VAMOS ADERIR?

 

Podemos conceber nossa mente como poderoso gerador de energia magnética.

Ela se expande ao nosso redor, guardando compatibilidade com a natureza de nossos sentimentos.

Se a pessoa cultiva tendências negativas, terá um padrão vibratório de baixo teor, formando um clima pessoal denso, escuro, pesado, que a infelicitará.

E tenderá a contaminar o ambiente onde se encontra, da mesma forma que alguém gripado disseminará, pela respiração, os vírus de que é portador.

Nossas vibrações fazem o ambiente pessoal.

As vibrações dos moradores fazem o ambiente doméstico.

As vibrações da população fazem o ambiente urbano.

Se o tempo se fecha, carregado de nuvens, há o perigo de descargas elétricas, que causam estragos.

Se o ambiente psíquico de uma cidade é denso, acontecem, em maior intensidade, crimes, acidentes, tragédias, mortes, como raios destruidores que se abatem sobre a população.

...

Relata André Luiz, no livro Nosso Lar, psicografia de Chico Xavier, que saindo do Umbral, a região trevosa que circunda a Terra, admirou-se ao entrar na cidade espiritual.

Céu azul, sol brilhante, sem nuvens, sem nevoeiro…

Explicaram-lhe que era o resultado do compromisso dos moradores com o exercício do Bem, em pensamentos e ações.

Ficou sabendo, então, que o ambiente sombrio, pesado, denso do Umbral, que situaríamos como um “purgatório”, é formado pelas vibrações mentais de bilhões de Espíritos encarnados e desencarnados, ainda dominados por sentimentos inferiores, paixões e vícios.

...

Para melhorar nosso ambiente psíquico, do lar e da cidade onde moramos, o caminho é o mesmo dos habitantes de Nosso Lar:

Exercitar bons pensamentos e ações, cumprindo nossos deveres perante Deus e o próximo.

Se o Bem for a marca de nossos dias, estaremos em paz.

Se os moradores da casa fizerem assim, haverá harmonia no lar.

Se os habitantes da cidade tiverem o mesmo direcionamento, haverá drástica redução de crimes, de mortes, de problemas atingindo a população e um abençoado bem-estar felicitará a todos.

...

O envolvimento de toda uma população com essa diretriz é algo quimérico, distante, em face da inferioridade humana.

Não obstante, toda a jornada, por mais longa, começa com o primeiro passo.

Que tal, leitor amigo, se nos dispuséssemos a participar de uma “corrente do Bem”?

Seria o empenho permanente de fazer algo em favor do próximo, solicitando, como pagamento, que o beneficiário se comprometa a idêntica iniciativa.

Crescendo esse movimento abençoado, o mal será contido, a vida da cidade melhorará, o panorama do mundo será modificado, com promissoras perspectivas de harmonia e paz.

Há, a propósito, uma história interessante, que colhi na Internet.

A fonte não cita o autor, motivo pelo qual o situo como desconhecido.

Se tomar conhecimento, ele há de me perdoar, bem de acordo com o espírito da própria história:

Uma senhora esperava, há uma hora, no acostamento, que alguém parasse para ajudá-la a trocar o pneu furado de seu carro.

Finalmente, um motorista estacionou por perto e se aproximou.

– Meu nome é Bryan. Posso ajudá-la?

Ficou preocupada.

Estava vestido com simplicidade, carro maltratado, bem diferente do seu, novinho em folha.

E se fosse um assaltante?

Mas ele logo foi pegando o macaco e rapidinho trocou o pneu.

Ela não sabia como agradecer.

Perguntou quanto lhe devia. Bryan sorriu:

– Não foi nada. Gosto de ajudar pessoas, quando tenho chance.

Sou grato a Deus pelas dádivas recebidas, embora viva modestamente.

Tenho um lar abençoado, uma esposa adorável. Se realmente quer me reembolsar, da próxima vez que encontrar alguém em dificuldade, tente fazer o mesmo.

Partiram os dois.

Alguns quilômetros adiante ela entrou numa lanchonete de beira

de estrada. A garçonete aproximou-se sorrindo. Sorriso luminoso, não obstante os pés doendo, o cansaço, por um dia inteiro de trabalho estafante.

E havia a sobrecarga da gravidez.

A barriga proeminente revelava avançada gestação.

Atenciosa, limpou a mesa com cuidado, atendendo, solícita, a freguesa.

A senhora admirou seu jeito carinhoso e se perguntava como alguém, em tal situação, conservava a disposição de exercitar a gentileza.

Então, recordou de Bryan e de sua recomendação.

Depois que terminou a refeição, enquanto a garçonete buscava troco para uma nota de cem dólares que lhe dera, a senhora partiu.

Quando a gestante voltou, notou algo escrito no guardanapo, sob o qual havia mais quatro notas de cem dólares.

Não conteve as lágrimas, ao ler:

Alguém me ajudou uma vez e da mesma forma lhe estou ajudando.

Não me deve nada. Eu já tenho o bastante. Se realmente quiser me reembolsar, não deixe este círculo de amor terminar em você.

Naquela noite, quando se deitou, a garçonete ficou pensando no bilhete.

Como aquela senhora podia saber o quanto ela e o marido precisavam daquele dinheiro?

Virou-se para ele que dormia ao lado, deu-lhe um beijo e sussurrou:

– Tudo ficará bem, meu querido.

Eu te amo muito, Bryan.

Se houvesse um levantamento estatístico, ficariam admiradas as pessoas ao constatar que naquela noite foram menos numerosos os acidentes e as ocorrências policiais.

É que um círculo de luz se estendera pelas adjacências, a partir de uma corrente de amor a iluminar os caminhos e neutralizar as trevas.

...

Façamos leitor amigo, a nossa corrente sagrada, estendendo boas ações ao redor de nossos passos, gerando luzes abençoadas a neutralizar as sombras.

Generosos mentores nos ajudarão nesse empenho, e o Bem se estenderá ao redor de nossos passos, favorecendo nossa cidade com um ambiente tranquilo e ajustado, onde possamos viver em paz.

Vamos aderir?

Richard Simonetti

Reformador Set 2003

 

publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 05:43
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