ROSAS DA CARIDADE
Isabel
Caridade, alma da vida!
Esparge tuas bênçãos sobre nós.
Silêncio no infortúnio, és a mão onerosa da Esperança.
No seio da orfandade, fazes o teu colo maternal.
No desabrigo do sofrimento, tornas-te senda de tranqüilidade.
Na estrada difícil das aflições, transformas-te em roteiro abençoado de carinho e conforto.
Alma formosa e boa, fomentas a misericórdia de Nosso Pai, na Terra referta de padecimentos ultrizes.
Enquanto o poder campeia, enlouquecido, e a carraça do mal insiste, vencendo distâncias, sê tu, alma da Caridade, a presença suave de Jesus no coração dos infelizes da Terra.
Em noite escura, acende a claridade do amor.
Nos conflitos generalizados, coloca a mansuetude da tua paz.
Todos os tesouros com que os homens se aquinhoam não valem o expressivo bem da tua misericórdia.
Rosas da Caridade de Jesus!
Todos os hinos de louvor que te dediquem não cantam a excelência da tua mensagem redentora.
Todas as palavras vibrantes com que procuram definir-te os vislumbres divinos, empalidecem face à tua própria grandeza.
Caridade, mensageira de Deus, que me enriqueceste o coração na Terra, que és o tesouro dos infelizes, esquecidos pelos homens, bendita sejas, traduzindo a glória do Altíssimo nas penedias tormentosas da humana miséria.
Alma da Caridade, rica e boa, eu te bendigo, arauto divino da felicidade, que reverdeces a terra depois da canícula devastadora que tudo cresta ou do vendaval das paixões que tudo destrói.
Cultivar-te, no jardim da alma, com todo o ser, é a inadiável tarefa que nos impomos, a fim de nos redimirmos, no ofício transcendente da tua realização.
Caridade! Caridade! Presença divina no relicário do espírito humano, bendita sejas!
Que a Caridade de Deus nos penetre a vida impulsionando-nos na direção da luta sublime!
Isabel
(Lisboa, Portugal, em 15 de agosto de 1970 - Sol de Esperança - Divaldo P. Franco - Diversos Espíritos)