Quarta-feira, 01 De Julho,2009

AMOR PARA AMAR

 Emmanuel
 
O amor para amar criou o maior prodígio do mundo.
Tudo aconteceu com o Eterno Amigo da Humanidade, considerado, em seu tempo, na condição de companheiro vulgar.
Não possuía ele o mínimo recanto, em que pudesse repousar a cabeça, no entanto, inspirou o levantamento da mais elevada civilização de todas aquelas que já existiram na Terra.
Não escreveu página alguma, a não ser curta frase na areia, quando defendia pobre mulher sofredora, contudo, até agora, suscita a formação dos livros mais belos do gênero humano.
Não participou das administrações públicas, mas solucionou com simplicidade o problema do relacionamento entre governantes e governados, ensinando aos semelhantes que se deve "dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus."
Não lecionou penalogia, no entanto, em favor da paz e da felicidade entre as criaturas, aconselhou o perdão das ofensas e, sob a luz de suas lições inolvidáveis, os férreos cárceres da antiguidade, pouco a pouco, estão sendo transformados em escolas de trabalho e reeducação.
Não militou na medicina e, até hoje, cura as almas doentes ou conturbadas pelo poder da fé e através da prática do amor.
Nunca pediu medidas de solidariedade compulsória, entretanto, em seus exemplos, acendeu a chama da caridade, plasmando as obras da assistência social que honorificam a vida terrestre.
Na exposição das idéias renovadoras que trazia, além do diálogo aberto com os discípulos e acompanhantes, incluindo mulheres e crianças desprotegidas, se realizou algum comício de grandes proporções, esse foi aquele do Sermão da Montanha, no qual reuniu os estropiados e os enfermos, os aflitos e os infelizes, entregando-lhes as palavras inesquescíveis do mais alto documento da Humanidade, consagrando os valores da paciência e da compreensão, da misericórdia e da humildade.
Era ele tão forte que nunca se rendeu às sugestões sombrias dos perseguidores e tão sensível que chegou a chorar sobre o túmulo de um amigo morto.
Esse homem que tudo deu de si às criaturas da Terra, transmitindo-lhes o que Deus lhe doara, que aparentava a fragilidade dos seres humanos e transportava consigo a grandeza dos anjos, tem o nome de Jesus Cristo.
Conquistadores diversos do Planeta sempre desceram do fastígio do poder para as grandes transformações, entretanto, ele se engrandece, cada vez mais, de século para século. E, há quase dois milênios, a sua mensagem é a esperança dos povos e a sua presença divina é a luz das nações.
 
 
Livro:  Tesouro  De  Alegria
Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos
 

 

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Domingo, 17 De Maio,2009

ADVERSÁRIOS E DELINQÜENTES


“Reconcilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás a caminho com ele...”
– Jesus. (MATEUS, 5:25)



Jesus nos solicitou a imediata reconciliação com os adversários, para que a nossa oração se dirija a Deus, escolmada de qualquer sentimento aviltante.
Não ignoramos que os adversários são nossos opositores ou, mais apropriadamente, aqueles que alimentam pontos de vista contrários aos nossos. E muitos deles, indiscutivelmente, se encontram em condições muito superiores às nossas, em determinados ângulos de serviço e merecimento. Não nos cabe, assim, o direito de espezinhá-los e sim o dever de respeitá-los e cooperar com eles, no trabalho do bem comum, embora não lhes possamos abraçar o quadro integral das opiniões.
Há companheiros, porém, que, atreitos ao comudismo sistemático, a pretexto de humildade, se ausentam de qualquer assunto em que se procura coibir a dominação do mal, esquecidos de que os nossos irmãos delinqüentes são enfermos necessitados de amparo e intervenção compatíveis com os perigos que apresentem para a comunidade.
Todos aqueles que, exercem algum encargo de direção sabem perfeitamente que é preciso velar em defesa da obra que a vida lhes confiou.
Imperioso manter-nos em harmonia com todos os que não pensam por nossos princípios, entretanto, na posição de criaturas responsáveis, não podemos passar indiferentes diante de um irmão obsidiado, que esteja lançando veneno em depósitos de água destinada à sustentação coletiva.
Necessitamos acatar os condôminos do edifício que nos serve de residência, toda vez que não consigam ler os problemas do mundo pela cartilha de nossas idéias, todavia, não será justo desinteressar-nos da segurança geral, se vemos um deles ateando fogo no prédio.
Cristo, em verdade, no versículo 25 do capítulo 5, do Evangelho de Mateus, nos afirma: “reconcilia-te depressa com o teu adversário”, mas no versículo 2 do capítulo 16, do Evangelho de Lucas, não se esqueceu de acrescentar: “dá conta de tua mordomia”.

Livro “Palavras de Vida Eterna” – Psicografia Francisco Cândido Xavier – Espírito Emmanuel.
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Quarta-feira, 13 De Maio,2009

O SERVIÇO RELIGIOSO



Emmanuel

Desde quando começou na Terra o serviço de adoração a Deus? Perde-se o alicerce da fé na sombra de evos insondáveis.
Dir-se-ia que o primeiro impulso da planta e do verme, à procura da luz, não é senão anseio religioso da vida, em busca do Criador que lhes instila o ser.
Considerando, porém, as escolas religiosas dos povos mais antigos, vemos no sistema egípcio a idéia central da imortalidade, com avançadas concepções da Grandeza Divina, mas enclausurada nos templos do sacerdócio ou no palácio dos faraós, sem ligação com o espírito popular, muita vez relegado à superstição e ao abandono.
Na Índia, identificando o culto da sabedoria. Instrutores eminentes aí ensinam que a bondade deve ser a raiz de nossas relações com os semelhantes, que as nossas virtudes e vícios são as forças que nos seguirão, além do túmulo, propagando-se abençoadas lições de aperfeiçoamento moral e compreensão humana; entretanto, o espírito das castas aí sufocou os santuários, impedindo a desejável extensão dos benefícios espirituais aos círculos do povo.
Na Pérsia, temos no zoroastrismo a consagração do nosso dever para com o Bem; todavia, as comunidades felicitadas por seus respeitáveis ensinamentos se confiam a guerras de conquista e destruição.
Entre os Judeus, sentimos o sopro da revelação do Deus Único, estabelecendo o reino da justiça na Terra, mas, apesar da glória sublime que coroa a fronte de Moisés e dos profetas que o sucederam, o orgulho racial é uma chaga viva no coração do Povo Escolhido.
Na China, possuímos a exaltação da simplicidade, através de lições que fulguram em todas as suas linhas sociais, destacando o equilíbrio e a solidariedade, contudo, o grande povo chinês não consegue superar as perturbações do separativismo e do cativeiro.
Na Grécia, encontramos o culto da Beleza. Os mistérios de Orfeu traçam formosos ideais e constroem maravilhosos santuários. O aprimoramento da arte e da cultura, porém, não consegue criar no espírito helênico a noção do Amor Universal. Generais e filósofo usam a inteligência para a dominação e, de modo algum, se furtam às tentações do campo bélico, acendendo a abominável fogueira da discórdia e do arrasamento.
Em Roma, surpreendemos o Direito ensinando que o patrimônio e a liberdade do próximo devem ser respeitados, no entanto, em nenhuma civilização do mundo observamos juntos tantos gênios da flagelação e da morte.
Hermes é a Sabedoria.
Buda é a Renunciação.
Zoroastro é o Dever.
Moisés é a Justiça.
Confúcio é a Harmonia.
Orfeu é a Beleza.
Numa Pompílio é o Poder.
Em todos os grandes períodos da evolução religiosa, antes do Cristo, vemos, porém, as demonstrações incompletas da espiritualidade. Não há padrões absolutos de perfeição moral, indicando aos homens o caminho regenerador e santificante. Aparecem linhas divisórias entre raças e castas, com vários tipos de louvor e humilhação para ricos e pobres, senhores e escravos, vencedores e vencidos.
Com Jesus, no entanto, surge no mundo o vitorioso coroamento da fé. No Cristianismo, recebemos as gloriosas sementes de fraternidade que dominarão os séculos. O Divino Fundador da Boa Nova entra em contacto com a multidão e o santuário do Amor Universal se abre, iluminado e sublime, para a santificação da Humanidade inteira.

Livro “Roteiro”, psicografado por Francisco Cândido Xavier)
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Sábado, 09 De Maio,2009

EM LOUVOR DAS MÃES


Emmanuel

O lar é a célula ativa do organismo social e a mulher, dentro dele, é a força essencial que rege a própria vida.
Se a criança é o futuro, no coração das mães que repousa a sementeira de todos os bens e de todos os males do porvir.
O homem é o pensamento.
A mulher é o ideal.
O homem é a oficina.
A mulher é o santuário.
O homem realiza.
A mulher inspira.
Compreender a gloriosa missão da alma feminina, no soerguimento na Terra, é apostolado fundamental do Cristianismo renascente em nossa Doutrina Consoladora.
Auxiliar, assim, o espírito materno, no desempenho de sua tarefa sublime, constitui obrigação primária de todos nós que abraçamos nos Centros Espíritas novos lares de idealismo superior e que buscamos na Boa Nova do Divino Mestre a orientação maternal para a renovação de nossos destinos.
Nesse sentido, se nos cabe reconhecer no homem o condutor da civilização e o mordomo dos patrimônios materiais na gleba planetária, não podemos esquecer que na mulher devemos identificar o anjo da esperança, ternura e amor, a descer para ajudar, erguer e salvar nos despenhadeiros da sombra, oferecendo-nos, no campo abençoado da luta regenerativa, novos tabernáculos de serviço e purificação.
Glorifiquemos, desse modo, o ministério santificante da maternidade na Terra, recordando que o Todo-Misericordioso, quando se designou enviar ao mundo o seu mais sublime legado para o aperfeiçoamento e a elevação dos homens, chamou um coração de mulher, em Maria Santíssima, e, através das suas mãos devotadas à humanidade e ao bem, à renunciação e ao sacrifício, materializou para nós o coração divino de Nosso Senhor Jesus Cristo, a luz de todos os séculos e o alvo de redenção da Humanidade inteira.

Do livro Cartas do coração. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
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Quinta-feira, 23 De Abril,2009

PENA DE MORTE



Reunião pública de 17-4-59,
Questão nº. 798 (Livro dos Espíritos)

Todos os fundadores das grandes instituições religiosas, que ainda hoje influenciam ativamente a comunidade humana, partiram da Terra com a segurança do trabalhador ao fim do dia.
Moisés, ancião, expira na eminência do Nebo, contemplando a Canaã prometida.
Sidarta, o iluminado construtor do Budismo, depois de abençoada peregrinação entre os homens, abandona o corpo físico, num horto florido de Kucinagara.
Confúcio, o sábio que plasmou todo um sistema de princípios morais para a vida chinesa, encontra a morte num leito pacífico, sob a vigilância de um neto afetuoso.
E, mais tarde, Mamomet, o criador do Islamismo, que consentiu em ser adorado pelos discípulos, na categoria de imortal, sucumbe em Medina, dentro de sólida madureza, atacado pela febre maligna.
Com Jesus, entretanto, a despedida é diferente.
O divino fundador do Cristianismo, que define a Religião Universal do Amor e da Sabedoria, em plena vitalidade juvenil, é detido pela perseguição gratuita e trancafiado no cárcere.
Ninguém lhe examina os antecedentes, nem lhe promove recursos à defensiva.
Negado pelos melhores amigos, encontra-se sozinho, entre juízes astuciosos, qual ovelha esquecida em meio de chacais.
Aliam-se o egoísmo e a crueldade para sentenciá-lo ao sacrifício supremo.
Herodes, patrono da ordem pública, chamado a pronunciar-se em seu caso, determina se lhe dê o tratamento cabível aos histriões.
Pilatos, responsável pela justiça, abstém-se de conferir-lhe o direito natural.
E entregue à multidão amotinada na cegueira de espírito, é preferido a Barrabás, o malfeitor, para sofrer a condenação insólita.
Decerto, para induzir-nos à compaixão, aceitou Jesus padecer em silêncio os erros da justiça terrestre, alinhando-se, na cruz, entre os injuriados e as vítimas sem razão, de todos os tempos da Humanidade.
Cristãos de todas as interpretações do Evangelho e de todos os quadrantes do mundo, atentos à exemplificação do Eterno Benfeitor, apartai o criminoso do crime, como aprendestes a separar o enfermo da enfermidade!
Educai o irmão transviado, quanto curais o companheiro doente!
Desterrai, em definitivo, a espada e o cutelo, o garrote e a forca, a guilhotina e o fuzil, a cadeira elétrica e a câmara de gás dos quadros de vossa penologia, e oremos, todos juntos, suplicando a Deus nos inspire paciência e misericórdia, uns para com os outros, porque, ainda hoje, em todos os nossos julgamentos, será possível ouvir, no adito da consciência, o aviso celestial do nosso Divino Mestre, condenado à morte sem culpa:
— “Quem estiver sem pecado, atire a primeira pedra!”


(De "Religião dos Espíritos", de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)
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Segunda-feira, 20 De Abril,2009

DESENCARNADOS EM TREVAS



Reunião pública de 18-9-61.
1ª Parte, cap. VII, § 25.

Desencarnados em trevas...
Insulados no remorso...
Detidos em amargas recordações...
Jungidos à trama dos próprios pensamentos atormentados...

Eram donos de palácios soberbos e sentem-se aferrolhados no estreito espaço do túmulo.
Mostravam-se insensíveis, nos galarins do poder, e derramam o pranto horizontal dos caídos.
Amontoavam haveres e agarram-se, agora, aos panos do esquife.
Possuíam rebanhos e pradarias e jazem num fosso de poucos palmos.
Despejavam fardos de dor nos ombros sangrentos dos semelhantes, e suportam, chorando, os mármores do sepulcro, a lhes partirem os ossos.
Estagiavam ciência inútil e tremem perante o desconhecido.
Devoravam prazeres e gemem a sós.
Exibiam títulos destacados e soluçam no chão.
Brilhavam em salões engrinaldados de fantasias e arrastam-se, estremunhados, ante as sombras da cova.
Oprimiam os fracos e não sabem fugir à gula dos vermes.
Eram campeões da beleza física, e procuram, debalde, esconder-se nas próprias cinzas.
Repoltreavam-se em redes de ouro, e estiram-se, atarantados, entre caixas de pó.
Emitiam discursos brilhantes e gaguejam agora.
Deitavam sapiência e estão loucos.

Nada disso, porém, acontece porque algo possuíssem, mas sim porque foram possuídos de paixões desregradas.
Não se perturbam, porque algo tiveram, mas sim porque retiveram isso ou aquilo, sem ajudar a ninguém.
Se podes verificar a tortura dos desencarnados em trevas, aproveita a lição.
Não sofrerás pelo que tens, nem pelo que és.
Todos colheremos o fruto dos próprios atos, no que temos e somos.
Onde estiveres, pois, faze o bem que puderes, sem apego a ti mesmo.
Escuta o companheiro que torna do Além, aflito e desorientado, e aprenderás, em silêncio, que todo egoísmo gera o culto da morte.
Emmanuel
Do livro A Justiça Divina. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
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Sexta-feira, 17 De Abril,2009

LIBERDADE

"Não useis, porém, da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pela caridade. " - Paulo. (GÁLATAS, 5:13.)

Em todos os tempos, a liberdade foi utilizada pelos dominadores da Terra.
Em variados setores da evolução humana, os mordomos do mundo aproveitam-na para o exercício da tirania, usam-na os servos em explosões de revolta e descontentamento.
Quase todos os habitantes do Planeta pretendem a exoneração de toda e qualquer responsabilidade, para se mergulharem na escravidão aos delitos de toda sorte.
Ninguém, contudo, deveria recorrer ao Evangelho para aviltar o sublime princípio.
A palavra do apóstolo aos gentios é bastante expressiva.
O maior valor da independência relativa de que desfrutamos reside na possibilidade de nos servirmos uns aos outros, glorificando o bem.
O homem gozará sempre da liberdade condicional e, dentro dela, pode alterar o curso da própria existência, pelo bom ou mau uso de semelhante faculdade nas relações comuns.
É forçoso reconhecer, porém, que são muito raros os que se decidem à aplicação dignificante dessa virtude superior.
Em quase todas as ocasiões, o perseguido, com oportunidade de desculpar, mentaliza represálias violentas; o caluniado, com ensejo de perdão divino, recorre à vingança; o incompreendido, no instante azado de revelar fraternidade e benevolência, reclama reparações.
Onde se acham aqueles que se valem do sofrimento, para intensificar o aprendizado com Jesus-Cristo? Onde os que se sentem suficientemente livres para converter espinhos em bênçãos? No entanto, o Pai concede relativa liberdade a todos os filhos, observando-lhes a conduta.
Raríssimas são as criaturas que sabem elevar o sentido da independência a expressões de vôo espiritual para o Infinito.
A maioria dos homens cai, desastradamente, na primeira e nova concessão do Céu, transformando, às vezes, elos de veludo em algemas de bronze.

Livro: Vinha de Luz - Emmanuel - Psicografia de Chico Xavier
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Sexta-feira, 03 De Abril,2009

CÉU E INFERNO


Em matéria de prêmio e castigo, a se definirem por céu e inferno, suponhamo-nos à frente de um pai amoroso, mas justo, dividindo a sua propriedade entre os filhos, aos quais se associa, abnegado, para que todos eles prestigiem e cresçam, de maneira a lhe desfrutarem os bens totais.
O genitor, compassivo e reto, concede aos filhos, em regime de gratuidade, todos os recursos da fazenda Divina:
a vestimenta do corpo;
a energia vital;
a terra fecunda;
o ar nutriente;
a defesa do monte;
o refúgio do vale;
as águas circulantes;
as fontes suspensas;
a submissão dos vários reinos da natureza;
a organização da família;
os fundamentos do lar;
a proteção das leis;
os tesouros da escola;
a luz do raciocínio;
as riquezas do sentimento;
os prodígios da afeição;
os valores da experiência;
a possibilidade de servir...
Os filhos recebem tudo isso, mecanicamente, sem que se lhes reclame esforço algum, e o pai apenas lhes pede para que se aprimorem, pelo dever nobremente cumprido, e se consagrem ao bem de todos, através do trabalho que lhes valorizará o tempo e a vida.
Nessa imagem, simples embora, encontramos alguma notícia da magnanimidade do Criador para nós outros, as criaturas.
Fácil, assim, perceber que, com tantos favores, concessões e doações, facilidades e vantagens, entremeados de bênçãos, suprimentos, auxílios, empréstimos e moratórias, o céu começará sempre em nós mesmos e o inferno tem o tamanho da rebeldia de cada um.


Livro “Justiça Divina” – Psicografia Francisco Candido Xavier – Espírito Emmanuel
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Quarta-feira, 25 De Março,2009

APOIO ESPIRITUAL


Compartilhamos, em nome da beneficência, de recursos vários, como sejam - a moeda e o agasalho, o teto e a mesa.
Uma dádiva, porém, existe de que todos necessitamos no câmbio da fraternidade: a dádiva do encorajamento.
Admitamos, de modo geral, que os únicos irmãos baldos de força são aqueles que tropeçam nas veredas da extrema penúria física; no entanto, em matéria de abatimento moral, surpreendemos, em cada lance da estrada, legiões de companheiros em cujos corações a esperança bruxuleia qual chama prestes a extinguir-se, ao sopro da adversidade.
Um possui créditos valiosos nos círculos da finança, mas carrega o peso de escabrosas desilusões; exorna-se aquele com títulos de cultura e competência, todavia traz o espírito curvado sob constrangimentos e desgostos de toda espécie, como se arrastasse fardos ocultos; outro dispõe de autoridade e influência, na orientação de vasta comunidade, e tem o peito semi-sufocado de aflição à face das dores desconhecidas que lhe gravam as horas; outro, ainda, exibe-se por modelo de higidez nas vitrinas da saúde corpórea e transporta consigo um poço de lágrimas represadas, em vista das provações que lhe oneram a vida.
Detém-te em semelhantes realidades e não recuses o donativo da coragem para toda criatura irmã do caminho.
Se alguém errou, fala-lhe das lições novas que o tempo nos traz a todos; se caiu, estende-lhe os braços com a fé renovadora que nos repõe nas trilhas de elevação; se entrou em desespero, dá-lhe a bênção da paz; se tombou em tristeza, oferece-lhe a mensagem do bom ânimo...
Ninguém há que prescinda de apoio espiritual.
Agora, muitos de nós precisamos da coragem de aprender, de servir, de compreender, de esperar...
E, provavelmente, mais tarde, em trechos mais difíceis da viagem humana, todos necessitaremos da coragem de sofrer e abençoar, suportar e viver.

(Do livro "Alma e Coração", de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito de Emmanuel)
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Domingo, 08 De Março,2009

MENSAGEM A MULHER




188 - REENCONTRO COM XÊNIA
MARIA GABRIELA - (...) Mas, muito melhor do que a gente ficar falando é ouvir Chico Xavier. O seu trabalho, a sua força e fé servem de exemplo para muita gente. A Xênia foi atrás, conseguiu esta entrevista com ele e agora vai em frente. Xênia!
XÊNIA - Minha companheira da nossa TV Mulher, muitíssima emocionada estou ao lado do meu primeiro mestre, aquele que me abriu o caminho para as portas das percepções maiores e que me fez caminhar muito dentro de mim mesma. Chico Xavier, que grande prazer!
CHICO XAVIER - Xênia, você sempre a gentileza em pessoa. Eu tomo a liberdade de dizer que não passo de um pequenino servidor de todos, e nesta hora especialmente, de você que me trata com tanta distinção em seu belo programa da TV Globo. Eu tenho o prazer de dizer que conheço você desde o primeiro dia em que um grande brasileiro, e ao mesmo tempo um grande paulista, o nosso querido Herculano Pires, me falou da sua inspiração, de seu ideal superior junto de nossas comunidades. Estou muito emocionado.

189 - VIOLÊNCIA E O PENSAMENTO RELIGIOSO
XÊNIA - Chico Xavier, vou lhe fazer perguntas. Perguntas rápidas à sua maravilhosa, nem chamaria mediunidade, profundidade, para esse maravilhoso casamento cósmico que o senhor vive nesta existência. Mestre Chico Xavier, o que o senhor nos diria da violência?
CHICO XAVIER - A violência é, sem dúvida, algo da nossa própria natureza humana, quando irrompe indebitamente, apresentando aquilo que a justiça nos ensina a nomear como sendo periculosidade. Quando a nossa periculosidade atinge graus muito altos aparece a violência, como sendo um sistema de vida que recorda de algum modo a selva, de onde, do ponto de vista da evolução dos milênios, nós todos procedemos. Urge que o pensamento religioso, atualmente um tanto esquecido, possa novamente socorrer-nos a todos, desde os primeiros dias de nossa vida infantil, reconduzindo-nos para Deus, a fim de que não estejamos à mercê de princípios materialistas que em verdade, embora respeitáveis pela sinceridade com que se expressam, não definem as verdades da vida, porque todos somos espíritos eternos diante de Deus. Diante da Lei de Causa e Efeito, a violência é um dos mais lamentáveis estados humanos e um dos maiores problemas que estamos enfrentando na atualidade, problema para nós todos. E que só o amor, só o coração voltado para Deus, ao que cremos, segundo o ensinamento dos Bons Espíritos, é que poderão curar.

190 - UNIÃO CONTRA O ABORTO
XÊNIA - Chico Xavier, TV Mulher é um programa dedicado à mulher e nós gostaríamos de fazer ao senhor, perguntas referentes à mulher. Alguns grupos de mulheres brasileiras estão se movimentando a favor do aborto. Como o mestre Chico Xavier vê o aborto?
CHICO XAVIER - Na condição de um servidor muito inexpressivo, sem nenhuma autoridade para emitir opiniões diante de nossos problemas sociais, eu compreendo que, se anos passados houvesse a legalização do aborto, e se aquela que foi a minha querida mãe entrasse na aceitação de semelhante legalidade, legalidade profundamente ilegal, eu não teria tido a minha atual existência, em que estou aprendendo a conhecer minha própria natureza e a combater meus defeitos, e a receber o amparo de tantos amigos, que qual você, como todos aqui, nos ouvem e me auxiliam tanto. Eu não posso compreender a legalização do aborto, conquanto determinadas potências na atualidade do mundo já estejam adotando esse princípio. Acredito que, com o tempo, todos aqueles legisladores e administradores que optarem pela legalização do aborto, todos eles voltarão a retaguarda, porque o aborto é um crime cometido contra criaturas absolutamente indefesas, que esperam a nossa voz para que elas possam viver e facear a vida, e aproveitar os benefícios da vida que chegam de Deus a nós através da mulher, da missão digna da mulher junto do mundo e junto da evolução. A legalização do aborto é imprópria, é uma situação muito difícil e que nós todos deveríamos estar unidos, especialmente as nossas companheiras, as mulheres, as nossas mães, as nossas irmãs, as nossas filhas, aquelas que nasceram conosco, devíamos todos estar unidos contra semelhante abuso contra a lei de Deus, contra a natureza e contra a vida.

191 - POSIÇÃO DA MULHER DIANTE DA VIDA E PLANEJAMENTO FAMILIAR
XÊNIA - Chico Xavier, as mulheres saíram pra luta, trabalham fora, às vezes e muitas das vezes precisam sair, trabalhar fora para ajudar seu marido, como o senhor vê, não essa mulher feminina que se coloca junto com seu companheiro, lutando pelo dia a dia, mas a mulher que está se negando como mulher e querendo copiar o modelo masculino. Como vê, mestre Chico Xavier, esta situação? Eu ouso perguntar, porque sei desta cabeça maravilhosa que tem respostas lindas para todas as situações espirituais e sociais. E não se pode desassociar, não é mestre?
CHICO XAVIER - Muito obrigado. Acreditamos que há tarefas específicas que a mulher pode e deve desempenhar junto dos homens, colaborando com seus companheiros, os orientadores e os amigos da Humanidade, aqueles que são pais, são condutores da vida, especialmente nas questões de educação, nas questões de medicina, de higiene, setores em que a mulher, muitas vezes, excede em zelo e inteligência à própria capacidade masculina. Mas, esta luta, este trabalho competitivo em que a mulher comparece diante de tarefas funcionais, disputando empregos, desejando imitar a masculinidade, nós não entendemos isso muito bem, porque se tivermos mais paciência, e um tanto mais de aceitação das nossas possibilidades, esqueceríamos essa questão abusiva a que nomeamos status, e dentro de uma vida mais simples, mais feliz, a mulher encontraria a sua verdadeira posição diante da vida. Quanto ao número de filhos compreendemos que é justo que o planejamento familiar venha em nosso auxílio, com a direção de autoridades especialmente técnicas no assunto, para que nós tenhamos semelhante benefício. Mas devemos acrescentar que nesse sentido, entendendo que as relações sexuais muitas vezes são necessárias ao alimento afetivo, como agente revigorador das forças da mulher e do homem, são perfeitamente compreensíveis e dentro delas o anticoncepcional seria o caminho mais certo para que se evite a matança de milhões de crianças nas grandes capitais do mundo.

192 - BEBÊ DE PROVETA
XÊNIA - Chico Xavier, num memorável programa que o senhor fez no extinto Canal 4, TV Tupi, o Pinga Fogo, alguém lhe fez uma pergunta a respeito do bebê de proveta e me lembro da fantástica resposta que o senhor deus na época.(1) Então pergunto, mestre Chico Xavier, a sua posição com respeito ao bebê de proveta continua a mesma?
CHICO XAVIER - Naquela ocasião, o Espírito de Emmanuel, em nos inspirando, como acontece agora, ele declarou que haveria sempre no mundo um número elevado, um número nobilitante de mulheres dignas que não se esqueceriam desse sagrado dever da vida, que é o dever da maternidade, a bênção da maternidade, e que, portanto, não deveríamos temer a ausência de determinadas criaturas que aceitam a sua própria solidão, embora pudessem povoar essa solidão com filhos maravilhosos. Então, esse mundo, o nosso mundo, pode contar sempre com as grandes mulheres. Eu digo grandes mulheres, porque a palavra mulher para mim tem uma significação muito alta; a palavra mulher é muito grande porque a mulher tem a chave da vida. Eu creio na ciência, creio na bênção da maternidade, creio na abnegação da mulher e, portanto, eu acredito que todas as bênçãos que o Senhor, nosso Pai de Infinita Bondade, nos concede para facilitar a vida, essas bênçãos serão aproveitadas porque muitas mulheres, nossas irmãs, se abstém da maternidade por dificuldades orgânicas que o bebê de proveta, amparado pela ciência, poderá vencer facilmente.

193 - CONJUGAÇÃO DO VERBO “MATERNAR”
XÊNIA - Estou recebendo dois livros que o senhor está fazendo lançamento aqui em São Paulo: Caminhos do Amor, de Francisco Cândido Xavier e Maria Dolores; e Correio do Além, de Francisco Cândido Xavier e Diversos Espíritos. Chico Xavier, o que é que eu posso dizer ao senhor em agradecimento, a TV Mulher agradece profundamente, agradecemos ao público presente que teve paciência e permitiu a nossa visita aqui: Eu só posso lhe dizer, meu muito lindo, querido e amado mestre, primeiro mestre que colocou o candieiro bem alto para que eu descobrisse que existia luz no mundo, eu amo o senhor até que Deus envelheça. E gostaria que o senhor deixasse uma pequena mensagem às mulheres de todo o Brasil.
CHICO XAVIER - Agradeço muito, reconhecido que a generosidade está inspirando as suas palavras, que eu absolutamente não mereço essa condição em que a sua bondade me coloca, mas eu agradeço muito como quem tivesse recebendo uma carta de crédito no alto empréstimo da vida, através de sua bondade e de sua autoridade, pedindo a Deus que me dê forças para que eu possa resgatar essa dívida que estou contraindo, ouvindo a sua palavra tão bela, tão encorajadora para um coração pequenino quanto o meu. Quanto a deixar determinada mensagem eu me lembro que numa festa beneficente, ao lado da nossa grande amiga Xênia, eu ouvi um neologismo que considero até hoje muito importante. Ela convidava às mulheres, nossas irmãs, a todas que pudessem exercer essa função e esse mandato nobre da vida, que fizessem força para conjugar um verbo novo, um verbo chamado maternar.
XÊNIA - Chico, o senhor se lembra, ainda?
CHICO XAVIER - Eu me lembro, porque achei formidável a sua palavra, porque nós todos, as mulheres presentes e os homens também que puderem exercer esse apostolado, maternar as crianças necessitadas, que cada lar recebesse uma criança, cada companheiro nosso se responsabilizasse por uma criança num instituto de educação, certamente que o infortúnio da delinqüência infanto-juvenil iria desaparecer da faze da Terra. Então, eu digo, vamos ouvir a nossa Xênia e fazer força por maternarmos alguém.
XÊNIA - E nos maternarmos a todos, não é, Chico?
CHICO XAVIER - Sem dúvida, sem dúvida.
XÊNIA - Chico Xavier, o nosso muito obrigada, obrigada aos senhores orientadores do Centro Espírita União. Foram maravilhosos. Chico, por favor, me dê a sua mão, esta é a maneira (beija) de lhe agradecer.
CHICO XAVIER - Obrigado, que Deus a abençoe, lhe dê forças para sua grande tarefa. Muito obrigado.
XÊNIA - Maria Gabriela, um presente para todos nós!

1. Ver Chico Xavier no Pinga Fogo, Edicel, São Paulo, SP, p. 55. - Nota do organizador.

*Entrevista concedida à apresentadora Xênia, no Centro Espírita União, de São Paulo, SP, na noite de 05/10/1983, para o Programa TV Mulher, da Rede Globo, e levada ao vídeo nas manhãs de 13 e 14/10/1983.

Livro “Entender Conversando” Psicografia: Francisco C. Xavier Autor Espiritual: Emmanuel
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publicado por SÉRGIO RIBEIRO às 19:46
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