, depois de haver repelido mil sistemas religiosos, qualificados de heresias, devia ter como resultado a criação de três grandes religiões, nas quais o pensamento do Cristo jaz oculto, sepultado sob os dogmas e práticas devocionais como em um túmulo.

Os primeiros apóstolos limitavam-se a ensinar a paternidade de Deus e a fraternidade humana. Demonstravam a necessidade da penitência, isto é, da reparação das nossas faltas. Essa purificação era simbolizada no batismo, prática adotada pelos essênios, dos quais os apóstolos assimilavam ainda a crença na imortalidade e na ressurreição, isto é, na volta da alma à vida espiritual, à vida do espaço.

Daí a moral e o ensino que atraíam numerosos prosélitos em torno dos discípulos do Cristo, porque nada continham que se não pudesse aliar a certas doutrinas pregadas no Templo e nas sinagogas.

Com Paulo e depois dele, novas correntes se formam e surgem doutrinas confusas no seio das comunidades cristãs. Sucessivamente, a predestinação e a graça, a divindade do Cristo, a queda e a redenção, a crença em Satanás e no inferno, serão lançados nos espíritos e virão alterar a pureza e a simplicidade ao ensinamento do filho de Maria.

Esse estado de coisas vai continuar e se agravar, ao mesmo tempo em que convulsões políticas e sociais hão de agitar a infância do mundo cristão.

Os primeiros Evangelhos nos transportam à época perturbada em que a Jesus, 'idéia, sublevada contra os romanos, assiste à ruína de Jerusalém e à dispersão do povo judeu (ano 70). Foi no meio do sangue e das lágrimas que eles foram escritos, e as esperanças que traduzem parece irromperem de um abismo de dores, enquanto nas almas contristadas desperta o ideal novo, a aspiração de um mundo melhor, denominado "reino dos céus", em que serão reparadas todas as injustiças do presente.

Nessa época, todos os apóstolos haviam morrido, com exceção de João e Filipe; o vínculo que unia os cristãos era bem fraco ainda. Formavam grupos isolados entre si e que tomavam o nome de igrejas (ecclesia, assembléia) , cada qual dirigido por um bispo ou vigilante escolhido eletivamente.

Cada igreja estava entregue às próprias inspirações; apenas tinha para se dirigir uma tradição incerta, fixada em alguns manuscritos, que resumiam mais ou menos fielmente os atos e as palavras de Jesus, e que cada bispo interpretava a seu talante.

Acrescentemos a estas tão grandes dificuldades as que provinham da fragilidade dos pergaminhos, numa época em que a imprensa era desconhecida; a falta de inteligência de certos copistas, todos os males que podem fazer nascer à ausência de direção e de crítica, e facilmente compreenderemos que a unidade de crença e de doutrina não tenha podido manter-se em tempos assim tormentosos.

Os três Evangelhos sinóticos acham-se fortemente impregnados do pensamento judeu-cristão, dos apóstolos, mas já o evangelho de João se inspira em influência diferente. Nele se encontra um reflexo da filosofia grega, rejuvenescida pelas doutrinas da escola de Alexandria.

Em fins do século 1, os discípulos dos grandes filósofos gregos tinham aberto escolas em todas as cidades importantes do Oriente. Os cristãos estavam em contato com eles, e frequentes discussões se travavam entre os partidários das diversas doutrinas. Os cristãos, arrebanhados nas classes inferiores da população, pouco letrados em sua maior parte, estavam mal preparados para essas lutas do pensamento. Por outro lado, os teoristas gregos sentiram-se impressionados pela grandeza e elevação moral do Cristianismo. Daí uma aproximação, uma penetração das doutrinas, que se produziu em certos pontos. 0 Cristianismo nascente sofria pouco a pouco as influências gregas, que o levava a fazer do Cristo o verbo, o Logos de Platão.

 

Essa tradução oficial, que devia ser definitiva segundo o pensamento de quem ordenara a sua execução, foi, entretanto, retocada em diferentes épocas, por ordem dos pontífices romanos. O que havia parecido bom, do ano 386 ao de 1586, o que fora aprovado em 1546 pelo concílio ecumênico de Trento, foi declarado insuficiente e errôneo por Sixto V, em 1590. Fez-se nova revisão por sua ordem; mas a própria edição que daí resultou, e que trazia o seu nome, foi modificada por Clemente VIII em uma nova edição, que é a que hoje está em uso e pela qual têm sido feitas as traduções dos livros canônicos, submetidos a tantas retificações através dos séculos.

Convém lembrar também os protestantes, digo Lutero, um monge católico que se rebelou contra a igreja católico e fundou o protestantismo, a e nisso acrescentou diversos livros e adulterou ainda mais a bíblia protestante.

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A LEI DOS DESTINOS

A lei do destino - as precedentes considerações no-la fazem compreender - consiste no desenvolvimento progressivo da alma, que edifica a sua personalidade moral e prepara, ela própria, o seu futuro; é a evolução racional de todos os seres partidos do mesmo ponto para atingirem as mesmas eminências, as mesmas perfeições.

Essa evolução se efetua, alternadamente, no espaço e na superfície dos mundos, através de inúmeras etapas, ligadas entre si pela lei de causa e efeito. A vida presente é, para cada qual, a herança do passado e a gestação do futuro. É uma escola e um campo de trabalho; a vida do espaço, que lhe sucede, é a sua resultante. O Espírito aí colhe, na luz, o que semeou na sombra e, muitas vezes, na dor.

O Espírito encontra-se no outro mundo com suas aquisições morais e intelectuais, seus predicados e defeitos, tendências, inclinações e afeições. O que somos moralmente neste mundo, ainda o somos no outro; disso procede a nossa felicidade ou sofrimento. Nossos gozos são tanto mais intensos, quanto melhor nos preparamos para essa vida do espaço, onde o espírito é tudo e a matéria é nada, quase; onde já não há necessidades físicas a satisfazer, nem outras alegrias senão as do coração e da inteligência.

Para as almas inclinadas à materialidade, a vida do espaço é uma vida de privações e misérias; é a ausência de tudo o que lhes pode ser agradável. Os Espíritos que souberam emancipar-se dos hábitos materiais e viver pelas altas faculdades da alma, nele acham, ao contrário, um meio de acordo com as suas predileções, um vasto campo oferecido à sua atividade. Não há nisso, realmente, senão uma aplicação lata da lei das atrações e afinidades, nada senão as conseqüências naturais dos nossos atos, que sobre nós recaem.

O desenvolvimento gradual do ser lhe engendra fontes cada vez mais abundantes de sensações e impressões. A cada triunfo sobre o mal, a cada novo progresso, estende-se o seu círculo de ação, o horizonte da vida se dilata. Depois das sombrias regiões terrestres em que imperam os vícios, as paixões, as violências, descerram-se para ele as profundezas estreladas, os mundos de luz com os seus deslumbramentos, os seus esplendores, as suas inebriantes harmonias. Após as vidas de provações, sacrifícios e lágrimas, a vida feliz, a alegria das divinas afeições, as missões abençoadas ao serviço do eterno Criador.

Ao contrário, o mau uso das faculdades, a reiterada fruição dos prazeres físicos, as satisfações egoísticas, nos restringem os horizontes, acumulam a sombra em nós e em torno de nós. Em tais condições, a vida no espaço não nos oferece mais que trevas, inquietações, torturas, com a visão confusa e vaga das almas felizes, o espetáculo de uma felicidade que não soubemos merecer.

A alma, depois de um estágio de repouso no espaço, renasce na condição humana; para ela traz as reservas e aquisições das vidas pregressas. Desse modo se explicam às desigualdades morais e intelectuais que diferenciam os habitantes do nosso mundo. A superioridade inata de certos homens procede de suas obras no passado. Nós somos Espíritos mais jovens, ou mais velhos; mais ou menos trabalhamos, mais ou menos adquirimos virtudes e saber. Assim, a infinita variedade dos caracteres, das aptidões e das tendências, deixa de ser um enigma.

Entretanto, a alma reencarnada nem sempre consegue utilizar, em toda a plenitude, os seus dons e faculdades. Dispõe aqui de um organismo imperfeitíssimo, de um cérebro que nenhuma das recordações de outrora registrou. Neles não pode encontrar todos os recursos necessários à manifestação de suas ocultas energias. Mas o passado permanece nela; suas intuições e tendências são disso uma revelação patente.

As faculdades inatas em certas crianças, os meninos prodígios: artistas, músicos, pintores, sábios, são luminosos testemunhos da evidência dessa lei. Também, às vezes, almas geniais e orgulhosas renascem em corpos enfermiços, sofredores, para humilhar-se e adquirir as virtudes que lhes faltavam: paciência, resignação, submissão.

Todas as existências penosas, as vidas de luta e sofrimento explicam-se pelas mesmas razões. São formas transitórias, mas necessárias, da vida imortal; cada alma as conhecerá por sua vez. A provação e o sofrimento são outros tantos meios de reparação, de educação, de elevação, é assim que o ser apaga um passado culposo e readquire o tempo perdido. É desse modo que os caracteres se retemperam, que se ganha experiência e o homem se prepara para novas ascensões. A alma que sofre procura Deus, lembra-se de o invocar e, por isso mesmo, aproxima-se dele.

Cada ser humano, regressando a este mundo, perde a lembrança do passado; este, fixado no perispírito, desaparece momentaneamente sob o invólucro carnal.

Há nisso uma necessidade física, há também uma das condições morais da provação terrestre, que o Espírito vem novamente afrontar; restituído ao estado livre, desprendido da matéria, ele readquire a memória dos numerosos ciclos percorridos.

Esse olvido temporário de nossas anteriores

existências, essas alternativas de luz e obscuridade que em nós se produzem, por estranhos que à primeira vista se afigurem, facilmente se explicam. Se a memória atual não nos permite recordar os nossos verdes anos, não é mais de admirar que tenhamos esquecido vidas separadas entre si por uma longa permanência no espaço. Os estados de vigília e sono por que passamos, todos os dias, do mesmo modo que as experiências do sonambulismo e hipnotismo, provam que se pode momentaneamente esquecer a existência normal, sem perder com isso a personalidade. Eclipses da mesma natureza, relativamente às nossas passadas existências, nada têm de inverossímeis. Nossa memória se perde e readquire através do encadeamento das nossas vidas, como durante a sucessão dos dias e das noites que  preenchem a existência atual.

Do ponto de vista moral, a recordação das vidas precedentes causaria, neste mundo, as mais graves perturbações.Todos os criminosos, renascidos para se resgatarem, seriam reconhecidos, repudiados, desprezados; eles próprios ficariam aterrados e como hipnotizados por suas recordações. A reparação do passado tornar-se-ia impossível e a existência insuportável. O mesmo se daria em diferentes graus, com todos os que tivessem manchas no passado. As recordações anteriores introduziriam na vida social motivos de ódio, elementos de discórdia, que agravariam a situação da Humanidade e impediriam, por irrealizável, qualquer melhoramento. O pesado fardo dos erros e dos crimes, a vista dos atos vergonhosos inscritos nas páginas da sua história, acabrunhariam a alma e lhe paralisariam a iniciativa. Nos do seu convívio poderia reconhecer inimigos, rivais, perseguidores; sentiria despertar e acenderem-se as más paixões que a sua nova vida tem por objetivo destruir ou, pelo menos, atenuar.

0 conhecimento das passadas existências perpetuaria em nós, não somente a sucessão dos fatos que a compõem, como ainda os hábitos rotineiros, as opiniões acanhadas, as manias pueris, obstinadas, peculiares às diversas épocas, e que opõem grande obstáculo ao surto da Humanidade. Disso ainda se encontram indícios em muitos encarnados. Que seríamos sem o olvido que nos liberta momentaneamente desses estorvos e permite que uma nova educação nos reforme, nos prepare para tarefas mais elevadas?

Quando consideramos maduramente todas essas coisas, reconhecemos que o apagamento temporário do passado é indispensável à obra de reparação, e que a Providência, privando-nos, neste mundo, das nossas longínquas reminiscências, dispôs tudo com profunda sabedoria.

As almas s e atraem em razão de suas afinidades, constituem grupos ou famílias cujos membros se acompanham e mutuamente se auxiliam através de sucessivas encarnações. Laços potentes as vinculam; inúmeras vidas transcorridas em comum lhes proporcionam essas similitudes de opiniões e de caráter, que em tantas famílias se observam. Há exceções. Certos Espíritos mudam às vezes de meio, para mais rapidamente progredir. Nisso, como em todos os atos importantes da vida, há uma parte reservada à vontade livre do indivíduo, que pode, numa certa medida e conforme o grau de elevação, escolher a condição em que renascerá; mas há também à parte do destino, ou da lei divina que, lá em cima, fixa a ordem dos renascimentos.

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Segunda-feira, 03 De Maio,2010

PARA MARIA MANUELA E MARIA HELENA

 

Se tirassem do Novo Testamento estes assuntos  ou palavras, Satanás, Inferno, Jesus é Deus, Espírito Santo, Salvação, Sangue de Jesus, tenho certeza que vocês não teriam mais assuntos de questionamentos ou posição de fé.

Quanto ao velho testamento não pode ser considerado “a palavra de Deus”, nem uma revelação sobrenatural. O que se deve nele ver é uma compilação de narrativas históricas ou legendarias com os pormenores triviais.

Vocês esquecem  que com a vinda do Cristo Jesus, filho de Deus, começou o advento da liberdade, caridade, perdão, amor ao próximo, tolerância, brandura, humildade,  fraternidade, solidariedade e não é ponto de fé dos evangélicos, vocês não praticam a religião do amor e sim a religião do terror, vocês falseiam o verdadeiro sentido dos Evangelhos.

Vocês são semelhante o que diz em Lucas XIII, 6-9 a parábola da Figueira Estéril, que segundo a parábola aquele que se mostra rebelde às inspirações, aquele que se obstina em viver contrariamente aos ditames dos ensinamentos do Cristo, acima descrito, sem produzir os frutos que deveria produzir; é como a figueira que, apesar de todos os cuidados do agricultor(Jesus) do auxilio que lhe dispensa, permanece estéril sem frutificar.

Vocês mesmos não seguem o que esta escrito na bíblia, ou seja, o Novo Testamento,  se o seguissem a atitudes e comportamento dos evangélicos seriam bem diferentes.

Outro modo que percebo de vocês deveriam estudar mais, e praticar os ensinamentos de Jesus, em vez de querer tentar combater e não conseguir, as doutrinas religiosas dos outros, imaginando serem os detentores da verdade.

Mas isto é quase impossível, aqui no Brasil a historia é a mesma em vez de aprender os evangelhos para engrandecimento espiritual próprio, simplesmente o que fazem é desmerecer e tentar combater as religiões dos outros, vocês deveria decorar o que diz Mateus VII, 1-7 – Marcos IV, 24 – Lucas VI, 37-38, 41-42 em que diz: Comecem, pois, por lavar a vossa alma dos vícios, paixões da intolerância que a maculam, por purificar seus corações; depois, então, quando de todos limpos vos acharem poderão censurar as faltas alheias.

Esquece também que Jesus não criou nenhuma religião, ele simplesmente falou que para que se cumpra a sua promessa de estar com aqueles que se reúnam em seu nome, importa, antes de tudo, saber o que consiste acharem-se dois ou três, reunidos em seu nome.  Para que tal se de, é preciso que a todos se achem possuídos do amor de Deus e ao próximo. Fora daí não há reunião  em nome do Cristo.

Acredito que precisam aprender mais os Evangelhos, não para decorar e sim como conduta de vida, certas parábolas ensinadas pelo Cristo Jesus como exemplo:

Mateus V, 1-12 – Sermão da Montanha.

Mateus V, 43-48 – Amai os inimigos.

Mateus VII, 21-29 – Deus julga pelas obras.

Mateus XIII, 1-23 – Parábola do semeador.

Lucas XVII, 20-24 – O reino de Deus está dentro de nós.

Mateus XII, 34-40 – Amar a Deus e ao próximo.

 

Quanto à Doutrina dos Espíritos sua superioridade moral se afirma em todos os pontos. Com ela se dissipa a ideia iníqua do pecado de um só homem, recaindo sobre todos, levando também em conta que este homem nunca existiu.

Não há mais proscrição nem queda coletiva; as responsabilidades são pessoais. Qualquer que seja sua condição neste mundo tenha nascido no sofrimento e na miséria, ou seja, destituído de predicados físicos, ou de  brilhantes faculdades, o homem sabe que não padece um fado imerecido, mas simplesmente as consequências do seu procedimento anterior. Às vezes, também os sofrimentos que o torturam são o resultado da sua livre escolha, desde que aceitou como fator mais rápido de adiantamento espiritual.

Graças a Doutrina dos Espíritos, o homem compreende finalmente o objetivo da existência; nela vê um meio de educação e reparação; cessa de maldizer o destino e Deus. Sente-se livre, ao mesmo tempo, dos pesadelos do nada e do inferno, das ilusões de um ocioso paraíso, porque a vida futura não é mais uma beatifica inútil contemplação, a eterna imobilidade dos eleitos ou o suplicio sem fim dos condenados; é a evolução  gradual; é depois do circulo das provas e transmigrações, o circulo da felicidade e sempre a vida ativa e progressiva, a aquisição, pelo trabalho, de uma soma crescente de ciência, poder moralidade; é participação cada vez mais extensa na obra divina, sob a forma de missões diversas – missões de dedicação e de ensinamentos, ao serviço da humanidade.

Fraternalmente,

Sérgio Ribeiro

 

 

 

 

 

 

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Domingo, 02 De Maio,2010

SOMOS TODOS IGUAIS

“O discípulo não está acima do mestre, nem o servo acima do Senhor: basta ao discípulo ser como o mestre e ao servo como o Senhor."

Aos olhos do Senhor eterno são iguais todas as condições sociais; conseguintemente, o senhor não é mais do que o servo. Só tem maior valor aquele que pratica, com humildade, a lei de amor que vos é ensinada. Só será igual ao mestre em moral aquele que praticar a moral.

Compreendam bem os homens, no seu princípio, no seu objetivo e nas suas consequências, a lei natural e divina da reencarnação, que lhes vem ensinar serem a vida humana e as condições sociais, para cada um deles, uma provação, ou uma expiação.

Compreendam e não esqueçam nunca que, pela pluralidade das existências e conformemente ao grau de culpabilidade, as provações e as expiações, tendo por fim a purificação e o progresso são apropriadas às faltas cometidas nas encarnações precedentes. Assim, por exemplo, o senhor de ontem, duro e arrogante, que faliu nas suas provas como senhor fossem quais fossem, dentro da ordem social, sua posição ou seu poder na terra, é o escravo, o servo, ou o criado de amanhã. O sábio que ontem, materialista e orgulhoso, abusou da sua inteligência, da sua ciência, para desencaminhar os homens, para perverter as massas populares, é o cego, o idiota ou o louco de amanhã. O orador de ontem, que abusou gravemente da palavra para arrastar os homens ou os povos a erros profundos, é o surdo-mudo do dia seguinte. O que ontem dispôs da saúde, da força, ou da beleza física e gravemente abusou de tudo isso, é o sofredor, o doente, o raquítico, o deserdado da natureza, o enfermo de amanhã. Se é certo que os corpos procedem dos corpos, não menos certo é que são apropriados às provações e às expiações por que o Espírito haja de passar e que a encarnação se dá no meio e nas condições adequados ao cumprimento de tais provações e expiações. É o que explica como e porque, na mesma família, dois filhos, dois homens, nascidos do mesmo pai e da mesma mãe, se encontram em condições físicas tão diversas, tão opostas. De igual modo a diferença nas provações, a disparidade do avanço realizado nas existências precedentes explicam porque e como, do ponto de vista moral ou intelectual, esses dois irmãos se acham em condições tão diversas, tão opostas.

Compreenda o homem e não esqueça nunca que o mais próximo e mais querido parente de ontem, que o mais caro amigo da véspera podem vir a ser e são muitas vezes o estranho, o desconhecido do dia seguinte, que ele a todo instante poderá encontrar, acolher ou repelir.

Que, pois, os homens, cientes e compenetrados de que a vida humana e as condições sociais são provações e ao mesmo tempo meio e modo de amparo e de concurso recíproco nas vias da reparação e do progresso, pratiquem a lei de amor, partilhando mutuamente o que possuam de natureza material ou intelectual, dando aquele que tem ao que não tem, dando de coração o auxílio do coração, dos braços, da bolsa, da inteligência, da palavra e sobretudo do exemplo. Então, quando tal se verificar, estarão cumpridas em toda verdade, sob os auspícios e a prática da fraternidade recíproca e solidária, estas palavras de Jesus:

”Basta ao discípulo ser como o mestre e ao servo como o senhor”.

 

Os Quatro Evangelhos – Roustaing livro II pag. 192

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Sábado, 01 De Maio,2010

O REINO DE DEUS ESTÁ DENTRO DE NÓS

LUCAS, Cap. XVII, vv. 20-24

 

V. 20. Como os fariseus lhe perguntassem: Quando vem o reino de Deus? ele respondeu: O reino de Deus não virá de modo a que possa ser notado. — 21. Não se dirá: Ele está aqui ou está ali, porquanto o reino de Deus está dentro de vós. — 22. E disse aos discípulos: Tempo virá em que querereis ver um dos dias do filho do homem e não o vereis. — 23. Dir-vos-ão: Ei-lo aqui, ei-lo ali; não vades, não os sigais; — 24, pois, tal como o relâmpago, que brilha de um lado a outro do céu, assim será o filho do homem no seu dia.

 

(V. 20.) O reino de Deus o homem o traz em si mesmo, pois que é no exercício de suas faculdades que se lhe depara o meio de alcançá-lo, isto é: de atingir a perfeição moral: Não virá de modo a ser notado, por isso que só lentamente, de progresso em progresso, de ascensão em ascensão, pode o homem aproximar o advento daquele reino. a perfeição moral humana o fará vir. Nenhum brusco abalo o trará. Só por um trabalho demorado, penoso, incessante o homem o conquistará.

 

(V. 21.) O reino de Deus não é um lugar circunscrito, qual o imaginaram os homens. Não é uma habitação feliz, onde logrem penetrar. É a imensidade na virtude. O reino de Deus está em vós, está entre vós, mas não sabeis descobri-lo. O reino de Deus é a união das almas depuradas. Depurai, pois, as vossas, para o possuirdes.

 

(V. 22.) E Jesus disse a seus discípulos: "Tempo virá em que desejareis ver um dos dias do filho do homem e não o vereis." Estas palavras não eram dirigidas aos discípulos unicamente, mas ao povo que os cercava e, por extensão, às gerações então futuras que sentiram e sentem ainda o desejo de ver renovados os atos de Jesus, para crerem depois que virem.

O Mestre dava suas instruções aos que o cercavam e, dentre estes, os discípulos eram sempre os que lhe ficavam mais perto. Daí vem o ter o evangelista usado desta expressão: E disse aos discípulos.

Apreendei bem o sentido daquelas palavras, que foram igualmente pronunciadas para o futuro. Muitas vezes tem já o homem aspirado à liberdade santa, filha do amor e da caridade. Muitas vezes tem procurado em vão fazer que luza ainda um daqueles dias em que Jesus pregava e exemplificava a sua moral. Esse desejo o assalta sempre que ele compreende que o único remédio para os males da humanidade consiste na prática dos dois grandes preceitos do amor e da caridade — prática que implica, dentro da unidade e da solidariedade, a da justiça, do mútuo auxílio sob o ponto de vista do trabalho material, moral e intelectual, assim como a prática da fraternidade.

Aqueles dias, porém, não voltaram. Ainda os esperais, vós outros espíritas, e para eles apelais com todas as vossas forças. Muito, entretanto, tardarão ainda em vir, porque ainda não sois bastante clarividentes, para a luz deles; porque os vossos entendimentos ainda se não desapegaram das influências e dos apetites da matéria, fontes do orgulho, do egoísmo, do sensualismo e da sensualidade, de modo a poderem assimilar a moral do filho do homem. Enfim, ainda não amadurecestes suficientemente para essa era nova em que o filho do homem volverá ao vosso meio e em que vereis renascer o seu dia.

 

(V. 23.) Dir-vos-ão: "Ei-lo aqui, ei-lo ali; não vades, não os sigais". Estas palavras se aplicavam aos abusos que, no correr dos tempos, viria a sofrer e sofreu a doutrina de Jesus, com o emprego do seu nome e da sua autoridade para se transviarem ou cegarem os fracos e os crédulos. Toda adição feita à lei está fora da lei. Tudo o que se afastou do caminho traçado é transviamento. Tudo o que está fora da lei de amor e de caridade é abuso. É abuso tudo o que esteja fora da lei de fraternidade, de igualdade e de liberdade, pela justiça, pelo amor e pela caridade, fontes de todo direito e de todo dever recíprocos e solidários, a se exercerem e cumprirem sob os auspícios e a prática do perdão, do esquecimento das injúrias e ofensas, do devotamento da liberdade de consciência, da liberdade da razão e de exame.

 

(V. 24.) Pois, tal como o relâmpago, que brilha de um lado ao outro do céu, assim será o filho do homem no seu dia. O filho do homem personifica, a sua lei, a sua moral. No momento oportuno, essa lei pura, suave, será despojada dos falazes ornamentos com que a cobriram e se mostrará repentinamente aos homens em toda a sua pureza. Sua luz então, como a do relâmpago, brilhará de um extremo a outro do horizonte. Nessa ocasião estará próximo a verificar-se entre vós o predito advento do filho do homem.

Os falazes ornamentos com que cobriram a pura e suave lei de Jesus são os aditamentos de culto externo que lhe fizeram, despojando-a do culto espiritual; são tudo o que tendeu a materializar o que está e não pode deixar de estar submetido à inteligência e ao coração dos homens. A lei de Jesus foi feita para a inteligência e para o coração. À inteligência e ao coração ela se dirige e se dirigirá sempre.

O momento oportuno, de que falamos, em que essa lei pura e suave, despida dos falazes ornamentos com que a cobriam, se mostrará repentinamente aos homens em toda a sua pureza, é a época em que se fará a reforma do pessoal dos cultos. Deus proverá a isso mediante as encarnações necessárias de Espíritos em missão, os quais conduzirão a humanidade a conhecer em espírito e em verdade, o pai, o filho e o Espírito Santo.

Essa reforma determinará o desaparecimento dos diversos cultos externos que dividem e separam os homens e os levará à união num culto único: o da adoração sincera do pai, Deus, uno, indivisível, por meio da prece do coração e não dos lábios somente, da prece espiritual, que tem por fundamento os atos de uma vida íntegra e pura diante do Senhor; por meio do jejum espiritual, pela prática do amor ao mesmo Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Semelhante adoração se expressará ainda pelo amor, pelo respeito e pelo reconhecimento para com o filho — Jesus, protetor e governador do vosso planeta e da humanidade terrena, Jesus por quem sois tudo o que sois.

Expressar-se-á também pela invocação e pelo apoio da sua poderosa proteção; pela invocação feita a Deus e ao seu Cristo para que conceda a suas criaturas o auxílio, o concurso e a proteção do Espírito Santo, dos bons Espíritos. Tal reforma dará cumprimento a estas palavras do Mestre: "Tempo virá em que não será mais no cume do monte nem em Jerusalém que adorareis o pai."

Tornados então os verdadeiros adoradores que o pai reclama, os homens o adorarão em espírito e verdade. E todos esses lugares que designais pelos nomes de — sinagogas, igrejas, mesquitas, templos, se tornarão indistintamente lugares de reunião, de prece, de instrução, onde, impelidos pelos sentimentos da humildade, do amor e da caridade, todos se congregarão em assembléia para, sob a influência e a proteção dos bons Espíritos, elegerem unanimemente o mais digno, o mais esclarecido, o de maior merecimento para a ela presidir.

O Universo é o templo do Senhor. Não antecipemos o futuro.

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