31.03.1869 - DESENCARNE DE ALLAN KARDEC



No dia 31 de março de 1869 desencarnou Allan Kardec, vítima do rompimento de um aneurisma.
Sua morte súbita encontrou-o em plena atividade. Atendia, em sua residência, a um caixeiro que viera em busca de livros, quando ocorreu o ataque fulminante.
Fácil imaginar o transtorno que o desaparecimento do sistematizador da Doutrina dos Espíritos causou ao Movimento Espírita, que tinha nele o guia, a liderança incontestada, a segurança personificada, o bom senso para a solução das mais difíceis questões.
Os primeiros dias após o decesso foram de perplexidade para seus amigos, para sua companheira e colaboradora Amélie Boudet e para os espiritistas que logo tomaram conhecimento do falecimento.
Hoje, na perspectiva do tempo, 140 anos após o desaparecimento do Codificador do Espiritismo do rol dos encarnados, podemos avaliar melhor o significado dessa vida missionária.
A obra monumental, que se iniciou em 1857 com "O Livro dos Espíritos", desdobrar-se-ia sucessivamente, até 1868, com a publicação de "A Gênese - os milagres e as predições segundo o Espiritismo; compreendendo ainda a Revue Spirite e muitos escritos esparsos, posteriormente enfeixados em "Obras Póstumas".
A Doutrina Consoladora, de que Kardec se fez o intérprete da Espiritualidade Superior, veio para ficar definitivamente no Mundo.
A prova cabal dessa verdade é que, fenecendo aos poucos na Europa, diante dos embates de três guerras consecutivas, num período de 87 anos, e dos obstáculos opostos pelo materialismo multifário, transplantou-se, ainda no século passado, para a América, dando origem ao pujante Movimento Espírita brasileiro.
De conformidade com a lei natural, desapareceu o homem, o professor Hippolyte Léon Denizard Rivail, o Codificador do Espiritismo, mas não a sua obra, que tem a marca da perenidade e viverá pelos séculos a fora.
Reverenciemos Allan Kardec, o missionário-chefe da Terceira Revelação, o emissário do Cristo incumbido de dar cumprimento à sua promessa de enviar o Consolador para ficar entre os homens.

publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 02:04
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